terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Oração do Bem

Oração do Bem

Senhor, fazei de mim uma ferramenta da vossa bondade.
Que eu seja uma pessoa de paz.
Que eu seja uma luz para os outros.
Que eu seja bom e faça o bem.
Que eu respeite para ser respeitado.
Que eu seja responsável pelos meus atos.
Que eu pratique a justiça.
Que eu seja uma pessoa direita e de respeito.
Que eu seja verdadeiro, autêntico e transparente.
Que eu tenha equilíbrio e bom-senso nas minhas ações e atitudes.
Que eu seja otimista em relação à vida.
Que eu seja alegre e contente.
Que eu tenha sempre um sorriso para dar às pessoas ao meu lado e em torno de mim.
Que eu seja uma pessoa de fé, de oração, de virtude, que pratique o bem e excercite a bondade.
Pois, ó Deus, teu Nome é Justo e Santo.
Amém.

Francisco da Glória e da Amália

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Ápeiron"

“Ápeiron”
O Princípio dos Princípios

1

Era meados de Inverno na Cidade Maravilhosa. No Centro, final da tarde
de sexta-feira, por volta das 18 horas, o trânsito vivia o caos, as
pessoas iam e vinham velozmente, mais rápidas que o tempo, acelerando
os passos em direção aos seus apartamentos em outros bairros do Rio.
Notei que se preocupavam com alguma coisa. Talvez os problemas da
família ou os conflitos de seus trabalhos e empregos. Quem sabe as
dificuldades de relacionamento com algum parente, amigo ou conhecido.
Ou possivelmente crises de amor com suas namoradas, paqueras mal
realizadas, brigas com suas parceiras de cama ou distúrbios com suas
companheiras de caminhada. Ou ainda as turbulências diárias e noturnas
como pagamento de aluguel e condomínio, dívidas de cartões de crédito,
compras de supermercado mal sucedidas, débitos com IPTU e IPVA,
desequilíbrio nos orçamentos domésticos, falta de dinheiro em suas
contas correntes, poupanças em baixa ou no zero, e até situações de
inadimplência junto aos mercados de ações, do SERASA e do SPC.
Igualmente, transtornos mentais e emocionais, desordens internas,
indisciplina moral e espiritual, ou desorganização de sentimentos,
idéias e atitudes. Sim, observei em todas essas circunstâncias
aparentemente contraditórias, a presença de um Espírito de luta, de
busca por liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Um Espírito
Guerreiro, de mentalidade à procura de segurança e estabilidade, mas
cuja ordem interior e equilíbrio externo dependiam desse movimento
permanente de trabalho e família, de rua e supermercado, de
restaurante e shopping, de botequim e padaria, de farmácia e
jornaleiro, de bate-papo com colegas de travessia, de relações onde os
princípios eram contrários e os valores adversos, da interatividade de
conteúdos em forma de pontos de vista novos e diferentes, de
intercâmbios culturais muitas vezes em choque, do duelo de visões da
realidade em constante dialética de pensamentos e ações, enfim, uma
cultura de combate atravessava as consciências daqueles transeuntes da
Avenida Rio Branco, no fim de um dia de trabalho, de compromissos
realizados e de responsabilidades satisfeitas. Sim, era o Império do
“Ápeiron”.

2

Jorge e Paula era um casal romântico, residente na Tijuca, que
trabalhavam no Teatro Municipal, ele como violinista da Orquestra e
ela como dançarina da elite de Ana Botafogo. Um casal como outro
qualquer. De vida simples, de trabalhos intensos e constantes, de
afazeres domésticos carregados de problemas e contradições, de
atividades na rua e em casa plenas das turbulências cotidianas, de
programas de televisão alternativos e notícias e reportagens ouvidas
pelo rádio com bastante atenção, interesse e desejo de participação na
vida da sociedade carioca, em que se inseriam no dia a dia de uma
existência globalizada, de condições naturais e ambientais instáveis e
inseguras, de ambientes também alienantes, presos à irrealidade de um
mundo em mudança e sujeitos algumas horas à irracionalidade de uma
imaginação fértil submetida às intempéries de uma realidade local
tremendamente conturbada, discordante de suas raizes e divergente de
suas normas de conduta quase sempre esquecidas por suas comunidades
envolvidas pela onda de violência e balas perdidas, de confrontos
entre policiais e bandidos, de gente que prefere atitudes agressivas,
a cultura da morte e uma mentalidade em que predominam a confusão das
idéias, as ações impensadas, os erros cometidos em nome da maldade de
quem não dá sentido à vida, é indiferente com os outros, ignora a
solidariedade e a fraternidade, perde-se em verdades relativas e
certezas misturadas com a dúvida, escravos do nada e do vazio
espiritual, de situações indefinidas e comportamentos indeterminados,
revelando de fato o inconsciente coletivo de uma sociedade em
transformação, ocupada ora e outra com as opções negativas de uma
realidade social onde reina o pessimismo das massas, a fome a miséria
dos morros e favelas, a mendicância das ruas e avenidas, becos e
praças, a violência dos marginais e o desrespeito das autoridades, a
ausência de competência das instituições e a insistência de uma ética
prisioneira da luz das trevas, de ódios chamados de amores, mortes
modificadas em vidas, bens transformados em maldades, onde a paz é a
crise da convivência, identificada com crianças que não reverenciam
seus pais, de jovens que não sonham mais, de velhos doentes e no
limite de sua natureza patológica, em torno da qual o universo parece
estar na berlinda entre o bem e o mal, o contexto histórico voando nas
asas do imaginário sem portas nem janelas, sem teto nem chão, o que
demonstra o mal-estar dos humanos que convivem com a guerra constante
nas ruas, o desemprego assustador, o conflito familiar, a carência
afetiva, quadros psicológicos que refletem a ideologia dos céticos, a
indiferença dos niilistas, o relativismo da verdade e dos
conhecimentos, o ateísmo das pessoas, a indefinição das consciências e
o indeterminismo individualista dos que compõem e integram os dias e
as noites e as madrugadas de um Rio sem transparência, precisando de
oportunidades e possibilidades de mudança, de metamorfose rural e
urbana, de transformação da realidade para melhor, a partir de que os
indivíduos e grupos respirem saúde mental, física e espiritual,
bem-estar psicológico e social, e o bem-comum da sociedade seja uma
realidade concreta, onde todos e cada um se sintam bem e em paz com
suas cabeças, com qualidade de vida respeitável, riqueza de conteúdos
existenciais exemplares movidos pelos princípios morais e religiosos
de comunidades comprometidas com valores do bem e da bondade, da
concórdia e da convergência, da interação de pessoas que compartilham
amizades sinceras e amores românticos, de atitudes generosas em seu
entorno, de ações solidárias e fraternas uns com os outros. Esse o
mundo de Jorge e Paula. Nesse universo de alternativas múltiplas e de
possibilidades polivalentes, eles encontraram enfim o “Ápeiron”.

3

De origem grega, a realidade “Ápeiron” concebida primeiramente por
Anaximandro, discípulo de Tales, filósofo pré-socrático da Escola de
Mileto, na Antiguidade, século VI a.C., designa o fluxo de situações
indefiníveis e o complexo de circunstâncias indetermináveis, os
momentos de crise política, social e econômica que exigem soluções
terapêuticas otimistas, os instantes turbulentos da nossa vida de cada
dia que requerem respostas positivas, o estado caótico de nossa
existência temporal que precisa de resoluções saudáveis e agradáveis a
todos e cada um, os fenômenos que nos contradizem cotidianamente
necessitando de remédios que curem as nossas anomalias mentais e
emocionais, salvem o nosso corpo, mente e espírito de nossos
transtornos físicos e materiais e libertem as nossas almas de nossos
distúrbios psicológicos e ideológicos, oferecendo-nos outras, novas e
diferentes alternativas de mudança em nosso universo interior e
externo, possibilidades de vida e trabalho, saúde e educação,
razoáveis e sensatas, equilibradas e ordenadas, disciplinadas e
organizadas, capazes de dissipar as obscuridades de um contexto
histórico incerto e inseguro, inconstante e insatisfeito consigo
mesmo, dando então aos homens e mulheres de sua época precisa boas
perspectivas presentes e futuras de saúde social, cultural e
ambiental, onde se obtenha vida de qualidade e riqueza de existência,
destruindo assim o quadro de contradições internas que muitas vezes se
apodera de uma determinada sociedade. Sim, o ”Ápeiron” é uma luz para
a humanidade, uma força que a anima, uma energia que a faz crescer,
progredir e evoluir, um Inconsciente Coletivo que se entusiasma no
cotidiano tendo em vista a superação de suas dúvidas e incertezas, a
ultrapassagem de suas dificuldades diárias e noturnas e a
transcendência de seu tempo dialético e crítico, abrindo para as
comunidades motivos para ir além de seus conflitos, e encontrar um
ótimo incentivo para seus sonhos de bem-estar coletivo, de paz social
e de quase perfeita saúde da consciência em caminho para a felicidade.
O “Ápeiron” é realista. Quer mudar para melhor o nosso cotidiano. É o
Espírito da Perfeita Metamorfose circunstancial, que encontra as
devidas respostas para os nossos problemas e apresenta as mais seguras
soluções para as nossas dificuldades. É um Espírito Universal. O
Princípio de uma vida boa e melhor. A Raiz da vida.

4

Hoje, sábado, por volta do meio-dia, o músico Jorge Teixeira das
Neves, 37 anos, e sua esposa dançarina Paula Marques de Souza, 29
anos, sairam juntos para almoçar no Restaurante Caçador, na Rua Doutor
Satamini, na Tijuca, e chegando perto dali, se depararam com um
tiroteio em plena Praça Saens Pena envolvendo policiais do BOPE e
traficantes de drogas que então comerciavam maconha e cocaina para
seus clientes vindos de algumas áreas da Cidade. Houve confronto entre
os marginais e a PM, balas perdidas atravessavam a calçada e o meio da
rua, por onde circulavam pessoas e suas famílias, filhos e netos, e
ônibus e automóveis seguindo pela via expressa da Rua Conde de Bonfim.
Neste momento, sem mais nem menos, os dois acompanhados de seus 2
filhos, se esconderam em uma Banca de Jornal situada na esquina da Rua
Carlos de Vasconcelos também na Praça. Então, uma imensa gritaria
sacudiu o silêncio das ruas, abalou o comércio local, balançou os
transeuntes que por lá passavam, os carros pararam, a confusão se
instalou, o medo tomou conta de todos, alguns se desesperaram e muitos
neste momento aflitos entraram em pânico. Jorge e Paula e seus
herdeiros fizeram silêncio e uma oração. Pediram calma às pessoas que
ali estavam e as mantiveram tranquilas, seguras e atentas, diante do
episódio violento que durou cerca de 15 minutos e deixou 2 bandidos
mortos em cima da calçada junto ao jornaleiro. O casal saiu de si e
foi ao encontro dos outros. Confiando em Deus, pois eram pessoas de
fé, providenciaram um jeito de dar segurança àqueles que ora se viam
conturbados emocionalmente e aflitos em suas mentes e corpos
transtornados com as ocorrências presentes e abalados com o desenrolar
dos acontecimentos. Dirigiram-se a cada um em particular, dizendo-lhes
que ficassem sossegados, não reagissem com agressividade, mantivessem
o equilíbrio e a ordem interior, agissem com bom-senso nesse instante
e aguardassem um final feliz para os fatos consumados. Senti na
verdade a sensibilidade do casal, sua atitude solidária e seu lado
fraterno tentando acalmar os ânimos e levar paz e bem àquele ambiente
de distúrbios inflamáveis e turbulências inquietantes. De fato, Paula
e Jorge, auxiliados pelos seus garotos, pensaram positivamente e
comportaram-se de um modo otimista perante o quadro negro do contexto
contraditório ali insistente. Sim, perceberam a ação do “Ápeiron”,
intervindo nos acontecimentos policiais e interferindo no destino
daquelas pessoas e seus ambientes de vida transformados em filme de
bang-bang, em terror do apocalipse e em fúria de perigosas atividades
onde os contrários falaram mais alto e as adversidades soltaram um
grito de guerra no meio daquela gente inocente, sem opções de
segurança e possibilidades de sair quem sabe ilesas daquele combate
das ruas. Observei portanto a mesma ação do “Ápeiron”, desde sempre e
para sempre ajudando a vida a resolver os seus problemas, mostrando à
humanidade o caminho certo do equilíbrio e do bom-senso, e outrossim
oferecendo a alternativa do otimismo que levanta e anima, da bondade
que acalma e sossega, da atitude pacífica de quem constrói a sua volta
a concordância de grupos e indivíduos separados pela confusão das
balas e o sussurro dos mais corajosos, e levantam entre si a bandeira
da convergência para criar em torno de si as condições cotidianas que
levam o bem às pessoas, a paz aos conflitos e a solução correta para
as dificuldades da vida. Com efeito, o Espírito do “Ápeiron” ali
estava presente, mexendo para o bem no cotidiano, movimentando as
pessoas para a mútua ajuda, a cooperação de serviços e a colaboração
de esforços, trabalhos sem fim e empenhos sem medida, com o intuito de
trazer de volta a paz e a tranquilidade àqueles ambientes
controversos, garantir o bem-estar e o bem-comum da sociedade, e dar
segurança às famílias envolvidas em seus momentos de tensão e
apreensão, de pressão social e incômodo das autoridades. Através de
Paula e Jorge e seus familiares, o “Ápeiron” operou o milagre da
transformação positiva e a metamorfose otimista que sustentou a calma
de todos e a tranquilidade da maioria. Sim, o “Ápeiron” está presente
em nossa realidade cotidiana. Ele nos ajuda a vencer as barreiras da
existência e os obstáculos da vida. Ele é real e atual.

5

Uma semana depois, percorríamos o Largo da Segunda –feira, igualmente
no Bairro da Tijuca, e no caminho conversávamos sobre o “Ápeiron”, a
Origem da Natureza e o Fundamento do tempo e da eternidade, o
Princípio do Universo e a Raiz de todos os seres e de todas as coisas,
a Fonte da Paz e a Base do bem e da bondade, o Sustento da vida
cotidiana, quando, de repente notamos um tremendo engarrafamento que
ia do Supermercados Mundial na Haddock Lobo até a Rua dos Araújos,
bloqueando todo o tráfego da Rua Conde de Bonfim, a essa altura, 10
horas da manhã, bastante lotada de veículos e transeuntes, carros
particulares e ônibus intermunicipais, táxis e vans, e observamos que
os motoristas e as pessoas na rua e na calçada viam-se perturbadas
pelo barulho do trânsito, parado devido a obras de saneamento básico e
consertos de eletricidade em ruas paralelas e transversais, o que
certamente provocou um clima de instabilidade emocional nas
adjacências, fazendo com que pessoas se entreolhassem inquietas com a
mobilidade anormal e a falta de planejamento urbano em situações como
essa, que refletia o estado patológico de mentes desequilibradas, de
consciências insensatas querendo resolver tudo na base do
quebra-quebra e da pancadaria, de inteligências submetidas aos
transtornos das ruas e às intemperanças de grupos que se aproveitavam
da turbulência mental e da confusão generalizada naquelas localidades
para espalhar uma mentalidade cuja ideologia é a briga eo conflito, a
contrariedade e a adversidade, a crítica e a dialética, o ceticismo
das aparências que se contradizem, o choque de pontos de vista
insustentáveis e incompatíveis, enfim, uma rede de complicações fora
da razão e da realidade, que assumiam aquele dia a dia levando-lhe
barreiras psicológicas e sociais que visavam a sua inadimplência real
e a sua insustentabilidade cotidiana. Nesse instante, Jorge Teixeira e
Paula Souza com seus amigos, parentes e familiares que ali se
encontravam, sentiram a energia do “Ápeiron” e tomaram a iniciativa de
fazer alguma coisa por aquele caos urbano instalado em regiões
tijucanas. E o que fizeram naquelas circunstâncias críticas e onerosas
para os cidadãos lá parados, foi lançar as bases da boa convivência de
moradores, vizinhos e trabalhadores em busca de fraternidade entre os
indivíduos e solidariedade entre suas comunidades, desenvolvendo ações
e palavras de conforto e segurança, de equilíbrio e sensatez, de
otimismo e alegria, a fim de que todos suportassem com paciência
aquele ambiente engarrafado, transmitindo-lhes a calma do corpo e da
alma, e a tranquilidade e o repouso do espírito, o que os ajudaria a
conviver bem com o problema gerado, e quem sabe encontrar a melhor
saída para tal congestionamento de vidas, carros e comércio ambulante
em geral. Sim, a força do “Ápeiron” estava lá mais uma vez. Sua luz
nos iluminou e encontramos respostas positivas para as nossas
dificuldades momentâneas. Seu Espírito desceu no meio de nós, e
percebemos que as pessoas se controlavam e se animavam para a vida,
dominavam a si mesmas, se contagiavam umas às outras, sorriam para
todos os lados, para todas as faces e para todos os contextos humanos
e naturais que ali estavam. Era o “Ápeiron” atuando outra vez.
Movimentando a vida. Transformando para melhor a realidade. Salvando
como sempre o cotidiano da existência. Pouco a pouco, o trânsito
fluiu, as coisas voltaram ao normal, a natureza respirou, os
passarinhos cantaram beijando as flores de início da primavera. E a
vida continuou. Os homens seguiram. E as mulheres caminhavam. Jorge e
Paula se abraçaram e se beijaram e se dirigiram para o trabalho no
Teatro Municipal.

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Os gregos me ensinaram que o “Ápeiron” é o Princípio dos Princípios.
Compreendendo-O entendemos que a vida é turbulência, a realidade é
caos e o cotidiano está em crise constantemente, exigindo do homem e
da mulher, em função dos quais giram todas as coisas e todos os seres
da natureza e do universo, a ordenação racional dos ambientes
contraditórios, a maneira disciplinadora dos comportamentos instáveis
e inseguros, o modo organizador das idéias aparentemente confusas, dos
sentimentos quase indefinidos, das atitudes muitas vezes impensadas,
incoerentes e sem lógica, e dos conhecimentos e experiências
indeterminadas, tornando assim esse mundo de complicações ideológicas
e desrazões sociais e psicológicas, de loucuras imaginárias e ações
irreais e irracionais, mais inteligíveis, o que transforma a pessoa
humana em mais responsável por suas descobertas científicas, por suas
intervenções na realidade cotidiana e por suas interferências no
destino de populações inteiras, que dependem de sua boa razoabilidade,
de sua ética comportamental equilibrada e de seu otimismo espiritual,
alegria social e bom-senso em suas atividades de cada dia e de toda
noite. Deste modo, abstraimos do cotidiano o “Ápeiron”, e desvelamos a
sua capacidade de apreender a solução dos problemas da realidade, a
sua potencialidade capaz de fortalecer pessoas e iluminar ambientes
visando a saúde da coletividade e o bem-estar de seus grupos,
comunidades e sociedades múltiplas e polivalentes. O “Ápeiron” é o
Gestor da história da humanidade, a Beleza da natureza e a Grandeza do
universo, a Riqueza de uma criação sujeita aos seus arbítrios
responsáveis e aos seus caprichos comprometidos com as boas relações
humanas e naturais dos cidadãos que integram sociedades emergentes,
políticas alternativas, culturas de respeito e de direito, e
mentalidades que advogam o bem da vida e a paz das consciências. Nesse
campo de convergências que se constroem e de discordâncias que se
apagam, ali está o Espírito do “Ápeiron” respondendo às inquietações
de suas criaturas, resolvendo problemas, conflitos e dificuldades, e
solucionando turbulências, crises de toda ordem e o caos da vida
social em que várias vezes mergulhamos, cumulando-nos assim de seus
créditos sem fim, de seus favores sem medida e de seus benefícios
inesgotáveis. O “Ápeiron” não é um deus, mas é mais do que um deus. É
o Senhor que responde positivamente aos tempos indefiníveis e trata
com otimismo, sorriso e alegria as questões humanas, naturais e
sociais, apresentando-lhes a ótima resolução para suas dúvidas
eternas, incertezas relativas e vazios existenciais. A Energia do
“Ápeiron” conduz a história e o tempo, faz acontecer a bondade, leva a
paz às comunidades e faz do bem o segredo da felicidade e o sucesso na
vida. O “Ápeiron” é bom e nos faz bem.

7

Manifesta-se o “Ápeiron” de diferentes maneiras como, por exemplo, na
música de Jorge Teixeira ou na dança de Paula Souza; nas coisas boas
que acontecem na vida, como uma partida de futebol no Maracanã entre
Flamengo e Vasco da Gama ou no desfile da Mangueira ou do Salgueiro no
Sambódromo da Marquês de Sapucaí durante o Carnaval deste ano; nos
acontecimentos positivos do final de semana como a descoberta da cura
da AIDS ou a criação de mais 200 escolas de ensino médio para os
estudantes do Rio; nos fenômenos cotidianos depois de atos de
violência e agressividade quando se tiram ótimas lições para a vida
como o tiroteio de balas perdidas entre policiais e bandidos, a greve
dos professores do Estado, o engarrafamento na Avenida Brasil, a
passeata dos alunos do ensino universitário pela Avenida Rio Branco no
Centro da Cidade, o casamento matrimonial de um homem e uma mulher que
se amam, se respeitam e se valorizam um ao outro, a festa de
aniversário de 15 anos de uma jovem garota de Copacabana, a Copa do
Mundo de 2014 no Brasil e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, a
Guerra do Iraque ou do Afeganistão, Shows musicais de cantores e
bandas de rock, eventos artísticos e esportivos de grande porte,
espetáculos de teatro e cinema, rádio e televisão dos quais participam
muitos artistas, atores e atrizes em geral, e assim por diante. Isso
mostra o realismo do “Ápeiron” e seu poder de apreensão de bons
conteúdos de existência e sua força de abstração de circunstâncias
favoráveis ao bem-estar do ser humano, sempre interferindo com o
objetivo de creditar à humanidade mais saúde mental e emocional,
física e espiritual, dentro de suas sociedades humanas e naturais e de
seus grupos e comunidades locais, regionais e globais. O Espírito do
“Ápeiron” é concreto e intervém sempre em benefício do homem e da
mulher, nas diversas situações da vida e nos seres que lhe servem de
instrumentos de bondade e de paz no seu dia a dia, como é o caso de
Jorge o Músico Violinista e de Paula a dançarina do Teatro Municipal.
Eles são ferramentas do “Ápeiron” em nossa sociedade carioca de aqui e
agora.

8

Reflexos dessa Luz Eterna ou Força Providente ou Energia Poderosa a
que chamamos “Ápeiron” se encontram fortemente na vida cotidiana de
todos nós, desde os casos reais e acontecimentos atuais envolvendo
família e trabalho, rua e supermercado, rádio e televisão, computador
e internet, até situações extremas ou circunstâncias decisivas quando
precisamos encontrar uma saída para as nossas dificuldades, uma
resposta para as nossas perguntas , dúvidas e incertezas, uma solução
positiva para os nossos conflitos diários e noturnos: esse raio de luz
que nos aponta a resolução correta e imediata para dissolver as
obscuridades da nossa mente, as anomalias do nosso corpo e as
tempestades, inquietudes e instabilidades de nosso espírito, eis a
presença do “Ápeiron”, a cura perfeita de nossos males, a salvação
absoluta de nossas dores pessoais e sofrimentos sociais, a libertação
completa de nossos transtornos psicológicos e distúrbios físicos,
mentais e espirituais. Sem o “Ápeiron”, a insegurança toma conta de
nós, perdemos o equilíbrio interno e a paz interior, ficamos sem as
garantias de Alguém que intercede em nosso favor, intervém em nossa
vida para nos encher de créditos e benefícios, e interfere em nossos
afazeres domésticos e atividades de rua para nos cumular de graças e
luzes, forças e talentos, carismas e poderes, energias e criatividade,
com os quais podemos definir os melhores remédios curadores de nossa
miséria espiritual, pobreza de alma e carência corporal. O “Ápeiron” é
o Médico das consciências, o Fundamento das coisas boas que ocorrem na
nossa vida de cada dia, a Tábua de Salvação que nos socorre dos riscos
e perigos da existência, o Libertador de nossas almas, a Providência
Divina, o nosso Advogado cotidiano, o Banqueiro da Vida que carrega de
créditos e capital humano as nossas contas de todos os dias e todas as
noites. O “Ápeiron” é a Bondade em pessoa. O Amigo dos amigos. Deus e
Senhor. O Autor da Vida. O Criador.

9

Quando os gregos antigos, antes de Sócrates, se referiam ao “Ápeiron”,
depois de ouvirem as tradições de outros povos, seus costumes e
lendas, valores e culturas, diziam que Ele era como uma Luz no final
de um túnel. Este é como o mundo a nossa volta, o cotidiano que nos
circula, a realidade que nos envolve, parcialmente obscura, mal
iluminada pelos faróis de nossos carros, carregada de problemas de
toda ordem, que exigem soluções muitas vezes rápidas e imediatas,
emergentes, como insistissem em continuar vivendo a vida ainda que com
as dificuldades do dia a dia e as contradições do ambiente ao nosso
lado e em torno de nós. A Certeza de que no fim da chegada desse túnel
sombrio, de lâmpadas ofuscadas e sem brilho suficiente para conduzir
bem os seus transeuntes, existe uma Luz, já garante a fé e o
entusiasmo dos automóveis, anima a sua corrida, motiva a sua
caminhada, incentiva a sua jornada até essa Luz, o Sol da nossa vida,
que nos fortalece durante o processo de chegada, nos dá a energia
necessária para andarmos até o extremo, fortifica o nosso trabalho e o
nosso movimento rumo ao objetivo final que é atravessar esse túnel
escuro, negro de claridade relativa, preto de dúvidas, transtornos no
camiinho e distúrbios na estrada. Mas estamos certos que existe uma
Luz lá no final. Essa Luz é a nossa salvação. Assim é o “Ápeiron”. A
Providência que energiza tudo e a todos. A Força que nos empurra para
a frente e para o alto. A Estrela que brilha em nosso deserto
espiritual, aquece a nossa solidão e acalora o nosso vazio
existencial, abrasa os nossos nadas reais e atuais, carregando-nos de
saúde e bem-estar, sinais de que Alguém caminha conosco, diante de
nós, fazendo-nos seguir seus reflexos de Luz a conduzir a nossa
estrada de vida. Eis o “Ápeiron”. Que na mistura dos acontecimentos ou
na confusão das idéias, na complicação dos nossos conhecimentos e
experiências, nas indefinições sentimentais e nos indeterminismos
sociais, políticos e econômicos, sempre encontra uma alternativa de
sucesso e uma opção de felicidade para nós e nossos companheiros de
realidade e parceiros de cotidiano. O “Ápeiron” é uma Luz. A Luz.

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Segundo Anaximandro de Mileto e seus adeptos e seguidores, o
“Ápeiron”, o Princípio da Vida, é constituido dos 4 elementos da
natureza(ar, fogo, terra e água), que, por sua vez, dão origem a todos
os seres e a todas as coisas que formam o universo. Nessa mistura de
elementos naturais, certamente, está o segredo desse Fundamento de
todos os fundamentos, Raiz do bem e da paz, Fonte da vida e da
existência, Base do tempo e da história, e de toda a eternidade.
Portanto, o “Ápeiron” é natural. Está inserido na natureza embora seja
o seu Autor e Criador. Por isso, seguir a natureza, suas leis e
reflexos, seus fenômenos e manifestações na realidade cotidiana, é uma
opção que nos leva de fato ao “Ápeiron”, a reconhecer a sua Presença
divina, humana e natural, real e atual, junto aos nossos problemas de
cada dia, no interior de situações que envolvem o nosso destino
espiritual e existencial, dentro das relações que estabelecemos com os
outros, a partir de que sentimos a sua Providência trazendo-nos
benefícios sem fim, créditos sem limites e favores que não se esgotam.
É a energia do “Ápeiron” operando maravilhas em nossa vida diária,
iluminando-nos diante das dificuldades e fortalecendo-nos perante os
conflitos e contrariedades de todo instante. Ele é o Espírito da Luz,
o Sol da nossa vida interior, o Farol que abre caminho a nossa frente,
levando-nos por estradas seguras e estáveis, conduzindo nossos passos
em direção da felicidade cuja fonte é a nossa liberdade, interventora
da realidade e condutora de nossos planos e metas cotidianas. Somos
livres mas também responsáveis por nossos destinos. Podemos contar com
o “Ápeiron” nessa empreitada, todavia depende de nós as boas coisas
que devem acontecer na nossa vida, da nossa opção real, da nossa
alternativa de trabalho e das nossas possibilidades de ação e de
comportamento no convívio diuturno que mantemos com as pessoas em
torno de nós. Dependemos do “Ápeiron”, porém o “Ápeiron” depende de
nós igualmente.

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A Presença e a intervenção do “Ápeiron” em suas vidas de cada dia e de toda noite, fez com que Jorge e Paula reativassem ainda mais a sua consciência da Providência Divina interferindo positivamente em seus trabalhos e afazeres cotidianos, em suas atividades na família e em seu contato com amigos e colegas de sempre. Foi o que ocorreu ontem quando o casal foi a um casamento de um outro casal de noivos na Barra da Tijuca,amigos seus. Então, participaram da missa do matrimônio e se dirigiram para a festa de comes e bebes logo em seguida ao ato religioso. Tudo ia bem, quando no meio do evento houve a necessidade de mais vinho e mais salgados, sem o que ficaria mal para o casal saber que a festa não poderia prosseguir pois faltava o essencial para satisfazer o desejo e as necessidades das pessoas convidadas. Foi quando Alguém, não se sabe quem, interferiu no desenrolar dos acontecimentos e providenciou mais uma recarga de vinho e salgados para que a festa continuasse e chegasse até o fim. Logo logo a calma voltou e a tranquilidade desceu novamente ao ambiente onde todos festejavam a conexão amorosa e sexual de mais um casal apaixonado e feliz porque Alguém tomou a iniciativa de determinar a chegada de mais bebida e comida para o desfecho feliz daquele episódio envolvendo famílias e amigos, parentes e conhecidos do casal anfitrião. Ora, Jorge e Paula observaram a mão e o braço do “Ápeiron” intercedendo em favor do casal e seus convidados, reanimando a festa, apaziguando os convidados e levando um clima de saúde e bem-estar para aquele contexto festivo de muito coleguismo, relações boas de convivência, relacionamentos saudáveis e agradáveis e intercâmbios sociais e familiares de alto nível de equilíbrio e segurança. Terminada a cerimônia, todos retornaram a suas casas felizes e tranquilos, sabendo que a Providência Divina, o “Ápeiron” realizara mais uma vez maravilhas no meio de nós. Ao final, todos louvavam e bendiziam a Deus por tal desfecho positivo, pelo sorriso e alegria das pessoas e pelo otimismo que ao final tomou conta de todos. Sim, o “Ápeiron” é maravilhoso.

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Muitos questionam há séculos por que o mal existe no mundo, por que existem pessoas ruins, violentas e agressivas, por que têm doenças, moléstias e enfermidades no meio de nós, por que às vezes as pessoas brigam, as famílias entram em conflito internamente, o trabalho não vai bem já que o patrão vive nos perseguindo o dia inteiro, os namorados entram em choque e seus romances em muitas horas não dão certo, os casais quase sempre se desentendem, os amigos discutem na rua por um motivo qualquer, o dia a dia possui dificuldades de transporte, os problemas se introduzem nos ambientes de escola e hospital, enfim, por que o mal, a maldade das pessoas, que atinge igualmente a natureza viva que respira e o universo material e espiritual que nos rodeia... Bem, eu só sei dizer que o “Ápeiron” não é o responsável por isso, porque Ele é bom e amigo das pessoas, providencia tudo para o bem de todos os que são bons e fazem o bem. Por isso mesmo, Jorge e Paula confiam no “Ápeiron”, acreditam em sua Providência humana e divina, mesmo perante os obstáculos da vida e as contradições da existência e as turbulências da realidade cotidiana, ainda que as confusões na cabeça de grupos e indivíduos sejam barreiras para as boas soluções e as ótimas respostas que nossos ambientes exigem de nós, ou as complicações morais e religiosas nos causem preconceitos éticos e superstições espirituais, nos deixando no vazio de nossas privacidades e no relativismo das duvidas e incertezas que atravessam nossos contextos de sociedade em transformação, necessitada de mudanças permanentes e novidades que façam a diferença na vida, nos levando a situações de saúde e bem-estar pessoal e coletivo. Sim, o “Ápeiron” tem uma coisa de bom: é que Ele é bom e amigo de quem é bom e amigo das pessoas, como no caso de Jorge e Paula, que se alegram nas virtudes que praticam e ficam contentes com as boas experiências de convívio que mantêm com as comunidades a que pertencem ou onde se inserem de vez em quando. Como observamos, o “Ápeiron” é o Princípio do bem, da bondade e da amizade, embora indefinido em sua natureza ou indeterminado em suas condições humanas e divinas de viver e existir. Por isso, nos instantes de deserto da nossa vida, lá está o “Ápeiron” nos ajudando a resolver nossas depressões doentias, nossas tristezas e angústias patológicas. Nos momentos de aflição e medo, pânico e desespero, outra vez o “Ápeiron” se apresenta a nós para novamente nos ajudar resolucionar essas transtornos da mente, do corpo e do espírito, e esses distúrbios de ordem material e espiritual. O “Ápeiron” não atua sozinho, Ele trabalha com quem é bom e faz o bem e é amigo das pessoas. Assim é o “Ápeiron”. Talvez por isso os gregos antigos gostavam tanto dEle.

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O caso de Paulinho, um menino das ruas de Copacabana,deixou Paula e Jorge impressionados com o modo pelo qual trabalha o “Ápeiron” na vida das pessoas. Dizia Paulinho que em sua comunidade do Borel, na Tijuca, onde ele tinha a sua família,faltava quase tudo, todavia a fé em Alguém Superior deixava-os sempre animados para a vida de cada dia, o trabalho a ser realizado, a escola quando era possível frequentar, e outras coisas mais do dia a dia de Paulinho e seus parentes, amigos e familiares. Dissera Paulinho que em meio às carências diárias e noturnas, diante das necessidades de todo instante e perante as dificuldades financeiras e psicológicas de seus familiares, a presença do “Ápeiron” os fazia caminhar para a frente e para o alto, motivados que ficavam com as maravilhas deste Alguém Supremo em suas existências cotidianas. Paulinho disse que sua mãe sempre encontrava dinheiro na rua para as suas necessidades, sempre achava uma terceira via solucionadora de seus problemas, conflitos e dificuldades de toda hora, minuto e segundo. Quando alguém estava doente, sempre se achava uma resposta que dava resolução àquele distúrbio. Esses e outros transtornos cotidianos e suas soluções e respostas originárias, surpreendentes e aparentemente milagrosas, tornavam a vida e o ambiente existencial de Paulinho e os seus mais convidativo para a fé e a crença no “Ápeiron”, razão de suas vidas e sentido de suas realidades envolvidas pela pobreza e a necessidade que tinham de buscar melhores condições de vida para todos. Paulinho disse ainda que está na rua só de passeio, mas que gosta de ficar em casa e trabalhar de vez em quando. Eis pois mais uma das manifestações do “Ápeiron” em nossas realidades cotidianas.

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O Reflexo do “Ápeiron’ na vida de uma pessoa, grupo ou indivíduos, é observado quando se percebe que tal sujeito é do bem e de paz, e portanto é orientado, guiado e conduzido pelo Espírito de Deus, o Espírito da Divina Providência, que conduz todos os seus atos, ações, atitudes e atividades em sua realidade própria e na realidade de outros, tornando possível a iniciativa em prol da amizade e da generosidade, da fraternidade e da solidariedade, o que faz com que todos os envolvidos nesse projeto de ação social trabalhem para a saúde e o bem-estar de todos e cada um. Esse momento positivo e tal instante de otimismo no ambiente das pessoas revelam a presença do “Ápeiron” conduzindo o cotidiano de homens e mulheres, fazendo a história das sociedades humanas e construindo o tempo e a eternidade de comunidades inteiras constituidoras da humanidade de todos os tempos e lugares. Tal contexto de bondade e concórdia, de alegria e de paz, no interior das pessoas e suas comunidades locais, regionais e globais, mostra e demonstra que Alguém guia tal realidade, transforma para melhor os seus conteúdos cotidianos e produz um clima de bem-estar social e político, econômico e cultural na existência de todos, o que anima o desejo de cada um por dias melhores, melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todas essas sociedades ansiosas por metamorfoses positivas e otimistas em sua vida de cada dia e de toda noite. O “Ápeiron”é essencialmente positivo e otimista, e suas respostas aos nossos questionamentos e suas soluções para as nossas interrogações obedecem sempre a esse critério de bem-estar e bem-comum para todos e cada um. O “Ápeiron” é do bem e da paz.

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Que bom que temos esperança de vida e boas razões para vivermos o dia a dia, com o otimismo de sempre, a alegria no rosto e um jeito contente de ser e de se manifestar a todos, poder sorrir para as pessoas ao nosso lado, e transmitir-lhes ótimas perspectivas de existência, garantindo-lhes o bem que devemos fazer e a paz que devemos viver, sustentando atitudes positivas e a bondade das ações, o equilíbrio dos relacionamentos e o bom-senso de sentimentos elevados e comportamentos ricos em conteúdo, de virtudes excelentes e grande qualidade de vida. Foi o que assistimos hoje no velório de um colega nosso no Cemitério do Caju. Pareciam todos tristes diante do Padre que fazia a cerimônia do enterro. Mas após aquele culto de alguns minutos, alguém do meio do povo começou a cantar uma música de vitória em homenagem aos mortos que morrem na esperança do Senhor. Aquela música alegrou e contagiou a cada um ali presente. Percebi a Força do “Ápeiron” se refletindo lá naquele instante. De repente, um movimento na capela, e todos conversavam, alguns sorriam abertamente, outros eram otimistas, mais adiante alguém publicava positividade, e então aquela sala do defunto tornou-se mais festa do que tristeza, mais alegria do que angústia, com mais atividades saudáveis e agradáveis do que ocorrências depressivas e deprimidas. A Esperança brotara. A Vida era mais forte do que a morte. O Cemitério parecia não existir. Todos estavam alegres pois aquela música e a pregação do sacerdote suscitara-lhes esperança de vida após a morte. E de que o Céu era bonito e Deus era bacana e a vida era legal. Esse momento positivo produzido pelo “Ápeiron” cauou-nos felicidade e bem-estar sabendo da possibilidade de felicidade eterna para todos os que acreditam em Deus. Era o “Ápeiron” mais uma vez presente entre nós. Bendito seja a Divina Providência agora e para sempre.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Doença do Século XXI

O Excesso de preocupações:
a doença do século

A carência ou o exagero, segundo a medicina moderna, podem ser patológicos, dependendo da situação existente, do contexto biológico e social inerentes, e do ambiente humano, natural e cultural que envolve as pessoas.
Sim, o excesso pode ser doentio.
No caso das preocupações que assumimos no dia a dia da nossa vida, que perturbam a nossa mente, enfraquecem a nossa inteligência, desestabilizam a nossa racionalidade e quase sempre desequilibram a nossa consciência, também esse fato ocorre.
Ficamos praticamente doentes quando exageramos nas preocupações diárias, nos compromissos da noite, nas responsabilidades da família e do trabalho, na tentativa de dar solução aos problemas cotidianos, ou ao se buscar a resolução de conflitos, dificuldades e contrariedades que muitas vezes nos atingem e tocam com gravidade psicológica e social.
Então, consumidos por grandes preocupações nem sempre inscritas na nossa agenda eletrônica, ficamos paralisados pelo peso dos interesses em jogo, inoperantes diante da carga pesada que onera a nossa razão, enfraquecidos, sem jeito e sem ação perante as horas marcadas com os funcionários da empresa, ou o encontro com a namorada na esquina da nossa rua, ou na hora de fazer as compras do mês no supermercado, ou nos momentos reservados para o almoço no restaurante mais próximo ou a ida ao shopping do bairro para realizar o comércio de presentes, roupas e sapatos para ter em casa, ou a necessidade de pagar o aluguel do apartamento, o seu condomínio e IPTU, ou debitar automaticamente em sua conta corrente do ITAÚ as contas de luz, gás, telefone, água e esgoto, ou o IPVA do seu automóvel, ou fazer créditos indispensáveis em uma determinada financeira, ou realizar o intercâmbio de mercadorias e materiais de escola para seus filhos e filhas.
Todas essas preocupações são precisas.
Porém, quando levadas ao excesso, ou ao exagero da confusão mental e das complicações irreais e irracionais, podem se tornar enfermidades mentais, adquirindo então distúrbios físicos e biológicos e transtornos sociais e psicológicos.
É possível que nesse estado sério, grave e crítico, percamos a cabeça sem mais nem menos, ignoremos a sensatez consciente e caiamos no desequilíbrio da mente e na falta de bom-senso racional, necessários para solucionarmos aqueles problemas.
Nesse instante de crise aparente, urge pensar positivamente, ser otimista em todos os sentidos, manter a razão e o juízo, e garantir o bem que fazemos e a nossa paz interior indispensável nessas horas turbulentas, a calma da alma e a tranqüilidade do corpo e do espírito.
Com essas condições pré-estabelecidas, até Deus se abre e se propõe a nos ajudar, tendo em vista sustentar o nosso equilíbrio mental e emocional, e nos afastar dessas idéias transformadas em moléstias, e desses valores e vivências agora sujeitos às anomalias da consciência e à instabilidade da nossa racionalidade.
Precisamos sim de Deus nesses instantes instáveis, críticos e inseguros.
E depois, recuperada a nossa disciplina mental, ordenada a nossa racionalidade inteligente e organizada a nossa consciência de bons valores, virtudes e vivências, podemos então descansar em paz e nos beneficiar dos favores e créditos de uma vida bem equilibrada, vivida com otimismo e alegria, sempre sorrindo para as pessoas.
Desse modo, o excesso acaba e o exagero vai embora.
As preocupações permanecem.
Mas agora bem administradas pela garantia da nossa paz interior.
E assim ficamos de bem com a vida.
E voltamos à normalidade.
E a nossa natureza se recompõe.
Graças a Deus.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Não se reprima!

Não se reprima!

Quando as dificuldades da vida e o mau relacionamento com as pessoas invadirem o seu coração, não se violente a si mesmo.
Ao se chocar com alguém, ou discutir com a mulher e os filhos dentro de casa, ou brigar e se arrebentar com alguns colegas do trabalho, não se negue a si mesmo.
Diante dos problemas cotidianos, nos conflitos com a família, nas intrigas com os vizinhos, nas perturbações da mente, na turbulência interior e exterior, na confusão mental e emocional, não se contradiga a si mesmo.
Perante a violência das ruas, o péssimo ambiente encontrado em seu comportamento diário e noturno, a guerra urbana pela melhor colocação no mercado, a corrupção dos amigos em quem mais confiava, a imprudência dos motoristas de trânsito, a intransigência do patrão ou dos empregados, a negligência dos conhecidos que trabalham em sua empresa, a instabilidade das relações humanas e sociais, não se envergonhe de si mesmo.
Se no seu caminho de cada dia muitos se afligem e desesperam, outros se angustiam e se entristecem, alguns se deprimem e caem na solidão, diversos desanimam e desaparecem, vários somem de repente e evaporam diante de sua estrada difícil, adversa no dia a dia e contrária sem entusiasmo para viver e incentivo para existir, não seja negativo nem pessimista consigo mesmo.
Na maldade de companheiros que o perseguem diariamente, na ruindade de quem não o suporta nem quer sentir o seu cheiro por perto, na incoerência das consciências que não gostam de você, nos gritos e palavrões que solta pelo ar, nas tensões ideológicas e nas pressões psicológicas, nos desvios de caráter e nas aberrações da personalidade, não seja depressivo nem deprimente consigo mesmo.
Na hora da morte de parentes, nas situações de doença e enfermidade pelas quais você ou outros possam passar, nas circunstâncias controversas e antagônicas que o fazem cair na baixa estima e no baixo astral, nos momentos de negação da vida e de contradição da existência que talvez encontre na sua estrada de cada instante, não se retraia nem se reprima consigo mesmo.
Porque Deus é bom e a vida é bonita.
Porque o bem existe e a paz se conquista.
Porque ainda há respeito em muita gente.
Porque o direito também sobrevive no meio da sociedade.
Porque a justiça sempre aparece na hora H.
Porque a verdade sempre vence.
Porque a luz é maior do que as trevas.
Porque ainda existem pessoas boas que sempre fazem o bem.
Porque construir é melhor que destruir
Porque concordar sempre cria amigos, enquanto a discórdia pode gerar inimigos e adversários.
Porque a bondade é superior à maldade de quem quer que seja.
Porque o amor sempre constrói.
Porque a vida vale mais que a morte.
Porque ainda existem pessoas responsáveis.
Porque a fraternidade é possível e a solidariedade é sempre fazer o bem e viver em paz.
Sim, acalme a sua alma.
Tranqüilize a sua consciência.
Garanta a sua paz interior.
Mantenha sempre o equilíbrio necessário.
Controle a sua mente e as suas emoções.
Domine-se a si mesmo.
Tenha juízo em suas ações e comportamentos.
Use o bom-senso em suas atitudes e relacionamentos.
Tenha fé em Deus e acredite no Senhor.
Faça da oração o sentido da sua vida.
E seja sempre otimista na vida.
E seja sempre alegre, contente e sorridente em seus ambientes de família e trabalho.
E seja uma pessoa positiva em qualquer lugar, com quem quer que seja, em quaisquer circunstâncias, em todos os momentos, em cada instante.
Porque o bem é maior e a paz é melhor.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Guia de Saúde

Guia de Saúde e Bem-estar
para uma vida saudável

Sorrir é o melhor remédio
A Alegria cura todos os males
O Otimismo faz bem ao coração
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha equilíbrio em suas atitudes
Use o bom-senso em suas atividades
Seja uma pessoa direita
Faça bem todas as coisas
Trabalhe com alegria
Procure sempre ser verdadeiro, transparente e autêntico
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Seja uma luz para as pessoas
Pratique o amor
Defenda a vida
Tenha juizo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Namore e paquere sempre que puder
Abra-se a novas possibilidades
Abrace as boas tendências da moda
Cultive o silêncio
Seja paciente
Renove-se interior e externamente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Alimente-se de frutas, verduras e legumes
Prefira carnes brancas como frango e peixe
Ovos são fonte de vida
Dormir faz bem
Faça exercícios físicos com constância como ginástica, corrida e caminhada
Saia da rotina
Procure sempre diferentes alternativas de trabalho e emprego
Aproveite as oportunidades da vida
Tenha fé
Reze sempre
Faça da oração o sentido da sua vida
Acredite em Deus e confie no Senhor

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Era do Limite

A Era do Limite

Introdução

Tentamos aqui e a partir de agora mostrar e demonstrar neste trabalho de pesquisa a importância de nossos limites naturais na vida de cada dia , salientando pois ao mesmo tempo a necessidade que temos hoje de tomar consciência de sua realidade em nossas existências, entender as suas manifestações sociais e ambientais e compreender o modo pelo qual devemos reagir diante deles, a fim de que assim, conscientes de seus fenômenos em nós e por nós, vivamos bem a nossa vida, sem excessos ou exageros, com equilíbrio, pois nesses casos a virtude está no meio, onde a verdadeira medida é viver sem faltas e sem atitudes em demasia.
Nessa era dos limites, sejamos conscientes e responsáveis perante as fraquezas de nosso corpo, os cansaços e fadigas de nossa mente e os esgotamentos e debilidades de nosso espírito.
Somente assim teremos de fato uma vida de qualidade, de saúde plena e bem-estar razoável.
Sejamos conscientes.

A Consciência de nossas limitações

1. As Barreiras e as Fronteiras de nosso estado de vida

Dentro e fora da realidade da experiência cotidiana, observa-se nos seres humanos um crescente processo de conscientização das suas limitações naturais, temporais e reais, em que conscientes de nossos limites podemos melhor administrar a nossa vida de cada dia, os nossos trabalhos e atividades diárias, nosso comportamento individual e social, sabendo de antemão que se convivemos em sociedade devemos então suportar as diferenças e limitações de nossos semelhantes, o que nos proporciona um convívio social de mais qualidade, perfeito em seu entendimento mútuo e compreensível em seu relacionamento humano e natural, dando-nos então a possibilidade de uma vida mais excelente, perfeita e de qualidade social há muito tempo comprovada.
Nossas limitações se identificam muitas vezes com a dor e o sofrimento do dia a dia, as doenças e as enfermidades que enfrentamos, o medo e a insegurança propiciados pela violência urbana e rural, o esgotamento mental, o cansaço físico e a fadiga psicológica e espiritual que quase sempre assumimos em nossa convivência cotidiana.
Além disso, o desemprego e a falta de trabalho e ocupação profissional, os conflitos familiares, as controvérsias escolares e universitárias, a dialética das idéias e dos conhecimentos adquiridos, consolidados e desenvolvidos, a antítese de pensamentos que se contrariam, a adversidade de atitudes que se chocam diariamente, a guerra entre o bem e o mal, distúrbios mentais e emocionais, a depressão patológica, a tristeza e a angústia, o nada e o vazio espirituais, a dúvida e a incerteza céticas, o indeterminismo de nossas posturas sociais e culturais, políticas e econômicas, a indefinição de nossas ações éticas e religiosas, a batalha pela vida e a luta por um estado de saúde melhor, a superação de preconceitos e superstições, a ultrapassagem de obstáculos mentais e a transcendência das confusões da mente e das complicações irracionais, a ignorância e a ausência de conhecimento e discernimento que nos possibilitem separar as coisas.
Tudo isso, enfim, nos mostra que vivemos atualmente a era do limite, ou seja, assumimos cada vez mais e melhor uma consciência de nossas limitações e dificuldades, uma vivência de fronteiras comportamentais bem definidas uns em relação aos outros.
Somos mais conscientes de nossos limites humanos e cotidianos.
Estamos no limite da existência humana.

2. A Finitude Temporal

Estar no mundo, ser limitado historicamente, assumir a nossa temporalidade mortal, abraçar as nossas fronteiras psíquicas, sociais e espirituais, abarcar as nossas contingências reais e atuais, comprometer-nos com as nossas margens comportamentais cotidianas, compreender e aceitar conscientemente as definições de nossas tendências e os determinismos de nossas possibilidades presentes e futuras, reconhecer o nosso passado carregado de bloqueios mentais e físicos, saber de antemão até onde podemos chegar e quando devemos parar, discernir os sonhos impossíveis e os anseios irrealizáveis dos acontecimentos do dia a dia plenos de travamentos políticos e econômicos, sociais e culturais, perceber aonde a nossa natureza atinge os seus objetivos, assumir as nossas finalidades e metas cheias de obstáculos humanos e naturais, observar sempre a diferença entre a nossa racionalidade real e a nossa imaginação louca, entender e preservar as nossas carências afetivas, os nossos desejos vazios e as nossas necessidades insatisfeitas, enfim, conscientizar-nos de nossa finitude e temporalidade, sempre pois com uma perspectiva de eternidade, cujos valores de bem e de bondade, as virtudes da paz e da concórdia, e as vivências fraternas e solidárias então alcançarão a sua plenitude de liberdade e excelência de felicidade, eis os detalhes da verdadeira diferença que devemos fazer entre os nossos limites cotidianos e as nossas possibilidades eternas e infinitas.
Olhar a realidade desse modo nos ajuda a viver bem a nossa vida de cada momento, garantindo para nós boa qualidade de vida, enriquecida com os favores que a natureza nos propicia e aperfeiçoada com os benefícios que a vida nos proporciona, sempre conscientes de que esse estado de vida natural é positivo, nos enche de alegria e otimismo, porque vem de Deus, o Senhor, a Razão da vida e o Sentido da natureza.
Compreendendo por conseguinte tal situação real e natural em que aqui e agora nos encontramos, concluímos que esses limites temporais e suas finitudes históricas – como a dor, o sofrimento e a morte – são negações do corpo e da alma humanas, que contradizem nossas esperanças de um mundo melhor.
Todavia, é na natureza, que deriva de Deus, e não no sofrimento, que está a nossa salvação, purificação e felicidade.
Somos felizes e nos purificamos, não quando sofremos, porém ao fazermos o bem e vivermos em paz uns com os outros.

3. A Ideologia Existencialista

Segundo os pensadores da filosofia existencialista dos tempos modernos, posterior ao socialismo liberal e democrático, e antes ao capitalismo selvagem, como Sartre – e os limites da náusea emocional, do nada existencial e do vazio espiritual -, Heidegger – e as fronteiras da temporalidade, da finitude e da historicidade -, Marcel – e as definições dos valores católicos e cristãos – e outros, a história da humanidade tem sido, desde as suas origens mais distantes até o momento de hoje, um processo de ocorrências cujas características se identificam com realidades tais como a condição humana e natural, os limites e os determinismos de sua natureza, as definições da sua consciência imanente, transcendental e transcendente, os bloqueios mentais e as barreiras psicológicas e sociais, os obstáculos ao conhecimento verdadeiramente possível, as impossibilidades da racionalidade questionadora, o lado imaginário da mente, a irrealidade de certos comportamentos e a irracionalidade de algumas ideologias, a inconsciência de outras atitudes que se alienam da realidade em torno de si, os preconceitos mentais e as superstições religiosas, as confusões cerebrais e as complicações de determinadas teorias, as ações dogmáticas e os pensamentos carregados de dúvidas e incertezas, a cultura do descartável, a ética individualista baseada na solidão patológica e no isolamento psicótico, o travamento da inteligência e a queda dos paradigmas da estabilidade diante da mutabilidade da experiência e da instabilidade das práticas cotidianas, a violência das cidades, a maldade das pessoas, a divisão das classes sociais, a exclusão de indivíduos e a marginalização das ruas, morros e favelas, a tirania e o autoritarismo dos poderes constituídos, a intolerância sexual, racial e religiosa, a ignorância e o analfabetismo de populações inteiras aliadas à sua pobreza e miséria, a alienação do real e do dia a dia, endemias e epidemias graves, o que nos dá a correta visualização atual do que acontece no mundo contemporâneo em termos de limites temporais e condicionamentos históricos, refletindo de fato assim o fenômeno da natureza humana, definida em suas essências e determinada em suas experiências diárias.
Com efeito, a corrente existencialista de hoje soube refletir bem sobre as limitações do homem e da mulher, sujeitos pois às intempéries da história e aos cárceres do tempo, prisioneiros de sua própria natureza e escravos de sua mesma condição humana.
Os existencialistas nos mostraram e demonstraram que somos limitados na nossa natureza.
Nossas vidas têm fronteiras.
Nossas existências possuem obstáculos.
Devemos compreender essa realidade, se de fato almejamos a nossa tão sonhada felicidade real.

4. As Regras Sociais e os Padrões Comportamentais

Desde os tempos antigos, as pessoas se juntam e se unem para viver em sociedade constituindo um poder central que ordene a sua vida comunitária, discipline suas consciências e experiências e organize a sua realidade cotidiana, para isso criando regras sociais e gerando padrões comportamentais capazes de lhes proporcionar saúde física e mental, e bem-estar social, político, econômico e cultural.
Tais regras de vida e padrões de existência são necessários para garantir a estabilidade da sociedade, consolidar seus princípios morais e espirituais e empreender o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações.
Esses limites sociais em forma de regras de conduta e padrões de comportamento são definidos por um “contrato” entre os habitantes da região de modo a lhes oferecer garantia de vida, segurança em seus trabalhos e atividades e sustentabilidade para suas famílias, células principais e vitais da sociedade.
Sem essa regulação do ambiente social vivido, impossível seria o bom convívio entre as pessoas, que vêem nessas leis comunitárias o fundamento de sua sobrevivência como gente, povo ou nação.
Portanto, os limites são necessários, sejam eles naturais ou culturais.
Precisamos de regras, base da boa convivência.
Por meio de padrões de ação, vivemos bem e convivemos melhor uns com os outros.

5. A Morte: o maior dos limites

A Morte física e biológica é o fim da vida terrena e a continuidade da vida da eternidade.
É o limite da biologia.
É a fronteira da matéria.
Com ela, perde-se o tempo e ganha-se o infinito.
Porque a vida é eterna.
Não termina com a morte.
Entre a vida e a morte, o limite do tempo e da história, e o desejo da eternidade, o anseio pela permanente continuidade, a luta pela vida sem fim, a busca pela energia vital, o espírito eterno, a alma duradoura, o espaço sem limites, a região sem fronteiras, o mundo espiritual, o universo animado pela vida que não acaba.
Diante da morte como limite da temporalidade e fronteira da historicidade, abre-se a porta da possibilidade de uma vida fundamentada pelo Espírito Eterno, Supremo e Superior, que chamamos de Deus, o Senhor.
Além dos limites da mortalidade, descobre-se a imortalidade, a perpetuidade de uma vida boa baseada na Divindade, origem da vida e fim da morte.
Morrendo, nos abrimos para a vida, renovamos as nossas energias vitais e nos libertamos mais uma vez mergulhando no oceano da eternidade, a casa de Deus.
Superando os limites da morte, ultrapassando as suas fronteiras temporais e históricas, invadimos a nossa transcendência da alma cuja energia de vida é inesgotável.
Desde então, nos tornamos eternos e infinitos, vitais e inesgotáveis, transcendentes e para sempre.
A Morte é o limite e o fim, todavia a vida é a continuidade e a eternidade.
Somos eternos, contínuos, vitais e inesgotáveis, espiritualmente fortes e animados pela energia divina, sustento da vida humana.

6. A Necessidade do Equilíbrio
e do Bom-senso

Quando estamos no limite de nossa existência ou fazemos dele o ponto de equilíbrio de nossas ações, sentimentos e desejos, ou o tornamos a nossa idéia mais forte e a nossa atitude mais firme, sensata e consolidada, segura e estável, constante e duradoura, permanente e fundamentada, então o bom-senso de uma vida consciente e razoável nos diz claramente que nesse instante estamos de bem com a vida, com a saúde lá em cima, em paz conosco mesmo, garantidos interiormente, com as nossas seguranças blindadas e reforçadas, as quais se identificam nesse momento com o bem-estar interno em que nos encontramos cujo reflexo se apresenta fora de nós, no ambiente que nos envolve, nas pessoas felizes com a nossa presença junto a elas, na energia positiva e no otimismo sempre freqüente de quem sempre nos acompanha e se põe ao nosso lado para o que der e vier.
No equilíbrio, o nosso limite.

7. A Lei Natural

A consciência humana, que tem dentro de si a lei natural, criada por Deus, o Senhor, para a felicidade do homem e da mulher, suas criaturas, deve ser fiel ao Criador, Autor da Vida, e assumir um compromisso responsãvel com sua execução prática na vida cotidiana, trabalhando sem cessar para a saúde e bem-estar de todos e cada um dos seres humanos.
Eis aqui a lei natural, a lei da natureza humana:
1) Fazer o bem e evitar o mal
2) Procurar a paz e não a violência
3) Buscar a luz e não as trevas
4) Praticar o amor e não o ódio
5) Amar a vida e não a morte
6) Ser direito
7) Amar a justiça
8) Conhecer a verdade
9) Buscar a liberdade
10) Procurar a felicidade
11) Respeitar os outros
12) Ser responsável
13) Ter juízo e bom-senso
14) Buscar a humildade e a simplicidade
15) Procurar a calma e a tranquilidade
16) Amar o silêncio
17) Conversar com Deus, o Senhor, o Criador, Autor da Vida

8. Os Limites da Natureza Humana

Homem e mulher, na sua natureza específica, têm limites determinados, cuja fronteira natural não pode ser ultrapassada por ambos.
São limites humanos naturais:
- a fadiga, o cansaço e o esgotamento mental
- a dor, o sofrimento e o sacrifício
- a doença, a moléstia e a enfermidade
- o bloqueio mental (preconceitos e superstições)
- o conhecimento verdadeiramente possível
- o bem que reage à ação do mal
A humanidade precisa compreender os seus limites naturais.
Deste modo, será feliz.

9. A Ordem Natural de todas as coisas

Existe ordem na natureza ? Quem pensou essa ordem ? Alguém projetou a ordem do universo ? O Pensamento cria a realidade ? O Pensamento cria a ordem da realidade ? Há uma Mente Superior, ordenadora do caos, que organiza a realidade ? Uma Razão Universal governa a vida, o tempo e a história, a consciência humana, a realidade natural e cultural de todos os seres e todas as coisas ? Deus é natural ? O Real é racional ? O Racional é real ? O Pensamento é real e natural ? A Natureza possui uma ordem, uma racionalidade própria, ali inserida por Alguém ? Acreditamos que sim. Existe uma ordem, uma lógica do concreto, uma racionalidade natural no interior da realidade, a qual é projetada e pensada por Alguém Superior, que chamamos de Deus, o Senhor.

10. As nossas Necessidades

Quando comemos ou bebemos, tomamos banho ou escovamos os dentes, colocamos uma roupa ou usamos um sapato, vamos para o trabalho de ônibus ou metrô, e retornamos ao fim do dia para a nossa casa, e descansamos e dormimos em nossa cama, restabelecendo então as nossas forças e energias para o dia seguinte, estamos pondo em prática os limites de nossas necessidades, através de um movimento sem fim, um processo permanente de construção de novas atividades e diferentes possibilidades de satisfação vocacional e realização profissional, realizando assim os nossos desejos diurnos e noturnos e experimentando ao mesmo tempo os nossos anseios por uma vida melhor e de qualidade, saudável e agradável, cuja saúde individual e bem-estar coletivo é viver bem e em paz consigo mesmo, construindo pois uma vida de fraternidade e solidariedade capazes de garantir as nossas seguranças neste mundo e proteger as nossas energias vitais que experimentamos sempre cotidianamente.
Nossas vidas são feitas de necessidades
No necessário, estão as nossas condições de vida e os limites da nossa existência.

11. A Condição Humana

Homem e Mulher, criaturas de Deus, em sua natureza, são determinados historicamente, no tempo e espaço em que vivem, aqui e além, na Eternidade, por vários aspectos que compõem a vida humana cá no Planeta Terra, onde vivem na sua finitude temporal. Ei-los:
1) Desejos humanos
2) Necessidades naturais
3) Consciência
4) Liberdade
5) Sexo
6) Família
7) Escola
8) Trabalho
9) Sofrimento
10) Morte

Tais condicionamentos humanos e naturais limitam, tendenciam e possibilitam a vida humana aqui e além, na Terra e na Eternidade.

12. As Definições Temporais

No tempo da vida e na vida do tempo, temos uma vocação a ser desempenhada junto aos nossos semelhantes, abraçamos uma profissão com a qual nos realizamos colocando em prática a nossa criatividade, os nossos dons, carismas e talentos, abarcamos em nós a possibilidade permanente de construção de novas idéias e diferentes conhecimentos, somos condicionados pelos desejos que criamos e pelas necessidades que nos satisfazem, somos desejados pelos desejos dos outros, pensamos o que outros antes já pensaram, sentimos os sentimentos alheios, nos comportamos de acordo com as determinações do ambiente em que vivemos ainda que façamos sempre a diferença que se encontra na nossa liberdade de opções bem feitas e de alternativas bem concretizadas, embora essa tal liberdade seja continuamente condicionada pelas minhas necessidades humanas e naturais e pelas regras sociais e demais padrões com que a realidade nos envolve.
Essas definições temporais fazem parte da nossa natureza biológica e social, são constituídas pelas condições históricas e pelas limitações reais do nosso convívio cotidiano, determinam os nossos comportamentos atuais e interferem nas nossas decisões mais importantes da vida de cada dia.
Se namoramos e nos casamos, se produzimos uma família, se construímos um trabalho e nos encontramos empregados, se estudamos em uma universidade ou vamos ao hospital tratar de um problema de saúde, se vamos à igreja rezar e conversar com Deus, se vamos fazer compras no supermercado ou tomar uma água e um cafezinho no botequim, se compramos pão e leite para os nossos filhos e netos na padaria ou nos dirigimos à farmácia para buscar um remédio necessário, se compramos o jornal no jornaleiro todas as manhãs ou vamos aos Correios enviar uma carta aos amigos, se almoçamos no restaurante da esquina ou compramos alguns produtos no shopping do bairro, então percebemos que realmente somos definidos pelas coisas temporais e pelos seres históricos, sendo cotidianamente bombardeados por esses condicionamentos que a realidade social nos obriga a suportar.
Então, eu quero sim, porém quero o que os outros também querem.
Sou feito por mim e pelos outros.
Tal a nossa temporalidade.

13. Os Determinismos Históricos

As grandes guerras mundiais, as reformas institucionais e constitucionais, as revoluções políticas e sociais, culturais e econômicas, a violência urbana e rural, a agressividade das pessoas, os distúrbios mentais e emocionais, os desvios de caráter, as aberrações da personalidade, as doenças incuráveis, as moléstias em forma de epidemias e endemias, as enfermidades hospitalares, o medo e o pânico de grupos e indivíduos, a fome e a miséria, a ignorância e o analfabetismo, a corrupção moral e a intolerância religiosa, a transgressão sexual e os preconceitos raciais, a exclusão e a marginalização social e econômica, a falta de transparência e autenticidade na ética e na política, a tirania e o autoritarismo dos poderes, a pedofilia e a pornografia sexual, o alcoolismo e o tabagismo, o tráfico de drogas e o comércio de entorpecentes como a maconha, a morfina, a heroína e a cocaína, a prostituição infantil e adolescente, a exploração sexual de mulheres exportadas para o exterior, os crimes da internet, a pirataria e a compra e venda de produtos ilegais, as injustiças sociais e as representações ilegítimas, os escândalos e a má fama de autoridades e pessoas famosas, a manipulação dos meios de comunicação em favor de atividades incorretas, enfim, as divergências e as contradições históricas e sua rede de contrariedades temporais e sua teia de adversidades cotidianas, constituem os determinismos que a realidade em que vivemos nos impõe, escravizando ao mesmo tempo os nossos sonhos de liberdade e aprisionando pois os nossos desejos de felicidade.
A Realidade histórica e a experiência temporal cotidianas determinam as nossas idéias e os nossos conhecimentos, os nossos anseios e sentimentos, as nossas operações físicas e mentais e os nossos comportamentos materiais e espirituais.
A Realidade tem regras, a sociedade possui padrões de conduta e a natureza define as leis que regem os nossos desejos e necessidades.
Então, a nossa liberdade não é “livre”, contudo condicionada aos ditames da experiência cotidiana, a qual nos sujeita aos caprichos de suas determinações práticas.
Somos “livres” até certo ponto.
Na verdade, somos limitados por nossas necessidades humanas e naturais, e pela realidade social que define de que modo devemos agir e comportar ainda que possamos discordar dela.

14. Natureza e Existência

Entre os especialistas e doutores de filosofia, discute-se a seguinte questão:”O Fundamento da existência é a natureza, ou a existência é o princípio da natureza ???”
Muitas respostas até bem fundadas procura-se dar, ora afirmando uma ou outra posição, todavia creio que o aspecto relacional ou a sua interatividade é a melhor solução podendo-se posicionar dependendo do ponto em referência em benefício de uma postura ou de outra de acordo pois com o interesse do visualizador ou da intencionalidade de quem pensa o problema.
O mais importante e interessante é o estado de vida capaz de suportar tanto a hipótese da natureza quanto a viabilidade da existência.
Tal estado de vida é quem constitui a essência da natureza e a substância da existência.
Parece que o ser da coisa ou o conteúdo do ser é a possibilidade mais correta, em função de que se define o seu estar no mundo, cujo contato determina os seus limites naturais e existenciais.
Esse choque entre a essência e a aparência, a substância e o acidente, a consciência e a experiência, a razão e a ação, a inteligência e os acontecimentos, a teoria e a prática, o racional e o real, o repouso e o movimento, o descanso e o trabalho, a estabilidade e o processo, a constância e a dinâmica, o permanente e o exercício, a paz e a guerra, o empenho e a calma, o esforço e a tranqüilidade, enfim, essa dialética de vida com seu motor de contradições interativas faz o sentido de nossas limitações cotidianas e realiza e torna possível a causa de nossas fronteiras realistas e racionalistas, cujos bloqueios temporais e seus obstáculos históricos demonstram a finitude da existência e os limites que a natureza é capaz de assumir e suportar em sua trajetória de vida.
Esse jogo crítico e dialético mexe com o comportamento humano, atinge seus anseios, desejos e necessidades, influencia os seus sentimentos mais profundos e contagia as suas idéias e conhecimentos mais ricos e perfeitos que possam parecer.
Esse duelo natureza-existência toca a vida das pessoas, interfere no destino da sociedade e intervém no presente e no futuro da humanidade, do mesmo modo que o fez no decorrer de todo o seu passado, real, temporal e histórico.
Essa realidade de opostos que se chocam e contradizem faz-nos refletir e tomar uma atitude em prol de uma ou de outra, da qual dependerá o sucesso ou não de nossa vida de relações, paixões e ações, razões e emoções.

15. A Cultura do Descartável

Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.


16. O Medo, o pânico e o desespero das pessoas, assim como suas dores e sofrimentos, e suas doenças, moléstias e enfermidades

O Auge das nossas limitações extremas e o ponto mais crítico de nossos limites naturais e existenciais, ocorre quando os nossos corpos físicos, as nossas mentes conscientes e os nossos espíritos transcendentes sofrem a dor, experimentam a dor da alma, a dor biológica e psicológica, a dor espiritual, a dor que fere e machuca a vida de cada um de nós, alterando então nossas atitudes e comportamentos, agitando nossas cabeças e transformando as nossas consciências, mudando os nossos hábitos e costumes, modificando a raiz de nosso equilíbrio mental e emocional, ao ponto de muitas vezes chegarmos ao exagero do desespero, ao medo sem medidas e ao pânico comportamental descontrolado, violento e assustador.
A Dor é um mistério.
Mas ela é real, acontece mesmo.
E com ela surgem as doenças, crescem as moléstias e agravam-se as enfermidades.
No limite da dor e na fronteira do sofrimento, e às portas da morte, quase sempre perdemos a estabilidade, falta-nos o devido juízo e o correto bom-senso, e o desespero nos pega de surpresa, e ficamos com medo de tudo e de todos, e entramos em pânico, querendo ao mesmo tempo quebrar tudo pela frente, arrebentar com todas as coisas, tornando assim a violência e a pancadaria as soluções imediatas que encontramos para o nosso então desequilíbrio de vida, o que nos faz cair na lata do lixo da existência e no vazio e o nada espirituais.
Aí quase enlouquecemos, nos perturbamos internamente, perdemos a paz interior e o bem que antes costumávamos fazer.
Foge de nós a calma e a tranqüilidade não quer saber mais da gente.
E parece que até Deus desaparece nessa hora.
Ficamos aflitos e em conflito uns com os outros, inquietos e inseguros, insensíveis e indiferentes diante do ambiente que nos cerca.
Ao nosso lado e em torno de nós observamos só inimigos, adversários de plantão querendo nos derrubar e destruir, desejando o nosso fracasso e prejuízo, tentando nos estragar de vez por dentro e por fora.
Ora, perdemos o controle e o domínio de nós mesmos.
Precisamos de ajuda.
Diante de nossos limites, então, alguém surge para nos ajudar.
E vemos assim que somos dependentes.
A Dependência nos revela as nossas limitações neste mundo.
Sim, somos dependentes.

17. O Fator Psicológico

Com todo o respeito e boa educação que são devidos nessa difícil hora da tua vida, permite-me Dona Maria de Fátima te apresentar uma palavra amiga, uma mensagem de esperança, uma carta de orientação psicológica diante dos problemas que tu enfrentas nesse instante, perante as dificuldades, contrariedades e adversidades que te chegam a todo momento seja do trabalho ou da família, seja das tuas ocupações variadas ou te tuas preocupações exageradas, seja da parte do Thiago ou da garota dele, seja dos teus amigos e amigas, conhecidos e conhecidas, parentes e familiares.
Creio por experiência de vida que se a cabeça está boa, então tudo vai bem na nossa vida.
Não importam o lugar ou o ambiente em que nos encontramos de vez em quando, nas diversas horas do dia, ou a situação difícil que atravessamos diariamente ou as circunstâncias quase impossíveis que vivemos durante o dia e a noite, e até de madrugada, como por exemplo o controle do diabetes, os remédios que precisamos tomar, os exercícios físicos que necessitamos fazer como a ginástica ou o teste de Cooper ou as corridas bastante cansativas na Praça Afonso Pena, como tu já nos disseste, ou as andanças e longas caminhadas até a Penha, ou Niterói, ou ao Rio Comprido e à Tijuca, ou ao Méier, sempre dando aulas online e presenciais, ou dirigindo uma escola, ou corrigindo provas e pesquisas da Estácio, ou gerando questões para Concursos, ou operando o teu tempo no MV1 ou no Colégio Padre José de Anchieta, a todo instante em contato com professores, gestores e colegas de trabalho, dirigindo-se a esses locais a pé ou de ônibus ou de metrô ou de automóvel, além é claro das gritarias e discussões com o Thiago ou com a mulher dele dentro ou fora de casa por quaisquer motivos, e ainda os teus compromissos e responsabilidades cotidianas que tu, por ser uma pessoa direita, te vês obrigada a cumprir e realizar, enfim, em toda a tua problemática existencial que tu carregas hoje aqui e agora em tua vida, vivências e experiências de cada dia, não interessam as crises que tu possas atravessar ou as enfermidades que tu tenhas que assumir, em tudo isso é necessário ter uma cabeça boa que administre bem os teus bens, o teu patrimônio, os teus problemas e as tuas coisas, que controle bem a tua mente e as tuas emoções, que te leve ao razoável domínio de ti mesma, mantendo sempre o bom equilíbrio, o juízo ordenado e o bom-senso organizado capazes de te dar então uma vida boa, de atitudes sensatas e disciplinadas, de sentimentos bonitos e profundos e de pensamentos e idéias que te ajudem a viver bem e curtir bem as boas coisas que a vida nos dá.
Como se observa, nossos problemas externos e nossas preocupações do dia a dia têm uma origem interior, psicológica, espiritual, a qual se não for resolvida, propiciará a continuidade das situações contrárias e das circunstâncias adversas.
Portanto, ordenar a nossa mente, disciplinar a nossa razão e organizar a nossa vida, conhecimentos e experiências de cada momento, é vital para consertar os nossos erros diários, diminuir os nossos defeitos de cada instante, equilibrar as nossas finanças, economias e orçamentos domésticos, ajeitar a nossa vida cotidiana, administrar bem nossas tarefas e trabalhos que a toda hora exigem de nós competência e habilidade, vocação e profissionalismo, compromisso e responsabilidade, e acima de tudo sustentar a nossa calma interna e garantir a nossa tranqüilidade interior, tornando-nos cidadãos e cidadãs de qualidade de vida comprovada cujo Fundamento é óbvio é o Senhor nosso Deus, Razão Suprema e Inteligência Superior.
Em vista disso, considero importante que tu não te preocupes nesse período de adversidades com tanto elementos externos, como um novo apartamento para o Thiago, as contrariedades em casa ou no emprego, as dificuldades com a tua saúde, ou os relacionamentos críticos e dialéticos com que tu convives diariamente; todavia, mais interessante do que isso deve ser: garantir a tua saúde pessoal que começa na cabeça, organizar a tua vida e as tuas idéias dando ora e outra uma “paradinha de Pelé” em que crias silêncio no teu cotidiano, intervalos de vida onde possas colocar tudo em ordem, condições necessárias para tu saires da rotina que mata, garantir a tua segurança interior, manter a calma precisa e a tranqüilidade indispensável que te farão bem, e te darão paz social e repouso espiritual.
Tudo isso é apenas uma palavra amiga, um conselho espiritual, os quais te ajudarão a viver uma vida feliz e de bem com tudo e com todos.
Desejo te ajudar.
Conta conosco.
E conta com Deus também nessa hora aparentemente impossível.
Que Ele, o Senhor, te ajude igualmente.

Beijos,

Chico da Glória

18. A Lei da Atração Energética

Quando o homem e a mulher se atraem, se amam e se desejam sexualmente manifestam a lei da atração energética, presente, insistente e existente na natureza humana, criada por Deus, o Senhor.
São reflexos dessa lei ainda o bem que atrai o bem, a paz que atrai a paz, o amor que atrai o amor, a vida que atrai a vida, o respeito que atrai o respeito, a responsabilidade que atrai a responsabilidade, a justiça que atrai a justiça, o direito que atrai o direito, a verdade que atrai a verdade, a luz que atrai a luz – energias que se atraem e se complementam, produzindo frutos, efeitos e consequências em prol da coletividade, em favor da sociedade, em benefício da humanidade.
Se o bem atrai o bem, igualmente o mal atrai o mal, o mau atrai o mau, a violência gera violência, a maldade produz maldade e a ruindade leva as pessoas à marginalidade, à exclusão social e à corrupção moral e espiritual.
Energias que se atraem.
Forças que se complementam.
Poderes que se ajudam para o bem ou o mal das pessoas.
A Energia do bem atua em favor do progresso e da paz pessoal, social e ambiental.
A Força do bem constrói a fraternidade e a solidariedade.
O Poder do bem cria condições boas de vida, saúde, trabalho e educação para as pessoas que vivem e convivem em sociedade.
O Bem e a Bondade atraem coisas boas, positivas e otimistas, boas virtudes morais e espirituais, boas maneiras de ser, pensar e existir, boas idéias e bons ideais, boas experiências de vida, boas ideologias sociais, políticas e econômicas, boas teorias e boas práticas, bons desejos e boas intenções e interesses, boas ações e boas atitudes que ajudam a todos e cada um a possuir boa qualidade de vida, boa situação financeira, bons compromissos sociais, bom respeito pessoal e boa responsabilidade social, cultural e ambiental.
O contrário também acontece.
O Mal e a maldade criam a divisão e a prisão, a opressão e a escravidão, a marginalização e a exclusão, o egoísmo e a falsidade, a corrupção e a imoralidade, os vícios e defeitos, a miséria e a ignorância.
Essas energias, forças e poderes que se atraem e complementam, e se ajudam umas às outras, tanto da parte do bem como do mal, vivem intrinsecamente no interior da natureza, e inclusive da natureza humana.
Atraimo-nos uns aos outros.
Dependemos uns dos outros.
Que Deus, o Senhor, venha em auxílio da nossa fraqueza, e nos ajude a superar os limites da natureza, apontando-nos o melhor caminho a seguir, o caminho do bem e da paz, do amor e da vida.
Deste modo seremos realmente livres e felizes eternamente.

19. O Equilíbrio do Universo

A Vida humana, o tempo e a história, a natureza e o universo, o corpo material, mental e espiritual, movimentam-se equilibradamente, alternando-se entre a ordem e o progresso, a estabilidade e o crescimento, a constância e a evolução, a permanência e o desenvolvimento, o repouso e o trabalho, o descanso e a mobilidade. Esse estado de equilíbrio (justiça) é projetado, pensado, ordenado e organizado pela Razão Superior, que chamamos de Deus, o Senhor, o Criador.

20. A Ordem da Natureza

A Realidade obedece a uma ordem do pensamento.
Na realidade natural universal, existe uma lei(ordem,direito) produzida pelo Pensamento Superior, Razão Suprema, Inteligência maior e melhor.
O Pensamento pois é o responsável pela ordem existente e insistente no interior da realidade natural universal empírica objetiva.
Tal Pensamento Superior e sua lei(ordem,direito) está presente, existente e insistente, inclusive, na natureza humana, esta obedecendo àquela.
Esta é a ordem real natural.

21. A Lei da Natureza

A Natureza humana possui uma lei: a lei natural.
Diz a lei natural:
- faça o bem e evite o mal
- procure a paz e não a violência
- ande na luz e não nas trevas
- pratique o amor e não o ódio
- viva a vida e não a morte
- busque a verdade e não a mentira
- seja direito e não errado
- deseje a justiça e não a injustiça
Diz ainda a lei natural:
- sexo com amor somente entre o homem e a mulher que se amam
Diz também a lei natural:
- Deus, o Senhor, é o Criador da lei e igualmente da natureza humana.

22. A Lei do Eterno Retorno

Historicamente, durante a caminhada temporal da humanidade, em seus ambientes locais, regionais e globais, do princípio ao fim, constatou-se e comprovou-se a lei do eterno retorno. Em outras palavras, o bem e o mal sempre conviveram, com vitórias e derrotas para ambos os lados, dentro e fora do contexto tempo-espacial e eterno dessas mesmas sociedades humanas, geograficamente instaladas e historicamente constituidas. Ou seja, ora o bem vence ora o bem é derrotado. Ora o mal ganha ora o mal perde. Assim é a vida das comunidades humanas, da natureza vegetal e animal e do universo inteiro com seus momentos de luz e de trevas, com suas situações positivas e negativas, com suas circunstâncias otimistas e pessimistas, com suas condições naturais, culturais e ambientais cheias de contrariedades e adversidades, ou plenas de alto astral e auto-estima elevada.
Tal é a lei do eterno retorno.
O Bem retorna vencendo o mal
O Mal retorna ganhando do bem.
Ora a paz e a concórdia.
Ora a guerra e a violência.
Em um instante, a fraternidade e a solidariedade; logo depois, a divisão, a exclusão e a marginalização social.
Surge então uma questão importante: o bem e o mal, serão 2 princípios eternos ? Existirão, convivendo um com o outro, 2 deuses infinitos ? 2 reis, 2 mestres, 2 doutores, 2 fontes, 2 princípios, 2 origens, 2 fundamentos, 2 deuses, 2 senhores ?
Não sabemos.
No entanto, a experiência cotidiana nos afirma a insistência desses 2 momentos antagônicos, antitéticos, contrários, adversos, graves, críticos, dialéticos, contraditórios...
Cabe a nós escolher o nosso caminho.
Eu opto pela estrada da liberdade e da felicidade que me levam a Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, o Fundamento de todos os fundamentos.

23. A Vida é uma Dialética

Muitas vezes em nossa vida diária através de uma idéia que surge em nossa mente construímos um mundo de possibilidades para a nossa existência, criamos novas realidades e diferentes experiências, produzimos ricos conteúdos de conhecimento de qualidade, como em um processo TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE, que denominamos de movimento dialético, onde um fenômeno que acontece no cotidiano é contraposto por outro, e este por sua vez sofre uma diversa contradição gerando então um fenômeno agora transformado, resumo dos contrários que o antecederam, produto das adversidades que o geraram.
Assim é a vida de cada dia e de cada noite.
Vivemos por meio de contradições, que se guerreiam umas com as outras, gerando novos contrários e diferentes realidades contraditórias cuja síntese é um perfeito universo de experiências que tendem para o bem que fazemos e para a paz que vivemos, visto que a nossa natureza é boa originalmente, porque vem de Deus, e tudo o que ela cria e propaga caminha para a nossa felicidade e bem-estar, desenvolvendo em nós, de nós e para nós, e por nós, a boa liberdade que se identifica com o direito e o respeito vividos, a responsabilidade em nossas atitudes e relacionamentos, o juízo e o bom-senso em nossas atividades, o nosso equilíbrio mental e emocional, o controle da nossa cabeça e o domínio de nós mesmos..
Portanto, através de contradições sempre novas e diferentes vamos construindo a vida, articulando outras realidades e condicionando diversas experiências fecundas e profundas, sempre nesse processo dialético em que uma palavra produz palavras que se contrariam que por seu lado geram outras palavras que se contradizem, permitindo ao final a síntese de uma ótima ideologia transformadora, que então modifica para melhor os nossos ambientes de vida, metamorfoseando o nosso cotidiano, dando-nos pois a possibilidade de uma vivência mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, mais livre e feliz, mais saudável e agradável.
Viver portanto é contradizer e contradizer-se, o que nos propicia novas atitudes perante a realidade, diferentes olhares sobre o cotidiano, outras posturas sociais diante dos problemas, gerando-nos uma vida de possibilidades múltiplas e de alternativas diversas, mais rica em conteúdo e mais perfeita na sua experiência de cada instante.
Somos dialéticos.
Por meio da dialética, o mundo se desenvolve, a vida se processa, a realidade progride, o ambiente evolui, e crescem as nossas melhorias sempre mais abertas e libertas, renovadas e restauradas, recuperadas e regeneradas, em um movimento perene de grandes descobertas que se concretizam e de gigantescas revelações que nos surpreendem a todo momento.
Dialetizando, a vida se constrói.
Ficamos mais ricos.
Nos tornamos mais perfeitos.
Aumenta a nossa qualidade de existência.
Superamos limites.
Ultrapassamos obstáculos.
Transcendemos as barreiras dos preconceitos mentais e das superstições religiosas.
Vivemos então a excelência de uma realidade humana, naturalmente constituída e culturalmente desenvolvida.
Metamorfoseamos assim as nossas experiências e situações diurnas e noturnas.
Nos transformamos para melhor.
De bem com a vida e em paz conosco mesmo, vamos gerando novas dialéticas e fazendo das contradições presentes que aqui e agora se processam pontes para a felicidade, ferramentas de renovação interior e exterior e instrumentos de libertação material e espiritual, física e mental.
Que Deus abençoe pois as nossas dialéticas cotidianas.

24. O Controle alheio sobre nós mesmos
Mudanças temporárias
Transformações inconscientes
Metamorfoses involuntárias

Parece mesmo que a história da humanidade tem sido desde as suas origens mais remotas uma história de relações de poder, onde um sempre domina o outro, de tal maneira que o que eu penso é o pensamento alheio, os meus desejos já são desejados por outros, minha vontade já não é minha, pois sou manipulado por outras cabeças diferentes e até contrárias à minha, explorado pelos poderes de pessoas diversas que me hostilizam e querem sempre o meu prejuízo, monopolizado pelas adversidades e contrariedades do ambiente em que estou ou vivo a cada momento, dominado pelos pontos de vista de outrem, dependente dos interesses de outros seres que me olham com desdém, ignorando os meus direitos e a minha dignidade de pessoa humana, tornando-se então indiferente aos meus desejos e necessidades, e insensível às minhas dores e aos meus sofrimentos de cada dia, como que tentando roubar a minha alma e assaltar o meu corpo e o meu espírito, “chupando” como vampiros e sanguessugas o meu sangue inocente, destruindo pois a minha vida cheia de energia e estragando os meus talentos plenos de criatividade, capazes de me oferecer uma existência nova e liberta de tiranias de egos e de autoritarismos de poderes, que anseiam loucamente por me escravizar com todas as forças e me aprisionar com todas as covardias possíveis e injustiças cabíveis.
Vejam a que nível pode chegar a maldade humana, a loucura das pessoas que têm algum poder e a ruindade de seus arbítrios inflamados de maus interesses e más intenções.
De fato, o poder corrompe as pessoas.
Nesse processo de dominação, que inconscientemente observo em mim e através do meu eu, vejo mudanças acontecerem ainda que provisórias ou temporárias, sinto transformações que me deixam transtornado, alienado, irracional e irreal, experimento uma espécie de metamorfose interior onde minha vontade não é mais respeitada, minha visão de mundo não é mais aceita, e a consciência dos meus atos não é mais compreendida nem permitida por quem faz de mim objeto de seus desejos egoístas, coisa manipulável, instrumento de exploração e ferramenta capaz de me usar tendo em vista as suas intenções violentas e maldosas e seus interesses obscuros, alienantes e mortíferos, porque ao final de toda essa exploração interpessoal e interdependente, encontro-me “morto”, com a vida acabada, sem chances de recomeçar, sem oportunidades que me possibilitem sair dessa situação escrava cujas circunstâncias prisioneiras e que me carregam de algemas ideológicas e cadeias psicológicas realizam em mim de fato uma verdadeira “lavagem cerebral”, a partir da qual eu não mais existo, não sou nada, não tenho absolutamente coisa alguma, não sou mais uma pessoa comum, como qualquer outra que vem a este mundo.
Dependente dessa outra pessoa cujo poder me explora, manipula e monopoliza, modifico-me internamente, assumindo de ora em diante os conceitos e ideologias dessa pessoa poderosa, que faz a minha cabeça, dominando-me quase que totalmente, exercendo sobre mim com todo o arbítrio possível a força de me transformar em sua boneca de estimação ou em seu cachorrinho vira-latas, mudando desse modo o meu caráter e alterando assim a minha personalidade, a partir de agora sujeita a seus caprichos e interesses, arbítrios e intencionalidades, de tal modo que a minha consciência agora é a consciência do outro, assim como a minha vontade é a sua vontade e os meus desejos os seus desejos mais aviltantes e degradantes ao ponto de me colocar na “lata do lixo” da existência, no “buraco negro” de uma realidade triste e infeliz, e no “fundo sem fundo” do abismo do inferno.
Eis a intervenção alheia na minha subjetividade.
É a sua interferência arbitral, insensível e indiferente sobre o meu ego, a minha pessoa cuja dignidade e liberdade nos são dadas pelo Criador, o Autor da Vida, Deus e Senhor, que durante esse movimento de exploração alheia sobre mim vem observando os meus passos, na tentativa correta e direita de fazer justiça a meu favor oferecendo-me os benefícios de sua Divina Providência.
Tal dinâmica de sujeição, prisão e escravidão de uma pessoa pela outra exige de nós uma atitude comprometida e responsável capaz de derrubar esses limites de dominação e suas fronteiras de exploração de um ego sobre o outro, defendendo os direitos da vida e advogando os seus anseios de liberdade e felicidade em nome do Deus da Vida e Senhor da Justiça.
Que Deus nos ajude a ser justos diante dessa relação de poderosos e escravos, dando vitória à vida dos injustiçados, que como os outros merecem uma existência de dignidade e qualidade de vida cujo reconhecimento deve ser dado pela conjuntura da sociedade e o bom-senso das pessoas perante as quais essas realidades acontecem.
Sejamos justos.
Defendamos a vida.
Exaltemos a liberdade.
E que a vitória seja da felicidade.

25. Somos Dependentes/1

Inter-Dependência
Razão Social, Consciência
Coletiva e Inteligência Comunitária

Dependemos uns dos outros.
Temos necessidade de interagir e compartilhar nossas idéias e ideais, intenções
e interesses, símbolos e valores, imagens e vivências.
Em nossa realidade prática cotidiana, nos movemos e nos comunicamos, construindo a vida e destruindo a morte, criando iniciativas e oportunidades de comunicação, abertura de possibilidades, renovação de trabalhos, atividades, operações e exercícios sociais, políticos, econômicos e culturais, libertação de preconceitos e superstições irreais e irracionais, anti-culturais, impossaibilitando a negação, os contrários e as contradições de uma experiência do bem que se faz e da paz que se vive, do amor que se pratica e da vida que se partilha, se comunica, interagindo com as pessoas, favorecendo uma sociedade comprometida com a fraternidade e a solidariedade cuja saúde social e bem-estar coletivo se identificam com comunidades seguras e estáveis garantidas pelo respeito pessoal e a responsabilidade social e ambiental que devem assumir tais experiências existenciais comunitárias.
Precisamos uns dos outros.
Desejamos uns aos outros.
Necessitamos repartir nossas riquezas culturais, nosso abertura social, nosso compromisso político, nosso crescimento econômico e nossa consciência ambiental.
Dependemos uns dos outros.
Somos dependentes.
Somos inter-dependentes.
Nossa dependência física, mental e espiritual propicia a geração de favores e benefícios cujos frutos e consequências vêm ajudar nossa pobreza e miséria existenciais, tornando possível uma nova experiência de vida onde não se admitem excluidos e marginalizados, nem presos nem escravos, nem cegos nem doentes, mas sim construtores de saúde social e bem-estar coletivo, criadores do bem que se distribui e da paz que se partilha, interagindo então com situações reais cotidianas em que todos e cada um encontram as alternativas de ser feliz, alegre e contente.
Com otimismo e positivismo, animando as pessoas ao redor, motivando sua auto-estima e alto-astral, incentivando seus trabalhos e atividades em prol da coletividade, sua emergência social e emancipação política, sua pluridade cultural e seu desenvolvimento econômico, podemos realizar projetos de vida voltados para a construção da cultura da vida, do bem e da paz, ignorando os valores e tendências da cultura da morte, da maldade e da violência.
Porque dependemos uns dos outros, é possível construir melhores condições, relações e situações de vida, trabalho, saúde e educação para todos nós, fugindo de experiências negativas contrárias à busca de nossa liberdade pessoal e felicidade coletiva.
Nossa inter-dependência faz-nos responsáveis uns pelos outros, favorendo uma convivência socual em que o respeito e o direito vividos são os motores do bem-comum social, do bem-estar coletivo e da paz e do bem comunitários.
Que Deus, o Senhor, nos ajude em nossos projetos sociais, nossos planos econômicos e nossos compromissos políticos, nossas atividades culturais e nossos exercícios éticos e morais, possibilitando um futuro-presente de paz e saúde para todos nós.

25-A. Somos Dependentes/2

Inter-Dependente

Nestes 49 anos de vida, agradeço a Deus, o Senhor, a graça de ser dependente.
Dependente de Deus, o Senhor, em primeiro lugar.
Dependente da minha mãe, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes.
Dependente da minha família.
Dependente dos meus amigos.
Durante a vida, aprendi a ser dependente,
aprendi a ser pobre,
aprendi a ser amado,
aprendi a ser ajudado.
Percebi, tomei consciência, aprendi como é importante ser dependente.
Depender dos outros.
E os outros dependerem de mim.
Ser inter-dependente.
Manter essa inter-dependência.
Permanecer inter-dependente.
Dependermos uns dos outros.
Ajudar-nos uns aos outros.
Amar-nos uns aos outros.
Acho que Deus é assim.
Amar e ser amado.
Ajudar e ser ajudado.
Eu depender dos outros e os outros dependerem de mim.
Acho que esse é o sentido da vida,
a razão de existir,
a essência da existência.
Dependemos uns dos outros.
Somos pobres.
Graças a Deus.

26. O Respeito à Natureza

Respeitar-nos é a condição da ordem interior, da saúde quase perfeita, da felicidade biológica, psíquica e social, e do bem-estar material e espiritual, físico e mental, que buscamos e lutamos por viver nesta vida temporal e eterna, histórica e transcendente.
Se desejamos a paz interna e ficar de bem com a vida, então batalhemos por respeitar e levar a sério a natureza humana, assim como reverenciar os outros seres naturais como os animais e as plantas, que têm vida, e por isso merecem a nossa veneração e consideração.
Sejamos naturais.
Respeitemos a nossa natureza.
Sejamos compreensivos e procuremos entender os nossos limites naturais, as nossas condições humanas, as nossas diferenças sociais, as nossas definições temporais e os nossos determinismos históricos, assim também as regras da sociedade e os padrões de comportamento do homem e da mulher que o mundo nos impõe.
Nos respeitemos.
E respeitemos os outros.
E respeitemos a Deus em primeiro lugar.

27. Os Preconceitos Mentais e
as Superstições Religiosas

Tanto os bloqueios mentais – como os preconceitos – como os travamentos irracionais – como as superstições – assim igualmente as confusões da consciência e as complicações irreais, constituem limitações da vida humana no seu processo de construção de conhecimentos sólidos, de uma cultura forte e saudável, de idéias e ideais bem fundamentados em seus valores, virtudes e vivências, os quais sempre fazem o caminho do progresso físico e mental, material e espiritual, suportando nessa caminhada crescente e evolutiva choques de culturas diferentes e conflitos de mentalidades diversas, verdadeiros limites do desenvolvimento humano, naturalmente produzido e culturalmente articulado, enfrentando pois a violência da linguagem dogmática e de suas expressões fantásticas e imaginárias, representações portanto da irracionalidade inconsciente e da irrealidade plena de obstáculos em forma de palavras aberrantes e seus conceitos fechados e suas definições obscuras.
Essas travas da mente e tais bloqueios da racionalidade limitam a capacidade humana e sua criatividade, e as possibilidades que ela tem de se desenvolver em todos os sentidos da vida natural e existencial.
Superamos essas fechaduras da inteligência quando nos abrimos ao diálogo, renovamos nossas boas intencionalidades de crescimento interior e exterior, e nos libertamos de pessoas e ambientes contrários aos nossos bons propósitos de progresso em todas as áreas do conhecimento, da ética e da espiritualidade.
Através do debate, ultrapassamos essas barreiras da mente.
E transcendemos as fronteiras da miséria e da ignorância.

28. As Fechaduras das Prisões Ideológicas

Ao abraçarmos uma determinada ideologia de algum poder ou grupo partidário, esses conjunto de idéias que formam e representam a teoria de tal partido político, nos fecham para outros ideais, bloqueando nossa entrada simultânea ou não em outra esfera política, travando nossas alternativas de liberdade que poderiam ou não escolher outras, novas e diferentes ações partidárias, de acordo sempre com nossas opções ideológicas ou tentativas de abertura para diversas representações racionais de cunho politizante.
O que acontece é que nesse momento em que abarcamos essa representação ideológico-partidária nos fechamos quase que totalmente em uma prisão de idéias e valores, símbolos e imagens, práticas e vivências, que agora nos escravizam, das quais passamos a depender, por elas então manipulados em nossas consciências, dominados por seus arbítrios incontidos, explorados por suas tendências opressoras, oprimidos por sua violência desrespeitosa e monopolizados por seu universo sem saída, sem portas nem janelas, portanto, um mundo obscuro que na verdade nos aliena quase que completamente da realidade ao nosso lado e em torno de nós.
O Poder central do partido e sua ideologia política fecham as nossas liberdades, alternativas de saída e as nossas opções de abertura, aprisionando-nos em seu mundo de cadeias bem ordenadas e escravizando-nos em seu universo de cárceres bem organizados.
Limitados então por essas fechaduras, vemo-nos ludibriados por suas vantagens aparentes, enganados por seus interesses passageiros e desvirtuados por suas aberrações sem benefício algum para nós.
Nos limites da prisão e nas fronteiras da escravidão, tentamos derrubar suas fechaduras arriscando a nossa vida diante da violência do partido, do desvio da ideologia e da maldade do poder.
Nessa hora, só nos resta rezar.
Pedir a Deus a nossa libertação.
Salvar-nos de tamanha covardia e de tão cruel injustiça.
È difícil superar essas limitações, porém não impossível.
Precisamos de um pouco de malandragem.
E da ajuda de Deus, é claro.

29. A Escravidão psíquica e bio-social

Cegos internamente, doentes emocionalmente e escravos mental e socialmente, muitas vezes nos alienamos da experiência real cotidiana porque seguimos pontos de vista nossos e dos outros que na verdade nos tornam dependentes patológicos, pois assumimos idéias e valores doentios, que nos afastam de nossos amigos e familiares, nos isolam do ambiente em que vivemos, nos fazem pessoas solitárias, irrealistas e irracionais, inconscientes e imaginárias, enlouquecidas portanto por visões de mundo que nos são indiferentes, não tem nada a ver conosco, insensíveis aos nossos comportamentos, que ignoram nossos desejos e necessidades, mas que são atraentes para nós, fazem a nossa cabeça, conquistam o nosso coração, embora às escondidas riam da nossa cara, nos ignorem e desprezem.
Sofremos com essas humilhações involuntárias.
Adoecemos com esses interesses alienantes.
Dependemos patologicamente de tais iniciativas culturais, que não estão nem aí para nós, nem dão vez e voz para os nossos gritos de dores psicológicas e espirituais, sociais e biológicas.
Nossos gritos dolorosos na verdade não são ouvidos, todavia abafados por estranhos interesses e sufocados por esquisitas intencionalidades.
Escravos e dependentes, nos encontramos em uma rua sem saída.
Só nos resta então acordar, e recomeçar a nossa vida, refazendo a nossa cabeça, optando por outras interpretações da realidade que nos renovem interiormente e nos libertem externamente.
Sim, precisamos de uma outra cabeça.
Nova e diferente.
Desse modo, superaremos esses limites.

30. O Limite é o nosso
Equilíbrio e Bom-senso

Nas circunstâncias mais difíceis e quase impossíveis de viver, diante dos graves problemas e dificuldades do dia a dia, perante as situações mais críticas e dialéticas, tristes e angustiantes, aflitas e desesperadoras, como a doença de um parente ou a morte de um conhecido, o desemprego de um amigo ou a briga com a namorada, em quaisquer momentos de contrariedades em nossos relacionamentos e adversidades no trabalho ou dentro da família, em todos os instantes da existência cotidiana em que nos deparamos com conflitos e violências, maldades das pessoas e ruindades dos marginais e traficantes de nossa realidade atual, sempre nessas horas boas ou contraditórias devemos ter equilíbrio mental e emocional e usar o nosso bom-senso racional e consciente para bem administrar as nossas atitudes, bem ordenar os nossos comportamentos, bem disciplinar as nossas atividades e bem organizar os nossos exercícios da mente, do corpo e do espírito.
Sim, o nosso limite natural, humano e consciente, que nos faz viver bem e gozar com qualidade as boas coisas que a vida nos dá, que nos torna autênticos e transparentes em nossos atos sociais, políticos e econômicos, que nos transforma em bons cidadãos e cidadãs livres e felizes no interior de nossas sociedades, que realiza o nosso processo permanente de construção interior e exterior, a partir do qual podemos crescer humanamente, evoluir natural e culturalmente, progredir física e mentalmente, nos desenvolver material e espiritualmente, emergir socialmente, nos emancipar politicamente, dilatar a nossa boa compostura ética e aumentar o nosso compromisso com Deus e com a nossa comunidade, alargando com os outros os nossos laços de amizade, fraternidade e solidariedade, é sem dúvida alguma o nosso bom equilíbrio da mente e o nosso bom-juizo racional, ferramentas da natureza que o Senhor Deus se instrumentaliza para nos ajudar a ter boa saúde pessoal e bem-estar coletivo, configurando assim uma humanidade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Sensatos e equilibrados nos tornamos mais humanos, mais naturais e mais conscientes de nossos direitos e obrigações no meio da sociedade.
Eis o limite natural de nossa humanidade.

Conclusão

Compreendendo os nossos limites naturais e existenciais é possível respeitá-los em nós e nos outros, assumindo a partir de então um comportamento ético bem equilibrado, capaz de entendê-los e bem conviver com eles, propagando para todos a necessidade presente de tomarmos conscientização desse problema real, ajudando as pessoas ao nosso lado e ao nosso redor a saber a importância deles nessa hora atual da história da humanidade, tendo em vista a sua boa vida neste mundo e além, a sua ótima qualidade de vida e existência, as quais serão alcançadas com o nosso respeito próprio e alheio e com a responsabilidade de agirmos já em função do bem-estar de nós e de nosso semelhante.
Nos limites do nosso bom-senso, a nossa verdadeira saúde, a nossa real liberdade e a nossa autêntica felicidade.
Que então portanto nesse momento o respeito seja a nossa marca.
Que Deus nos ajude.