terça-feira, 14 de julho de 2009

Educação

Atividades Pedagógicas
O Processo Educacional

Pontos Iniciais

O Processo de formação pedagógica global e
diferencial, e seus limites, tendências e possibilidades,
sobretudo na realidade educacional brasileira – eis o
projeto analítico que desejamos desenvolver nesta obra fundamentalmente relacionada com a filosofia da educação.
Trata-se pois de uma análise pedagógica do ponto-de-vista filos-ofico.
Esperamos que os leitores aqui e agora saboreiem e reflitam, dentro de um debate lógico e dialético, o conteúdo de
uma educação integral, interativa e compartilhada, que respeita e valoriza as diferenças individuais dos alunos, ajudando-os a crescer pessoalmente e progredir socialmente, evoluindo na construção de uma consciência cada vez maior e melhor de suas responsabilidades perante a sociedade onde estão inseridos.
Mergulhemos portanto nestas questões pedagógicas.

1) A Pedagogia Eustática - Pedagogia Eustática é o movimento articulador do conhecimento, tendo em vista apresentar os seus fundamentos básicos, seus princípios originais, o sentido da sua constituição sistêmica. Professor e aluno, ambos, juntos e unidos, interagem, mutua e reciprocamente, construindo o sentido da vida, a razão de viver, o significado fundamental da existência, o princípio da vida, as raízes seguras e universais do pensamento, do conhecimento, da verdade possível. Aluno e professor, lógica e dialeticamente, fundamentalmente, geram o conhecimento verdadeiramente possível. 1) Metodologia - Através da leitura, redação, debates e pesquisas em grupo e individuais, a Pedagogia Eustática, como dissemos, busca, lógica e dialeticamente, fundamentar as idéias ( o conhecimento verdadeiramente possível ). Fundamentar as idéias ( conhecimento ) significa oferecer razões ao saber, sentido ã vida, original e racional garantia de vida, vivência e sobrevivência, segurança ao viver, apoio e sustento ao nosso caminhar cotidiano, dando um sentido fundamental às nossas atividades diárias, pessoais e sociais. Fundamentar a vida. 2) Objetivos - a) Fundamentar a vida das pessoas ( professores e alunos, e todos os envolvidos no Sistema Integrado de Ensino ) b) dar sentido ao trabalho individual e em grupo c) oferecer razões para viver d) garantir princípios à existência e) dar segurança de vida aos indivíduos e grupos sociais f) sustentar a vida cotidiana g) equilibrar o corpo, a mente e o espírito h) ordenar o caos i) organizar o conhecimento j) renovar o dia-a-dia k) abrir uma nova mentalidade cultural l) libertar e libertar-se de confusões mentais, obstáculos ideológicos e barreiras ao conhecimento m) criar condições de ordem e progresso para a vida das pessoas n) fundamentar, enfim, a existência humana. Como observamos, a Pedagogia Eustática é libertadora. Educar para a liberdade.

2. Filosofia da Educação - Fundamentos Filosóficos da Educação 1) Educação Libertadora - Libertar-se de quê ? Libertar-se de prisões... Prisões preconceituosas, supersticiosas, ideológicas, epistemológicas. Libertar-se de bloqueios mentais. Libertar-se de irracionalidades, mitos(crenças), prisões imaginárias. Libertar-se, renovar-se, abrir-se ao conhecimento. Educar para o conhecimento. Conhecer a verdade possível. Educar para a liberdade. Libertar-se das prisões irracionais. Educar para a responsabilidade.Responsabilizar-se pessoal e socialmente. Educar para o respeito. Respeito a Deus, a si e aos outros. AEducação libertadora visa: a)conhecer a verdade b) libertar-se de prisões c) Respeitar. Educar o corpo, a mente e o espírito. Objetivos principais da Educação libertadora: a) libertar-se de prisões corporais, mentais e espirituais b) conhecer a verdade possível c) Responsabilizar-se pessoal e socialmente d) Respeitar a Deus, a si e aos outros.Ensinar o conhecimento, ensinar a verdade, ensinar a liberdade, ensinar a responsabilidade, ensinar o respeito. Esta é a base fundamental da Educação libertadora. O resto é conseqüência. Libertar-se, renovar-se, abrir-se à liberdade feliz.

3. A Pedagogia das Diferenças

1. Projeto Escola Diferencial

A Grande Escola de turmas pequenas(10 alunos por cada turma)
A Avaliação Personalizada(testes, provas e exames diferentes para cada um dos estudantes da turma)
A Didática Plural:
a) Leitura silenciosa
b) Redação (monografias)
c) Trabalhos de Pesquisa individuais
d) Debates em grupo

A Formação da Consciência:
a) Criatividade
b) Trabalho de Pesquisa(Pesquisador)
c) Auto-estima
d) Respeito aos outros
e) Responsabilidade pessoal e social
f) Juizo e Bom-senso
g) Caráter (Personalidade)
h) Idéias, símbolos, valores e vivências próprias
i) Visão global e diferencial
Ponto-de-vista pessoal
Olhar individual sobre a realidade

1.5. A Participação Interativa
- Decisões deliberativas
- Grêmio ou Conselho estudantil
- Esportes em geral(futebol, voleibol, basquetebol, handebol)
- Arte e Cultura
- Filosofia
- Ciência e Tecnologia
- Moral e Religião

1.6. Política Administrativa

. Diretor, Coordenadores, Inspetores, Professores e Estudantes devem atuar juntos e unidos
. Eleições para cargos e funções públicas na escola
. Voto direto, comunitário e popular
. Participação da Comunidade local ao redor da escola / Associação de Moradores
. Decisões conjuntas e democráticas
. Excluir o unilateralismo

1.7. Logística Escolar:
- Paz, Ordem, Sistema, Estrutura, Metodologia, Planejamento e Organização


4. O Professor, o aluno e a
Logística Pedagógica das diferenças

Em sala-de-aula, aluno e professor mantêm continuamente uma relação interativa, participativa e comungante, onde, ao lado da realidade global da classe estudantil, aparece igualmente a possibilidade de se constatar as diferenças existentes e insistentes entre alunos e alunas dentro e fora da escola.
Identidade e diferença necessitam de planejamento e organização – Logística – por parte do Sistema de Ensino, envolvendo ao mesmo tempo nessa tarefa não só professores e alunos, como também diretor, coordenadores, inspetores e funcionários do colégio, além, é claro, da imprescindível participação da comunidade local de moradores que habitam ao seu redor.
Conhecer, compreender e trabalhar com as diferenças reais dos alunos e alunas, deve ser um labor diário do magistério local, regional e global, sobretudo daquele que atua diretamente em sala-de-aula.
Por que cuidar das diferenças ?
Porque precisamente cada aluno ou aluna possuem características próprias: formação familiar, educação ambiental, cultura geral, valores morais e religiosos especificos, símbolos imaginários e reais de sua comunidade local, idéias e ideais diferentes, vivências pessoais e sociais que divergem uns dos outros. Tudo isto, todo este repertório de cultura geral e diferencial, identifica a consciência real estudantil bem como todo o magistério envolvido, responsável e comprometido com um Sistema Conjuntural de Ensino-Aprendizagem verdadeiramente renovador, aberto e libertador.
Conhecendo, compreendendo, respeitando e valorizando as diferenças existentes e insistentes então, o magistério local poderá empreender um maior e melhor processo de ensino-aprendizagem, ensinando bem e avaliando melhor, oferecendo ainda as condições necessárias ao bom desempenho dos estudantes, ajudando-os em suas dificuldades e motivando-os em seus talentos, qualidades e competências. Deste modo, florescerão novas atividades, cultivar-se-ão novas vocações e despertarão novas profissões, respondendo assim às emergências e necessidades do mercado de trabalho no interior da sociedade humana. Enfim, um novo mundo de possibilidades abrir-se-ão para todos.
Em última análise, quando as diferenças são compreendidas em seus detalhes, professores e outros poderão trabalhar no sentido de propiciar as condições, situações e circunstâncias vitais e imprescindíveis para o despertamento vocacional e profissional, proporcionando também progresso, crescimento e desenvolvimento cultural e educacional para todos, causando então saúde mental, corporal e espiritual, verdadeiramente reais, e ainda o bem-estar individual e coletivo, resultado de uma Logística Pedagógica Planejada e Organizada, na qual as diferenças estudantis são observadas, compreendidas, aceitas e trabalhadas, tendo em vista o futuro-presente inovador, motivador e libertador dos estudantes.
Logo, com Logística, Planejamento e Organização, a Pedagogia das Diferenças será encontrada, descoberta e libertada de suas prisões educacionais, de interesses políticos e econômicos, de obstáculos administrativos e burocráticos, de intencionalidades más, ruins e alheias ao verdadeiro Processo de Ensino-Aprendizagem, possibilitando assim um universo novo na área de educação, aberto a novas tendências, superador de limites, destruidor de preconceitos e construtor de uma nova mentalidade, a partir de que o homem e a mulher acharão as respostas às suas dúvidas, problemas e questionamentos, interrogando-se, a fim de encontrar as soluções corretas para a sua problemática existencial.
Descobrindo tais diferenças e dando-lhes suporte para serem desenvolvidas, a escola será certamente um fértil lugar criador de novos talentos, vocações e profissões.
Que Deus nos ajude nesta nova Pedagogia das Diferenças.


5. Detalhes e Diferenças no
Processo de Formação Pedagógica

Alunos e estudantes, como toda pessoa humana, possuem seu mundo próprio, seu ponto-de-vista, sua visão da realidade, seus problemas e suas soluções, seus detalhes e suas diferenças, seus anseios, desejos e vontades, suas opções, escolhas, preferências e alternativas, sua própria liberdade.
Ora, no processo educacional, tal realidade estudantil deve ser levada em conta quando se procura uma boa qualificação didática e pedagógica, um bom desempenho e atuação dos profissionais de educação, uma boa administração escolar, uma boa evolução, progresso, crescimento e desenvolvimento do movimento relacional condicional, situacional e circunstancial do processo ensino-aprendizagem, dentro e fora da comunidade escolar.
No dia-a-dia do colégio ou da escola, essas diferenças pessoais e esses detalhes de avaliação devem ser considerados, tendo em vista trabalhar na qualificação, na vocação profissional e nos talentos, dons e carismas vocacionais de alunos e estudantes, em função dos quais se deve articular, ordenar e organizar o processo de formação pedagógica.
Busca-se assim a saúde pedagógica de alunos e estudantes e seu bem-estar pessoal e social.
Com respeito e responsabilidade, possam ser educados esses alunos e estudantes.
Que prevaleça então o juízo e o bom-senso.

6. Educar com limites,
mas sem violência
Filhos e netos, alunos e estudantes, precisam ser educados para a sua realidade cotidiana local, regional e global, cujo universo concreto apresenta limitações, definições e determinações.
Com limites, mas sem violência, a metodologia educacional deve construir um novo mundo de possibilidades onde os educandos e educados abraçem uma realidade voltada para a prática do bem e a vivência da paz, a geração do amor e a cultura da vida, o compromisso com a justiça e a fidelidade à verdade, o respeito ao direito e a responsabilidade pessoal, social e ambiental, o uso do juizo e do bom-senso, a abertura à liberdade e a busca da felicidade, a constante elevação da auto-estima, a boa saúde e um ótimo bem-estar, o pensamento positivo e o otimismo da vida, a criação de amigos e a vontade de sempre recomeçar de novo, criando-se deste modo as condições indispensáveis para o desenvolvimento sustentável, com progresso mental e evolução espiritual, crescimento saudável e de bem com a vida, apontando pois para um mundo globalizado, gerador de riquezas em benefício de todos e cada um. Graças a Deus.

7. O Exemplo de vida como
testemunho educacional
Todo e qualquer educador deve ensinar sobretudo com o exemplo de vida, apresentando aos seus educandos e educados um comportamento ético elevado, um conhecimento cultural apurado e um compromisso fundamental com as boas coisas da vida identificadas com a cultura do amor e da vida, do bem e da paz. E que sua fé em Deus seja uma animação, motivação e incentivação para todos os que o cercam.

8. Trabalhar o desenvolvimento
de dons, graças, carismas e talentos
Cuidar das vocações e zelar pelas profissões
Uma das funções básicas do professor ou educador ou orientador educacional é animar, motivar e incentivar
as vocações estudantis e as profissões liberais, proporcionando idéias, valores e vivências que ajudem alunos e estudantes a escolherem seu caminho, optarem por novas possibilidades, seguirem tendências articuladas com seus projetos de vida, seus sonhos realistas realizáveis e suas esperanças que possam um dia se tornarem concretas em sua realidade cotidiana.

9. Por Uma Nova Mentalidade Educacional
Os Profissionais de Educação – Professores, Coordenadores, Diretores, Inspetores e Gestores Educacionais deven buscar em sua realidade escolar cotidiana juntamente com todo o Sistema Educacional uma Nova Mentalidade Pedagógica cuja criação precisa ser propiciada pelo histórico escolar destes Profissionais de Educação, seu repertório cultural, sua educação familiar, sua vocação carismática, seu exercício profissional, suas atividades sociais e ambientais, suas operações naturais, individuais e coletivas, suas ações populares e comunitárias, e, enfim, seus compromissos responsáveis em prol de um presente saudável e um futuro promissor para toda a sociedade humana dentro da qual estão inseridos neste mundo em que vivemos.

10. A Logística pedagógica,
o planejamento educacional
e a organização da escola

Tendo em vista estabelecer uma Política Pedagógica bem planejada e bem organizada, a instituição escolar deve possuir as seguintes características:
1) Descentralizar as ações, trabalhos e operações
2) Ter uma visão pública, social e coletiva
3) Obter uma visão global e diferencial das coisas
4) Respeitar as diferenças
5) Valorizar os pequenos detalhes
6) Dar valor às pequenas coisas
7) Incentivar a cultura da vida
8) Criar uma Política do Bem, do Bem-estar das pessoas e do Bem-comum da sociedade
9) Gerar laços de amor, união, fraternidade, solidariedade e generosidade entre seus membros
10) Manter, cultivar e desenvolver um ambiente de paz e concórdia dentro e fora da escola
11) Iluminar as mentes e as consciências com boas idéias, valores do bem e vivências de paz
12) Ordenar o pensamento
13) Disciplinar a razão
14) Organizar o conhecimento verdadeiramente possível
15) Ter responsabilidade pessoal, social e ambiental
16) Respeitar a Deus, a si e aos outros
17) Atuar com juizo e bom-senso
18) Buscar a saúde individual e coletiva
19) Em tudo e com todos, privilegiar a liberdade
20) Procurar a felicidade, criando as condições indispensáveis para isso
21) Amar o direito, a justiça e a verdade
22) Animar, motivar e incentivar os exercícios físicos, mentais e espirituais, e as atividades artísticas, esportivas e religiosas
23) Planejar e organizar eventos, seminários e conferências, e todas e quaisquer atividades culturais que propiciem a construção de uma nova mentalidade educacional entre todos os envolvidos nas ações, razões e intenções pedagógicas
24) Ouvir a comunidade de estudantes, amigos e moradores local, compreendendo, aceitando e comprometendo-se com seus interesses e direitos, ao mesmo tempo conscientizando-os de seus deveres e obrigações
25) Abrir-se às novidades
26) Renovar as atitudes
27) Libertar-se de preconceitos e superstições
28) Favorecer tendências
29) Criar opções, escolhas, alternativas e possibilidades
30) Superar limites
31) Ultrapassar barreiras
32) Transcender obstáculos
33) Fugir da violência e da maldade
34) Proporcionar um clima agradável e amigável, e um ambiente saudável e favorável às boas amizades e aos bons relacionamentos, ao bom convívio social
e à boa cooperação individual, grupal, coletiva e comunitária
35) Interagir, integrar, globalizar e compartilhar idéias, valores e vivências grupais e individuais
36) Olhar além das aparências
37) Observar acima das experiências
38) A cada um segundo a sua necessidade
De cada um segundo a sua possibilidade
39) E, enfim, bendizer e glorificar a Deus, o Senhor, por seus inúmeros benefícios, favores e maravilhas entre nós

11. Preconceitos mentais e
Superstições religiosas
Obstáculos ao Conhecimento
Barreiras Educacionais

A Boa Educação exige abertura ao diálogo, que destrói os preconceitos; renovação interior, que supera a ignorância; e libertação ideológica, que vence as superstições.
Educar bem significa desenvolver o conhecimento, favorecer a ética e possibilitar a evolução espiritual dos esrudantes.
Seguindo tal Trilogia Pedagógica - ética, conhecimento e espiritualidade – observa-se no processo educacional um perfeito crescimento físico e mental por parte dos estudantes, uma maior conscientização de seu papel social, político e econômico dentro da sociedade, um melhor progresso na obtenção do conteúdo disciplinar e seu aproveitamento didático, desenvolvendo assim atividades artísticas, esportivas e recreativas capazes de fazê-los evoluir vocacional e profissionalmente, qualificando-os na produção de pensamentos e conhecimentos, aumentando sua auto-estima, elevando seu astral, reabrindo seus talentos e carismas específicos, renovando sua vida interior e exterior e revolucionando suas práticas sociais e suas vivências existenciais, ajudando então no desenvolvimento real, natural e racional do ambiente social em que estão inseridos.
Superar limites, ultrapassar barreiras e transcender obstáculos bloqueadores da evolução pedagógica e do desenvolvimento educacional devem ser os objetivos finais da boa prática de ensino-aprendizagem para a qual contribuem eficazmente o exercício interativo dos alunos e alunas, sua cooperação mútua, sua colaboração compartilhada, a integração de atividades estudantis, seu exercício animador, motivador e incentivador do bom relacionamento entre os membros mobilizadores das operações escolares, tais como estudantes, professores, inspetores, coordenadores, diretor, funcionários da escola e a comunidade local de moradores e trabalhadores ao redor da mesma escola.
Esta é a Educação Libertadora que todos nós desejamos realizadora da Escola do Futuro cujas características podem ser observadas na articulação desta mesma Pedagogia da Liberdade.

12. Globalização
A Explosão do Conhecimento

Observamos atualmente no mundo inteiro uma verdadeira Revolução do Conhecimento, que explodiu causando maior bem-estar às pessoas e melhor qualidade de saúde, trabalho e educação a todas as sociedades humanas locais, regionais e globais, proporcionando igualmente uma mais elevada consciência política, compromisso social, cultural e ambiental, aumento qualificativo do nível econômico e financeiro das populações mundiais tanto na Europa e América como também na Ásia, África e Oceania.
Os Povos e Nações do Globo Terrestre parecem crescer na sua conscientização maior e melhor dos problemas e dificuldades de suas regiões e na busca de respostas e soluções para estas contrariedades e controvérsias históricas, temporais, reais e atuais.
Sua conscientização maior e melhor favorece sua renovação interior e sua libertação exterior, viabilizando para suas comunidades, grupos e indivíduos de suas coletividades grande evolução material e espiritual, enorme desenvolvimento político, social e econômico, elevado progresso biológico, psicológico e sociológico, crescendo na prática do bem e na vivência da paz, na construção da vida e na criação do amor.
Homens e mulheres abrem-se a novas possibilidades, seguem tendências alternativas em seus caminhos e optam por estradas renovadoras de suas escolhas e libertadoras de sua liberdade feliz.
Globalizada, a humanidade se aproxima mais de Deus, o Senhor, seu Criador, Autor da Vida.
Globalizante, ela junta-se e se une aos seus semelhantes, aos pobres e menos favorecidos, trabalhando na sua emergência social, na sua emancipação política e na sua sustentabilidade econômica, comprometendo-se responsavel e respeitosamente com as novas atividades naturais, culturais e ambientais, destruindo as tentativas de guerra, maldade e violência, e praticando a fraternidade, a solidariedade e a generosidade.
Globalizadora, ela abraça a todos e cada um com otimismo e positivismo, com auto-estima e alto-astral, animando os pobres, motivando os sofredores e incentivando os trabalhadores na busca de melhores condições e relações de vida, saúde, trabalho e educação para todos.
Esta a Sociedade do Conhecimento.
Esta a Humanidade de Deus.

13. Ponto de Vista
O Universo da Interpretação
1) Razão e desRazão
No processo articulador do discurso hermenêutico ou interpretativo pode-se encontrar tanto informações reais, conscientes e racionais como também informações irreais e irracionais, ambas apresentando os 2 lados da mensagem e seu conteúdo linguístico então estudados e pesquisados.
2) Lógica e Dialética
Por outro lado, o material que serve de estudo, análise e pesquisa hermenêutica ou interpretativa pode igualmente mostrar-se de forma lógica – quando há unidade e coerência no sentido da mensagem das palavras – ou de meneira dialética – quando o contexto linguístico surge com aparências contraditórias dentro si, havendo erros de conexão das palavras, falhas ortográficas, sintáticas e gramaticais, defeitos morfológicos, idéias contrárias e objetivos inalcançáveis.
3) Subjetivo e Objetivo
A Mensagem trabalhada pode se achar evoluida de modo subjetivo ou objetivo.
Sua subjetividade significa o reflexo do lado pessoal ou individual de quem produz seu conteúdo, sua criatividade, personalidade, individualidade, identidade, localidade, temporalidade, historicidade, cotidianeidade, espacialidade, contexrualidade, caráter, e seus pensamentos, sentimentos e comportamentos ali revelados.
Sua objetividade traduz-se em nele descobrir elementos universais, objetivos, necessários, absolutos, globais, metódicos, estruturais, sistemáticos e metodológicos.
4) Identidade e Diferença
A Pesquisa hermenêutica ou interpretativa ao analisar o conteúdo linguístico estudado identifica 2 modelos de abordagem literária: de um lado, a orgânica ou corporativa cujo desenvolvimento é linear, lógico, uno e unitário; por outro lado, a abordagem plural, distributiva, integral com uma evolução discursiva alternada, paralela, generalizada e globalizada. A primeira reconhece uma identidade no texto; a segunda apresenta um conteúdo diverso, diferente, ainda que não contrário ou contraditório.
5) Síntese e Análise
Verifica-se também que o autor de uma obra focaliza-o ora de maneira sintética ora de modo analítico.
No contexto sintético, a obra é visualizada em sua totalidade, de forma global e integral, universalmente distribuida.
No contexto analítico, a obra possui um visual diferencial, articulado em seus detalhes e diferenças, onde as partes se diversificam e se distribuem somando um todo completo, ordenado e organizado.
6) Global e Diferencial
Outrossim, a forma global e diferencial de se expressar enriquece a obra do autor, identificando suas características próprias e abrindo seu conteúdo com novas tendências e possibilidades que tornarão seu contexto literário mais perceptível, mais observável, mais abstraivel
e mais propagável.
7) A Hermenêutica e suas possibilidades
A Ciência Hermenêutica é aquela responsável pela interpretação do conteúdo linguístico e suas expressões textuais, sonoras e visuais, decifrando então seus caracteres originais, descobrindo seus dados e contexto históricos, analisando seu conteúdo discursivo e informativo, sintetizando seus elementos principais, abrindo suas possibilidades, superando seus limites, renovando suas tendências, desvelando sua originalidade, libertando-se de preconceitos e superstições, ultrapassando os obstáculos da palavra e da linguagem, transcendendo as barreiras bloqueadoras da nudez linguística.
O Trabalho hermenêutico se faz dentro de um contexto linguístico para o qual contribuem eficazmente o repertório cultural do intérprete ou interpretador, sua educação familiar, seus valores morais e religiosos, seus conhecimentos científicos adquiridos, sua experiência vivida, sua prática cotidiana, sua realidade do dia-a-dia, seus contatos e relacionamentos diários, sua condições e relações de trabalho, a lógica do discurso e a dialética do debate, a crítica dos especialistas e sua opinião própria.
Hermeneuticamente, é possível construir uma síntese global e uma análise diferencial do conteúdo estudado, realizando-se de fato um trabalho de pesquisa fundo e profundo, de caráter eustático e desenvolvimento insofismático, sem os quais a pesquisa hermenêutica interpretativa torna-se praticamente inútil.

14. Respeito a Deus, a si e aos outros
Responsabilidade social, coletiva e ambiental
Os segredos da boa educação

A Boa educação nos diz que o respeito e a responsabilidade são as bases fundamentais de uma sociedade livre e feliz.
Respeito a Deus, a si e aos outros.
Responsabilidade social, coletiva, comunitária e ambiental.
Individual e coletivamente, devemos cultivar a boa educação abraçando o direito e o respeito, a verdade e a liberdade, a justiça e a fraternidade, a felicidade e a solidariedade, a caridade e a generosidade, de modo responsável, comprometendo-se então com o bem-comum da sociedade, sua saúde coletiva e seu bem-estar pessoal, social e ambiental.
Com respeito, a ordem se faz, a disciplina se constrói e a organização se torna insistentemente presente no interior da sociedade, favorecendo sua liberdade e felicidade, seu juizo e bom-senso, transformando seu interior e suas aparências externas, destruindo a violência, a guerra e a maldade que a envolvem, e construindo os fundamentos básicos do bem e da paz, do amor e da vida, da fraternidade e da solidariedade, de uma atitude generosa que caracteriza um meio-ambiente no qual se respira Deus, o Senhor.
Com responsabilidade, observa-se a seriedade comportamental, o compromisso social, a comsciência política, a sustentabilidade econômica, a abertura espiritual, a renovação cultural e a libertação moral e ética, orientadoras
de uma comunidade que assume seu engajamento com toda a coletividade da qual participa, sua emergência estabelecida socialmente e sua emancipação politicamente experimentada.
Assim, visualiza-se o papel da boa educação construtora eficaz de uma sociedade livre e feliz.

15. Paulo Freire e a
Pedagogia da Liberdade

O Modelo educacional de PauloFreire, grande educador brasileiro, apresenta as seguintes características pedagógicas que enfatizam a consciência política que as comunidades locais deven possuir, sua emergência social, seu crescimento econômico e sua rica pluralidade cultural.
A Consciência política que o povo deve ter precisa ser fundamentada pela prática de sua cidadania, a participação popular nos projetos e decisões do país, o seu compromisso social, ambiental e coletivo, a liberdade responsável, o respeito a si e aos outros, a saúde individual e o bem-estar da sociedade, a interatividade e o compartilhamento de iniciativas, oportunidades e possibilidades.
A Emergência social deve juntar-se e se unir com a luta dos trabalhadores por melhores condições de vida, saúde, educação e trabalho, cooperando com todos os indivíduos, grupos, sociedades, comunidades e coletividades pertencentes a determinada região local, provincial e global, tendo em vista alcançar maior progresso físico, mental e espiritual, e contribuir eficazmente para a evolução conscientizadora, renovadora e libertadora de suas prisões ideológicas e psicológicas, de sua exclusão social e marginalização real, de sua dependência econômica, social e política, encontrando assim sua verdadeira, real e atual liberdade e felicidade.
O seu crescimento econômico precisa ser centrado em políticas públicas desenvolvidas principalmente pelo Estado, guardião da ordem social, e igualmente das lideranças e representantes dos grupos e comunidades de amigos, moradores e trabalhadores daquela região específica onde ocorrem os problemas, dificuldades e contrariedades, conflitos e contradições históricas, sociais, emergenciais, reais e atuais.
vividas e experimentadas pelo povo da localidade.
A sua rica pluralidade cultural e suas atividades artísticas, esportivas e recreativas, com seus exercícios fisicos, mentais e espirituais, sua busca do conhecimento, sua consciência pensante, crítica e reflexiva, devem de fato mudar a realidade social cotidiana, modificando e transformando o ambiente social, político e econômico, libertando as comunidades locais de sua escravidão temporal e histórica, da falta de emprego e trabalho, da ausência de oportunidades e carência de condições renovadoras e libertadoras de sua opressão político-ideológica, de sua dependência, manipulação e exploração econômicas, de sua submissão ao monopólio estatal, autoritário e ditatorial, abrindo-se deste modo uma tal situação real cotidiana em que se possa construir uma nova mentalidade cultural, um novo ambiente social e ambiental, protegendo pois seus ideais de liberdade, fraternidade, felicidade e solidariedade, e fugindo da violenta e maldosa cultura da morte, geradora de injustiça e opressão popular, social e comunitária.
Através de uma reflexão crítica e dialética, as comunidades locais, sociais e populares podem modificar sua situação social, suas circunstâncias políticas, suas relações e condições econômicas, suas limitações culturais e ideológicas, lutando e batalhando pois em favor de uma sociedade presente e futura mais consciente de suas responsabilidades, mais comprometida com os interesses , planejamentos e decisões da nação, mais participativa e interativa, que respeite e seja respeitada nos seus direitos, deveres e obrigalçoes, validando e valorizando a sua auto-estima pessoal e social, sua consciência ambiental e o bem-estar de todos e cada um.
Parece que Deus, o Senhor, abençoou Paulo Freire pelos seus trabalhos e pesquisas em prol do bem-estar de suas comunidades locais e coletividades regionais.

16. Pensar e Conhecer – A Imaginação Criadora
Um Complexo de possibilidades
Quando a Imaginação se une ao pensamento e ao conhecimento verdadeiramente possível, um complexo de possibilidades se cria, se articula e se desenvolve produzindo novos conteúdos de conhecimento, novas metodologias de pensar e refletir, novas maneiras de criar e imaginar o que possa ser a realidade.
A Experiência real cotidiana é um fluxo fértil de conhecimentos que o pensamento reflexivo em união com sua capacidade criadora e criativa imagina elaborar, propiciando saúde mental e bem-estar racional e real, melhores condições de vida, trabalho, saúde e educação, o que resulta de fato em uma sociedade bem desenvolvida do ponto de vista ético, material e espiritual.
Com efeito, viabilizam-se deste modo a política do bem-comum social e coletivo, a economia do sucesso e da prosperidade, a sociedade da saúde pessoal e bem-estar popular e comunitário, a cultura do bem e da paz, do amor e da vida, a ética do respeito e da responsabilidade, o desejo real da liberdade e da felicidade, a prática da boa consciência, do juizo e bom-senso, o desenvolvimento da fraternidade e da solidariedade, a evolução da matéria e do espírito, o progresso fisico, mental e espiritual.
Tal complexo de possibilidades pois é consequência do esforço, empenho e trabalho interativo, integrado e compartilhado exercidos ao mesmo tempo pela boa imaginação, o bom pensamento e o bom conhecimento.
A partir de então, bons resultados se alcançam, novas oportunidades se abrem, outras alternativas se revelam.
A Humanidade pode assim crescer, progredir, evoluir e se desenvolver bem e para melhor, oferecendo a todos e a cada um dos humanos boa qualidade de vida, ótimo estado de saúde individual e coletiva, excelente desempenho social, político e econômico, e perfeito condicionamento biológico, psicológico e sociológico.
Eis o objetivo final do verdadeiro processo pedagógico de educação global e diferencial.

17. Professor: Gerador de conteúdo
ou Reprodutor de conhecimentos ?

Em função do professor em sala de aula, produz-se o conhecimento, organiza-se a escola e desenvolve-se o saber.
Ele, o Mestre, o Pedagogo, o Educador, o Profissional de Educação. Sua presença é sinal de progresso para o estudante, ordem para o diretor, amizade para os funcionários. Sua ausência é o caos no colégio, a desordem na sociedade, a berlinda da humanidade. Com ele, constrói-se a sociedade científica, a comunidade do conhecimento, a saúde e o bem-estar de indivíduos e grupos, o bem e a paz do ser humano, o movimento estudantil, o crescimento infantil, a evolução social e cultural, política e econômica, material e espiritual. Sem ele, como disse, é a desordem no currículo pedagógico e o desequilíbrio dos planos educacionais, a indisciplina dos alunos e a desorganização das matérias e das disciplinas de formação. Na verdade, ele, o professor, é mais um gerador de conteúdo do que um reprodutor de conhecimentos. Seu testemunho profissional gera confiança nos alunos e estudantes, produz a chamada sociedade do conhecimento, origina o processo de globalização mundial, principia a calma da natureza e a tranquilidade do universo. Que seria de nós sem o professor ? Sem o orientador vocacional ? Sem o direcionador das vocações e profissões ? Sem o descobridor de talentos ? O animador da turma ? O motivador do recreio ? O incentivador de trabalhos de grupo, das leituras silenciosas e das pesquisas individuais ? Aquele que gerencia as redações, lidera a educação física, monitora os cálculos matemáticos, ensina a língua portuguesa, o inglês e o francês, regulamenta os testes e as provas, e determina a nossa passagem de ano ? Entretanto, ele não é a cópia da xerox, o copiador dos colegas de trabalho, o reprodutor de conhecimentos. Ele realmente é o criador de possibilidades, o gerador de tendências, o renovador de atitudes e o libertador de preconceitos e superstições. Ele de fato é o gerador de conteúdo. Porque ele cria condições de saber e conhecer, produz novas idéias e novos ideais, constrói a boa educação e define basicamente o caminho e os objetivos finais do processo pedagógico. Ele, sim, é o professor. O que seria do médico sem ele ? Sem ele o que seria do advogado e do engenheiro ? Porque ele na verdade é que nos proporciona o presidente da república, o governador do estado e o prefeito da cidade. Ele nos propicia as idéias, as boas idéias e os bons conhecimentos, a boa ética e a boa espiritualidade. O Bom professor nos conduz a Deus, o Senhor.

18. Dia do Professor
15 de Outubro

Em sala de aula, dentro da escola ou fora do colégio, na faculdade de estudantes ou com os alunos da Universidade, lecionando ou pesquisando, estudando ou trabalhando, o Mestre do ensino, o Pedagogo da aprendizagem, o Educador de matérias e disciplinas, o Gerador de conteúdo, o Produtor de conhecimentos, o Criador de idéias, o Promotor de debates e o Incentivador de pesquisas, o Animador dos grupos docentes e o Motivador das comunidades discentes, Ele, formado pela Sabedoria da Vida, informado das questões da realidade cotidiana, Solucionador dos problemas pedagógicos e educacionais, Crítico das interrogações diárias da vida das pessoas, Dialético quando necessário, Canal de respostas para as dúvidas e incertezas relativas ao processo ensino-aprendizagem, Cético de vez em quando, Relativista hoje em dia, Indeterminista sempre que pode, Solitário muitas vezes, Solidário e Fraterno quase sempre, Niilista quando o nada existencial e o vazio espiritual perturbam a sua vida, enfim, o Docente Mestre e Doutor quando possível é o Centro do movimento da vida, que orienta a todos e cada um com seus sábios pensamentos, com seus sentimentos cordiais e seus comportamentos disciplinadores, ordenando de fato a mente das pessoas, organizando a consciência e a racionalidade humanas, determinando as atitudes de grupos e indivíduos que estão sob sua responsabilidade.
Assim é o Professor.
Chave do sucesso da sociedade.
Segredo da prosperidade da humanidade.
Construtor de novas tendências e possibilidades, Ele é a porta do futuro, de um presente cheio de novidades e de um amanhã pleno de oportunidades.
Com o Professor, todos crescem, progridem e evoluem.
Sem o Professor, não há desenvolvimento social, político, econômico e cultural.
Com Ele, a pesquisa científica e as grandezas tecnológicas.
Sem Ele, desaparecem as riquezas materiais e evaporam as belezas espirituais.
Ele, o bom Professor, o Docente dos discentes, é a função matemática em torno da qual todos se sentem bem, em paz com a vida, positivos e otimistas.
Ele, a base fundamental da sociedade do conhecimento.

19. Bullyng
Violência nas Escolas

Fenômenos escolares entre os estudantes tais como um xingar o outro, criar apelidos para humilhar seus colegas, bater nos mais novos, explorar os companheiros, manipular a consciência alheia, um fazer a cabeça dos demais, um querer ser mais malandro que a maioria, um ou dois desejarem estar acima dos parceiros, um ou mais elevar-se, orgulhar-se, envaidecer-se e assim rebaixar, rejeitar e excluir alguns, um ou outro monopolizar a turma ou a reunião, buscar ser mais, maior e melhor que os outros, usar de autoritarismo no relacionamento com seus amigos, mandar ou dar ordens porém não querer também obedecer, procurar ser o chefe sem possuir condições de chefia, anseiar por ser o líder sem ter liderança, favorecer alguns em prejuízo da maioria, beneficiar-se das fraquezas e limitações dos outros, enriquecer pisando nos demais, subir destruindo os colegas, estragar os outros quando todo mundo está numa boa, querer ser feliz sozinho, desejar ser livre e não dar condições de liberdade para os outros, mentir quase sempre, ser egoísta na maioria das vezes, usar de soberba quando deveria ser humilde, complicar ao invés de simplificar, confundir em vez de iluminar, enfraquecer quando teria que fortalecer, entristecer os outros, desanimar seus companheiros, desmotivar a turma, não incentivar quem precisa de ajuda, não gostar de ajudar, não gostar de gostar, ignorar o bem que deve fazer, não viver em paz nem deixar a paz acontecer, odiar quando precisava amar, detestar e arrasar os outros, deprimir, oprimir e reprimir na maioria das vezes, ser violento permanentemente, querer sempre brigar, contrariar os demais, contradizer de propósito sem necessidade, determinar condições de maldade e violência entre seus colegas do colégio, criar insatisfação e mau-estar na escola, gerar um clima doentio, inconsciente e irracional a sua volta, produzir ambientes de medo e covardia, construir a destruição dos outros e de si mesmo, isolar-se ao humilhar os outros, desestimular o entusiasmo que existe ao seu redor, em torno de si condicionar momentos desagradáveis e desfavoráveis, criar situações de risco de vida que atraem a morte, definir circunstâncias de divisão e desunião, exclusão e marginalização entre seus amigos, inimigos e adversários, enfim, produzir junto a si um ambiente adverso e controverso provocando a ira, a raiva e a cólera dos demais.
Tudo isso caracteriza o Bullyng, a violência nas escolas.
Como combater o Bullyng ?
Através de uma boa educação onde se procure enfatizar as boas idéias e conhecimentos, a boa ética comportamental e a boa espiritualidade natural.
A Boa consciência, as boas intenções e os bons interesses.
Os bons valores e as boas vivências.
Observe: cuidar do lado bom da vida.
Ser bom e fazer o bem.
Acreditar em Deus e confiar no Senhor.
Deus, a Bondade em pessoa.
Como é bom ser bom!
Fazer bem todas as coisas e trabalhar sempre com alegria.
Respeitar para ser respeitado.
Ser responsável por seus atos.
Usar de juizo e bom-senso em suas atitudes.
Porque somos felizes quando fazemos os outros felizes.
Somos livres quando deixamos os outros serem livres também.
Devemos ser uma luz para os outros.
Animá-los, motivá-los e incentivá-los sempre.
Viver a vida com energia e entusiasmo.
Enfim, ser um tesão para as mulheres.
Deste modo, o Bullyng não existiria nunca mais.
Graças a Deus e Glória a Vós, Senhor.

20. Não basta ser Professor,
tem que participar

O Mestre de sala de aula, o Educador de alunos e estudantes, o Gerador de conteúdo de conhecimento de qualidade, o Criador de boas idéias e bons conhecimentos, o Produtor do troca-troca de matérias e disciplinas no mercado educacional, o Programador de cursos de especialização, discursos de improviso, palestras de surpresa e debates críticos e dialéticos, o Pesquisador permanente e incansável, o Profissional da Educação, o Pedagogo desenvolvedor de processos educacionais, o Trabalhador participante das assembléias de classe e das reivindicações da categoria, o Mobilizador das turmas do colégio, o Planejador dos planos de aula e de curso, o Impulsionador dos Conselhos de Classe, o Promovedor das greves docentes e discentes, o Orientador educacional, vocacional e profissional, o Explicador do conhecimento verdadeiramente possível, o Político que luta por sua escola, por melhores salários e melhores condições de vida e trabalho, o Agente didático organizador e ordenador de testes e provas, debates e pesquisas, leituras e redações, o Disciplinador do Vestibular, do ENÉM, do IDEB e do PDE atual, o Moralizador da bagunça e da confusão na Faculdade, o Universitário preparador de Mestrados e Doutorados, o Escritor de obras técnicas ou de livros literários, enfim, Aquele que com seus dons, carismas e talentos, com sua educação familiar e repertório cultural acumulado até aqui e agora, com seus valores e intenções, com seus interesses em jogo, com sua consciência de deveres, direitos e obrigações, com sua experiência de trabalho e dedicação vocacional e profissional, está sempre no meio de nós, animando as crianças, motivando os jovens e incentivando os mais velhos, entusiasmando-se com a beleza da vida, sua grandeza natural e sua riqueza universal, Ele, sim, o Professor dos esforços sem medidas e dos empenhos sem limites, deve participar dos desejos, interesses e necessidades de seu meio-ambiente de vida e trabalho, compreendendo e respeitando os anseios de todos e cada um todavia ao mesmo tempo comprometendo-se responsavelmente com o movimento de mudança que acontece hoje aqui e agora na sociedade, ajudando-a então a transformar-se para melhor, lutando para que ela seja crescentemente mais saudável, agradável e amigável, progrida na construção da fraternidade universal e da solidariedade entre os povos, evolua na generosidade de sua saúde pessoal e bem-estar coletivo, se desenvolva cada vez mais e melhor material e espiritualmente, mental e fisicamente, ética e políticamente, social, cultural e ambientalmente, econômica e financeiramente, científica e tecnologicamente, artística e filosoficamente, moral e religiosamente, no tempo e na história, real e atualmente, em seus grupos e comunidades locais, regionais e globais, ajudando pois na boa qualidade de vida de suas associações de moradores e trabalhadores e igualmente na perfeita execução de trabalhos e na excelência de seus resultados, frutos e consequências, por parte de seus sindicatos, advogados do trabalho e defensores nossos, nós os Professores, Profissionais da Educação.
Que Deus, o Senhor, o Grande Pedagogo da Vida e Sábio Educador da Existência, abençôe e ajude sempre os Professores, seus herdeiros natos.

21. A Pedagogia da Liberdade

Somos livres quando estamos felizes.
Liberdade é sinônimo de felicidade.
E o que é felicidade ?
Felicidade é viver uma vida com respeito.
É respeitar para ser respeitado.
É ser responsável por seus atos.
É ter juizo e bom-senso.
É criar boas idéias.
É propagar os bons conhecimentos.
É difundir o bem e a paz, o amor e a vida.
É publicar a verdade.
É construir amigos
É gerar fraternidade e solidariedade, amizade e generosidade ao seu redor.
É amar, respeitar e valorizar a Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, o Fundamento de todos os fundamentos.
É namorar e paquerar as mulheres, amando-as e desejando-as com paixão e loucura.
É abraçar o direito e a justiça.
É buscar a sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros.
É beijar as crianças, os garotos e os meninos.
É entusiasmar-se com a juventude.
É ouvir e aprender com os mais velhos, os aposentados e pensionistas do INSS.
É cuidar e zelar pela família que se tem.
É trabalhar com alegria e fazer bem todas as coisas.
É sair de si mesmo e ir ao encontro dos outros, para ajudá-los em suas necessidades, animá-los em suas tristezas, motivá-los em suas doenças e incentivá-los em seus problemas e dificuldades.
É cultivar o silêncio.
É ter paciência no sofrimento.
É seguir sempre a natureza.
É andar, caminhar, movimentar-se sempre.
É procurar o progresso material e espiritual de si e dos outros.
É evoluir física e mentalmente.
É crescer econômica e financeiramente.
É emergir social, cultural e ambientalmente.
É emancipar-se ética e politicamente.
É desenvolver-se permanentemente construindo a vida, a natureza e o universo.
É saber superar seus limites quando possível.
É ultrapassar suas próprias barreiras ideológicas e psicológicas.
É transcender sempre que necessário o tempo presente e mergulhar na eternidade de Deus.
É fugir da maldade e ignorar a violência.
É destruir a divisão gerando união; a exclusão produzindo inclusão humana, natural, social e cultural; a marginalização que suja, corrompe e emporcalha as pessoas construindo o amor fraterno e solidário, amigo e generoso.
É construir a cultura do bem e da bondade e um ambiente de paz e de concórdia em nosso meio social, político, econômico e cultural.
Vivendo assim estaremos no bom caminho.
Seremos bem educados.

22. A Formação Progressiva
Continuada nas Escolas
Significado, importância e objetivos

Nem aprovar nem reprovar automaticamente as crianças e adolescentes de 6 a 13 anos do Ensino Fundamental da Educação Básica nas Escolas do Rio e do Brasil, mas sim favorecer a permanência do estudante no Colégio Municipal, desenvolver sua aprendizagem não só acumulativa de conteúdos de conhecimento de qualidade como também compartilhá-los em grupo na sala de aula ou fora desta em sua comunidade, com seus amigos, parentes e familiares, interagindo com eles, e ainda progredir humana, natural e culturalmente, satisfazendo seu lado vocacional e realizando sua área profissional, possibilitando o uso permanente de sua criatividade, capacitando-se tecnicamente para o mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que desabrocha seus dons, talentos e carismas tendo em vista seu crescimento econômico e financeiro, sua emergência social, cultural e ambiental, sua emancipação ética, política e espiritual, o que resulta realmente em eliminação de traumas e frustrações antes insistentes nas primeiras séries do Fundamental após a reprovação excludente, repressiva e depressiva, que por sua vez afugentava os alunos das escolas, fazendo-os desanimar, entristecer e desistir de estudar, substituindo então o estudo, a obtenção do conhecimento e a preparação para a vida que a Casa do Ensino lhes proporcionava por outras desocupações ócias e vadias, e quando não iam arranjar um emprego ou trabalho, mesmo ainda jovens, se envolviam com futilidades facilitadas pelo jogo de bola, a famosa pelada, ou se entregavam ao tráfico de drogas, fumando maconha ou cheirando cola, ou praticavam pequenos furtos e roubos, assaltando as pessoas na ruas, visto que mergulhavam na marginalidade e na exclusão social, em uma vida muitas vezes de pobreza, miséria e mendicância.
Tais dificuldades e deficiências sociais e psicológicas, morais e religiosas, e seu mundo de contrariedades e adversidades, de divisão, maldade e violência, presentes, insistentes e existentes nas crianças e adolescentes em seus primórdios de Escola Fundamental, desejam ser superadas e ultrapassadas definitivamente pela Formação Progressiva Continuada, Sistema Pedagógico de ensino-aprendizagem cuja grade curricular com seu conteúdo interdisciplinar e interativo e sua metodologia didática baseada em pesquisas e debates, leituras e redações, principalmente, e seus anseios educacionais e projetos pedagógicos, objetivam o desenvolvimento humano, político e social dos alunos e alunas, sua evolução física e mental, seu progresso material e espiritual, a partir justamente de sua inserção, permanência e continuação na escola onde pode articular processos de conhecimento, seus conteúdos, matérias e disciplinas, integrá-los com a sociedade, compartilhá-los social e coletivamente em benefício de todos e cada um, o que desperta assim a vontade amiga e generosa das pessoas ao seu lado e ao seu redor de abraçar atividades de fraternidade e solidariedade, construindo – e não destruindo – valores éticos, virtudes religiosas e vivências sóciopolíticas e econômicas e culturais que propiciem mais saúde pessoal e bem-estar coletivo a todos os integrantes da sociedade humana como tal.
Essa a importância da Formação Progressiva Continuada nas Escolas Fundamentais.
Esse o seu significado e seus objetivos.
Não tem nada a ver com aprovação automática.



23. Educação de Qualidade

A Boa Pedagogia nos ensina que o processo educacional onde se incluem professores e estudantes, diretores de escola e seus funcionários, inspetores de alunos e seus coordenadores, pais dos educandos e a sua comunidade em torno do colégio, as Secretarias de Educação e seus responsáveis imediatos, deve ser realizado tendo em vista a boa produção dos conhecimentos propagados, a boa ética comportamental de todos os agentes pedagógicos e seus subordinados e a boa espiritualidade natural em que o movimento de ensino-aprendizagem seja fundamentado por uma certa fé em Deus, fonte do respeito e do direito que devem existir entre os cidadãos de uma determinada sociedade do conhecimento, raiz de suas atividades pensantes, discernentes e cognoscíveis, princípio da boa consciência e de seus valores morais e virtudes éticas bem orientadas, origem das boas vivências e experiências ricas em conteúdo cultural, plenas de dignidade e responsabilidade social e ambiental, cheias de possibilidades, alternativas e oportunidades em que se sobressaem a liberdade em construir as boas coisas que a vida tem e a felicidade de saborear uma prática cotidiana onde o equilíbrio mental e emocional de seus grupos e indivíduos seja a chave do sucesso e o segredo de sua boa vida cujo bem que é feito e a paz que é vivida são o objetivo final de um projeto educacional identificado com idéias e ideais de amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade, saúde pessoal e bem-estar coletivo, controle da mente e domínio de si mesmo, dignidade no trabalho e valorização da família, juízo nas ações e bom-senso nas decisões e soluções que devem ser dadas, enfim, constituir e consolidar um tal exercício pedagógico e uma tal dinâmica educacional em que todos saiam ganhando com os créditos da boa aprendizagem, com os favores do bom ensino empreendido e com os benefícios de uma boa escola cujo ambiente de geração de conhecimentos culturais, éticos e espirituais como disse acima sejam a garantia segura de uma boa orientação vocacional, técnica e profissional para os alunos e alunas pertencentes a uma definida comunidade de ensino.
Desse modo se construirá a sociedade do conhecimento, baseada em princípios bem sólidos cujos frutos, efeitos e conseqüências são uma humanidade mais livre e mais feliz, mais ordeira e mais pacífica, de bem com a vida, menos violenta e mais fraterna e solidária, onde se criem amigos e não adversários, o amor seja o fundamento do convívio social, a política seja verdadeira e transparente, a economia seja saudável e agradável sustentada pelo otimismo dos mercados e pelo positivismo dos negócios articulados, a cultura tenha mais conteúdo enriquecida com as boas idéias e conhecimentos produzidos.
Tal a finalidade de uma escola de qualidade onde a dignidade do ensino e a responsabilidade da aprendizagem sejam sustentados pelo mútuo respeito entre seus membros que têm na alegria do trabalho bem feito a realização de suas vidas e a felicidade de suas existências de cada dia.
A Qualidade do ensino certamente gerará presente e futuramente uma vida mais feliz sobre a Terra.
Que Deus nos ajude a preparar desde agora esse ambiente propício de felicidade para todos nós.

24. As Ferramentas da
Boa Aprendizagem

O Professor – como agente pedagógico e profissional da educação – é o responsável pela transmissão das matérias, disciplinas e conteúdos de conhecimento aos seus alunos e alunas, ao mesmo tempo em que é o gerador de outras, boas, novas e diferentes idéias, a partir de que conscientiza os estudantes da realidade que os cerca, orienta-os na interpretação dos fatos do dia a dia e ajuda-os a apreender o que de bom e de bem há nesses fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais da experiência real e atual cotidiana em que encontram aqui e agora, e ainda permite que eles abstraiam o racional e o consciente dessas práticas diárias onde o sensível e o experimental são a base fundamental de suas teorias e ideologias então obtidas.
Tal experiência de ensino, para a qual concorrem as leituras e as monografias, os debates e as pesquisas, os cálculos matemáticos e as redações manuscritas, os recursos e funções científicas e tecnológicas tais como o computador e a internet, a informática e as apresentações de texto e audiovisual, tudo isso enfim colabora para a boa educação dos estudantes, para a formação continuada dos professores, para o aperfeiçoamento do Sistema Pedagógico de Ensino-Aprendizagem, para a boa qualidade dos ambientes escolares, para a boa convivência das comunidades docentes e discentes, ocasionando então um ótimo relacionamento entre as pessoas envolvidas em tal processo educacional.
Consequentemente, teremos uma sociedade mais ordenada, disciplinada e organizada, a qual tem na escola ou na universidade a origem de sua boa qualidade de vida, o princípio de sua dignidade na família e no trabalho, a fonte do mútuo respeito e da recíproca responsabilidade entre seus cidadãos e cidadãs, componentes então de um mundo gerado pelos bons conhecimentos adquiridos, pela boa ética comportamental vivida e experimentada e pela ótima espiritualidade natural que todos devemos possuir, tornando a nossa fé em Deus parte integrante de nossas vidas de cada dia.
Tais as ferramentas do bom ensino.

25. Educação Digital

Tendo em vista os sinais dos tempos modernos e seus apelos de desenvolvimento, de globalização e cultura ambiental, de progresso tecnológico e possibilidades e alternativas informáticas, de crescimento dos desejos de emancipação política, econômica, social e cultural, e suas emergências de saúde, paz e bem-estar para a humanidade, de evolução das mentalidades e das consciências e suas experiências vitais, surge então uma nova era de interatividade virtual, de intercâmbio cultural e de compartilhamento dos conhecimentos ora produzidos dentro da rede mundial de computadores, a internet, que exige e supõe uma maior e melhor conscientização do que vem acontecendo na atualidade, e que encontra pois na educação e na prática pedagógica a chave do sucesso e o segredo de felicidade capazes de empreender entre nós o ensino da informática, condição básica e essencial para a boa manipulação dos computadores e seu universo online e offline, de seus conteúdos digitais e seu ambiente virtual, o que certamente trará para as sociedades humanas de hoje bem-estar generalizado, saúde física e mental, qualidade de vida material e espiritual, excelência de convívio entre as pessoas, aumento da fraternidade universal e da solidariedade entre os povos, construção de outras, boas, novas e diferentes amizades a partir da boa generosidade entre grupos e indivíduos por todas as partes do Planeta Terra, aqui e agora, presente e futuramente, em cada uma das regiões do Globo e suas localidades particulares, historicamente definidas e temporalmente determinadas, constituindo a partir de então uma realidade diversa cujo fundamento propicia-nos liberdade de movimento e felicidade criadora do sentido do bem e da bondade e da existência da paz e da concórdia.
Nasce portanto a educação digital.

Pontos Finais

Abrir-se ao novo.
Renovar-se interior e exteriormente.
Libertar-se de preconceitos e superstições.
E assim criar as condições indispensáveis para um bom ensino e uma boa aprendizagem, englobando tudo e todos neste processo educacional, rumo à construção de uma Pedagogia verdadeiramente nova, aberta e libertadora, onde os envolvidos no sistema de ensino-aprendizagem obtenham os frutos e benefícios de uma educação comprometida responsavelmente com o humano, sua auto-estima permanente e sua constante inclusão social, natural e cultural.
Que a boa educação vença o lado desumano da vida, supere suas contrariedades e adversidades, ultrapasse suas prisões ideológicas e transcenda os limites que impedem a aquisição do verdadeiro conhecimento, da vivência da boa ética e favorecendo igualmente a evolução do lado espiritual da existência humana, sem o qual é impossível ser realmente livre e feliz.
Que Deus nos ajude e abençôe.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O Poder da Imaginação

O Poder da Imaginação
O Complexo Imaginário e
seu fluxo criador de imagens

1) A Imagem e seu Poder de Influência

Eu e os outros mantemos um relacionamento baseado em construção de imagens, que se originam a partir do poder de influência exercido por nós, pelo meu eu e pelos outros eus dos outros, resultando assim em uma interatividade, interdependência, compartilhamento de idéias e imagens, valores e intenções, símbolos e interesses, razões e experiências, teorias e práticas, emoções e atividades, exercícios mentais e concretos.
Dependemos uns dos outros.
Interagimos e compartilhamos interesses.
Em função desta realidade da experiência cotidiana, adquirimos com o tempo, de acordo com o momento, sob determinações da vivência temporal e histórica, conforme o lugar social e cultural, político e econômico, moral e religioso, em que nos inserimos, novas imagens sobre nós mesmos, criando, desde então, preconceitos e superstições, ideais e ideologias, teorias e discursos que vão afetar decisivamente nosso comportamento perante a sociedade onde nos encontramos neste mundo em que vivemos.
Nós somos eu e os outros.
Temos uma imagem sobre nós mesmos.
Eu sou assim, nós somos deste modo, os outros são daquela maneira.
Todos e cada um então constróem seus próprios mundos internos e externos, seus universos interiores e exteriores.
Somos imagem.
Nos imaginamos.
Nos representamos diante da sociedade, perante a mim e aos outros.
A Força desta imagem define o grau, o valor e o poder de influência que podemos apresentar socialmente.
Eu me imagino e imagino os outros.
Os outros se imaginam a si mesmos e imaginam a mim também, o que eu posso ser, o que eu represento para eles, qual o meu reflexo em sociedade.
A Imagem em si só pode existir a partir de uma relação: eu com os outros, eu comigo próprio, os outros comigo e os outros com eles mesmos.
Observa-se assim que a imagem é produto de uma relação necessária, resultado de uma situação real ou ideal interativa, consequência de circunstâncias sociais determinadas interdependentes, efeito de condições gerais e específicas cotidianas que compartilham símbolos, valores e interesses iguais ou diferentes.
Surge deste modo o poder de influência que podemos realmente exercer em sociedade, determinando e sendo determinados pela vida dos outros, condicionando pensamentos, sentimentos e comportamentos uns sobre os outros, definindo regras de conduta, estilos de moda, boas ou más atitudes, ótimas ou péssimas ações.
Neste momento, a ética ou a moralidade social entram em ação, chamando-nos à responsabilidade individual e coletiva, ao respeito pessoal, social e ambiental, às boas virtudes que devemos abraçar, ignorando e rejeitando de fato a violência e a maldade que possam então nos contaminar.
Eis pois o processo real, histórico e atual de construção da nossa imagem, seu valor, poder e importância diante da sociedade em que nos encontramos.

2) O Gerador de Imagens

Diariamente, estamos construindo imagens sobre nós mesmos e sobre os outros, dentro da realidade – quando experimentamos o cotidiano da nossa vida – ou fora da realidade – quando mergulhamos em sonhos, ilusões e fantasias, possuídos pelo poder da imaginação que então nos aprisiona e escraviza total ou parcialmente determinando uma relação de dependência, muitas vezes doentia, entre o meu ego e a minha inconsciência irreal e irracional.
Com efeito, as imagens – representações mentais – são fenômenos da consciência, ou acontecem na consciência em si, de si e para si, dentro de si e fora de si. Tais ocorrências racionais ou irracionais, reais ou irreais, conscientes ou inconscientes, caracterizam e manifestam o poder da imaginação humana, seu complexo imaginário fértil e de inúmeras possibilidades, e seu fluxo permanente de criação de imagens, as quais se identificam muitas vezes ora com o sujeito ora com o objeto, a consciência e/ou a experiência, o pensamento e/ou o acontecimento, a ação e/ou a representação, definindo assim “o motor de imagens”que funciona dentro da natureza do homem e da mulher cotidianamente. Na verdade, essas imagens construidas no meu ego se referem a uma variedade de fatos, reais e atuais, temporais e históricos, ou de modo diferente se relacionam com o meu mundo incrível, fantástico e extraordinário, muitas vezes louco e demente, visto que se isola e se aliena então da realidade do dia a dia da nossa vida em sociedade dentro deste mundo em que vivemos no presente momento. Desde agora, podemos observar que o mergulho ou não na estrutura caótica, indefinida e indeterminada da realidade da experiência cotidiana vai definir os nossos conceitos de imagem, sua função na nossa existência e a boa ou má qualidade de vida que podemos usufruir a partir pois das imagens ou representações mentais que temos de nós mesmos e dos outros, do meu ego e dos objetos que me cercam, do ambiente em que vivo e dos conhecimentos que adquiro constantemente, das informações que recebo dos meios de comunicação social e das manifestações concretas que visualizo quando em contato com os fatos históricos e os acontecimentos temporais do dia a dia. Nota-se ainda que uma imagem gerada revela o grau de relações e relacionamentos que mantenho e estabeleço diariamente e também o nível de estado de vida que experimento durante o dia e a noite sempre em condições que ora se vêem reais ou irrais, racionais ou irracionais, conscientes ou inconscientes. Outrossim, as intencionalidades humanas e seus interesses em jogo refletem a qualidade e a quantidade de imagens ou representações mentais que possuimos dentro de nossa ‘experiência mental”. Somos imagens.

3. O Trabalho da Memória

O Papel da memória no cérebro humano é guardar as imagens criadas diariamente, as quais se identificam com textos, fotos, músicas e vídeos, todas arquivadas nela, armazenadas em seu contexto condicionador de repetições consecutivas, transitórias e permanentes, ou seja, memoriza-se no interior do homem e da mulher todos os dados ou informações criadas, captadas, abstraidas e apreendidas pela sua consciência, de acordo com os seus interesses subjetivos.
As imagens ou informações geradas instalam-se na memória humana por meio de contínuos repetecos, os quais vão se adaptando e condicionando paulatinamente em seu mundo interior até que fiquem solidamente consolidadas nesse ambiente memorizador, arquivador de conteúdos e armazenador de conhecimentos. Deste modo, as imagens que se produzem não se perdem nem são apagadas desse universo interno cujas adjacências cooperam para tal arquivamento e cujo meio-ambiente memorial ajuda no mesmo armazenamento de dados. Esse pois o papel, a função e o sentido da memória dentro da natureza humana.

4. Representações Mentais

Podemos definir imagem como sendo uma figura, um símbolo ou uma representação mental de alguma coisa ou fato dentro da consciência humana. Esse fenômeno que ocorre na consciência e que chamamos de imagem pode ser uma letra ou um número, uma palavra ou uma frase, uma idéia ou um símbolo, um texto falado, ouvido ou escrito, uma foto que se vê, uma música que se escuta ou um filme que se observa. Esse olhar interno observador visualiza essas imagens transformando-as em representações mentais que faço de mim mesmo ou das outras pessoas, da realidade cotidiana ou dos fatos e acontecimentos do dia a dia, dos seres e das coisas, do sujeito que imagina e se imagina ou do objeto observado e imaginado. Tal ambiente de interatividade e compartilhamento de observações diversas e perspectivas diferentes, constituem e produzem, e desenvolvem, a imagem, objeto que imagino mentalmente. Imaginando esses objetos mentais dou origem à imagem, que se refere a mim, ou se relaciona com os outros, dentro ou fora da realidade em si, de si e para si. Assim pois é possível afirmar que imagem é uma realidade para mim, e eu sou uma realidade para essa imagem com a qual mantenho contato nesse momento, observando os caracteres que a definem. De fato, tal interação entre eu e o objeto mental, que chamo de imagem, determina uma terceira realidade ou imagem relacional, fruto do contágio imaginário que se estabelece entre o meu ego e a figura imaginada. Por conseguinte, temos 3 realidades que trabalham e cooperam mutuamente na produção da imagem: o meu eu, a coisa que imagino ou mentalizo e o estado de relação ou relacionamento existente entre todos nós. Dessa comunhão e participação dessas 3 realidades interiores ao sujeito humano nasce o conceito de imagem ou representação mental.

5. A Linguagem e suas
manifestações simbólicas e imaginárias

Símbolo, imagem e linguagem trabalham juntos construindo o discurso humano e seus fenômenos transcendentais, imanentes e transcendentes. Cooperam entre si, interagem uns com os outros, compartilham de seus universos próprios elaborando paulatinamente a racionalidade, a intencionalidade e a realidade da existência e da experiência temporal e histórica, real e atual, do homem e da mulher, que deste modo tornam-se agentes transformadores de seu contexto local, regional e global, de seu ambiente físico e geográfico, renovando pois culturas e mentalidades, e libertando e libertando-se de suas prisões ideológicas e escravidões psicológicas, abrindo-se então à superação de si mesmos, destruindo as barreiras dos preconceitos e os obstáculos das superstições, criando assim as condições de possibilidade para um presente e futuro melhor para a humanidade, com saúde pessoal e bem-estar social e coletivo, com mais fraternidade e solidariedade, gerando portanto uma sociedade humana de bem com a vida, mais ordeira, pacífica e organizada. Por conseguinte, a tarefa dos símbolos e a função das imagens na produção da linguagem humana propicia frutos e consequências resgatadoras da sua verdadeira dignidade, aprimorando seu caráter individual e aperfeiçoando sua personalidade hoje em dia cada vez mais plural e universal, global e integral. De fato, símbolos, imagens e linguagens produzem um homem e uma mulher melhores, livres e felizes, quando é claro caminham unidos com o bem que se faz e a paz que se vive. Em tal processo libertador, certamente Deus, o Senhor, deve ocupar um tempo e um espaço, ter voz e vez, a fim de que a sociedade, a cultura, a política e a economia desempenhem bem suas vocações temporais, gerando então igualmente efeitos positivos e otimistas para toda a eternidade.

6. O Movimento Construtor da Linguagem

O Processo gerador da comunicação se dá com a participação do comunicador, a linguagem do comunicador e o ouvinte, o agente receptor da comunicação. Paea isto, contribuem eficazmente os meios de comunicação social, tais como: o rádio, a televisão, o computador(internet, informática), os livros, jornais e revistas, o CD, o DVD, o telefone celular, mensagens de cartas, ou seja, mensagens ou linguagens de texto, áudio e vídeo, som e imagem, música e cinema, e o teatro também.
A linguagem ou mensagem de comunicação articula o comunicador com seu ouvinte, através sobretudo dos sentidos humanos, como por exemplo a voz, os olhos e os ouvidos.
A Intencionalidade é outro fator importante da comunicação, que usa a consciência humana, a fim de relacionar suas causas com seus efeitos, acrescentando então o bem ou o mal, a boa moral ou os maus costumes, que influenciam o resultado do movimento articulador da comunicação identificado com o pensamento, sentimento e comportamento das pessoas envolvidas com tal processo comunicador.
A interatividade, a reciprocidade, a relação mútua entre falante e ouvinte favorecem a boa comunucação e suas consequências vitais.
Comunicar-se faz bem à saúde.

7. A Luz e a Força
das Palavras

Palavras significam idéias,
Palavras representam coisas,
Palavras são feitas de símbolos,
Palavras traduzem emoções,
Palavras refletem valores,
Palavras identificam vivências.

Palavras são canais de comunicação,
ferramentas de interação,
instrumentos de participação, que ligam, relacionam ou fazem a ponte entre eu e o outro.

Palavras podem iluminar e fortalecer,
ou podem matar e destruir.
Portanto, as palavras podem ser boas ou más,
de paz ou violência,
de construção ou destruição.
Bondade ou maldade são valores da consciência humana,
são intenções da pessoa humana,
são práticas de indivíduos ou grupos humanos que vivem e convivem em sociedade.
Logo, as palavras reproduzem o homem e a mulher, e seus vícios e virtudes.
Abençoam ou amaldiçoam,
como também podem bendizer e glorificar a Deus, o Senhor.

Por isso, cuide de sua língua,
zele por sua língua,
administre a sua língua.
Ela é a sua vida ou a sua morte,
o seu bem ou o seu mal,
a sua construção ou a sua destruição.

Salve-se quem puder!

8. Estigmas
Idéias Aberrantes

Estigmas são marcas registradas em forma de idéias, símbolos, valores e palavras, que atingem a consciência humana, desviando comportamentos, deturpando a linguagem e causando erros, falsidades e aberrações na compreensão da verdadeira identidade da pessoa humana.
Essas marcas registradas na consciência da pessoa humana atuam como sofismas, mentiras ou aberrações que maculam, corrompem e destróem a identidade, o caráter, a personalidade e todas as características que representam verdadeiramente o indivíduo, grupos ou comunidades humanas.
Tais aberrações ignoram a verdade, excluem sua autenticidade e sujam e mancham os caracteres próprios do sujeito ou pessoa que vive e convive na sociedade humana.
Portanto, estigmatizar significa desviar, aberracionar, corromper e destruir a verdadeira identidade da pessoa humana.
Digamos “não” aos estigmas.
Sejamos verdadeiros e amigos da verdade.
Contrariemos os apelidos, as palavras sujas, as idéias falsas - estigmas atuais da sociedade humana.
Nos nossos relacionamentos, interações e linguagens inter-comunicativas usemos a pureza da linguagem, a limpidez das palavras, a autenticidade das idéias, a verdade de valores e vivências que correspondam à real, verdadeira e autêntica identidade da pessoa humana, sua insofismática realidade original.
Sejamos insofismáticos, verdadeiros, autênticos em nossas relações humanas, sociais, naturais e culturais.

9. A Natureza do Símbolo

Símbolo é uma representação textual, sonora ou visual que ocorre na mente humana, ou seja, um fenômeno da consciência, cujo acontecimento realiza a conexão simbólica com uma idéia, uma palavra, frase, teoria ou ideologia.
Como representação mental, o símbolo é uma ocorrência relacional, porque reflete algum significado no interior da inteligência humana.
Portanto, símbolo é o significante que traduz algum significado
É também um fenômeno situacional, pois remete a alguma situação, cuja referência é dada na linguagem de comunicação, onde o emissor se conecta com o receptor.
Igualmente é um acontecimento circunstancial, visto que se acha existente e insistentemente presente no cotidiano das pessoas, no dia-a-dia dos trabalhadores masculinos e femininos.
Outrossim, trata-se de uma referência condicional, já que nele, por ele e para ele, e a partir dele, se concretiza todo o processo interlocutor de comunicação.
Por conseguinte, a função do símbolo é permitir a boa comunicação, refletir como significante o significado das palavras ou mensagens, traduzir o ótimo relacionamento que deve existir entre o falante e o ouvinte, o autor e o leitor, o escritor e o receptor, o cantor musical e o povo que o escuta.
Na verdade, o símbolo é humano, natural e cultural, e pode servir aos humanos e a Deus, o Senhor, cuja linguagem divina também se expressa através de símbolos.
Façamos dos símbolos um motivo para fazer o bem e construir a paz no meio de nós.
Ex: a) letra(a,b,c,d,e,f...)
b) número(1,2,3,4,5,6...)
c) códigos
d) gestos
e) sinais
f) texto
g) fotos
h) sons
i) imagens
j) figuras

10. O Ambiente Imaginário
A Consciência em si, de si e para si,
dentro de si e fora de si

O Mundo das imagens, seu tempo, momento e lugar na consciência humana se identifica com os fenômenos mentais constituidores de sua essência e aparência, sentido e significado, os quais designamos como idéias, símbolos, valores, intenções, interesses, vivências, representações racionais ou irracionais, conscientes ou inconscientes das experiências humanas naturais e culturais, configurando assim o ambiente de imagens ou imaginário onde acontecem os “fatos mentais”. Tal espaço imaginário acha-se presente, insistente e existente dentro e fora da racionalidade do homem e da mulher, definindo-se como realidade consciente ou irrealidade inconsciente, quando então os fenômenos da mente têm uma relação direta com a consciência – consciência de si: a consciência de si mesma; a consciência em si: a consciência dentro de si mesma; e a consciência para si: a consciência reflexiva, voltada para si própria.

11. A Linguagem da Imagem
e seu universo de discurso

A Representação mental da realidade interna e externa do ser humano em geral reflete positivamente a linguagem da imagem e seu universo de discurso.
Representar então significa interpretar o real interior e exterior, dar-lhe um sentido racional, compreendê-lo, entendê-lo por meio de símbolos, transformar esses símbolos em idéias, apreendê-las ou abstrai-las, e arquivá-las ou armazená-las, memorizando seus significados e seus significantes, enfim, produzindo imagens. Tal é a linguagem da imagem cujo universo é o discurso da representação ou interpretação da realidade que se oferece à minha consciência, tornando-se realidade em mim, realidade de mim e realidade para mim, realidade dentro e fora de mim. Observa-se desse modo que a imaginação humana tem o poder insubstituível de interpretar ou representar mentalmente a realidade que se dá a mim, abarcando-a em si mesma, “imaginando-a” ou transformando-a em imagem. Esse processo abstraidor ou apreendedor de imagens, sua maneira de interpretá-las ou representá-las, caracteriza o mundo imaginário, seu universo de discurso e de linguagem simbólica.

12. A Imaginação e seu contexto
fértil gerador de novas realidades simbólicas

Uma das propriedades da imaginação humana é sua capacidade de construir novas realidades simbólicas, representando ou interpretando pois o seu mundo interno e o universo exterior que o cerca. Tal é o poder da imaginação. Ela gera novas tendências imaginárias e novas possibilidades de imagens, que refletem os “acontecimentos mentais” vindos de dentro ou de fora da consciência, produzindo assim um ambiente propício à obtenção do conhecimento verdadeiramente possível, a partir de um contexto racional ou irracional, real ou irreal, onde se criam os fenômenos da mente. Assim nascem os símbolos e as imagens, as idéias e as vivências, as intenções e os interesses da racionalidade humana.

13. Ser e Pensar,
Sentir e Agir,
Viver e Existir
Tudo é Imagem
Somos uma construção permanente de imagens

Sou o que imagino ser.
Penso o que imagino pensar.
Sinto o que imagino sentir.
A Imaginação caminha ligada ao meu ser, meu pensar, meu sentir, meu agir, meu viver e meu existir.
Imagino-me sendo, pensando, sentindo, agindo, vivendo e existindo.
Sou imagem.
Sou uma imagem em permanente construção.
Imagino o meu eu e quem somos nós.
Imagino a minha realidade e a minha racionalidade.
Imagino os meus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Sou imaginação viva, real e atual.
Sou gerado por mim mesmo.
Sou criado por minhas representações mentais.
Sou produzido por minhas próprias imagens.
Sou construido a partir das imagens dentro de mim mesmo, que me fazem ser e pensar, sentir e agir, viver e existir.
Tudo é imagem.
Todos são produtos da imaginação.
A Realidade cotidiana é imaginada para ser vivida e praticada.
Meus atos surgem de imagens que entendo, compreendo e mentalizo, racionalizando assim a experiência real diária.
Da qualidade de nossas imagens dependem nossos bons ou maus comportamentos.
A Realidade é imaginação.
Ou seja, minhas atitudes precisam da racionalização, mentalização, compreensão, entendimento e conscientização das imagens que surgem dentro de mim como fenômenos ou representações mentais.
A Imaginação é o acontecimento mais fundamental da minha vida.

14. O Contínuo processo de
produção de imagens

Em todas as nossas atividades físicas, operações mentais e exercícios espirituais estamos sempre gerando imagens sobre nós mesmos e sobre os outros, sobre a realidade que nos cerca, sobre o ambiente que nos rodeia, sobre os seres e as coisas com que mantemos contato, sobre os nossos relacionamentos diários, dentro e fora da família, do trabalho, da escola, da igreja, do hospital, do supermercado, do botequim, da farmácia, da padaria, da rua, enfim, sobre tudo e todos, que possam refletir nossas representações mentais, revelar nossa identidade consciente ou inconsciente, racional ou irracional, real ou irreal.
Produzir imagens, portanto, é uma vocação da natureza humana. Com elas, constrói a sua vida, forma a sua opinião, informa-se acerca dos acontecimentos do dia a dia, cria novas e diferentes idéias, almeja por grandes ideais, gera seus pensamentos, produz diversos conhecimentos, pode discernir o bem e o mal, optar pela paz e ignorar a violência, abraçar a fraternidade e a solidariedade, excluir de sua existência a cultura da morte e da maldade, e a mentalidade de divisão e marginalização social.
Sem elas, não somos, não pensamos, não sentimos, não vivemos, não existimos.

15. Auto-Imagem
A Construção da imagem de si mesmo

Fatores internos e externos contribuem efetivamente para a construção da imagem de si mesmo.
Dentre esses fatores, podemos citar a educação familiar recebida, a formação cultural obtida, o conjunto de valores, intenções e interesses apreendidos e vividos, o repertório de ideologias abstraidas, o complexo biológico, psicológico e sociológico que se vivencia e experimenta, a ética praticada, a espiritualidade abraçada, o fluxo de idéias e conhecimentos desenvolvidos, a genética mental e corporal, orgânica e fisiológica, somática e psíquica observada, o ambiente natural e cultural no qual se encontra, os ideais sociais, políticos e econômicos abarcados, a sua filosofia de vida, os seus relacionamentos, interatividades e compartilhamento de atitudes, as condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação, a existência baseada em situações adversas e em circunstâncias contraditórias, a experiência real cotidiana, o tempo e a história passada, presente e futura consumidos até hoje, a sua visão de Deus, de homem e de mulher, de mundo e de sociedade então assumida, o seu compromisso responsável ou não, consciente ou não, com as pessoas ao seu redor, o estado de saúde em que encontra, enfim, tudo isso define o que eu sou e quem eu sou, determina meus pensamentos, sentimentos e comportamentos, condiciona meus desejos e necessidades, constrói de fato a imagem simbólica que eu tenho de mim mesmo. Assim se fazem minhas representações mentais, minha ética comportamental, minhas ações e paixões, minhas dores e amores, meus trabalhos e sofrimentos. Eis pois a minha identidade, seus fundamentos, limites, tendências e possibilidades. Tal é a minha Auto-Imagem.

16. Sujeito e Objeto
Relações Binômicas e Biunívocas

As relações de imagem sujeito-objeto, sujeito-sujeito e objeto-objeto traduzem certamente a estrutura simbólica de representações mentais próprias da racionalidade humana.
Como fenômenos da consciência pensante, esses símbolos e imagens refletem o estado de transcendentalidade da existência humana, naturalmente racional e culturalmente experimental. Nessa interdependência subjetiva-objetiva, em tal interatividade de relações e no mesmo compartilhamento de tempos e lugares, produz-se a imaginação do homem e da mulher e seu poder de representar a realidade cotidiana familiar, do trabalho, da escola, do hospital, da rua, enfim, de todo o conjunto da experiência real e atual, temporal e histórica. Outrossim, urge afirmar que a imaginação humana, ao produzir essas representações mentais, simbólicas e imaginárias, atua como agente intermediário, intercessor e interventor, possibilitando o relacionamento entre sujeito e objeto, sujeito e sujeito e objeto e objeto. Em outras palavras, quando o sujeito ativo abstrai o objeto passivo ele gera uma imagem de apreensão dentro de si mesmo, o que significa praticamente a transformação do fenômeno real em fenômeno transcendental, ou seja, na consciência a imanência se torna transcendência. Essa função de interferência própria da imaginação criadora age também nos relacionamentos humanos, naturais e culturais, em ambientes específicos, quando se geram imagens de si próprios e imagens das outras pessoas, que se inserem no interior da racionalidade inteligível, comportando-se esta como abstração apreendedora de relações, imagens interativas, compartilhadas e interdependentes. Ainda é possível se verificar a ação da inteligência humana ao propiciar a relação objeto-objeto, da qual entendendo tal encontro simbólico de imagens, passa a compreender seu fluxo possível de interligações produtoras do conhecimento verdadeiramente possível. Esses processos geradores de conhecimento chamamos de abstração ou apreensão.

17. Banco de Imagens

Imagens são dados ou informações simbólicas ou representações mentais interpretadoras da realidade interna ou externa da consciência humana, atuando pois como uma moeda de valor psicológico e ideológico muito grande cujo banco armazenador de seu conteúdo imaginário é a racionalidade dentro da qual realizam-se ocorrências psíquicas reais ou irreais, racionais ou irracionais, conscientes ou inconscientes, identificadas como fenômenos da mente. Tais fenômenos se nos apresentam desenhados ou configurados em forma de símbolos, que são a voz da imagem, seu discurso imaginário e sua linguagem de abordagem representativa ou interpretativa dos acontecimentos interiores ou exteriores relativos à consciência do homem e da mulher. Deste modo, portanto, as imagens, como “fatos mentais”, têm um significado precioso, de valor agregado, cuja importância reflete o nível de possibilidade de construção e compreensão do conhecimento verdadeiramente possível.

18. Armazém de Imagens

A Consciência humana, logo, é o banco armazenador de imagens, arquivos simbólicos que representam ou interpretam a realidade de dentro e de fora da mente, que, então efetua o processo dinâmico de abstração desses símbolos e apreensão dessas imagens, depositando-as na caixa da razão, compreendedora desses fenômenos mentais, arquivando-os com efeito em seu armazém de ambientes imaginários, ideológicos e psicológicos. De fato, as imagens significam operações sensíveis e inteligíveis que ocorrem dentro do eu, depósito da mente humana, caixa de moedas imaginárias de valor importante, arquivo de capitais simbólicos e armazém dos produtos gerados pelo poder da imaginação no interior da consciência.

19. Mercado de Imagens
O Intercâmbio de relações imaginárias

A Vida humana é imagem e um troca-troca permanente de imagens, que se misturam umas com as outras, como significantes que produzem significados referentes à realidade interna e externa de indivíduos e grupos, comunidades e sociedades, em um constante relacionamento de convergências e divergências simbólicas, onde se juntam e se unem a fim de entender a natureza e compreender o universo, viver o dia a dia da existência cotidiana interpretando os fatos e representando os acontecimentos diários, deste modo ajudando o ser humano em geral a pensar, conhecer e discernir a realidade que o cerca, e intervir nela, interferindo em seu processo temporal e histórico, real e atual, causando-lhe progresso material e espiritual, bem-estar físico e mental, crescimento econômico e financeiro, evolução social, política e cultural, sempre em um contexto ambiental de desenvolvimento, o que proporciona ao conjunto da humanidade um certo otimismo, alto astral e auto-estima elevada. Desta forma, o homem e a mulher passam a viver de bem com a vida, amigos e generosos, fraternos e solidários, um com o outro.

20. A Realidade não é imaginação

A coisa-em-si, ou o fenômeno real propriamente dito, não se identifica com o fluxo imaginário de nosso pensamento imaginativo, que, loucamente, produz um complexo de símbolos e imagens dentro de si mesmo, que na verdade não tem nada a ver com a experiência concreta da realidade sensível cotidiana.
O cotidiano, fértil e fecundo, é a voz e a vez da realidade em si, de si e para si, que, com a consciência humana, tem uma relação direta, interativa e compartilhada, interdependente, vital e necessária, ainda que ambos não se identifiquem, tenham seus mundos próprios, excluam-se em seus universos específicos, todavia sem ignorar que possuem cada qual, um relativo ao outro, uma conexão indispensável, uma união indissolúvel, uma unidade de comunhões participantes e plurais, um intercâmbio de comunicações necessariamente vitais para os dois, consciência humana e realidade cotidiana.
Embora mantenham entre si uma correlação de forças e energias interdependentes, é óbvio que cada um possui sua manifestação própria, seu universo de discurso específico, seu mundo isolado um do outro.
Mesmo independentes são porém interdependentes.
Embora isolados, contudo têm uma relação vital e necessária, dependem um do outro, não sabem viver separados, possuem uma conexão de vida indispensável, um relacionamento sexual certamente produtor de novas possibilidades para o conjunto da sociedade e da humanidade.
De fato, consciência e experiência, pensamento e realidade, teoria e prática, razão e concreto, mantêm sempre um relacionamento interdependente embora cada qual possua seu próprio mundo independente.
Outrossim, vale lembrar que a realidade concreta ou a experiência cotidiana não é caos nem é morta, fria e inanimada, mas sim na verdade um efeito positivo do inconsciente coletivo gerador de seu fluxo de concretudes lógicas e de seu complexo de pensamentos reais e práticos, visto que são as atividades humanas que constituem essa mesma realidade, depois transformada em inconsciência coletiva, embora a consciência que a produz seja lógica e ordenada, disciplinada e organizada, racional e consciente.
Assim a realidade também pensa e o concreto igualmente possui sua racionalidade própria consequência clara e evidente da lógica transformadora dessa mesma realidade conexa, vital e interdependente, necessáriamente relacionada entre si, no conjunto de seus fenômenos reais e pensantes, lógicos e concretos, teóricos e práticos, reais e racionais, conscientes e experientes.
Ainda assim ambos mantêm seus universos próprios.

21. No fundo da realidade,
o imaginário

Quando, em Copacabana, às 5 horas da tarde, ocorre um choque ou uma batida entre 2 automóveis no meio da rua; ou uma bala perdida atinge uma criança no Rio Comprido ou na Tijuca; ou acontece um assalto seguido de homicídio na Avenida Brasil perto de Bonsucesso; ou um movimento de greve dos trabalhadores do Metrô do Rio paralisa as ruas e avenidas do Centro da Cidade às 6 horas da tarde: em todo esse processo de ocorrências reais da experiência cotidiana existe um fundamento imaginário, uma base de racionalidade humana produtora desses acontecimentos, um pensamento ativo que proporcione esses fenômenos do dia a dia que essencialmente são sustentados pela força da imaginação do homem e da mulher, geradora das energias reais e atuais, temporais e históricas, locais, regionais e globais, que conscientemente ou não atuam na produção desses fatos concretos, resultado pois da interferência humana dentro dos acontecimentos de cada dia.
Basta portanto analisar os acontecimentos acima sugeridos para se verificar que por trás dessas ocorrências reais e cotidianas há certamente a intervenção humana propiciando suas manifestações na realidade concreta do dia a dia das pessoas que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que vivemos.
Com efeito, no interior da realidade há uma racionalidade.
Dentro da experiência concreta da prática cotidiana existe e insiste uma consciência humana, ou podemos chamar de “inconsciente coletivo”, definidor das práticas do dia a dia e determinador das ocorrências diárias, fruto, efeito e consequência é claro do movimento de relações humanas realizadas cotidianamente na rua e no supermercado, na família e no trabalho, na escola e no hospital, no botequim e na padaria, na farmácia e no jornaleiro, no dia a dia das pessoas que interagem e se comunicam efetivamente através do fluxo de silêncio e palavras, som e vídeo, símbolos e imagens textuais, sonoras e imaginárias, configurando assim o cotidiano, repleto de atividades humanas transformadas em operações reais, cuja identidade pode ser chamada de “inconsciente coletivo”.
Obviamente, o “inconsciente coletivo” é uma racionalidade social, ou um imaginário comunitário, ou uma consciência plural, variada e diversificada, distribuida em momentos humanos de atividade consumida pelos mesmos seus agentes produtores, uma situação tal que revela como o homem e a mulher, no fundo, no profundo de suas manifestações cotidianas, intervêm nesses fenômenos do dia a dia, interferem pois em suas circunstâncias reais e racionais, conscientes e experientes, subjetivas e objetivas, pensantes e acontecentes.
Tal conscientização real ou racionalização do cotidiano preferimos denominar de “inconsciente coletivo”.

22. A Realidade é Imagem

A Realidade humana, natural e universal, social e cultural, política e econômica, não é imaginária é verdade, contudo é imaginativa, ou seja, é feita de um movimento de imagens que se interconectam, se relacionam entre si, interagem e compartilham interdependentemente de suas formas e conteúdos simbólicos, de modo textual, sonoro e visual, articulando o silêncio e o barulho das palavras, teorias e ideologias que se concretizam cotidianamente a fim de gerar o processo de globalização das sociedades humanas espalhadas pelo mundo inteiro, o que lhes propicia progresso material e espiritual, evolução física e mental, crescimento interior e exterior, e desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades naturais e culturais, buscando sempre outras, boas, novas e diferentes alternativas de vida e trabalho, saúde e educação, geradoras de bem-estar social, político e econômico, bom convívio com o meio-ambiente natural e ecológico, bom relacionamente entre as pessoas, grupos e indivíduos que mantêm entre si um estado de vida positivo e otimista, produtor da cultura do bem e da paz, e de uma mentalidade baseada na bondade e na concórdia entre as comunidades humanas, o que transforma a convivência humana em um ambiente mais gostoso de se viver e existir, mais saudável e agradável, mais amigável e favorável à construção de um clima mais amigo e fraterno, solidário e generoso no interior da humanidade.
Desse modo, o movimento de imagens interativas produz e é produzido critica e dialeticamente, eustática e insofismavelmente, pelo fluxo de relações sociais e pelo complexo de relacionamentos humanos, que definem assim o modelo de sociedade em que vivemos e determinam subjetiva e objetivamente sua configuração interna e externa e seu processo articulador de uma boa realidade humana e cotidiana em que é possível existir com qualidade de vida sustentável, excelente nível de conscientização moral, existencial e espiritual, e perfeito processo produtivo de trabalho e organização dos membros de uma certa coletividade humana.

23. O “Inconsciente Coletivo”

A Síntese que fazemos em nossa racionalidade do conjunto dos fenômenos e conteúdos da inteligência pensante, discernente e cognoscente, oferecendo-nos então uma visão global e diferencial da realidade social, política, econômica e cultural em que vivemos, eis pois o “Inconsciente Coletivo”.
Trata-se de resumir em nós, por nós, de nós e para nós, o que se passa na “mente” da realidade que nos cerca, ao nosso lado e em torno de nós, de tal modo que possamos olhá-la sinteticamente, com suas idéias e ideais mais comuns a todos, cercados de símbolos e imagens, valores e vivências, intenções e interesses, que na verdade nos ajudam a entender e compreender nosso estado de vida social, nosso compromisso ético e político, nossa responsabilidade econômica e financeira, nosso desejo humano de saúde pessoal e bem-estar coletivo, nossa necessidade de construir uma sociedade mais justa e fraterna, ordeira e pacífica, solidária e transparente, generosa e construtora de bons conhecimentos e experiências, bons sentimentos e comportamentos, bem adequados à nossa maneira otimista de perceber as coisas.
Nesse sentido, o “inconsciente coletivo” nos ajuda a colaborar para o progresso da sociedade e o desenvolvimento da humanidade.
Compreendendo a mentalidade coletiva, a racionalidade social e o imaginário comunitário temos mais e melhores condições de trabalhar bem para o bem de todos e cada um.

24. Alguém pensou,
e tudo existiu

Existe uma Razão no universo que dá existência aos seres e a todas as coisas ?
Há uma Inteligência na natureza que possibilita, origina e constitui todos os objetos, os seres e as criaturas ?
Insiste na criação Alguém que define a ordem natural das coisas e determina o movimento e o repouso de todos os seres que habitam o Globo Terrestre ?
Acredito que sim.
O Pensamento antes, e a realidade depois.
A Racionalidade humana produz e consolida a experiência cotidiana.
Nossa mente é a fonte dos fatos e a base dos acontecimentos.
Para existir alguma coisa, é necessário que alguém pense essa coisa anteriormente.
Logo, o nosso pensar é a causa da nossa realidade interior e exterior.
E acima de nós está a grande Razão Suprema e Superior a tudo e a todos, que nos “pensou” e nos deu ser e existência, nos propiciou um corpo material e espiritual, uma mente de idéias, valores e intenções, e uma alma imortal, eterna, perpétua e infinita, capaz de um dia estar diante do seu Criador e Autor da Vida desde que é óbvio tenha tido uma vida boa, feito um pacto com o bem e a paz, praticado a justiça e o direito entre nós, usado o juizo e o bom-senso em seus atos, atitudes e comportamentos, vivido o amor pelos seus semelhantes e sobretudo louvado e glorificado o Senhor Deus no meio de nós.
Com efeito, a realidade é constituida por pensamentos gerados antes da experiência concreta dos fenômenos cotidianos.
Pensando o real, o real torna-se racional, a inteligência se concretiza e a consciência se transforma em prática de valores e vivências, intenções e interesses que configuram a sociedade humana.
Assim, aquela cadeira ali diante de mim, foi resultado de um projeto do pensamento de alguém, que ao pensar a cadeira deu-lhe ao mesmo tempo existência, a partir de objetos materiais como a madeira, o verniz ou a tinta que pintou a cadeira, o serrote e o formão que serraram e formataram a madeira, o papel de desenho que planejou a execução dessa mesma cadeira.
Portanto, a realidade é fruto do pensamento.
Penso, por isso tenho existência.

25. Não imaginemos a realidade

Pensamento, realidade e imaginação têm mundos diferentes embora muitas vezes interconexos e interdependentes.
Realidade são os acontecimentos atuais, históricos e temporais vistos a partir de si mesmos.
Pensamento não é imaginação.
Pensar é algo racional, inteligente, quase sempre lógico, e poucas vezes dialético.
Imaginar é uma articulação de idéias, símbolos e imagens desconexas entre si, indefinidas e irreais, inconscientes e indeterminadas, irracionais e desordenadas, indisciplinadas e desorganizadas dentro de nossa atividade mental.
A Realidade em si não precisa ser imaginada pois ela existe independentemente dos pensamentos lógicos e das articulações imaginárias, tem seu mundo próprio, seu universo específico, caótico, diverso e variado, diferente e independente, indefinido e indeterminado, plural, global e diferencial, atual, temporal e histórico.
Por isso, não imaginemos a realidade, do contrário cairemos na loucura da mente ou na demência da consciência, fugiremos do tempo e nos isolaremos da história, adoeceremos na desrazão patológica, na aberração doentia, na enfermidade inconsciente ou na moléstia irreal e irracional.
Sejamos realistas.
Pensemos, antes de realizarmos nossas tarefas cotidianas.
Contudo, não deixemos que a imaginação nos feche, prenda ou aprisione, excluindo-nos do tempo ou alienando-nos da história.
Sejamos reais.

26. Imagens que se produzem
e realidades que se manifestam
Conflitos e Interatividades

Imagem não é realidade.
As imagens pois que nascem em mim não tem nada a ver com a realidade cotidiana.
Podem parecer reais, ou ainda recordar a experiência cotidiana, todavia são produtos da imaginação humana e seu fluxo natural de possibilidades e seu complexo cultural de tendências e alternativas.
De fato, podem representar algum fenômeno real ou objeto ou mesmo fato ou acontecimento cotidiano, contudo sua origem é a imaginação do homem e da mulher, que trabalha construindo representações mentais que podem ou não se identificar com a prática de cada dia.
As imagens e símbolos que aparecem na minha consciência portanto possuem originalmente uma relação direta com a minha imaginação e indireta com os fatos do dia a dia da nossa vida.
Nem sempre pois minhas imagens em mim são reais, ou pertencentes ao cotidiano, ainda que aparentemente possam se referenciar ao meio-ambiente em que vivo.
Minhas imagens em mim, logo, podem ser minhas ou do cotidiano, internas ou externas, mas sua produção é de origem imaginária, se inicia interiormente, através da minha própria capacidade e potencialidade de criar imagens, reais ou irreais, racionais ou irracionais.
Cabe a nós, seres inteligentes, conscientes e racionais identificar o valor, a qualidade e a importância de cada imagem, relacionando-a com todas as imagens que se geram em mim, dentro de mim e fora de mim, de mim e para mim, a partir do poder mental que possuimos de diferenciar a realidade da imagem construida no meu eu da realidade cotidiana que serve de fundo para a mesma produção e constituição, consolidação e estabilidade dessas imagens no interior de mim próprio.
Portanto, a imagem pode ser real ou imaginária, entretanto sua origem é a mente humana, produtora de imagens ou reprodutora da realidade.
Por conseguinte, temos a realidade da imaginação e a realidade da experiência cotidiana.
Façamos a devida diferença entre as duas.
Desse modo, saberemos determinar a origem das imagens na nossa consciência.

27. PIA
Princípio da Imaginação Alienante

Outro dia, durante a tarde, fui a uma LAN HOUSE na Tijuca, e ao chegar lá, por volta das 17 horas, encontrei aquele clima turbulento em sua parte interna, onde o barulho de rádios online e músicas virtuais se chocavam com o bate-papo ensurdecedor dos internautas e a gritaria dos companheiros de internet, criando então um ambiente aparentemente alienante, ou fazendo daquela mesma realidade de confusão de palavras e complicações imaginárias uma verdadeira atividade alienadora do cotidiano comum das pessoas que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que existimos.
Havia cerca de 30 indivíduos no interior daquele estabelecimento de conexão com a internet.
Além do quadro musical extravagante que achei, muitos ali, jovens e adolescentes, jogavam games, acessavam redes sociais como o Orkut, o MySpace, o Facebook e o Twitter, ou enviavam emails para os seus amigos, ou mergulhavam em sites e blogs, todos completamente conectados, ao ponto de não perceberem de fato na verdade quem estava do seu lado ou ao seu redor, parecendo inconscientes em meio a tantas conexões, quase que totalmente alienados do real pois seu mundo lá agora era justamente o irreal e o irracional, o fluxo imaginário de idéias e atitudes circunstancialmente fora de si, como se estivessem em uma “outra” realidade, desligados do dia a dia cá fora, imersos naquela situação de sonhos e fantasias misturados com relações cibernéticas e interatividades digitais, compartilhamentos eletrônicos e ambientes virtuais, o que de certo modo me fazia refletir dentro de mim próprio: “Esses caras, totalmente apagados da realidade, ausentes do cotidiano, fora de si, mergulhados em turbulências alienantes e ambientes alienadores, teriam de fato consciência do que estão fazendo nesse instante quase final da noite de um fim de semana frio aqui no Rio de Janeiro ? E suas famílias, e seus empregos na sociedade, e seus relacionamentos diários, e o seu dia a dia como estavam e como seriam ?
Segundo as estatísticas recentes do IBGE, essas pessoas sofriam do PIA, Princípio da Imaginação Alienante, que caracteriza comumente uma situação patológica, em que a imaginação do sujeito em exercício ativo e conflitante se torna doentia, ao ponto de cair na loucura da alienação da realidade da experiência cotidiana, fazendo o indivíduo ou o grupo submetido às suas demências imaginárias “voar” e ignorar o atual e real ambiente em que vive, isolando-se da família, fugindo dos seus relacionamentos diurnos e noturnos, escapando do seu dia a dia, mergulhando pois dentro de si mesmo, e acabando por esquecer o que se passa no momento fora de si, alienado por completo pois das condições reais do mundo lá fora.
O PIA atinge muita gente.
Não somente nas LAN HOUSEs da vida, como também no dia a dia da sua família ou do seu trabalho, às vezes andando sozinho ou acompanhado pela rua, ao pegar o ônibus ou o metrô, ao assistir um programa de televisão ou escutar as notícias do rádio, ao trabalhar no computador ou acessar a internet, ou até conversando com colegas mas não dialogando com eles, ou junto com amigos todavia não unidos a eles, ou ao lado das pessoas porém sem conscientizar-se de que elas estão ali ao seu lado e ao seu redor, vivendo-pois alienados de si mesmos, alienados da realidade em torno de si, alienados do mundo e da sociedade em que estão.
Na maioria das vezes, o PIA se transforma em doença mental, em enfermidade física e até moléstia espiritual.
Devemos acordar para essa realidade quase sempre patológica em nosso dia a dia existencial.
Saber medir as coisas.
Manter o equilíbrio necessário.
Usar o bom-senso em meio a essas ocasiões.
Controlar-se.
Dominar-se a si mesmo.
Sobretudo rezar e pedir a Deus que o ajude nessa hora grave e difícil.
Voltar à realidade.
Reviver o seu cotidiano.
Redescobrir o seu dia a dia interior e exterior.
Interar-se dos fatos concretos e dos acontecimentos de cada dia.
Enfim, retornar à vida, e existir de verdade.
Dessa maneira, fugiremos do PIA.
Caiamos pois na real.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Idéia de Deus

A Consciência humana e a construção histórica
das diferentes visões-de-Deus no interior da humanidade

Primórdios

Deus é uma idéia ?
Ou Deus é uma realidade ?
Deus é uma Energia ?
O Pensamento ?
Uma possibilidade ?
Deus criou o homem, ou o homem criou Deus ?
O Fato é que no decorrer da história da humanidade até os dias atuais o ser humano em geral tem criado na sua própria consciência uma certa imagem de Deus, à qual dá existência, ou então simplesmente a nega e ignora.
Para os que acreditam em Deus, Ele é uma garantia de fé, uma segurança de vida, sobre as quais se apóiam, e abraçam-nas como sua tábua de salvação nesta vida.
Para os que não têm fé, os ateus, Ele não existe, e por isso cotidianamente o negam, o contrariam, o ignoram e o contradizem, ainda que possa ter a possibilidade de existir, segundo eles.
E para nós quem é Deus ?
Ou ainda o que é Deus ?
Deus, na verdade, é uma realidade, todavia essa realidade tem muitos nomes diferentes, ou pode ser interpretada de diversas maneiras, como se observa no movimento tempo-espacial e histórico da vida das sociedades humanas, em todos os tempos e lugares, desde seus princípios mais remotos até os dias de hoje.
É o que veremos de agora em diante.



A Imagem de Deus no tempo e na história

1) Os Povos Antigos e sua representação da idéia de Deus ( Séc. antigos a.C. até o Séc. IV d.C.)
a) O Povo da China
Os Chineses, seguidores e admiradores de Confúcio, fundador do Confucionismo, de tradição milenar, têm uma cultura onde a experiência de vida – os mais velhos – desenha toda e qualquer forma de religiosidade ou divindade. Ou seja, a possibilidade de um deus eterno combinaria certamente com idéias e ideais voltados para a temporalidade, eternidade, experiência, tradição, fundamentalismo cultural, radicalismo ético e moral. Deus então é o Senhor mais velho, com quem devemos aprender a grandes lições da vida.
b) O Povo da Índia
Os Indianos buscam basicamente em Sidarta Gautâmi, o Buda, fundador do Budismo, seu Modelo de Religião ou Filosofia religiosa, com fortes apelos para a ordem, a paz e a organização da mente, de onde certamente o deus indiano viria, nela se apoiaria e em função dela construiria seu pensamento e suas atividades e atributos fundamentais.
c) O Povo do Egito
Os Egípcios e seus Faraós propunham uma imagem divina que se formatava e configurava com o poder que seus governantes tinham diante do seu povo. Ou seja, deus no céu e o faraó na terra. Sua política se identificava com sua religião. Políticos e religiosos eram a mesma coisa, possuíam os mesmos cargos e as mesmas funções.
d) O Povo da Mesopotâmia
Os Mesopotâmios, cuja religiosidade, culto e divindade sacralizavam-se em regimes politeístas, viviam e conviviam em uma sociedade confusa, quase que alheia às suas estruturas políticas, as quais quase sempre misturavam-se com sua religiosidade. Vários deuses fundamentavam as atividades cotidianas do povo mesopotâmico, cujo dia-a-dia complicava-se e se confundia com cultos sacrais, liturgias obscuras, deuses estranhos e uma religiosidade que servia de base para a dominação, a exploração e a escravidão do povo pelo poder então reinante.

e) O Povo da Fenícia
Os Fenícios, com suas atividades marítimas, comerciais e mercantilistas, geraram um Modelo de Deus cuja identidade relacionava-se com um Deus Ativista, Trabalhador, Empreendedor, Comerciante que desejava o crescimento, o progresso e o bem-estar do seu povo.
f) O Povo da Pérsia
Os Persas, principalmente com Dario a frente do seu povo, e seu paradigma ético e moral de governar os seus, estenderam seu domínio idealizando um deus moralmente elevado e eticamente dominador. Por conseguinte, o deus persa era de uma fortaleza de virtudes tal que tornava a população persa combatente de ideologias influenciadas pelos vícios e decadências morais, corrupção ética e comportamentos aberrantes.
g) O Povo dos Hebreus
Os Hebreus, Judeus ou Israelitas acreditavam em uma religião monoteísta cujo Deus único, soberano, Todo-Poderoso, Onipotente, prometeu, com diversos sinais dos tempos, um Messias, Jesus Cristo, que seria o Salvador do mundo e o Redentor da humanidade. O Povo desde então esperava ansiosamente a chegada do Messias, o Rei Santo de Israel.
h) O Povo dos Caldeus
Os Caldeus misturavam religião com todos os campos da atividade humana, na qual os deuses infiltravam-se, inseriam suas vontades e incluiam seus desejos. Ora, esses deuses nada mais eram do que uma forma dos poderosos exercerem seu domínio sobre o povo escravo, dependente e explorado.
i) O Povo da Babilônia
Os Babilônicos, sobretudo no tempo do Rei Nabucodonozor, semelhantes aos seus vizinhos, desenvolviam uma religiosidade igualmente confusa e complicada cujo regime também se oferecia como instrumento de dominação e exploração do povo então escravo, prisioneiro e dependente. Os deuses trabalhavam para o Rei.
j) O Povo da Grécia
Na Mitologia Grega se desenhavam os deuses da Grécia Antiga. Seus mitos, deuses antropomórficos, em forma de gente humana, comungavam, se identificavam e participavam do cotidiano grego, da sua realidade do dia-a-dia, onde a ética e a política de Atenas e outras cidades gregas tinham um papel privilegiado na cultura da época.
k) O Povo de Roma
A Cultura Romana - instável, inconstante e perambulante do ponto-de-vista religioso – possuía uma estrutura política forte e militarmente quase invencível, contudo bastante flexível e acomodada quanto ao seu interesse em aculturar, colonizar, manipular e monopolizar outros povos subalternos, mais fracos e derrotados em seus conflitos guerreiros contra o Poder de Roma, ao ponto de seus líderes imperadores, entre eles César Augusto, Marco Aurélio e Nero, desenvolverem um ideal cultural que suportava, e até apoiava, os cultos religiosos daqueles povos e nações submetidas aos imperadores romanos. Prevaleceu então portanto em Roma e em seus vizinhos o culto de diferentes religiões monoteístas e politeístas. Tal era a estratégia política de dominação e sujeição do Poder Romano. Uma política forte, mas tolerante quanto aos cultos religiosos.
2) Deus no Mundo Medieval ( Séc. IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
No período medieval, tempo da Cristandade, sob a influência da Igreja Católica construiu-se um Modelo de Deus chamado Santíssima Trindade – Deus uno e trino – onde 3 pessoas formavam uma mesma natureza divina: o Pai Criador da Vida; o Filho, Jesus Cristo, Salvador do Mundo e Redentor da Humanidade: e o Espírito Santo Santificador da Igreja Católica, também chamada de Povo de Deus Peregrino sobre a Terra.
3) Deus visto pela Modernidade ( Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
A Idade Moderna tem início com diversos movimentos, tais como, a Reforma Protestante(contrária a muitos princípios da Igreja Católica), o Mercantilismo(nascido da burguesia da Idade Média), o Renascimento e o fluxo de idéias e ideais do Iluminismo – igualdade, liberdade e fraternidade – que culminaram na Revolução Francesa (1789). Tais movimentos mostraram uma nova visão-de-mundo, de homem e de sociedade. E consequentemente, uma nova visão-de-Deus. Deus era algo ou Alguém Racionalista, Científico, Tecnológico, que Projetara o homem e a mulher, a Terra, a Natureza, a Criação e o Universo, para crescerem e evoluirem infinitamente e assim serem eternamente livres e felizes. Ou seja, quando a deusa-Razão ocupa o lugar de Deus na Catedral de Notre Dame, em Paris, apresentava-se ao mundo inteiro o deus humano que o homem e a mulher projetaram para substituir o Deus Imortal, Real e Tradicional. Desde então, o Materialismo propagou-se internacionalmente sob a influência do Racionalismo e do Cientificismo modernos.
4) Como os contemporâneos imaginam a realidade divina ( Séc. XVIII d.C. até os nossos dias atuais )
A Revolução Francesa(1789), a Revolução Industrial(Inglaterra), o Partido Comunista fundado por Karl Marx e Engels, o Existencialismo(França e Alemanha), o Cientificismo(a Ciência como critério de verdade), os Meios de Comunicação Social, a ascensão da Ciência e da Tecnologia, o Rádio e a Televisão, o Telefone Celular, a Era da Informática(Computador,Internet), o Humanismo e o Historicismo(uma nova consciência do homem, do mundo, do tempo e da história), a multiplicação de seitas e diferentes credos religiosos, a abertura e renovação da Igreja Católica com o Concílio Vaticano II, ao lado do crescente ideal ateísta, relativista, indeterminista, ceticista, niilista e individualista – características do tempo atual – condicionaram, por um lado, a boa-fé do ser humano, e, por outro lado, a indiferença, a negação e a impossibilidade da existência de Deus no meio da sociedade contemporânea. Hoje, portanto, o mundo humano, natural e cultural está dividido entre ateus e não-ateus.
5) Deus nos dias de hoje ( Séc. XX e Séc. XXI )
Atualmente, como em toda a trajetória da vida da humanidade, a idéia de Deus parece subordinada e dependente da visão-de-mundo, de homem, de mulher e de sociedade, características, em todos os tempos e lugares da história humana, da produção cultural, racional ou não, que o ser humano constrói dentro da sociedade deste mundo temporal e histórico no qual vivemos.
Em outras palavras, o homem e a mulher dão origem à idéia de Deus. E por conseguinte, segundo tal ponto-de-vista humano, Deus, hoje, é Global e Diferencial. De acordo com a visão de cada um e a mentalidade desenhada em toda a sociedade, Deus pode ser individualizado ou generalizado. Obedece pois às diferenças de cada pessoa humana como também acontece na consciência ou inconsciência coletiva geral de todas as sociedades humanas atuais. Deus pois é global e diferencial. Serve a todos e a cada um. É manipulado por todos e por cada um.
Restam-nos algumas questões que ainda não foram resolvidas pela humanidade global ou diferencial:
1)Deus criou o homem e a mulher, ou foi criado por eles no decorrer de toda a história das sociedades humanas atuais e tradicionais ?
2)Deus pode e deve ser manipulado, instrumentalizado e racionalizado pelo homem e pela mulher ?
3) Deus intervém ou interfere ou não na vida, na natureza, no universo e na história da humanidade ?
4) Deus tem ou não vida própria ?
5) Deus é real ou racional ? É realidade espiritual ou apenas um mero sonho metafísico da humanidade ?
6) Deus é apenas um boneco na mão do homem e da mulher, ou tem uma vida própria e pessoal, ou se identifica de fato com uma realidade espiritual consciente e natural, e verdadeiramente transcendente ?
Responda você mesmo a estas interrogações.

Finalização

A História da humanidade tem nos revelado que a visão cultural do homem e da mulher sobre as diferentes faces da realidade é que criou até hoje a idéia de Deus que mantemos em nossa consciência humana e natural. Todavia, uma pergunta oportuna nos interessa neste momento, aqui e agora: Idéia de Deus ou Realidade Divina ? Deus criou ou é criado pelo homem e pela mulher ?
Esta resposta deve ser dada por cada um de nós pessoalmente.
Logo, o debate e a reflexão permanecem.
A Luta continua.
Que o Senhor Deus nos ajude a compreendê-Lo.
Que o Senhor Deus nos ajude igualmente a entender a racionalidade humana, que interpreta a tudo e a todos. Falta-lhe, porém, ainda hoje, a humildade em conhecer a verdade e reconhecer de fato que Deus é a Razão Superior e a Inteligência Suprema, Autora da Vida, Criadora do homem e da mulher, Genitora da natureza e do universo, Senhora do tempo e da história, Deusa de toda a eternidade.
Que Ela, Deusa e Senhora, nos ajude e nos abençôe sempre.