segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tartarugas

A Escola das Tartarugas

Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Saber Envelhecer

Saber Envelhecer
Da bengala para a cova

Quando na rua converso com idosos, ou bato um papo legal com pessoas da terceira idade, ou troco idéias com aposentados e pensionistas do INSS, sempre costumo apreciar a sua sabedoria de vida e a sua grande experiência acumulada durante toda a sua trajetória de existência, o seu respeito às pessoas e o seu equilíbrio mental e emocional, o seu bom-senso das coisas e a riqueza de suas virtudes morais como a bondade e a paciência, a sua fé em Deus e o seu otimismo ainda que cercados por problemas, conflitos e dificuldades na rua ou na família, mesmo que impossibilitados por seus limites naturais e humanos ou doenças que lhes sobrevêm ou cansaços físicos e materiais, fadigas espirituais ou esgotamentos psicológicos, resultado de uma realidade absorvida pelo trabalho duradouro onde as fronteiras do tempo e as imposições de enfermidades ou o surpreendente encontro com a morte parecem as marcas registradas de uma velhice bem vivida em que o convívio com os seus produz estigmas inesquecíveis que fazem da saudade de quem parte uma oportunidade para fazer da lembrança uma porta de vida e esperança para os mais novos, desejosos de seguir o mesmo caminho dos mais velhos.
Esse o cardápio de uma boa velhice.
Onde a dignidade é a sua lei.
O Respeito a sua norma de vida.
O Equilíbrio a sua boa consciência e a sua verdadeira liberdade.
O Bom-senso a sua estrada de felicidade.
A Responsabilidade a garantia de uma existência final mais segura e tranquila.
A sua fé em Alguém Superior é a sua sustentabilidade cotidiana.
Os velhos, conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e obrigações, são para nós exemplos de vida e modelos de uma existência sensata onde identificamos a paz das virtudes equilibradas, o otimismo do sorriso de bem com a vida e a alegria de um dia a dia experimentado com a força de valores bem estabelecidos e a firmeza de princípios bem consolidados. Daí os velhinhos serem bem orientados, e serem bons orientadores das gerações mais jovens.
Esse o caminho de uma velhice feliz.
Nela, a paz reina e o impérío do bem é o seu registro na história.
Todo velhinho é bom.
Graças a Deus.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Só o amor fica

Só o amor fica

Podem chocar-se as águas com as pedras do mar junto às areias das praias, ou tremer os sinos das igrejas anunciando um novo tempo, ou se violentar os bichos das matas e os animais das florestas em busca de alimento, ou se desentender os namorados em suas paqueras de desejo louco e paixão acalorada, ou entrar em conflito os grupos e as sociedades à procura de desenvolvimento e progresso no corpo, na alma e no espírito, ou as dificuldades perseguir as famílias e os trabalhos de homens e mulheres, ou os problemas impedir a satisfação de necessidades e a realização dos anseios de indivíduos e comunidades, ou ainda as contradições do tempo e da história ser motivo para a depressão de alguns e a tristeza e agressividade de outros, ou mesmo os pássaros deixar de cantar e as rosas não mais perfumar e encantar a natureza, ou os papagaios não mais soltar os seus palavrões, ou os macacois fugir de suas bananas, ou os leões não mais reinar em suas regiões de verde ecológico, enfim, embora todos digam “não”ao bem que devem fazer e à paz que precisam viver, e a divergência e a discórdia superem a convergência de pontos de vista e a concórdia dos corações e sentimentos, ainda assim, o mais importante é o amor, só a bondade fica, e o bem construido a todo instante e a cada situação vivida com equilíbrio e otimismo. Só o amor permanece. O amor gerado através da ajuda mútua, da fraternidade universal e da solidariedade entre os povos e nações. O amor transformado em prazer e sexo, em tesão e orgasmo, cujo resultado é a felicidade do casal, o bem-estar da família, a saúde da sociedade e a continuidade da espécie humana. Sim, o amor é eterno. O amor é Deus.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bondade Humana

Como é bom ser bom!

Nesses últimos anos, entre dúvidas e incertezas, nadas e vazios, violências e agressividades, indefinições e indeterminações, relativismos e ausências de referências, agradeço a Deus por ter me feito bom e amigo das pessoas.
Eu só ganhei com isso.
As mulheres se aproximaram de mim.
Criei novos amigos.
Produzi bons trabalhos e ótimos conhecimentos.
Minha vida se tornou insofismática e autêntica, verdadeira e transparente.
Meus relacionamentos cresceram em qualidade de vida.
Minhas atitudes se tornaram mais coerentes com as minhas boas idéias e bons valores da minha consciência.
Transformei-me em um homem de virtudes elevadas e de vivências cujas experiências cotidianas fizeram as pessoas do meu convívio diário se sentirem bem ao meu lado, gostarem de estar na minha presença, terem prazer e alegria de compartilhar da minha pessoa, meus bons pensamentos e sentimentos, meu amor fraterno e meu comportamento amigo e solidário.
Por ser um homem bom e amigo das pessoas, parece que até Deus veio morar comigo e habitar o meu ser, pensar e existir.
Todos se aproximam de mim.
Todos gostam de estar comigo.
Todos se sentem bem ao meu lado.
Como se uma força divina saísse de mim a todo instante e uma energia positiva e cheia de otimismo contagiasse a todos e os atraíssem ao meu coração amigo, bondoso e generoso.
Como é bom ser bom!
Até as garotas gostam de estar comigo.
Os amigos se multiplicaram.
Muitas amizades e amores se construíram.
Hoje, passo pela rua, e todos me cumprimentam, como se eu fosse maior que o papa e mais importante que o presidente da república.
Quando vou tomar uma água e um cafezinho no botequim da esquina, no mesmo instante o local se torna mesa de debate sobre os assuntos do dia a dia.
Na padaria, discutimos futebol e carnaval, fazemos uma roda de samba e a alegria toma conta do ambiente então alegre e acolhedor.
No jornaleiro, novos debates e diferentes discussões acerca das notícias diárias e noturnas.
No Supermercado Mundial, aqui perto, as compras se transformam em idéias, e as idéias em boas conversas e grandes amizades.
Como é bom ser amigo!
Como é bom ter amigos!
Como é bom ser bom!
Os créditos invadem a nossa alma, os favores batem à nossa porta e os benefícios se assentam sobre as nossas janelas.
Tornamo-nos pessoas ricas, de alto-astral, de auto-estima elevada, cercadas de bons amigos e boas amizades por todos os cantos e por todos os lados.
Então, trabalho com mais alegria e faço melhor todas as coisas.
Faço tudo direito.
E o respeito mora junto a mim.
Como se eu fosse mais que o Pelé e melhor que o Roberto Carlos.
Foi então que eu entendi: de fato, não somos nada, não valemos nada, não estamos com nada.
Todavia, a bondade nos eleva.
A Bondade nos faz crescer e evoluir.
A Bondade nos dá equilíbrio e bom-senso.
A Bondade nos torna menos violentos e agressivos.
A Bondade nos faz justos e verdadeiros.
A Bondade traz Deus para perto de nós.
E, então, de repente, o mundo se ajoelha aos seus pés.
Todos lhe abraçam.
E as meninas lhe cobrem de beijos, paixões e desejos.
Você fica maior e melhor.
Torna-se mais popular.
Transforma-se em pessoa emergente, que ajuda os outros a serem felizes, de bem com a vida e em paz consigo mesmos.
Como é bom ser bom!
É mais que um dom de Deus.
É uma prática de vida, que se exercita a todo instante e se constrói a cada momento.
É um bem, uma paz, uma felicidade...
Talvez a jóia mais preciosa.
Quem sabe o tesouro mais desejado por todos.
Pode ser o perfume mais suave, a luz mais brilhante, o pão mais doce, o vinho mais leve e o sapato mais macio.
Como é bom ser bom!
Os Amores e multiplicam e as amizades se proliferam com rapidez e qualidade de existência.
Vivemos mais e melhor.
Temos mais saúde física, mental e espiritual.
Gozamos de bem-estar o tempo todo.
A Vida então se torna maravilhosa.
Deus sorri pra você.
Você é mais paquerado por suas namoradas.
Elas se sentem bem perto de você.
Sua vida é uma bênção.
E Deus pode assim descansar em paz depois de uma semana inteira de trabalho.
E você também repousa em paz pelo bem que faz.
Eis a verdadeira felicidade.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Amor e Ódio

Amor e Ódio

Juntos na mesma caminhada

Observando a realidade cotidiana e seu mundo de identidades e diferenças, unidades e contradições, constatamos a presença do bem e do mal, do amor e do ódio, da paz e da violência, que caminham juntos, fazendo parte do mesmo convívio humano cercado de positivismos e negatividades ou otimismo e pessimismo. Assim é a vida humana. Um fluxo de possibilidades e um complexo de boas ou más tendências onde os homens e mulheres têm que conviver com suas contrariedades e adversidades, assumir antagonismos em uma rede dialética de fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais em que a divergência é a lei e a discórdia a norma de conduta de cidadãos e cidadãs dessa sociedade pluralista, diversificada e polivalente em que estamos inseridos todos os dias e noites. Deste modo, caminhamos cotidianamente. Eis a nossa realidade de aqui e agora. Somos ao mesmo tempo o bem e o mal, o amor e o ódio, a paz e a violência. Tal é a nossa característica social e cultural. Eis a nossa identidade diária e noturna. Somos a alteridade, a pluralidade, a diversidade, a adversidade. Somos contradição. Uma hora fazemos o bem em nossa casa, mas daqui a pouco estamos usando de violência com nossos filhos e batendo na nossa mulher. Um instante somos violentos no trabalho, todavia passados alguns momentos estamos abraçando nosso adversário e beijando o nosso inimigo. Somos dialéticos. Convivemos com os contrários. A Contradição é o nosso verdadeiro nome. Simultaneamente estamos fazendo amigos e construindo inimizades. Concomitantemente produzimos o ódio, o ciúme e a inveja, e por outro lado somos solidários com as pessoas e praticamos a fraternidade uns com os outros. Quando namorados, ocorre tanto a traição quanto a fidelidade. Quando estamos empregados, discutimos com o chefe ou abaixamos a cabeça para ele. No botequim , tomando um cafezinho, participamos de boas relações ou então geramos uma teia de intrigas, duelos e brigas, violência e agressividade, que nos afastam uns dos outros. Em certas circunstâncias, somos unidade, em outras a diferença e a contradição. Em situações onde as contrariedades aparecem, também ocorrem o abraço de amigos e o beijo de namorados. Somos diversidade e adversidade. Unidade e contrariedade. O Bem e o mal. Tal a nossa identidade dentro da sociedade de hoje. Eis o que somos, o que temos. A Natureza humana é dialética. Na vida, Deus e o diabo acontecem. Qual a nossa opção ? Eu prefiro o bem e a paz, mas sei que o mal existe e que posso me tornar violento a qualquer momento. Entre o amor e o ódio, escolho a boa amizade e a boa paquera, porém sei que estou sujeito a contradições, indefinições mentais e emocionais, e indeterminismos da consciência e da experiência. Somos bons e do bem, entretanto o mal caminha do nosso lado, o ódio frequenta nossa casa e nosso trabalho, a violência parece nos perseguir todos os dias. Apesar de tudo e de todos, ainda acredito na vitória do bem sobre o mal. Diante da paixão e do amor, o ódio fica olhando para a nossa cara. Não dá para separar um do outro. Somos a contrariedade. Mas devemos escolher o bem. Nossa lei deve ser o amor.