sábado, 10 de março de 2012

Anoiteceu

Podem me chamar de Noite

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No dia a dia da vida cotidiana, prefiro as contradições de uma realidade turbulenta do que as luzes mais claras do amanhecer de um sol de verão, porque a dialética move as pessoas, as contrariedades movimentam a sociedade e as adversidades mobilizam os homens e as mulheres em busca de melhores soluções para seus problemas, boas respostas para suas tantas perguntas, resoluções mais razoáveis para suas imensas interrogações e grande número de questões. Prefiro a Noite. Gosto das trevas de uma madrugada sombria onde consigo ordenar o caos da minha consciência, disciplinar meus hábitos, costumes e atitudes e organizar minhas idéias e conhecimentos quase que perdidos dentro de mim. Adoro as trevas que me trazem a luz do dia, as estrelas da noite e o farol mais brilhante do interior dos mares condutor de barcos e navios e seus passageiros em meio a oceanos violentos de ondas agressivas e marés altas e baixas. Aprecio a escuridão. Porque nela sei que a luz vai surgir a qualquer momento e uma lâmpada se acenderá para dirigir meus passos e guiar minhas ações. Na Noite, encontro o sol da minha vida apesar da obscuridade da madrugada e das trevas de um anoitecer sem lua nem estrelas. Na Noite, acordo para viver o dia que amanhece com mais força e intensidade, com mais luz e energia. Dentro da Noite, encontro a Deus, a Luz da minha vida. Por isso gosto do Anoitecer. Pois sei que Alguém vai iluminar meus problemas, responder minhas dificuldades e resolver meus conflitos internos e externos. Com a Noite, cresço e evoluo mentalmente, meu corpo fica mais saudável e minha alma tem vontade de viver com mais tesão e vontade de progredir na vida de todos os dias, noites e madrugadas, dentro de cada hora, minuto e segundo. Na Noite, sou mais eu. Gosto de viver antecipadamente o dia que vem surgindo. Então planejo a vida, programo meu dia e passo a viver com mais luz, força e alegria. Fico mais otimista. Mantenho o equilíbrio e o bom-senso. Sou mais jovem espiritualmente. Então, Deus acontece na minha vida. Fico mais humano e divino. Ora, quando as trevas tomam conta de mim, e no convívio com os problemas diários e noturnos encontro a felicidade que busco e a paz que eu procuro, então me vem a tranquilidade de uma vida que não foge de seus conflitos internos e externos, mas que encontra a calma interna em meio a essas dificuldades e contradições do cotidiano, tem repouso espiritual diante das aberrações da mente e dos desvios de conduta, recebe descanso psicológico, familiar e social quando perante as turbulências da realidade e a violência urbana e rural acha tempo e espaço para ser feliz, fruto de uma liberdade equilibrada e sensata, otimista com a vida e alegre com as pessoas, sempre sorrindo para aliviar as tristezas e amarguras da sociedade, e caminhar aspirando por saúde física e mental e bem-estar material e espiritual. Na Noite, em meio à obscuridade da madrugada, no silêncio das trevas e no vazio de quem dorme sem cessar, penetro minha interioridade e me deparo com Deus, razão da minha Noite, Luz das minhas trevas e lâmpada sempre acesa a dirigir meus comportamentos, a guiar minhas atitudes e levar adiante minha ações de bem com a vida e em paz com a minha consciência. De fato, é na guerra que encontro a paz, nos conflitos acho a tranquilidade e nas contradições e angústias consigo reencontrar a calma da alma e o repouso do espírito. Sim, o segredo não é fugir dos problemas, todavia saber conviver com eles, e neles encontrar a paz procurada. Então, identifico na Noite das minhas dificuldades e nas trevas das minhas contradições e conflitos, o sentido da minha vida e a razão da minha existência. Na Noite, encontro a luz, e o sol se antecipa para nascer de madrugada, dentro da escuridão que aponta para as estrelas do céu, nossos guias pela estrada da vida. Sou a Noite. Na Noite, achei Deus.

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Ao se produzirem as guerras cotidianas, os conflitos de consciência, as contradições da realidade e as dificuldades internas e externas, e os transtornos invadirem a minha alma e se ver cheio de distúrbios o meu espírito, então anoiteço, a luz me vem de madrugada, quando o Sol acorda mais cedo, iluminando minha inteligência com pensamentos saudáveis e idéias agradáveis, transformando minha obscuridade em um farol de lâmpadas acesas onde vislumbro o oceano de luz que invade o meu ser, fazendo brilhar minha Noite sem estrelas, quando então mergulho na paz do meu espírito e na tranquilidade da minha alma, mantenho o equilíbrio e o otimismo necessários para viver bem a vida que logo vai amanhecer. Ora, meu dia se esclarece e dissipa a escuridão do medo, pânico e aflição, que entortam meus afazeres, adoecem minhas atividades, prejudicam minhas ações e transtornam minhas atitudes. Busco então o Sol que se antecipa à manhã e descubro um novo mundo de possibilidades, de diferentes alternativas e de outras oportunidades identificadas com a saúde e o bem-estar que colorem a minha mente e o meu corpo, enriquecem minha alma e o espírito, embelezam a minha vida de grandezas incomparáveis frutos de uma natureza boa e de um universo amigo, criados por Deus. Então minha Noite se faz luz.

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Ao se fazer obscuridade em minha vida de cada dia e toda noite, então os conflitos se fazem presente interna e externamente, vivo a contradição em pessoa, minha consciência fica escura e anoitece o meu viver, sofrendo as consequências de uma sociedade violenta, de gente agressiva em meu entorno, chocando-me pois com um cotidiano transtornado onde os distúrbios da mente entram em briga com as indefinições de um comportamento triste, aflito e angustiado, com medo de tudo e de todos, em pânico porque a razão padece de contrariedades diversas e adversidades variadas, em luta contra si mesma, buscando tempo e espaço para viver e existir, à procura da luz e da paz interior que possa lhe devolver a calma da alma e do corpo e a tranquilidade da inteligência e do espírito. Ora, o sofrimento grita sem parar, a dor parece não acabar, a cruz é quem manda em nossas atitudes, e a nossa realidade se faz um calvário vivo e real, em que nos penitenciamos todos os dias com sacrifícios inteiros, empenhos de toda espécie e esforços por levar uma experiência de vida equilibrada em que o bom-senso seja a regra da vida pessoal e coletiva e o otimismo o caminho para o sucesso e a estrada de prosperidade para quem faz da família, da rua e do trabalho seus meios de felicidade, a partir de uma liberdade feita de escolhas e alternativas novas e diferentes, princípios de uma vida de estabilidade, tranquilidade e sustentabilidade. Eis que nessa Noite clara como a luz tudo se aquece e se vitaliza e todos se aproximam de nós para nos desejar um bom dia cheio de felicidade. É quando o dia amanhece e a Noite nos abandona para que o Sol não mais nos ignore e nos faça alguém nesta vida. Então nos tornamos vida e luz.

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Mergulhados em um cotidiano violento onde as pessoas sofrem a patologia de distúrbios físicos, mentais e emocionais, e transtornos materiais e espirituais, e as contradições da vida real são constantes, e transitórias e descartáveis se fazem as atividades humanas e ações e atitudes de grupos e indivíduos, configura-se então o estado de uma experiência chamada Noite, vazia de sentido e de significado ôco, pois seus conteúdos revelam a obscuridade das consciências, o apagão das mentes desavisadas e a escuridão de um dia a dia sem significado algum porque se hoje alguém casa com uma mulher, daqui a uma semana já estão separados, e ambos procuram um outro modelo de relacionamento mais tarde; no emprego, as pessoas são mandadas embora pelo patrão para depois de um mês já estarem trabalhando em outra empresa, comércio ou indústria. É a cultura do descartável que atinge a política e a economia, a vida social e a cultura do povo, a ética e a espiritualidade de muitos sem princípios permanentes e carentes de valores absolutos. Reina pois o provisório, a inconstância comportamental, a fragilidade das religiões e a mentalidade identificada com ideais e pensamentos sem raizes fundamentais. Formata-se assim a Noite da humanidade. Todos buscam uma saida. Alguns se apoiam em ídolos, ideologias ou mitos da arte, do cinema e da televisão. O Mundo parece vazio. Anoiteceu nas sociedades modernas. O Sol não nasce mais. O Universo parou. A Vida se apagou. Todavia todos se movimentam à procura de uma resposta às suas indagações. Buscam sentido para a vida. E querem se segurar em um Deus qualquer que lhes dê tranquilidade e garantia de uma vida segura. É a experiência de quem está na Noite sem trevas porque uma luz brilha no final do túnel. A Noite ainda pode se fazer luz.

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Escurece em nossa vida quando nos sentimos desanimados com a existência, ou cabisbaixos preferimos nos isolar das pessoas e viver na solidão, ou praticamos atos de egoísmo nos entristecendo ao ver as coisas boas da vida e não podermos compartilhar de seu conteúdo rico de bondade e da beleza de Deus, ou ao sofrermos com o medo da violência na cidade e a constante briga e conflito na família, ou ao discutirmos com o chefe ou o patrão no emprego e sairmos dali aborrecidos e reclamando de uma realidade que não nos ajuda nem colabora conosco, ou ao fugirmos dos compromissos e responsabilidades, ou não termos respeito com os outros nem conosco mesmo. E assim anoitece em nosso cotidiano. Então, buscamos soluções e respostas para tantas perguntas e interrogações, desejando ansiosamente a nossa paz interior e uma vida de tranquilidade mental, emocional e espiritual. Procuramos calma, iluminadora de nossas noites de desespero, aflição e loucura. Queremos repouso e descansar nossos corpos e almas depois de um dia de turbulência no trabalho, dificuldades na rua e discussões na família. E ora pois Deus acontece. Alguém nos ilumina e algo nos fortalece. Tudo amanhece portanto em nosso fim de madrugada existencial. O Sol nasce mais uma vez em nossa vida diurna. Sim, Deus nos apareceu.

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As contradições da vida, as turbulências do tempo e da história e a violência dos campos e cidades, fazem adoecer e anoitecer as nossas sociedades, transtornadas pela falta de opções psicológicas e sem caminhos ideológicos que possam lhes causar saúde física e mental, e bem-estar material e espiritual, iluminando assim seus dias de inverno e obscuridade e fazendo brilhar estrelas de luz capazes de dissipar nossas trevas interiores e nosso mundo de exterioridades bastante patológico carente de alternativas de bem-viver e bem conviver socialmente. Sim, precisamos sempre de um farol no fim do túnel. Desse modo fugiremos das noites sem chão e sem fundamentos, das madrugadas sem portas nem janelas, e de um universo sem possibilidades onde tudo se fecha e se obstrui diante de nós. Assim é a nossa realidade cotidiana. Feita de luzes e escuridões, dias de paz e noites sem tranquilidade. É preciso inteligência para bem discernir os momentos de estrelas luminosas e os instantes sem princípios orientadores das nossas vivências sem raizes do bem e sem as bases da paz. Urge então ter paciência, medir os nossos passos e seguir a estrada dos bons valores da consciência em que a liberdade se torna propícia às nossas ótimas atitudes perante a vida e fazendo-nos realizar ações e atividades em prol do bem alheio, carregadas de fraternidade e solidariedade. Somente desta maneira podemos fugir da noite e mergulhar e nadar em dias de Deus, luminosos e fortalecedores de nossa caminhada terrena e eterna. Então, nossas noites se tornam luz. Deus é glorificado.

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Quando a Noite me vem parece que mergulho no túnel da vida certo de que ao final o dia amanhecerá cheio de luz, a luz do Sol a dirigir nossos passos e caminhos, a nos guiar pela estrada do cotidiano, a nos orientar para bem vivermos a realidade dentro e fora de nós. Nessa Noite, os pássaros cantam para enamorar as rosas de perfumes agradáveis. Os rios seguem para o mar avistando ao longe o oceano da eternidade para onde caminhamos pelas estradas do dia a dia. As baleias chegam perto das praias e avistam os elefantes para realizar dali uma paquera saudável. Sim, a nossa Noite é luminosa. Apesar dos contrários da existência, o Sol ainda nasce e a luz continua a brilhar nos faróis que guiam os navios pelo Atlântico e nas estrelas que acendem de brilho a lâmpada da madrugada. De fato, nossas Noites têm luz. Mesmo diante das contradições do tempo e as adversidades de uma sociedade violenta e turbulenta, ainda podemos respirar os ventos macios que sopram no início de todas as manhãs e ficar tranquilos, seguros e estáveis porque Deus existe e nos ajuda a percorrer com segurança as madrugadas da existência. Que bom saber que a Noite nos aponta sempre uma luz. Que bom ter a consciência de que no final do túnel uma claridade irá existir. Por isso, não tenhamos medo da Noite. A Noite nos traz estrelas que brilham e faróis que nos guiam pelos mares da vida. Tenhamos uma Noite de luz. Deus aí está.

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Turbulências, violência urbana e rural, confusão mental, complicações irracionais, distúrbios emocionais, transtornos físicos e materiais, vazios do espírito, enfim, toda sorte de conflitos internos, problemas espirituais e dificuldades na família e no trabalho, tudo isso faz anoitecer a nossa vida de cada hora, minuto e segundo, como se o nosso cotidiano adoecesse, sofresse de enfermidades crônicas ou agudas, ou mergulhasse em moléstias como epidemias sem cura ou endemias de difícil solução. Nesse momento, urge ser paciente, manter a tranquilidade, usar o bom-senso, ter equilíbrio, e com um pingo de otimismo e uma gota de alegria, se reanimar, cultivar novamente o entusiasmo pela vida, e empreender um ritmo inovador, enchendo de auto-estima e bom astral nossas atitudes de todo instante, dando outra vez um sorriso para as pessoas, abraçando uma vida de fé em Deus, Senhor que nos motiva a alma e incentiva o nosso corpo para novas e diferentes emoções e alegrias. Assim a vida se renova e se liberta das prisões de uma existência doentia, em que a Noite parece tomar conta de nosso ser, pensar e existir. Um pouco de fé nessa hora nos ajuda muito. E vem o dia e o Sol volta a brilhar outra vez em nosso dia a dia. A Noite sempre nos traz uma luz.

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Quando se faz Noite a minha vida, as soluções para meus problemas vêm mais rápido, com maior luminosidade, com mais esclarecimento de conteúdo, o que me faz fazer a diferença entre as coisas com maior luz, idéias claras e distintas, lucidez da inteligência e abertura da racionalidade, e a consciência se vê mais lúcida para entender as dificuldades surgidas e os conflitos gerados por discordâncias cotidianas ou divergências familiares ou no trabalho. De fato, ao anoitecer parece que a luz é mais forte, as estrelas brilham mais, os faróis da vida se acendem com maior força e energia, clarificando a razão ainda envolta por transtornos físicos e mentais e distúrbios materiais e espirituais. Então, surge uma luz sempre no final do túnel. A Estrada pode estar bloqueada pelas dúvidas e incertezas da existência, ou o nada e o vazio do espírito formarem barreiras para nossa psicologia e espiritualidade, ou o ceticismo dos fatos e o relativismo dos acontecimentos nos impedirem de avançar mais adiante, ou interromper o nosso progresso da consciência e da liberdade, mesmo assim é certo de que uma estrela vai nascer em nosso intelecto e clarear nossos passos incertos e vacilantes, e ajudar-nos a percorrer com segurança, tranquilidade e estabilidade o caminho a ser trilhado com princípios permanentes e valores constantes, garantidores de uma boa e excelente orientação para a vida de cada dia, noite e madrugada. De Noite, as luzes se acendem mais enérgicas, firmes e fortes condicionando nossa ótima interpretação das coisas, e nos favorecendo positivamente ao nos dar as respostas que precisamos para tantas interrogações. Assim crescemos existencialmente. Evoluimos espiritualmente. E nossa Noite fica clara como o dia

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Essa experiência de obscuridades, de problemas e dificuldades que se acumulam ao longo do dia, de conflitos internos e aberrações psicológicas, de desvios de conduta e de comportamentos ideologicamente transtornados, de brigas e confusões na família, de instabilidades no trabalho e emprego, de inquietudes e indefições na rua e no dia a dia, talvez seja um momento de crescimento existencial e de evolução espiritual, a nos empurrar para a frente e o alto, descobrindo-nos como pessoas humanas desejosas de equilíbrio na vida, bom-senso nas coisas, otimismo nos relacionamentos e firmeza nas atitudes, o que nos possibilitará saúde e bem-estar, alegria e felicidade, desde que nossos princípios morais e valores do espírito sustentem nossas inconstâncias e garantam nossa boa orientação na vida, certamente luz para a nossa Noite ainda sem estrelas ou sem a lâmpada necessária para conduzir nossos passos e diretrizes de caminhada cotidiana. Então quem sabe nossa Noite seja uma claridade iluminando e fortalecendo nossa estrada de vida, dirigindo nossas vias de acesso a uma realidade de tranquilidade e repouso físico e mental, material e espiritual. Sim, às vezes as doenças e os distúrbios de consciência, a falta de liberdade e a ausência de boas atitudes são o caminho para o encontro com a luz de Deus a guiar nossa vida para condições melhores de existência. Por isso, não se perturbe com a Noite pois ela pode se tornar um farol luminoso de ótimos dias que vêm pela frente. Ao anoitecer na sua vida, não se esqueça de que uma luz vai brilhar, e o Sol depois da madrugada amanhecerá cheio de luz e bons ventos de caminhada, com mais ânimo para viver, mais alegria para existir, e um sorriso agradável capaz de manifestar a todos que sua escuridão foi passageira e que agora o reflexo solar tomou conta da sua vida. E eis que Deus vem morar com você.

terça-feira, 6 de março de 2012

O Dia da Mulher

O Dia da Mulher

Hoje, 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, gostaria de dizer a
vocês, garotas sempre garotas, sentido da minha vida e razão do meu
existir, o meu profundo respeito e carinho que mantenho com vocês,
pois vocês, meninas eternas meninas, têm crescido na vida, melhorado
suas condições de trabalho e seus salários aumentados, suas relações
familiares são cada vez mais saudáveis e agradáveis, é clara sua
evolução ética e espiritual, seu desenvolvimento na rua e no emprego,
buscando cada vez mais espaço e tempo na sociedade, lutando por
dignidade e direitos, assumindo compromissos e responsabilidades em
casa e fora dela, procurando alternativas como mulheres trabalhadoras
e profissionais liberais, vocacionadas ou não para a maternidade,
disputando lugar e o pão de cada dia no mercado de trabalho, subindo
em seu níveis de profissão, usando a criatividade para fazer bons
negócios, organizar suas idéias e conhecimentos, ordenar sua realidade
cotidiana e disciplinar com equilíbrio e otimismo suas atitudes
morais, suas ações sociais, suas atividades culturais, seus afazeres
políticos e financeiros, não esquecendo jamais o seu romantismo
peculiar, sua sensibilidade característica, sua coragem e paciência
para as mudanças para melhor quando indispensáveis, enfim, fazendo uma
autêntica metamorfose em suas experiências de passado, presente e
futuro, reais e atuais, quando transformam positivamente a confusão
mental em luz da inteligência, a turbulência da cabeça em
transparência de virtudes, a prisão psicológica e a escravidão das
emoções em liberdade que procura fazer tudo direito e com respeito.
Por tudo isso, hoje, no Dia da Mulher, manifesto a elas o meu profundo
respeito e a minha boa educação de homem apaixonado por elas, desejoso
de interagir sempre com elas, compartilhando com elas a cama, o amor e
o sexo, o meu carinho masculino e a minha louca paixão e desejo por
quem ordena sempre o meu viver, disciplina minha ética e conduz com
quase perfeição a minha espiritualidade. Que me perdoem os outros
homens, mas mulher pra mim é fundamental, a raiz da ordem da
sociedade, o princípio do otimismo dos homens e a garantia de
tranquilidade e segurança na vida, na família e na rua, e no trabalho
de todos os dias. Por isso, parabéns, mulheres, pelo seu dia
internacional. Vocês merecem um beijo!
Que Deus sempre as abençoe e ajude nesta trajetória de trabalho
romântico, de atividades apaixonadas e de atitudes de desejo, paixão e
loucura por seus parceiros de cama e companheiros de caminhada. Por
isso, mais uma vez, neste seu dia, o meu respeito e a minha educação
equilibrada, certo de que com vocês, jovens sempre jovens, encontrarei
otimismo para viver, uma luz para bem me orientar, uma força para
trabalhar com alegria e a energia necessária para sempre gostar da
vida e de viver, e portanto sempre gostar de Deus. Que Deus fique
sempre com as mulheres. Parabéns!

domingo, 4 de março de 2012

O Ser e o Vazio 2

O Ser e o Vazio

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A Essência é o Nada

A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.

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O Silêncio da Madrugada

Acredito que esse tempo que se chama madrugada tenha um segredo de sucesso e um estado de felicidade, que, através do silêncio interno e externo, nos conduz ao sono tranquilo, ao ordenamento da mente e à organização de nossas idéias, disciplinando nosso corpo cansado, renovando nossa atividade celular, sanguínea e orgânica, reestruturando todas as funções de nossos órgãos, aparelhos e sistemas, o que reflete para nós como o silêncio é fértil, condutor de nós para caminhos de paz interior e de bondade nos relacionamentos e virtude em nossas atitudes cotidianas, salientando-nos que esse silenciar de nossa alma vem de um profundo instante de deserto, quando superando solidões, tristezas e angústias, e atravessando os vazios da realidade e os nadas da existência conseguimos estruturar a nossa vida e sistematizar nossas práticas de cada hora, minuto e segundo. De fato, por meio do deserto da madrugada, e suas virtudes de silêncio apaziguante e de vazio calmante e de nada tranquilizante, reativamos nossas energias e refazemos nossas forças, e nos animamos para o dia seguinte, continuando a construir virtudes e boas ações, consequência de uma noite de deserto, de uma obscuridade em silêncio, de umas trevas esvaziantes e de uma madrugada nadante, onde nadamos do nada, pelo nada e para o nada. Tal realidade nadante é a fonte da nossa inesgotável riqueza de vida, reprodutora do bem que fazemos e da paz que vivemos, dos trabalhos que desempenhamos todos os dias e das atividades que restauramos em cada circunstância vivida, a todo momento e a cada instante praticado. Deste modo, o silêncio faz de nossas madrugadas a base de nosso edifício de vida quando geramos uma estrada de otimismos e positividades para toda a sociedade. Sim, esvaziar-se nos faz fecundos, fundos e profundos. Somos seres nadantes. Porque a vida é o oceano do silêncio, princípio de todas as coisas e origem de todos os seres.

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A Vida em Metamorfose

As transformações sociais e culturais, políticas e econômicas, da vida moderna também afetam a nossa interioridade, causando vazios na consciência quando esta busca sua autenticidade, sua verdade ontológica e transcendental, ou sua transparência ética e espiritual. Esses gargalos mentais manifestam os buracos da inteligência onde penetram as nossas ausências na família ou no trabalho, as nossas carências afetivas e sentimentais, as nossas dependências interpessoais e as nossas incongruências lógicas, críticas e dialéticas, o que nos faz muitas vezes ecléticos diante do cotidiano ou insofismáticos perante uma realidade que insiste em preencher os nossos nadas do corpo e da alma, da mente e do espírito, causando-nos quase sempre náuseas biológicas e insatisfação psicológica, visto ainda não nos acostumarmos com as ococidades de nosso pensamento envolto por fenômenos ideológicos, que conseguem refletir a nossa parcial ambiência doentia quando é claro esses reflexos internos de nossa alma assumem posturas patológicas contagiando a nós e os outros, prisioneiros de nossos esvaziamentos ou escravos de nossas cadeias do ser que nos envolve. Assim, nossa existência de cada dia e de toda noite começa a viver daqueles traumas do espírito e suas frustrações encontradas nas experiências de nossas atitudes pensadas e impensadas. Logo, nossas metamorfoses cotidianas igualmente contaminam nossa realidade espiritual, que então se torna vazia de conteúdos que realmente interessam ao nosso interior. Então, sofremos com essas carências internas. Nosso ser esvazia-se profundamente.

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O Nada existe

Hoje de tarde, depois do almoço, seitei-me no sofá da sala de estar do meu apartamento para descansar um pouco e refletir sobre a vida e o trabalho, as pessoas e a sociedade, o movimento das ruas, a confusão dos supermercados e shoppings do bairro, a violência de bandidos e policiais em choque, as balas perdidas voando nas praças e avenidas da Cidade, o silêncio e a natureza dos campos, as boas relações entre as pessoas, minhas paqueras de sempre, minhas namoradas de plantão, o cotidiano carregado de problemas, conflitos e dificuldades, sonhos e realidade, desejos e necessidades, o tempo e a história, e o além na eternidade. Então fiz silêncio, Do meu lado, ouvi passarinhos cantando, os vizinhos brigando, o som das caixas dágua se movimentando, os gritos de crianças brincando e o bate-papo alegre e sábio de velhinhos e aposentados conversando como se estivessem de bem com a vida e em paz com as pessoas em seu entorno. Observei que no fundo do pensamento, na calma da alma e na tranquilidade do espírito, algo insistia em falar, mas que não era ouvido nem percebido, e apesar de ser ignorado tinha voz e queria vez nos ouvidos dos homens e nos olhares românticos das mulheres. Não sei o que era. Era alguma coisa que não conseguia identificar, contudo tinha vida, parecia desejar insistir em viver, existir e se manifestar a alguém. Gritava mas não escutava. Dizia algo mas acho que não dava para ouvir direito suas palavras e mensagem. Foi então que subitamente descobri que não era nada. Ou que era simplesmente o vazio das profundidades do ser e o nada das essências da realidade. Estava dentro do cotidiano, entretanto sua voz conseguia estar apagada, eram negros seus dizeres, ficavam mortas as suas palavras. Quem sabe um cemitério andante investido de velórios constantes e enterros permanentes. Mas não era nada. Sim, o nada existia. Seu manifesto se fez silêncio. No silêncio, acordei para aquela realidade. O Nada existe e é real.

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Hoje, esvaziei-me

Em casa, quando o silêncio tomou conta de mim, ignorei meus instantes na rua ou minha presença junto à família ou minha insistência no trabalho, e ausentei-me de mim mesmo, me esqueci do meu eu, e então ouvi lá fora o barulho dos carros gritando ruídos sem cessar, os passarinhos cantando uma linda melodia de entardecer, as pessoas e os vizinhos conversando como se estivessem em um botequim, as bombas de água do edifício onde moro soltando sons elevados como o rugir dos leões em plena floresta da África Setentrional. Eram 4 horas da tarde. Sentia-me oco por dentro e por fora. O Nada mergulhou em mim de um tal modo que minha consciência parecia não ter fenômenos mentais, meu pensamento estava sem idéias, meus conhecimentos desapareceram simplesmente, e olhei-me e me vi nu dentro do meu quarto de dormir. E olhava para as paredes tentando encontrar uma saída para aquele vazio profundo onde o silêncio vociferava alto e o nada insistia em se apossar de mim. Ali, encontrava-me dentro do oceano de uma existência carente, sem sentido algum, angustiada e triste, sem razões aparentes para se constituir em realidade cotidiana. Não havia significado para aquele momento. Via-me burro. Não entendia nada. As paredes talvez quisessem me falar alguma coisa. Então, pensei em Alguém Superior que pudesse me ajudar a sair daquela situação de crise espiritual, antes que o medo da vida se achegasse a mim, ou a aflição e o desespero se atirassem perante o meu corpo cansado, a minha alma fadigada e a minha mente esgotada de tanto tentar saber o que então estava acontecendo comigo. Estava nu espiritualmente. Surpreendentemente, uma luz interior sacudiu o meu espírito e acordei do meu sono metafísico. Novamente, brilhava a minha inteligência. E foi assim que fugi daquela prisão interna e deixei a escravidão da minha alma. Era Alguém que tocava o meu ser, movia o meu pensamento em lágrimas, e transformava para melhor aquelas circunstâncias indefinidas de realidades indeterminadas. Sai da confusão mental e emocional e outra vez voltei ao meu ego, agora controlador do meu íntimo e dominador das minhas experiências de dentro e de fora. E ao anoitecer lembrei-me de Deus, e em paz adormeceu a minha vida. No vazio, Alguém apareceu. Não sei o seu nome. Mas posso chamá-Lo de luz. Ele iluminou-me naqueles minutos e segundos de terror. O Terror da alma.

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Precisamos da solidão

Estar sozinho ontem como hoje é uma necessidade humana primordial ainda que nossas atividades cotidianas se encontrem com muita gente ao nosso redor visto que nossa privacidade precisa ter voz e vez diante do barulho do mundo quando então ordenamos a nossa mente, podemos cuidar de nossas coisas pessoais, disciplinamos nosso dia a dia e organizamos tudo que faz parte de nossa realidade interna e externa. Faz-nos bem a solidão. É imprescindível de vez em quando estarmos a sós, fazermos silêncio e deixarmos o Espírito Superior nos falar da intimidade do ser, da essência do pensamento e da substância da existência, a fim de que levemos nossa vida com transparência de consciência e com a verdade de nossa interioridade. Deus gosta de conversar conosco, e nada melhor que o silêncio para que isso ocorra em nossa realidade de cada dia e de toda noite. É preciso nos calar, silenciar, e no vazio da realidade dialogar com Alguém maior e melhor que nós. Ao fazermos isso, cresceremos em autenticidade, teremos a tendência do equilíbrio nas ações e o bom-senso nas coisas, saberemos discernir o bem do mal, e livremente optarmos por aquilo que é bom para nós e nos faz bem cotidianamente. Assim deve ser a nossa vida diária. Feita igualmente de instantes solitários para que o nosso convívio humano e social tenha mais verdade, mais profundidade de relacionamento, mais raizes de conteúdos incentivadores de nosso comportamento de todos os dias. Saberemos pois desta maneira viver com essência a nossa existência, e fazer de nosso cotidiano uma passarela de bondade, equilíbrio e otimismo, virtudes essas adquiridas quando o vazio da solidão grita mais alto em nossa vida. É bom estar só.

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O Mergulho no Vácuo

Há situações na vida cotidiana em que nos encontramos incertos, duvidosos e indecisos nas nossas tarefas diárias, ou inquietos, instáveis e inseguros nas nossas atitudes e relacionamentos, ou então o medo se apossa de nós, a aflição invade a nossa alma e o nosso espírito fica confuso sem encontrar uma saida ou uma resposta para nossos problemas existenciais, nossas dificuldades na rua, na família e no trabalho, nossos conflitos de consciência e nossas contrariedades físicas e mentais, emocionais e psicológicas, até atingir o interior da realidade quando geramos violência e agressividade em torno de nós. Tais circunstâncias de dúvida e indefinição, incerteza e indeterminação podem configurar um estado de vácuo em nossa interioridade, porque nos percebemos esvaziados espiritualmente, sozinhos no mundo, cercados de inimigos por todos os lados, e então todos se fazem nossos adversários criticando nossas ações pessoais e coletivas, questionando as nossas maneiras de ser, pensar e agir, interrogando-nos constantemente sobre nossas relações amorosas, cordiais e sentimentais, ou ainda nos excluindo de seu convívio e nos expulsando de sua companhia. Nesses instantes confusos e complicados, nos vemos sozinhos, sem nada nem ninguém, todos fogem de nós, o universo conspira contra nosso jeito de viver e a natureza parece entrar em contradição conosco mesmo problematizando nosso dia a dia, criando crises psicossociais, isolamento e confusão de idéias, ausência de valores seguros e carência de princípios estáveis, necessários e absolutos. Esse estado de crise psicológica faz-nos mergulhar no vazio da existência e o vácuo passa a ser a nossa única alternativa de valor, a nossa atitude diante dos problemas, a nossa realidade interna e externa. Nesses momentos críticos e dialéticos, urge nos firmar em antigos princípios e abraçar valores tradicionais como garantia de boa orientação para o nosso cotidiano e fundamento para a nossa tranquilidade interior e estabilidade emocional. Perante essa realidade de metamorfoses permanentes, buscamos nos encontrar, achar respostas para tantas dúvidas e procurar soluções para muitas controvérsias da mente, que afetam o corpo, contagiam a alma e insatisfazem o espírito. Talvez a idéia de Deus nos traga segurança nessa hora. Ou a presença de amigos nos acalmem de uma vez por todas. Ou mesmo circundados por mulheres e pessoas de confiança conseguimos alterar esse quadro negro existencial, e enfim repousar na paz interior e no descanso do espírito. É preciso juizo então, ter equilíbrio na cabeça e bom-senso com as coisas e atividades que nos envolvem. Um pouco de otimismo também pode nos ajudar. Todavia, o mais importante é cultivarmos ora atitudes de bondade, de concórdia e convergência, praticando o bem e convivendo em paz uns com os outros. Que nessas condições a violência não tome conta nunca de nós. Urge paciência e equilíbrio, virtudes básicas para superar o vácuo em nossa vida de todos os dias e todas as noites. Tenhamos fé. Rezemos. E que Deus nos ajude nessa hora.

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Sozinhos muitas vezes

O Vazio se torna uma realidade constante na nossa vida de cada dia e de toda noite quando raras vezes nos vemos sozinhos diante dos problemas, lidando com os conflitos na família, na rua e no trabalho, assumindo dificuldades em nossos relacionamentos e atitudes perante as pessoas do cotidiano. Então, mergulhamos no nada, o silêncio parece ser a nossa única realidade, tudo se confunde e todos passam a ser uma indefinição na nossa existência diária e noturna, o que faz a realidade indeterminar-se e nós assim perdidos em um universo agora complicado, talvez sem sentido algum, sem o significado de uma vida que deveria ser vivida com otimismo e equilíbrio, profundidade e entusiasmo, abundância e fecundidade. Todavia, eis que estamos sós em frente a um mundo violento, de gente agressiva que só quer o nosso prejuizo financeiro, o nosso mal-estar psicológico e social, a nossa queda dentro e fora da realidade de todos dias e todas as noites. Ora, então, urge acordar e fugir desses instantes de depressão e aflição, superar o desespero e o pânico que muitas vezes toma conta de nós, ultrapassar o medo e a ansiedade de uma vida conflitante e contraditória, ultrapassar os antagonismos, distúrbios e transtornos de uma mente e de uma experiência que não se entendem, se chocam permanentemente, exigindo de nós coragem para mudar, transformar para melhor essa situação diversa e adversa, diferente e contrária, e deste modo mergulharmos em uma outra e nova realidade de boa saúde na consciência, material e espiritual. Que Deus nos ajude nessa hora de contrários.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Ser e o Vazio 1

O Ser e o Vazio

1

Ouvir a voz do tempo

A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.

2

O Silêncio da Madrugada

Às vezes calar é melhor do que o ruído das palavras e o barulho das letras, pois temos necessidade de ordem interior, de disciplina mental e emocional, e de organização nos pensamentos e conhecimentos, e nada melhor do que uma vida de silêncio dentro de uma madrugada de obscuridades, de noite sem muitas estrelas, de trevas que fecundam a possibilidade de um amanhecer cheio de luz quando o sol chega para carregar de vida nossos nadas existenciais e nossos vazios espirituais. Então, silenciamos. E a madrugada faz-nos descobrir momentos luminosos que brilham diante da escuridão, gritando o farol de uma música celeste que chega para desvelar nossas noites sem chão nem teto, sem portas nem janelas, mas cujos princípios respeitam a grandeza de uma natureza iluminada por valores permanentes, absolutos e necessários, condições de um viver com sentido e de uma experiência que tenha significado profundo e verdadeiro para todos e cada um de nós. Ora, precisamos desses instantes esvaziantes que nos fazem sentir a falta da luz, que no vazio se transforma no melhor de uma vida transparente cuja razão de ser tem como alternativa um vazio de sentido autêntico pleno da verdade de nosso ser, pensar e existir. Sim, necessitamos do vazio ainda que o ser trabalhe com a plenitude das experiências reais e metafísicas e sua lógica permita a abundância de uma lógica onde os fenômenos ontológicos brilham a necessidade de se buscar preencher esses vazios físicos e sentimentais, materiais e espirituais, a fim de que nossas vivências temporais e históricas atinjam a riqueza de conteúdos onde o absoluto ocupa o tempo e o lugar de nossas faltas lingüísticas e faz-nos penetrar na essência da realidade de significado revelador de um ser e existência que se completam a partir dos vazios temporais de alternativas de possibilidade que nos fazem encontrar o sentido da vida. Nessas horas, até Deus tem um lugar, uma voz e uma vez em nossa interioridade. Somos vazios para a plenitude, nadas que se carregam da abundância do ser. Vivemos nessa dialética lógica e ontológica: a possibilidade de nossas vazios serem preenchidos pela totalidade e universalidade do ser e seus vazios potencializadores das possíveis belezas de uma vida interior de opções de qualidade, de conteúdo rico em substâncias ontológicas. Somos Ontologias perambulantes, que não ignoram seus vazios possibilitadores da abundância de uma experiência carregada de plenitude. De fato, precisamos do silêncio e de uma madrugada de vazios.

3

A Vida em Metamorfose

A Tradição filosófica e a metafísica ocidental, os parâmetros lógicos da Ontologia clássica e o modo de tratamento das categorias do pensar e agir, sentir e existir, defenderam um “além da física” estável e absoluto, eterno e necessário, constante e permanente, olhando pois o vazio da alma de forma tranqüila e segura. Todavia, os efeitos da globalização real e atual e as atividades e relações de interdependência entre povos e nações, comunidades locais e regionais, e sociedades abertas, nos revelam que o vazio do espírito convive com as diferenças da realidade e as mudanças e novidades do cotidiano, participando portanto de um mundo de metamorfose constante onde as ações humanas se dispõem ao lado de um universo de polivalências naturais e históricas, e de uma natureza de multifuncionalidades e culturas transitórias, céticas e relativistas, indeterministas e individualistas, ateístas e niilistas, refletindo por conseguinte uma realidade em transformação para melhor é claro, mas que suporta as contingências e efemeridades do tempo, as medidas provisórias da história, as instabilidades das pessoas, e a maneira insustentável de viver e se comportar de grupos e indivíduos variados, diversificados de região por região, obedecendo às definições da consciência e às indeterminações de uma racionalidade bastante vacilante, inconstante e sem chão, característica de uma modernidade tremendamente descartável. Tal ambiente de mentalidades obscuras e de culturas da instabilidade revigoram e nos fazem mergulhar no vazio da existência pois então vivemos a ansiedade por plenitude do ser e de uma vida de abundância no corpo e na alma, na matéria e no espírito. Assim caminhamos no nada espiritual e no vazio de uma existência cercada de transitoriedades e atitudes descartáveis, um universo de realidades contraditórias, de éticas inseguras e espiritualidades fracas, débeis e frágeis. Nesse intervalo de comportamentos instáveis e insustentáveis surge o vazio de uma vida sem fundamentos porém que busca por princípios e valores capazes de bem orientá-la para a existência. É um campo de vida onde as alternativas são obscuras, as oportunidades viáveis e as possibilidades ameaçadas por um contexto de neutralidade que anseia por sufocar os apelos da consciência humana por liberdade em todas as áreas da vivência de todos os dias, noites e madrugadas. Assim se impõe uma vida de vazio à procura de plenitude ontológica e abundância temporal e histórica. Abre-se então pois um mundo de novas e diferentes possibilidades.

4

O Nada existe

Hoje de tarde, depois do almoço, seitei-me no sofá da sala de estar do meu apartamento para descansar um pouco e refletir sobre a vida e o trabalho, as pessoas e a sociedade, o movimento das ruas, a confusão dos supermercados e shoppings do bairro, a violência de bandidos e policiais em choque, as balas perdidas voando nas praças e avenidas da Cidade, o silêncio e a natureza dos campos, as boas relações entre as pessoas, minhas paqueras de sempre, minhas namoradas de plantão, o cotidiano carregado de problemas, conflitos e dificuldades, sonhos e realidade, desejos e necessidades, o tempo e a história, e o além na eternidade. Então fiz silêncio, Do meu lado, ouvi passarinhos cantando, os vizinhos brigando, o som das caixas dágua se movimentando, os gritos de crianças brincando e o bate-papo alegre e sábio de velhinhos e aposentados conversando como se estivessem de bem com a vida e em paz com as pessoas em seu entorno. Observei que no fundo do pensamento, na calma da alma e na tranquilidade do espírito, algo insistia em falar, mas que não era ouvido nem percebido, e apesar de ser ignorado tinha voz e queria vez nos ouvidos dos homens e nos olhares românticos das mulheres. Não sei o que era. Era alguma coisa que não conseguia identificar, contudo tinha vida, parecia desejar insistir em viver, existir e se manifestar a alguém. Gritava mas não escutava. Dizia algo mas acho que não dava para ouvir direito suas palavras e mensagem. Foi então que subitamente descobri que não era nada. Ou que era simplesmente o vazio das profundidades do ser e o nada das essências da realidade. Estava dentro do cotidiano, entretanto sua voz conseguia estar apagada, eram negros seus dizeres, ficavam mortas as suas palavras. Quem sabe um cemitério andante investido de velórios constantes e enterros permanentes. Mas não era nada. Sim, o nada existia. Seu manifesto se fez silêncio. No silêncio, acordei para aquela realidade. O Nada existe e é real.

5

Hoje, esvaziei-me

Em casa, quando o silêncio tomou conta de mim, ignorei meus instantes na rua ou minha presença junto à família ou minha insistência no trabalho, e ausentei-me de mim mesmo, me esqueci do meu eu, e então ouvi lá fora o barulho dos carros gritando ruídos sem cessar, os passarinhos cantando uma linda melodia de entardecer, as pessoas e os vizinhos conversando como se estivessem em um botequim, as bombas de água do edifício onde moro soltando sons elevados como o rugir dos leões em plena floresta da África Setentrional. Eram 4 horas da tarde. Sentia-me oco por dentro e por fora. O Nada mergulhou em mim de um tal modo que minha consciência parecia não ter fenômenos mentais, meu pensamento estava sem idéias, meus conhecimentos desapareceram simplesmente, e olhei-me e me vi nu dentro do meu quarto de dormir. E olhava para as paredes tentando encontrar uma saída para aquele vazio profundo onde o silêncio vociferava alto e o nada insistia em se apossar de mim. Ali, encontrava-me dentro do oceano de uma existência carente, sem sentido algum, angustiada e triste, sem razões aparentes para se constituir em realidade cotidiana. Não havia significado para aquele momento. Via-me burro. Não entendia nada. As paredes talvez quisessem me falar alguma coisa. Então, pensei em Alguém Superior que pudesse me ajudar a sair daquela situação de crise espiritual, antes que o medo da vida se achegasse a mim, ou a aflição e o desespero se atirassem perante o meu corpo cansado, a minha alma fadigada e a minha mente esgotada de tanto tentar saber o que então estava acontecendo comigo. Estava nu espiritualmente. Surpreendentemente, uma luz interior sacudiu o meu espírito e acordei do meu sono metafísico. Novamente, brilhava a minha inteligência. E foi assim que fugi daquela prisão interna e deixei a escravidão da minha alma. Era Alguém que tocava o meu ser, movia o meu pensamento em lágrimas, e transformava para melhor aquelas circunstâncias indefinidas de realidades indeterminadas. Sai da confusão mental e emocional e outra vez voltei ao meu ego, agora controlador do meu íntimo e dominador das minhas experiências de dentro e de fora. E ao anoitecer lembrei-me de Deus, e em paz adormeceu a minha vida. No vazio, Alguém apareceu. Não sei o seu nome. Mas posso chamá-Lo de luz. Ele iluminou-me naqueles minutos e segundos de terror. O Terror da alma.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Tranquilidade

Primeiro, minha tranquilidade

Prefiro ficar tranquilo no meu canto enquanto ao meu lado chove um
monte de balas perdidas na guerra entre polícia e bandidos nas ruas do
Rio de Janeiro.
Ainda que os ventos soprem em contrário, manterei a calma interior e o
meu repouso espiritual.
Ainda que a violência se instale dentro de casa ou no meu condomínio,
ou no trabalho que exerço ou no dia a dia de meus afazeres, ações e
atividades, mesmo assim confiarei em Deus, acreditarei na sua Divina
Providência controlando os excessos da minha consciência e as
extravagâncias da minha liberdade.
Ainda que um temporal caia sobre a Cidade e a tempestade destrua tudo
e a todos, continuarei firme na minha fé mais forte que as
turbulências do meio-ambiente e superior aos furacões das noites
endiabradas sem a lua dourada para iluminar as quentes madrugadas.
Ainda que os contrários da vida, as doenças da mente e os distúrbios
da inteligência me incomodem ou atrapalhem minhas atitudes diárias e
noturnas, permanecei sólido nos meus princípios de bondade que eleva,
do bem que exalta e da paz que ameniza as tensões diversas e adversas
e as pressões diferentes e contrárias.
Ainda que o combate da realidade cotidiana insista em me amedrontar,
afligir ou desesperar, ficarei tranquilo como a rocha mais forte das
montanhas do Everest no Sul e Norte da Ásia.
Ainda que as chuvas arrasem as avenidas do meu bairro, ou o
aquecimento global invente as secas e as enchentes de cada dia, noite
e madrugada, estarei rezando descansado certo de que Deus é maior que
a violência da natureza e melhor que os transtornos do universo.
Ainda que minhas garotas me desprezem, ou minhas gatas insistam em me
levar para a cama, ou minhas paqueras desejem arduamente misturar sexo
com bebida, cachaça com guaraná, ou vinho com coca-cola, ainda assim
beijarei santamente minhas namoradas e as abraçarei como seu Príncipe
Encantado louco de amor por elas.
Ainda que os amigos se afastem de mim, ou meus colegas de trabalho
ignorem minhas advertências e minha aspiração por melhores salários e
condições de trabalho razoáveis, mesmo assim hei de continuar lutando
por minha estabilidade, segurança no trabalho e tranquilidade na
família.
Ainda que o mundo acabe, ou o sol não se acenda mais, ou a lua não
brilhe mais nas madrugadas da vida, hei de permanecer fixo na minha
tranquilidade certo de que Alguém gerencia o tempo e governa a
história dos humanos e terrestres.
Então, ficarei tranquilo, porque sei que Deus existe.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Guia de Saúde

Guia de Saúde e Bem-estar
para uma vida saudável

Sorrir é o melhor remédio
A Alegria cura todos os males
O Otimismo faz bem ao coração
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha equilíbrio em suas atitudes
Use o bom-senso em suas atividades
Seja uma pessoa direita
Faça bem todas as coisas
Trabalhe com alegria
Procure sempre ser verdadeiro, transparente e autêntico
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Seja uma luz para as pessoas
Pratique o amor
Defenda a vida
Tenha juizo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Namore e paquere sempre que puder
Abra-se a novas possibilidades
Abrace as boas tendências da moda
Cultive o silêncio
Seja paciente
Renove-se interior e externamente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Movimente-se sempre
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Alimente-se de frutas, verduras e legumes
Prefira carnes brancas como frango e peixe
Ovos são fonte de vida
Dormir faz bem
Faça exercícios físicos com constância como ginástica, corrida e caminhada
Saia da rotina
Procure sempre diferentes alternativas de trabalho e emprego
Aproveite as oportunidades da vida
Tenha fé
Reze sempre
Faça da oração o sentido da sua vida
Acredite em Deus e confie no Senhor

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Escola das Tartarugas

A Escola das Tartarugas

Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.