E só me restou o silêncio
Na dialética do cotidiano das ruas e diante da crise existencial que muitas vezes afeta as nossas relações com a família e o trabalho, me vejo no limite da natureza, fadigado espiritualmente, cansado no corpo e na alma, esgotado mentalmente, sujeito ao império de doenças que se espalham rapidamente em nossos ambientes de vida, em nossos relacionamentos diários e noturnos, e em nossos intercâmbios culturais que estabelecemos quase sempre cotidianamente com amigos e garotas, parentes e familiares. Perante o assombro das moléstias, a crise de valores, a falta de princípios, a ausência de regras, a carência de normas que restabeleçam nosso equilíbrio e bom-senso, o vazio de raizes que fundamentem nossas atitudes, consolidem nossos passos e estabilizem nossas tarefas do dia a dia, só nos resta o silêncio de quem carece de opções e sofre com a insuficiência de alternativas que produzam sentido em nossas almas e razão em nossos espíritos cercados de problemas por todos os lados, convivendo com conflitos a todo momento e cheio de dificuldades nas relações e interatividades que realizamos a cada hora, minuto e segundo. Sim, só nos resta o silêncio. O silêncio dos limites com que nos chocamos em nossa existência diária, e sua falta de oportunidades para sair dessa crise de valores e princípios, que ora e outra bloqueiam nossas atividades e se tornam barreiras em nosso caminho de ascensão pessoal e social e obstáculos para o nosso crescimento nas virtudes espirituais como o sorriso para as pessoas, a alegria de viver e o otimismo que levanta os deprimidos e encoraja os mais fracos e abatidos. Então, só nos resta o silêncio de quem não sabe o que fazer, qual caminho perseguir, ou a estrada a ser procurada. Vemo-nos nas fronteiras das impossibilidades e nos limites da ausência de alternativas que possam resolver nossas contrariedades e solucionar nossas dúvidas e incertezas. Falta-nos sim espaços para andar, opções para abraçar, motivos para viver, sentido para uma existência agora vazia e sem nada. E só nos resta mesmo o silêncio. Talvez nesse estado sem alternativas e carente de possibilidades eu encontre algo que preencha os meus vazios ou Alguém que dê sentido ao meu ser, pensar e existir. Quem sabe um Deus resolva aparecer e me dar todas as respostas que eu preciso para bem encaminhar minha vida, resolucionar minhas contradições internas e satisfazer meu desejo pela convergência entre pensamento e realidade e a concordância entre consciência e experiência. É possível que surja uma boa idéia. Ou um outro, novo e diferente caminho a seguir. Ou uma via alternativa que alivie minhas tristezas e angústias, apague meus medos e pânicos, dissolva minhas aflições e desesperos, acabe com minha ansiedade, elimine meu estresse exagerado pleno de adversidades interiores e externas.
E só me restou o silêncio.
Que ele seja fértil e apresente-me uma estrada diversa capaz de dar soluções aos meus transtornos mentais e emocionais e aos meus distúrbios físicos e espirituais, materiais e existenciais.
Pode ser que ele abra para mim uma grande esperança.
Renove o meu existir.
E liberte-me das prisões da alma e das escravidões do corpo e do espírito.
E quando esse instante chegar.
Terei paz interior. O Bem e a Bondade me abençoarão.
Respirarei a tranquilidade do ambiente que me envolve.
E apagarei os meus sonhos e fantasias.
E deitarei e dormirei sossegado certo de que Deus me acompanha nesse mundo de silêncio gritador.
Deus, a minha Segurança.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Feliz 2012
Um Bom Caminho
para 2012
Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Seja direito
Procure o que é bom e lhe faz bem
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Busque a convergência
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
O Otimismo faz bem ao nosso coração
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor
para 2012
Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Seja direito
Procure o que é bom e lhe faz bem
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Busque a convergência
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
O Otimismo faz bem ao nosso coração
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Maluco é Foda
Maluco é Foda
No Hospício do Pinel
1. Os Malucos da Piscina
Em Jacarepaguá, no Hospital de Doidos, o Diretor deu as ordens e avisou: “Quero hoje todos os malucos tomando banho.” Dito e feito. Às 5 horas da tarde, faltou água no Hospital, e todos os doentes aguardavam a hora de se higienizar, e tomar aquele banho esperto, cheio de sacanagem, com sabonete lux, água quente se possível, desodorante para refrescar o sovaco, e um perfume legal para que todos ficassem bonitos diante do Diretor, vestissem cuecas de luxo, usassem calções de qualidade ricos em conteúdo próprio de hospício mesmo, calçassem umas sandálias havaianas – as melhores do mercado – e colocassem camisa de bacana, como todo louco gosta, prontos para quebrar tudo de madrugada, fazer aquela bagunça geral na Clínica de enfermos fora de si, alienados da realidade, desligados do cotidiano e desantenados de qualquer proposta de trabalho. O que eles queriam mesmo era uma vida boa, dormir o dia inteiro, ver televisão e quem sabe uma música malandra para nenhum maluco botar defeito. E sem saber, foram para a piscina. Era a hora marcada e planejada para que todos fizessem “uma limpa”, saíssem da rotina diária e refrescassem a cabeça e o corpo com um banho cheio de safadeza e sacanagem mesmo de verdade. E os malucos se dirigiram para a piscina. Então, Maguila, o Fantasma do Pinel, e Rasputin, o Crioulo Doido do Hospital, deram a ordem: “Vamos mergulhar”. E todos mergulharam na piscina. Só que não tinha água. Ora, foi uma porrada atrás da outra quando Maguila quebrou a cabeça, Rasputim, fraturou o braço e o dedão do pé esquerdo, Mandrake arrebentou a perna direita e “fudeu” de vez com sua cara estourada no chão da piscina, pois não havia água no Hospital, e todos se arrebentaram de uma vez, quebrando as costelas e fraturando as bacias de cada um deles. Foi uma foda geral. Aliás, a foda da foda, porque o Diretor, “puto da vida”, mandou fechar o Hospital, e internar todos os malucos no Souza Aguiar e no Miguel Couto. Resultado: o Tribunal de Justiça do Rio condenou o Diretor e o Hospital a 30 anos de cadeia, pois nessa história toda muitos malucos se “fuderam” e morreram, causando a maior bagunça e revolução em toda a história dos Hospitais de Malucos de Jacarepaguá. Pareceu a Terceira Guerra Mundial. Sobrou maluco pra tudo que é lado. E o restante dos malucos que não mergulharam, acabaram com tudo e quebraram o hospital todo, arrebentando com tudo e com todos. Foi o dia mais safado do ano. E a maior sacanagem da vida e história dos malucos da cabeça. Santo Deus. Cruz Credo.
2. Maluco, basta eu,
não aceito concorrência
Estava tudo preparado em Jacarepaguá, no Hospital do Pinel dos doidos mais bacanas do Brasil, malucos pra caralho, os loucões da zona oeste. Como disse, estava tudo preparado. Rasputin, o líder da máfia dos malucos, deu a ordem, depois de organizar o quebra-quebra, a porrada e a pancadaria dentro e fora do Hospital. Era hoje ou nunca. Tinha que ser hoje. Então, Rasputin convocou Ted Boy Marino, Fantasma, Verdugo Caolha e Brucutu para comandarem com ele a “limpa” que eles iam dar nos doentes, médicos e funcionários deste Hospital Pinel bem como os enfermeiros. Marcaram para as 4 horas da tarde o quebra-quebra geral. O Tempo passava e deu meio-dia, e todos almoçavam preocupados quando seu Jorge, um maluco-cachaceiro implicou com Fantasma, que não aceitou a provocação do cara e partiu pra porrada soltando um palavrão atrás do outro. De repente, o almoço parou, e os doentes em coro pediam pro pau quebrar mais ainda dizendo e gritando: “Arrebenta ele, Fantasma. Tu é maluco ou não é ?” E seu Jorge devolvia socos e pontapés pro Fantasma, tirando sangue do companheiro. Verdugo e Rasputim se achegaram pra separar a briga e a porrada, mas viram que tava bom o negócio, e puseram lenha na fogueira, incrementaram mais ainda a pancadaria, e quando olharam para trás o refeitório tava todo na porrada, os malucos quebrando a cara uns dos outros. Pararam o almoço. Ninguém comia mais, e médicos do local e enfermeiros do hospital e demais funcionários se aproximaram para ver o que estava acontecendo já que a gritaria era enorme, a confusão era tanta e todos se complicaram arrebentando uns aos outros inclusive os doutores e médicos das enfermarias do Hospital. Sem mais nem menos o quebra-quebra era geral. E Ted Boy Marino acertou uma gravata em seu Roberto, que lhe devolveu uma tesoura voadora, e de lá longe veio Brucutu e de bicicleta arrebentou a cara de seu Jorge, que puto da vida quebrou-lhe o nariz, deu-lhe um cascudo na cabeça e o agrediu seriamente com chutes e pontapés. A porrada era geral. O Hospício era mesmo de malucos. E depois de meia-hora tava todo mundo fudido, quebrado, estourado e arrebentado de tanta porrada que rolou em tão pouco tempo. Conclusão: Rasputin e seus parceiros de hospício perceberam que a hora do quebra-quebra sem querer se adiantou, e conseguiram o que queriam: queimar e quebrar um por um como tinham previsto. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Fantasma e Brucutu, porque quebrados, ficaram mais de um mês de cama, sem fazer nada, na boa vida, comendo, bebendo e dormindo como os garotões do Pinel. Houve festa no hospício. Porque todos tavam quebrados. E a gargalhada era geral. E foi uma injeção atrás da outra, remédios e medicamentos para acalmar os ânimos e pôr tudo em ordem novamente. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Quebrado, ria pra caralho.
3. Jorge, o Maluco do Peido
O Maluco do Silêncio,
fixo na parede
De olhos fixos na parede, Jorge não tinha iniciativa nenhuma, passava o tempo todo olhando para as paredes, com os olhos fixos, e todos que passavam no corredor por ele não entendiam nada, não sabiam o que fazer, e às vezes ficavam observando Jorge para ver o que era aquilo, aquele ET em pessoa, maluco pra cacete, que deixava todos atônitos e preocupados, sem compreender nada, sem saber a quem recorrer para tentar discernir e descobrir o que ocorria com Jorge. E Jorge acordava de manhã e ia direto pra parede do corredor do Hospital, e ali ficava o dia inteiro, sempre observando a parede, e as pessoas que cruzavam com ele no caminho davam bom dia pra ele, e Jorge calado não respondia, as pessoas o cumprimentavam, mas ele ficava em silêncio absoluto, provocando risos e gargalhadas nos malucos, enquanto outros permaneciam na curiosidade, e outros ainda na preocupação, e outros mais sem entender o que estava acontecendo naquele momento, telefonavam de seu celular para o vizinho, ou para a namorada, ou para a mãe lá em casa, tentando se distrair com aquela “coisa”: Jorge, de olhos fixos na parede. E deu meio-dia. E levaram Jorge para almoçar. Alguém lhe dava comida na boca, já que Jorge não tinha iniciativa nenhuma, enquanto Jorge ficava visualizando a parede do refeitório. Ninguém entendia nada. Nem médicos e enfermeiros conseguiam explicar aquele fenômeno transcendental, aquele olhar imaginário fixo nas paredes do Hospital. Depois do almoço, Jorge voltava para o corredor, e lá ficava até o lanche da tarde. E novamente conduziam Jorge para o lanche, e depois o deixavam outra vez no corredor da clínica de malucos. E Jorge prosseguia fixo na parede. E deu 7 horas da noite, a hora do jantar, e outra pessoa mais equilibrada levou Jorge para o jantar. E lá essa pessoa lhe dava os alimentos na boca, enquanto ele fixo olhava para as paredes. Ninguém entendia nada. Até que de repente Jorge soltou um peido na frente de todo mundo, e foi aquele barulho ensurdecedor semelhante a um trovão de alguma tempestade de inverno ou parecido com uma metralhadora de guerra. E Jorge aliviado tirou os olhos da parede. E disse em alta voz para todos ouvirem: “O peido que este senhor deu não foi ele, mas fui eu”. E depois daquele peido barulhento, Jorge mais tranquilo abraçava a todos e beijava as malucas do refeitório. Ninguém entendeu porra nenhuma. O que aconteceu. De repente, Jorge tirou os olhos da parede. E um maluco gritou: “Foi aquele peido”. E Jorge ria pra cacete. Então, todos entenderam que Jorge sempre olhava para as paredes, fixo, porque adorava soltar um pu e um peido pra rapaziada e fazer contente a moçada. E os médicos relacionaram o peido e o pu com os olhos fixos na parede. Jorge olhava fixo para as paredes porque estava tentando de qualquer maneira, a todo custo, indo mesmo à loucura, soltar um pu e um peido. Só depois de soltar o peido que Jorge tirava os olhos da parede. E assim no Hospício do Pinel Jorge ficou sendo conhecido por ser o “Maluco do Peido”.
4. No colo do Mandrake
Sexualista, sexólogo e sexualizador como o Mandrake não existia neste Planeta chamado universo. Porque Mandrake só gostava de mulher, adorava “trepar” com as loucas do hospício, que todos os dias, noites e madrugadas, invadiam seu quarto e sua cama para “transar” com ele de qualquer maneira, em qualquer posição sexual. Então, sentadinhas no seu colo, se abriam pra ele, que não perdia tempo, e as “comia” todas, metendo o ferro nelas, felizes com o pau bem duro de Mandrake, sua pica linda, sua bengala grande e seu canhão bem grosso, ao ponto de deixarem a calcinha de presente pra ele depois da relação sexual, onde do desejo se passava ao tesão, e do tesão ao orgasmo. Era um “trepa-trepa” geral, de ganhar fama no Pinel, quando de repente todos os malucos estavam “transando” com todas as loucas do hospital. Os médicos viram tanta sacanagem naquilo tudo que já não ligavam mais com o pretexto de dizer que “sexo faz bem à saúde”. Ora, a bagunça era total e a clínica de doentes mentais se transformou em um bacanal sexual, onde os malucos “comiam” as doidas até dizer chega, indo à loucura completa quando Mandrake, liderando a turma, ordenou sexo global em todos os hospícios do Rio de Janeiro. Assim era Mandrake. O Maluco do sexo que só gostava de mulher enquanto que a sua volta o homossexualismo reinava e a bissexualidade imperava. Mandrake no entanto era hétero. Era radical e fiel aos seus princípios. Mas enlouquecia as mulheres com sua pica gigante e pênis doido. As loucas então sentavam no seu colo.
5. O Beijo do Rasputin
O Beijoqueiro do Pinel
De repente, ouvia-se em toda a Jacarepaguá aquela canção musical vinda do Pinel:”sentava, coçava o cu e beijava”. E mais uma vez:”sentava, coçava o cu e beijava”. E novamente, repetidas vezes:”sentava, coçava o cu e beijava”. Então, se descobriu que os malucos cantavam e se referiam a Rasputin da barba vermelha, o russo doido, bicha e transsexual que sempre que acordava de manhã, dizia:”Primeiro ferro que pintar, vou sentar”. E assim foi. Rasputin encontrou Mongol e sem pedir licença foi sentando no colo de Mongol, e depois se levantava e coçava o cu, e então saia beijando todo mundo que encontrava pela frente, feliz que estava por sentar na banana bem dura de Mongol. A felicidade era tanta que Rasputin viu o Verdugo e também sentou na salsicha bem quente de Verdugo, que ao ver o colega sentar esticou o salsichão e encaixou certinho na bunda do Rasputin, que mais uma vez coçou o cu e saiu beijando todos os loucos e loucas do hospital, médicos e médicas, enfermeiros e funcionários que ali moravam e trabalhavam. Sim, Rasputin era só felicidade. E viu pois Fantasma com a banana bem grande louca pra meter quando então igualmente sentou na banana grossa do Fantasma, que agradeceu a Deus o benefício e meteu ferro no Rasputin, que outra vez contente e alegre coçou o cu de novo e saiu beijando novamente todas as pessoas do hospício do Pinel. E em coro, os malucos cantavam para Rasputin sempre que ele dava uma sentada em algum canhão de aço que encontrava no caminho: “Sentava, coçava o cu e beijava”. E Rasputin ganhou fama de beijoqueiro. E beijava e beijava e beijava de tanta felicidade pois afirmava: “Adorei a cenoura gigante do Kung-Fu. Como tava dura!” E então coçava o cu e mais outra vez saia beijando todo mundo. Essa era a felicidade total de Rasputin, o beijoqueiro do Pinel.
6. O Mistério do seu Cú
Seu Cú era um louco diferente, o contrário do comum do dia a dia, pois era um cara que ia à missa todas as manhãs na capela do hospital e rezava o terço todas as manhãs, tardes e noites, já que tinha medo do inferno e achava que Deus era maluco e mandava muita gente mesmo para o inferno. Dizia a todos que seu destino era o purgatório pois não tinha condições de ir para o céu ou mergulhar no paraiso tendo em vista ser um camarada mau e violento, que gostava de ser pegador ou colocador, porque transava com homens e comia as mulheres do hospício. Afirmavam que seu Cú era bissexual. Todavia, ninguém sabia a sua origem e a razão dele se chamar seu Cú, talvez quem sabe por ele também ser homossexual, coçador de rosca, fazendo da sua rosca um lugar de coceiras e torturas, dando o cú pra muita gente. Seu Cú tinha na sua rosca o seu cú. Provavelmente esse seria o mistério do seu Cú, pois ninguém sabia o que ele era, se homem ou mulher, gay ou sapatão, lésbica ou bicha, viado ou machão, pegador de peru ou colocador de bucetas pegando fogo no seu pau feito de aço puro, uma pica linda que as loucas adoravam e faziam questão de transar com ele ou ela, ninguém sabe, porque era um cara estranho, um sujeito esquisito, que não sabia o que queria, pra onde ia, o que estava fazendo neste mundo. Mas o sujeito adorava sexo, e fazer umas loucuras dentro e fora do Pinel como sentar na banana dos malucos, ficar coçando o cú em praça pública, ir à igreja rezar toda hora, comprar e tomar remédios e injeções sem parar, sem controle algum, um indivíduo talvez sem juizo, porém que tinha no seu cú a alma do negócio, o segredo do sucesso, a garantia da felicidade de si e dos outros. Por isso, o chamavam de seu Cú, pois este era o seu instrumento de arte e a sua ferramenta de trabalho. Através do Cú ele ganhava o seu pão de cada dia, sustentava sua família instável e negociava seus afazeres construindo uma vida de altos e baixos, sucesso e abismo, grandeza e baixaria. Entretanto, seu Cú prosseguia seu caminho de felicidade incerta, alegria incompleta, sorriso triste, alguém contente mas sem ser feliz totalmente com o que fazia em seu cotidiano de sexo, trabalho e carnaval. Gostava de carnaval. Então, se dava e se entregava, porque assim era seu modo de ser feliz. Não sabia fazer outra coisa. Talvez Deus o compreendesse com certeza. Mas ele tinha medo de Deus pois achava que o Senhor era ruim, castigava muito e mandava as bichas para o inferno. Todavia, seu Cú seguia o seu caminho. Buscava na consciência uma estrada segura de vida, uma opção sustentável e uma alternativa de vida capaz de lhe dar a felicidade neste mundo. Neste mundo sem Deus mas que ele construia para a glória e o louvor de Deus. Sim, seu Cú era um maluco diferente, que acreditava em Deus apesar de ser viado, e ser achincalhado pelos colegas, humilhado pelos doentes, desprezado pela sociedade e ignorado pelos médicos e enfermeiros do hospital. Seu Cú levava a vida de qualquer jeito. Ou melhor, deixava que a vida levasse ele. Seu Cú era um viado direito. Uma bicha santa. Só Deus o entendia.
7. Múmia adorava uma bengala
8. A Porrada do Maguila
9. Quando Verdugo quebrou a cara de todo mundo
10. Beatriz, gostosa e encaixada
Bia era uma doida feita toda de chocolate pois era gostosa, linda e maravilhosa, de olhos verdes e cabelos louros, de buceta peluda e corpo quente, pele macia e seios dourados, bela como a Princesa de Mônaco e elegante como a Rainha da Inglaterra. Todos a chamavam de Rainha do Sexo, a Encaixada, toda beijada pelos seus companheiros de vida e estrada e toda penetrada pelos seus parceiros de cama de sexo oral, vaginal e anal, porque Beatriz era especialista em sexo, e aceitava transar com qualquer um seja homem ou mulher desde que a fizesse feliz, a mais bonita das criaturas e a gigante sexual perante seus namorados eternos e suas paqueras de sempre. Em Jacarepaguá, Bia era toda sexualista, dava para qualquer um, metia pra caralho e fodia loucamente até deixar seus colaboradores(as) como ela dizia felizes como ela igualmente era feliz sexualmente. Beatriz bendizia a Deus por seus amigos e amigas de sexo, e sempre que podia ajudava no hospital em diversas funções seja na limpeza ou na cozinha, seja passando roupa ou lavando pratos e panelas. Bia gostava de ajudar. Todavia na hora do bacanal sexual quando ela transava com vários ao mesmo tempo ela até perdia a calcinha e se entregava amorosamente na felicidade completa do paraiso do Pinel. Ela inclusive foi quem criou a Lei do Encaixe tão famosa na sociedade carioca, segundo a qual “pau no canal, ferro no buraco, bengala na caverna e canhão no caixote, banana bem dura na caixa preta pegando fogo, salsicha bem quente estourando o útero da maluca e cenoura bem grande e bem grossa fodendo, metendo e estrupando essas bucetas malucas da cabeça loucas pra meter pra caralho. Assim era Beatriz. Toda encaixada, beijada e penetrada por seus homens, “os loucões do céu da minha perereca perigosa”, como afirmava ela. Beatriz, a doida feliz.
11. Téd, o maluco da banana dura, que gostava de uma salsicha quente e adorava uma cenoura de aço, sentava no pepino e só comia mandioca grande e grossa
No Hospício do Pinel
1. Os Malucos da Piscina
Em Jacarepaguá, no Hospital de Doidos, o Diretor deu as ordens e avisou: “Quero hoje todos os malucos tomando banho.” Dito e feito. Às 5 horas da tarde, faltou água no Hospital, e todos os doentes aguardavam a hora de se higienizar, e tomar aquele banho esperto, cheio de sacanagem, com sabonete lux, água quente se possível, desodorante para refrescar o sovaco, e um perfume legal para que todos ficassem bonitos diante do Diretor, vestissem cuecas de luxo, usassem calções de qualidade ricos em conteúdo próprio de hospício mesmo, calçassem umas sandálias havaianas – as melhores do mercado – e colocassem camisa de bacana, como todo louco gosta, prontos para quebrar tudo de madrugada, fazer aquela bagunça geral na Clínica de enfermos fora de si, alienados da realidade, desligados do cotidiano e desantenados de qualquer proposta de trabalho. O que eles queriam mesmo era uma vida boa, dormir o dia inteiro, ver televisão e quem sabe uma música malandra para nenhum maluco botar defeito. E sem saber, foram para a piscina. Era a hora marcada e planejada para que todos fizessem “uma limpa”, saíssem da rotina diária e refrescassem a cabeça e o corpo com um banho cheio de safadeza e sacanagem mesmo de verdade. E os malucos se dirigiram para a piscina. Então, Maguila, o Fantasma do Pinel, e Rasputin, o Crioulo Doido do Hospital, deram a ordem: “Vamos mergulhar”. E todos mergulharam na piscina. Só que não tinha água. Ora, foi uma porrada atrás da outra quando Maguila quebrou a cabeça, Rasputim, fraturou o braço e o dedão do pé esquerdo, Mandrake arrebentou a perna direita e “fudeu” de vez com sua cara estourada no chão da piscina, pois não havia água no Hospital, e todos se arrebentaram de uma vez, quebrando as costelas e fraturando as bacias de cada um deles. Foi uma foda geral. Aliás, a foda da foda, porque o Diretor, “puto da vida”, mandou fechar o Hospital, e internar todos os malucos no Souza Aguiar e no Miguel Couto. Resultado: o Tribunal de Justiça do Rio condenou o Diretor e o Hospital a 30 anos de cadeia, pois nessa história toda muitos malucos se “fuderam” e morreram, causando a maior bagunça e revolução em toda a história dos Hospitais de Malucos de Jacarepaguá. Pareceu a Terceira Guerra Mundial. Sobrou maluco pra tudo que é lado. E o restante dos malucos que não mergulharam, acabaram com tudo e quebraram o hospital todo, arrebentando com tudo e com todos. Foi o dia mais safado do ano. E a maior sacanagem da vida e história dos malucos da cabeça. Santo Deus. Cruz Credo.
2. Maluco, basta eu,
não aceito concorrência
Estava tudo preparado em Jacarepaguá, no Hospital do Pinel dos doidos mais bacanas do Brasil, malucos pra caralho, os loucões da zona oeste. Como disse, estava tudo preparado. Rasputin, o líder da máfia dos malucos, deu a ordem, depois de organizar o quebra-quebra, a porrada e a pancadaria dentro e fora do Hospital. Era hoje ou nunca. Tinha que ser hoje. Então, Rasputin convocou Ted Boy Marino, Fantasma, Verdugo Caolha e Brucutu para comandarem com ele a “limpa” que eles iam dar nos doentes, médicos e funcionários deste Hospital Pinel bem como os enfermeiros. Marcaram para as 4 horas da tarde o quebra-quebra geral. O Tempo passava e deu meio-dia, e todos almoçavam preocupados quando seu Jorge, um maluco-cachaceiro implicou com Fantasma, que não aceitou a provocação do cara e partiu pra porrada soltando um palavrão atrás do outro. De repente, o almoço parou, e os doentes em coro pediam pro pau quebrar mais ainda dizendo e gritando: “Arrebenta ele, Fantasma. Tu é maluco ou não é ?” E seu Jorge devolvia socos e pontapés pro Fantasma, tirando sangue do companheiro. Verdugo e Rasputim se achegaram pra separar a briga e a porrada, mas viram que tava bom o negócio, e puseram lenha na fogueira, incrementaram mais ainda a pancadaria, e quando olharam para trás o refeitório tava todo na porrada, os malucos quebrando a cara uns dos outros. Pararam o almoço. Ninguém comia mais, e médicos do local e enfermeiros do hospital e demais funcionários se aproximaram para ver o que estava acontecendo já que a gritaria era enorme, a confusão era tanta e todos se complicaram arrebentando uns aos outros inclusive os doutores e médicos das enfermarias do Hospital. Sem mais nem menos o quebra-quebra era geral. E Ted Boy Marino acertou uma gravata em seu Roberto, que lhe devolveu uma tesoura voadora, e de lá longe veio Brucutu e de bicicleta arrebentou a cara de seu Jorge, que puto da vida quebrou-lhe o nariz, deu-lhe um cascudo na cabeça e o agrediu seriamente com chutes e pontapés. A porrada era geral. O Hospício era mesmo de malucos. E depois de meia-hora tava todo mundo fudido, quebrado, estourado e arrebentado de tanta porrada que rolou em tão pouco tempo. Conclusão: Rasputin e seus parceiros de hospício perceberam que a hora do quebra-quebra sem querer se adiantou, e conseguiram o que queriam: queimar e quebrar um por um como tinham previsto. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Fantasma e Brucutu, porque quebrados, ficaram mais de um mês de cama, sem fazer nada, na boa vida, comendo, bebendo e dormindo como os garotões do Pinel. Houve festa no hospício. Porque todos tavam quebrados. E a gargalhada era geral. E foi uma injeção atrás da outra, remédios e medicamentos para acalmar os ânimos e pôr tudo em ordem novamente. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Quebrado, ria pra caralho.
3. Jorge, o Maluco do Peido
O Maluco do Silêncio,
fixo na parede
De olhos fixos na parede, Jorge não tinha iniciativa nenhuma, passava o tempo todo olhando para as paredes, com os olhos fixos, e todos que passavam no corredor por ele não entendiam nada, não sabiam o que fazer, e às vezes ficavam observando Jorge para ver o que era aquilo, aquele ET em pessoa, maluco pra cacete, que deixava todos atônitos e preocupados, sem compreender nada, sem saber a quem recorrer para tentar discernir e descobrir o que ocorria com Jorge. E Jorge acordava de manhã e ia direto pra parede do corredor do Hospital, e ali ficava o dia inteiro, sempre observando a parede, e as pessoas que cruzavam com ele no caminho davam bom dia pra ele, e Jorge calado não respondia, as pessoas o cumprimentavam, mas ele ficava em silêncio absoluto, provocando risos e gargalhadas nos malucos, enquanto outros permaneciam na curiosidade, e outros ainda na preocupação, e outros mais sem entender o que estava acontecendo naquele momento, telefonavam de seu celular para o vizinho, ou para a namorada, ou para a mãe lá em casa, tentando se distrair com aquela “coisa”: Jorge, de olhos fixos na parede. E deu meio-dia. E levaram Jorge para almoçar. Alguém lhe dava comida na boca, já que Jorge não tinha iniciativa nenhuma, enquanto Jorge ficava visualizando a parede do refeitório. Ninguém entendia nada. Nem médicos e enfermeiros conseguiam explicar aquele fenômeno transcendental, aquele olhar imaginário fixo nas paredes do Hospital. Depois do almoço, Jorge voltava para o corredor, e lá ficava até o lanche da tarde. E novamente conduziam Jorge para o lanche, e depois o deixavam outra vez no corredor da clínica de malucos. E Jorge prosseguia fixo na parede. E deu 7 horas da noite, a hora do jantar, e outra pessoa mais equilibrada levou Jorge para o jantar. E lá essa pessoa lhe dava os alimentos na boca, enquanto ele fixo olhava para as paredes. Ninguém entendia nada. Até que de repente Jorge soltou um peido na frente de todo mundo, e foi aquele barulho ensurdecedor semelhante a um trovão de alguma tempestade de inverno ou parecido com uma metralhadora de guerra. E Jorge aliviado tirou os olhos da parede. E disse em alta voz para todos ouvirem: “O peido que este senhor deu não foi ele, mas fui eu”. E depois daquele peido barulhento, Jorge mais tranquilo abraçava a todos e beijava as malucas do refeitório. Ninguém entendeu porra nenhuma. O que aconteceu. De repente, Jorge tirou os olhos da parede. E um maluco gritou: “Foi aquele peido”. E Jorge ria pra cacete. Então, todos entenderam que Jorge sempre olhava para as paredes, fixo, porque adorava soltar um pu e um peido pra rapaziada e fazer contente a moçada. E os médicos relacionaram o peido e o pu com os olhos fixos na parede. Jorge olhava fixo para as paredes porque estava tentando de qualquer maneira, a todo custo, indo mesmo à loucura, soltar um pu e um peido. Só depois de soltar o peido que Jorge tirava os olhos da parede. E assim no Hospício do Pinel Jorge ficou sendo conhecido por ser o “Maluco do Peido”.
4. No colo do Mandrake
Sexualista, sexólogo e sexualizador como o Mandrake não existia neste Planeta chamado universo. Porque Mandrake só gostava de mulher, adorava “trepar” com as loucas do hospício, que todos os dias, noites e madrugadas, invadiam seu quarto e sua cama para “transar” com ele de qualquer maneira, em qualquer posição sexual. Então, sentadinhas no seu colo, se abriam pra ele, que não perdia tempo, e as “comia” todas, metendo o ferro nelas, felizes com o pau bem duro de Mandrake, sua pica linda, sua bengala grande e seu canhão bem grosso, ao ponto de deixarem a calcinha de presente pra ele depois da relação sexual, onde do desejo se passava ao tesão, e do tesão ao orgasmo. Era um “trepa-trepa” geral, de ganhar fama no Pinel, quando de repente todos os malucos estavam “transando” com todas as loucas do hospital. Os médicos viram tanta sacanagem naquilo tudo que já não ligavam mais com o pretexto de dizer que “sexo faz bem à saúde”. Ora, a bagunça era total e a clínica de doentes mentais se transformou em um bacanal sexual, onde os malucos “comiam” as doidas até dizer chega, indo à loucura completa quando Mandrake, liderando a turma, ordenou sexo global em todos os hospícios do Rio de Janeiro. Assim era Mandrake. O Maluco do sexo que só gostava de mulher enquanto que a sua volta o homossexualismo reinava e a bissexualidade imperava. Mandrake no entanto era hétero. Era radical e fiel aos seus princípios. Mas enlouquecia as mulheres com sua pica gigante e pênis doido. As loucas então sentavam no seu colo.
5. O Beijo do Rasputin
O Beijoqueiro do Pinel
De repente, ouvia-se em toda a Jacarepaguá aquela canção musical vinda do Pinel:”sentava, coçava o cu e beijava”. E mais uma vez:”sentava, coçava o cu e beijava”. E novamente, repetidas vezes:”sentava, coçava o cu e beijava”. Então, se descobriu que os malucos cantavam e se referiam a Rasputin da barba vermelha, o russo doido, bicha e transsexual que sempre que acordava de manhã, dizia:”Primeiro ferro que pintar, vou sentar”. E assim foi. Rasputin encontrou Mongol e sem pedir licença foi sentando no colo de Mongol, e depois se levantava e coçava o cu, e então saia beijando todo mundo que encontrava pela frente, feliz que estava por sentar na banana bem dura de Mongol. A felicidade era tanta que Rasputin viu o Verdugo e também sentou na salsicha bem quente de Verdugo, que ao ver o colega sentar esticou o salsichão e encaixou certinho na bunda do Rasputin, que mais uma vez coçou o cu e saiu beijando todos os loucos e loucas do hospital, médicos e médicas, enfermeiros e funcionários que ali moravam e trabalhavam. Sim, Rasputin era só felicidade. E viu pois Fantasma com a banana bem grande louca pra meter quando então igualmente sentou na banana grossa do Fantasma, que agradeceu a Deus o benefício e meteu ferro no Rasputin, que outra vez contente e alegre coçou o cu de novo e saiu beijando novamente todas as pessoas do hospício do Pinel. E em coro, os malucos cantavam para Rasputin sempre que ele dava uma sentada em algum canhão de aço que encontrava no caminho: “Sentava, coçava o cu e beijava”. E Rasputin ganhou fama de beijoqueiro. E beijava e beijava e beijava de tanta felicidade pois afirmava: “Adorei a cenoura gigante do Kung-Fu. Como tava dura!” E então coçava o cu e mais outra vez saia beijando todo mundo. Essa era a felicidade total de Rasputin, o beijoqueiro do Pinel.
6. O Mistério do seu Cú
Seu Cú era um louco diferente, o contrário do comum do dia a dia, pois era um cara que ia à missa todas as manhãs na capela do hospital e rezava o terço todas as manhãs, tardes e noites, já que tinha medo do inferno e achava que Deus era maluco e mandava muita gente mesmo para o inferno. Dizia a todos que seu destino era o purgatório pois não tinha condições de ir para o céu ou mergulhar no paraiso tendo em vista ser um camarada mau e violento, que gostava de ser pegador ou colocador, porque transava com homens e comia as mulheres do hospício. Afirmavam que seu Cú era bissexual. Todavia, ninguém sabia a sua origem e a razão dele se chamar seu Cú, talvez quem sabe por ele também ser homossexual, coçador de rosca, fazendo da sua rosca um lugar de coceiras e torturas, dando o cú pra muita gente. Seu Cú tinha na sua rosca o seu cú. Provavelmente esse seria o mistério do seu Cú, pois ninguém sabia o que ele era, se homem ou mulher, gay ou sapatão, lésbica ou bicha, viado ou machão, pegador de peru ou colocador de bucetas pegando fogo no seu pau feito de aço puro, uma pica linda que as loucas adoravam e faziam questão de transar com ele ou ela, ninguém sabe, porque era um cara estranho, um sujeito esquisito, que não sabia o que queria, pra onde ia, o que estava fazendo neste mundo. Mas o sujeito adorava sexo, e fazer umas loucuras dentro e fora do Pinel como sentar na banana dos malucos, ficar coçando o cú em praça pública, ir à igreja rezar toda hora, comprar e tomar remédios e injeções sem parar, sem controle algum, um indivíduo talvez sem juizo, porém que tinha no seu cú a alma do negócio, o segredo do sucesso, a garantia da felicidade de si e dos outros. Por isso, o chamavam de seu Cú, pois este era o seu instrumento de arte e a sua ferramenta de trabalho. Através do Cú ele ganhava o seu pão de cada dia, sustentava sua família instável e negociava seus afazeres construindo uma vida de altos e baixos, sucesso e abismo, grandeza e baixaria. Entretanto, seu Cú prosseguia seu caminho de felicidade incerta, alegria incompleta, sorriso triste, alguém contente mas sem ser feliz totalmente com o que fazia em seu cotidiano de sexo, trabalho e carnaval. Gostava de carnaval. Então, se dava e se entregava, porque assim era seu modo de ser feliz. Não sabia fazer outra coisa. Talvez Deus o compreendesse com certeza. Mas ele tinha medo de Deus pois achava que o Senhor era ruim, castigava muito e mandava as bichas para o inferno. Todavia, seu Cú seguia o seu caminho. Buscava na consciência uma estrada segura de vida, uma opção sustentável e uma alternativa de vida capaz de lhe dar a felicidade neste mundo. Neste mundo sem Deus mas que ele construia para a glória e o louvor de Deus. Sim, seu Cú era um maluco diferente, que acreditava em Deus apesar de ser viado, e ser achincalhado pelos colegas, humilhado pelos doentes, desprezado pela sociedade e ignorado pelos médicos e enfermeiros do hospital. Seu Cú levava a vida de qualquer jeito. Ou melhor, deixava que a vida levasse ele. Seu Cú era um viado direito. Uma bicha santa. Só Deus o entendia.
7. Múmia adorava uma bengala
8. A Porrada do Maguila
9. Quando Verdugo quebrou a cara de todo mundo
10. Beatriz, gostosa e encaixada
Bia era uma doida feita toda de chocolate pois era gostosa, linda e maravilhosa, de olhos verdes e cabelos louros, de buceta peluda e corpo quente, pele macia e seios dourados, bela como a Princesa de Mônaco e elegante como a Rainha da Inglaterra. Todos a chamavam de Rainha do Sexo, a Encaixada, toda beijada pelos seus companheiros de vida e estrada e toda penetrada pelos seus parceiros de cama de sexo oral, vaginal e anal, porque Beatriz era especialista em sexo, e aceitava transar com qualquer um seja homem ou mulher desde que a fizesse feliz, a mais bonita das criaturas e a gigante sexual perante seus namorados eternos e suas paqueras de sempre. Em Jacarepaguá, Bia era toda sexualista, dava para qualquer um, metia pra caralho e fodia loucamente até deixar seus colaboradores(as) como ela dizia felizes como ela igualmente era feliz sexualmente. Beatriz bendizia a Deus por seus amigos e amigas de sexo, e sempre que podia ajudava no hospital em diversas funções seja na limpeza ou na cozinha, seja passando roupa ou lavando pratos e panelas. Bia gostava de ajudar. Todavia na hora do bacanal sexual quando ela transava com vários ao mesmo tempo ela até perdia a calcinha e se entregava amorosamente na felicidade completa do paraiso do Pinel. Ela inclusive foi quem criou a Lei do Encaixe tão famosa na sociedade carioca, segundo a qual “pau no canal, ferro no buraco, bengala na caverna e canhão no caixote, banana bem dura na caixa preta pegando fogo, salsicha bem quente estourando o útero da maluca e cenoura bem grande e bem grossa fodendo, metendo e estrupando essas bucetas malucas da cabeça loucas pra meter pra caralho. Assim era Beatriz. Toda encaixada, beijada e penetrada por seus homens, “os loucões do céu da minha perereca perigosa”, como afirmava ela. Beatriz, a doida feliz.
11. Téd, o maluco da banana dura, que gostava de uma salsicha quente e adorava uma cenoura de aço, sentava no pepino e só comia mandioca grande e grossa
sábado, 10 de dezembro de 2011
Um bom caminho para 2012
Um Bom Caminho
para 2012
Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Seja direito
Procure o que é bom e lhe faz bem
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Busque a convergência
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
O Otimismo faz bem ao nosso coração
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor
para 2012
Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Seja direito
Procure o que é bom e lhe faz bem
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Busque a convergência
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
O Otimismo faz bem ao nosso coração
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor
sábado, 3 de dezembro de 2011
Bálsamos Eternos
Neste Carnaval de 2012,
o louvor dos 4 elementos
Bálsamos Eternos
Perfumes Espirituais
Delícias Naturais
1. Canto do Sol
Hoje a natureza se alegra, acorda mais cedo para apreciar a beleza solar que se levanta e encantar-se com seus raios de luz e mergulhar em suas energias de fogo que aquecem, iluminam e fortalecem a Terra.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Aqui e agora o universo canta a Fonte da Vida, o Fundamento do fogo que arde sem parar, com seus brilhos eternos, fortes e luminosos energizando o Planeta, esquentando as mulheres e enlouquecendo os homens de paixão, desejo e ardência.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Neste momento a criação de Deus louva, bendiz e glorifica seu Criador, Autor do Sol, que todos os santos dias acende seu fogo energético, produzindo então o processo da fotossíntese, o movimento do trabalho e do repouso, a dinâmica do dia e da noite, as operações da luz e das trevas.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Em todo tempo e lugar, os humanos e sua gente engrandecem o Deus do Fogo e o Senhor das energias solares, Princípio da vida terrestre e celeste, Origem do amor e do sexo dos homens com suas mulheres, Base Fundamental que sustenta todos os fundamentos possíveis, todas as fontes inesgotáveis e todas as nascentes das águas genuínas e cristalinas, puras e imaculadas, que banham, lavam e higienizam a existência da humanidade.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Em cada local da Eternidade, em seus tempos infinitos e em suas regiões eternas, há sempre alguém adorando o Senhor dos senhores, amando o Deus dos deuses, louvando o Mestre dos mestres, bendizendo o Rei dos reis, honrando o Doutor dos doutores, agradecendo ao Fundamento de todos os fundamentos possíveis, cabíveis e viáveis e glorificando Aquele que um dia acendeu o Sol, fez brilhar suas luzes diárias e cotidianas, fez nascer suas energias de amor e vida, fez brotar seu fogo que aquece, ilumina e fortalece, fez surgir suas forças que impulsionam os humanos e sua gente, que assim então se movimentam pelos ares e pelos mares, pela terra e pelas águas, pelo verde das matas e florestas e pela turbulência dos campos e cidades.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor.
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
2. Canto das Águas
As chuvas e suas águas, com suas enchentes e temporais, enchem o mundo dos oceanos, fecundam, irrigam e fertilizam as regiões da Terra, banham e lavam os humanos e sua gente, e deletam e apagam os incêndios das matas e florestas e suas queimadas com seus fogos em brasas
Todos glorificam o Rei das Águas, o Senhor das tempestades, o Deus dos oceanos
Pingos e gotas, lagos e lagoas, rios e mares,
os oceanos bendizem Sua Majestade, o Príncipe das Águas
Que Deus, o Senhor dos elementos aquáticos, sempre nos dê a paz dos oceanos, a calma dos lagos e a tranqüilidade com que a chuva cai
E nós, criaturas marítimas, lacustres e pluviais, louvemos o Primeiro Motor, Gerador das forças das águas, que iluminam os campos e as cidades, fornecem a elétrica energia que tudo aquece, fortalece e faz brilhar, como as estrelas do céu e o farol das praias
Todos glorificam o Rei das Águas, o Senhor das tempestades, o Deus dos oceanos
Pingos e gotas, lagos e lagoas, rios e mares,
os oceanos bendizem Sua Majestade, o Príncipe das Águas
Que Deus, o Senhor dos seres vivos aquáticos, sempre nos dê a paz dos oceanos, a calma dos lagos e a tranqüilidade com que a chuva cai
E nós, Filhos do Príncipe e Netos do Rei das Águas, louvemos o Deus das Praias e o Senhor das Baías, Produtor das ondas do mar que beijam as areias e Criador das marés baixas e cheias que movimentam o nível das margens
Todos glorificam o Rei das Águas, o Senhor das tempestades, o Deus dos oceanos
Pingos e gotas, lagos e lagoas, rios e mares, os oceanos bendizem Sua Majestade, o Príncipe das Águas
Que Deus, o Senhor das algas marinhas, das plantas oceânicas e dos animais marítimos e aquáticos, sempre nos dê a paz dos oceanos, a calma dos lagos e a tranqüilidade com que a chuva cai
3. Canto da Terra
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
Do fundo dos vales ao alto das montanhas, subindo e descendo os degraus fáceis e difíceis das escadarias reais do universo, naturalmente constituído e culturalmente desenvolvido, vivo a queimar de louvor ao Senhor, o Deus da terra e General da guerra, que desse modo produz a evolução da humanidade, o progresso dos povos e das nações, e o seu desenvolvimento sustentável com qualidade de vida e segura garantia de existência no presente e futuro do mundo inteiro.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
Pelas areias das praias de enseadas e baías, ou pelos desertos de regiões secas e áridas com seus poucos oásis, ou pelo solos férteis e terras fecundas de diversas partes do Globo, ou pelas ruas e avenidas, becos e praças, e calçadas e estradas das Cidades por aí, aqui e ali afora, ou pelos campos rurais, agropecuários e de mineração espalhados por estados e municípios de vários países, caminhei com meus pés e minhas pernas, e descobri nesse chão pisado por mim, a segurança do Globo Terrestre e sua garantia de sobrevivência, a partir dos alimentos e energias que ele produz, sustento de nossos desejos e fundamento de nossas necessidades.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
Na luta de cada dia, no trabalho cotidiano, no esforço pelo pão e no empenho pela comida e bebida, roupas e vestuários, experimento como a terra é importante, por nos alimentar e abrigar diariamente, por nos iluminar e fortalecer constantemente, por nos animar, motivar e incentivar permanentemente.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
E nós, humanos e sua gente, todos os dias agradecemos a Deus por essa Terra Global que nos guarda, abriga e acasala, e por esse terra fértil e fecunda que nos alimenta sempre e nos fornece as fontes energéticas capazes de suprir as nossas necessidades.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
E, com o aquecimento global, aumentando pouco a pouco a temperatura da Terra e da terra, duas praças de guerra, por entre as serras, vejo elevar-se a nossa responsabilidade pelo Planeta e o nosso compromisso sério na busca de soluções contra o efeito-estufa e as ameaças das emissões de gases homicidas em relação ao conjunto das sociedades humanas.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
4. Canto dos Ventos
Quando os pássaros azuis namoram, paqueram e beijam as rosas vermelhas em alguma roseira espalhada pelo ar, ambos, nos ares das alturas, louvam, bendizem e glorificam o Deus dos altos lá em cima, o Senhor das alturas mais elevadas, o Rei dos Céus e Glória do Paraíso
Que as forças dos ventos soprem a Glória de Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Quando nascem as maçãs em suas macieiras e a terra faz brotar os pimentões verdes e vermelhos, ambos, cada qual a sua maneira, louva, bendiz e glorifica o Espírito do Ar, dos Ares mais altos, das alturas mais elevadas, onde mora o Vento Divino, o Oxigênio de Deus, a Brisa do Senhor.
Que as forças dos ventos soprem a Glória de Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Quando os ventos movimentam os moinhos, e a energia eólica produz saúde e bem-estar para a sociedade, e a força do ar dinamiza o processo criador de satisfação dos desejos humanos e realização de suas necessidades naturais, todos, ao seu modo particular e geral, louvam, bendizem e glorificam o Senhor dos ventos positivos e o Deus dos ares otimistas, sentido da nossa vida e razão da nossa existência.
Que a força dos ventos soprem a Glória de Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Quando respiramos oxigênio puro do ar e expulsamos o gás carbônico que nos é estranho e indiferente, então nós continuamos a viver e permanecemos vivos para louvar, bendizer e glorificar o Deus da Vida e Senhor dos vivos, Fundamento dos ventos fortes, Força dos tufões e furações, Fúria do Ar Vivo que nos refresca e suaviza em nossas andanças contra ou a favor das brisas que sopram
Que a força dos ventos soprem a Glória a Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Que o Deus do Samba e
Senhor do Carnaval
nos dê sempre aqui e agora
saúde e paz, otimismo e bem-estar
Feliz 2012
o louvor dos 4 elementos
Bálsamos Eternos
Perfumes Espirituais
Delícias Naturais
1. Canto do Sol
Hoje a natureza se alegra, acorda mais cedo para apreciar a beleza solar que se levanta e encantar-se com seus raios de luz e mergulhar em suas energias de fogo que aquecem, iluminam e fortalecem a Terra.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Aqui e agora o universo canta a Fonte da Vida, o Fundamento do fogo que arde sem parar, com seus brilhos eternos, fortes e luminosos energizando o Planeta, esquentando as mulheres e enlouquecendo os homens de paixão, desejo e ardência.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Neste momento a criação de Deus louva, bendiz e glorifica seu Criador, Autor do Sol, que todos os santos dias acende seu fogo energético, produzindo então o processo da fotossíntese, o movimento do trabalho e do repouso, a dinâmica do dia e da noite, as operações da luz e das trevas.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Em todo tempo e lugar, os humanos e sua gente engrandecem o Deus do Fogo e o Senhor das energias solares, Princípio da vida terrestre e celeste, Origem do amor e do sexo dos homens com suas mulheres, Base Fundamental que sustenta todos os fundamentos possíveis, todas as fontes inesgotáveis e todas as nascentes das águas genuínas e cristalinas, puras e imaculadas, que banham, lavam e higienizam a existência da humanidade.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor!
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
Em cada local da Eternidade, em seus tempos infinitos e em suas regiões eternas, há sempre alguém adorando o Senhor dos senhores, amando o Deus dos deuses, louvando o Mestre dos mestres, bendizendo o Rei dos reis, honrando o Doutor dos doutores, agradecendo ao Fundamento de todos os fundamentos possíveis, cabíveis e viáveis e glorificando Aquele que um dia acendeu o Sol, fez brilhar suas luzes diárias e cotidianas, fez nascer suas energias de amor e vida, fez brotar seu fogo que aquece, ilumina e fortalece, fez surgir suas forças que impulsionam os humanos e sua gente, que assim então se movimentam pelos ares e pelos mares, pela terra e pelas águas, pelo verde das matas e florestas e pela turbulência dos campos e cidades.
Como é lindo o Sol da manhã!
Quão belas são suas luzes em forma de calor.
Tamanho é o amor do Farol, estrela do Senhor!
2. Canto das Águas
As chuvas e suas águas, com suas enchentes e temporais, enchem o mundo dos oceanos, fecundam, irrigam e fertilizam as regiões da Terra, banham e lavam os humanos e sua gente, e deletam e apagam os incêndios das matas e florestas e suas queimadas com seus fogos em brasas
Todos glorificam o Rei das Águas, o Senhor das tempestades, o Deus dos oceanos
Pingos e gotas, lagos e lagoas, rios e mares,
os oceanos bendizem Sua Majestade, o Príncipe das Águas
Que Deus, o Senhor dos elementos aquáticos, sempre nos dê a paz dos oceanos, a calma dos lagos e a tranqüilidade com que a chuva cai
E nós, criaturas marítimas, lacustres e pluviais, louvemos o Primeiro Motor, Gerador das forças das águas, que iluminam os campos e as cidades, fornecem a elétrica energia que tudo aquece, fortalece e faz brilhar, como as estrelas do céu e o farol das praias
Todos glorificam o Rei das Águas, o Senhor das tempestades, o Deus dos oceanos
Pingos e gotas, lagos e lagoas, rios e mares,
os oceanos bendizem Sua Majestade, o Príncipe das Águas
Que Deus, o Senhor dos seres vivos aquáticos, sempre nos dê a paz dos oceanos, a calma dos lagos e a tranqüilidade com que a chuva cai
E nós, Filhos do Príncipe e Netos do Rei das Águas, louvemos o Deus das Praias e o Senhor das Baías, Produtor das ondas do mar que beijam as areias e Criador das marés baixas e cheias que movimentam o nível das margens
Todos glorificam o Rei das Águas, o Senhor das tempestades, o Deus dos oceanos
Pingos e gotas, lagos e lagoas, rios e mares, os oceanos bendizem Sua Majestade, o Príncipe das Águas
Que Deus, o Senhor das algas marinhas, das plantas oceânicas e dos animais marítimos e aquáticos, sempre nos dê a paz dos oceanos, a calma dos lagos e a tranqüilidade com que a chuva cai
3. Canto da Terra
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
Do fundo dos vales ao alto das montanhas, subindo e descendo os degraus fáceis e difíceis das escadarias reais do universo, naturalmente constituído e culturalmente desenvolvido, vivo a queimar de louvor ao Senhor, o Deus da terra e General da guerra, que desse modo produz a evolução da humanidade, o progresso dos povos e das nações, e o seu desenvolvimento sustentável com qualidade de vida e segura garantia de existência no presente e futuro do mundo inteiro.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
Pelas areias das praias de enseadas e baías, ou pelos desertos de regiões secas e áridas com seus poucos oásis, ou pelo solos férteis e terras fecundas de diversas partes do Globo, ou pelas ruas e avenidas, becos e praças, e calçadas e estradas das Cidades por aí, aqui e ali afora, ou pelos campos rurais, agropecuários e de mineração espalhados por estados e municípios de vários países, caminhei com meus pés e minhas pernas, e descobri nesse chão pisado por mim, a segurança do Globo Terrestre e sua garantia de sobrevivência, a partir dos alimentos e energias que ele produz, sustento de nossos desejos e fundamento de nossas necessidades.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
Na luta de cada dia, no trabalho cotidiano, no esforço pelo pão e no empenho pela comida e bebida, roupas e vestuários, experimento como a terra é importante, por nos alimentar e abrigar diariamente, por nos iluminar e fortalecer constantemente, por nos animar, motivar e incentivar permanentemente.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
E nós, humanos e sua gente, todos os dias agradecemos a Deus por essa Terra Global que nos guarda, abriga e acasala, e por esse terra fértil e fecunda que nos alimenta sempre e nos fornece as fontes energéticas capazes de suprir as nossas necessidades.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
E, com o aquecimento global, aumentando pouco a pouco a temperatura da Terra e da terra, duas praças de guerra, por entre as serras, vejo elevar-se a nossa responsabilidade pelo Planeta e o nosso compromisso sério na busca de soluções contra o efeito-estufa e as ameaças das emissões de gases homicidas em relação ao conjunto das sociedades humanas.
Na Terra, por entre as serras, aprendi que a vida é uma guerra
4. Canto dos Ventos
Quando os pássaros azuis namoram, paqueram e beijam as rosas vermelhas em alguma roseira espalhada pelo ar, ambos, nos ares das alturas, louvam, bendizem e glorificam o Deus dos altos lá em cima, o Senhor das alturas mais elevadas, o Rei dos Céus e Glória do Paraíso
Que as forças dos ventos soprem a Glória de Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Quando nascem as maçãs em suas macieiras e a terra faz brotar os pimentões verdes e vermelhos, ambos, cada qual a sua maneira, louva, bendiz e glorifica o Espírito do Ar, dos Ares mais altos, das alturas mais elevadas, onde mora o Vento Divino, o Oxigênio de Deus, a Brisa do Senhor.
Que as forças dos ventos soprem a Glória de Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Quando os ventos movimentam os moinhos, e a energia eólica produz saúde e bem-estar para a sociedade, e a força do ar dinamiza o processo criador de satisfação dos desejos humanos e realização de suas necessidades naturais, todos, ao seu modo particular e geral, louvam, bendizem e glorificam o Senhor dos ventos positivos e o Deus dos ares otimistas, sentido da nossa vida e razão da nossa existência.
Que a força dos ventos soprem a Glória de Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Quando respiramos oxigênio puro do ar e expulsamos o gás carbônico que nos é estranho e indiferente, então nós continuamos a viver e permanecemos vivos para louvar, bendizer e glorificar o Deus da Vida e Senhor dos vivos, Fundamento dos ventos fortes, Força dos tufões e furações, Fúria do Ar Vivo que nos refresca e suaviza em nossas andanças contra ou a favor das brisas que sopram
Que a força dos ventos soprem a Glória a Deus
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos ventos que trazem a doce, leve, suave e macia brisa pacífica do ar
Que o Deus do Samba e
Senhor do Carnaval
nos dê sempre aqui e agora
saúde e paz, otimismo e bem-estar
Feliz 2012
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Emergência
Emergência
1
Naquela noite, em Copacabana, respirava-se turbulência, as ruas estavam confusas, as avenidas cheias de feridas, o comércio já fechava suas portas, os automóveis pareciam preocupados com o ambiente a sua volta, o cotidiano se encontrava inquieto e ocupado com suas complicadas transições temporais e reais, as pessoas circulavam pelos becos e pelas praças parcialmente agitadas, intranqüilas, misturando ao caótico dia a dia daquele bairro, impregnado da presença maciça de idosos, aposentados e pensionistas do INSS, jovens que trocavam idéias enquanto caminhavam, crianças ainda brincando naquele horário, trabalhadores que saiam e voltavam para casa em mais um dia de luta, mulheres que se apaixonavam no meio do caminho, pobres pedindo esmolas na porta das igrejas, mendigos carregados de cachaça fazendo bagunça e baderna por onde passavam, o chão sujo e quente pois fazia 39 graus naquele momento, as estrelas no céu anunciando profeticamente mais uma madrugada perigosa, violenta e de risco para os cariocas.
Era mais uma quarta-feira anoitecendo no Rio.
Perto das 22 horas, um grito de mulher sacudiu o ar doentio e o clima aparentemente calmo de Copa dos bacanas, a região dos namorados de todo fim de semana, o lugar dos bate-papos cotidianos.
Era Sheila.
Sheila Gonçalves Batista das Neves.
Uma jovem cidadã do Rio de Janeiro, de 29 anos, que então havia sido assaltada e assassinada naquele instante, em frente à Igreja na Rua Hilário de Gouveia, n. 36, diante da Praça dos Paraibas.
Levaram-lhe no assalto a bolsa cheia de dinheiro, documentos, cheques e cartões de crédito, e algumas faturas de banco que ela iria pagar no dia seguinte.
A PM foi avisada.
E conduziram-na já morta para o Instituto Médico Legal, ali no Estácio.
Seu enterro, na quinta-feira, no Cemitério do Caju, às 11 horas da manhã, teve grande contingente de participantes, amigos, familiares e parentes.
2
Seu Gonçalves, pai de Sheila, via-se inconformado com o crime, não aceitava de jeito nenhum o fato ocorrido, estava tão transtornado com o triste episódio que a partir do velório de sua filha no Caju, deixou de se alimentar e não ia mais ao trabalho, passando esses últimos dias trancado em seu apartamento, convivendo com a angústia da família, o sofrimento de sua mulher, dona Clotilde, e de seus outros 3 filhos.
Pai de família, trabalhador assalariado, 57 anos, seu Gonçalves enfrentava então mais uma contradição na sua vida, a morte de Sheila, de quem era muito amigo e uma filha predileta aos olhos daquele homem direito e de respeito, bom com os vizinhos, solidário com todos, cidadão generoso e fraterno, amigo das pessoas, um camarada cujo caráter era equilibrado, controlador de suas paixões, desejos e emoções, que tinha completo domínio de si mesmo.
Tal adversidade na existência de seu Gonçalves exigia dele, um cara de fé e adorador de Deus, o Senhor, mais um esforço de superação, em que deveria ultrapassar o choque da tragédia e transcender os antagonismos e contrariedades que a partir daquela hora se instalaram no seu viver diário.
Precisava ele, mais uma vez, na sua jornada difícil e na sua trajetória quase impossível de ser vivida, emergir espiritualmente, elevar-se perante os abismos agora oferecidos pela realidade do dia a dia, subir outra vez os degraus duros, ásperos e azedos da escadaria do amor de Deus, que Lhe pedia insistentemente naquela situação presente: “Filho, recomece tudo outra vez”.
3
Desde o início do século XXI, seu Gonçalves e seus familiares vêm meditando sobre a vida e seus conflitos e contradições diárias, a luta cotidiana, o desejo de realizar sonhos e a necessidade de viver uma existência mais calma e tranquila, em paz consigo mesma, buscando sempre superar as dificuldades do dia a dia, as contrariedades e adversidades encontradas à beira do caminho, o pessimismo e as negatividades dos maus relacionamentos e da péssima convivência de cada hora, aqui e agora, para isso se utilizando de uma filosofia de vida que traz consigo próprio há vários anos baseada fundamentalmente no otimismo e no pensamento positivo, na boa qualidade de vida que se deve ter, no alto astral e na auto-estima elevada, além de vivenciar com os seus todos os dias e noites uma experiência de equilíbrio mental e emocional, controle da mente e domínio de si mesmo, sem os quais sua vida não tem sentido nem razão de existir, o que ao lado do bem que faz e da paz que vive no meio de todos, lhe possibilita criar amizades por toda parte onde vai, desempenhar atividades humanas, naturais e culturais em que sobressaem a sua generosidade com as pessoas que encontra, a sua prática da fraternidade com seus semelhantes e o exercício da solidariedade com quem está próximo a si, ao seu lado ou em torno de si.
Tal atitude superadora de problemas os mais variados faz de seu Gonçalves um indivíduo querido na vizinhança, dentro e fora de casa, na família e no trabalho, com os amigos e conhecidos, tornando-o assim então um verdadeiro conselheiro espiritual para os demais que nele confiam suas interrogações existenciais e suas questões cotidianas, transformando-o em psicólogo do dia a dia, o explicador das coisas simples, o mestre da vida boa de se viver, o advogado dos “problemáticos”, o médico das almas, o orientador do povo, sempre quando se trata de assuntos do dia a dia.
Sua fé em Deus é o fundamento de sua alegria e bem-estar.
4
Alguns anos mais tarde, aos 60 anos, seu Gonçalves se aposentou pelo INSS.
Dizia ele: “A partir de agora, vou preparar a minha eternidade, como já o faço há muito tempo durante a minha jornada de vida e trajetória de existência. Desde então, serei mais amigo das pessoas, mais fraterno com os amigos, mais solidário com os pobres e necessitados, mais generoso com quem precisa da minha ajuda, da minha palavra de conforto, do meu conselho espiritual, da minha orientação psicológica, do meu braço colaborador ou da minha mão apontadora do melhor caminho de bem viver essa vida de cada dia. Serei ainda mais positivo e otimista, gerando ambientes de crescimento econômico, progresso social e evolução política, e de desenvolvimento material e espiritual, físico e mental, cultural e ambiental. Quero ser mais bom, fazendo o bem a todos e cada um e vivendo em paz uns com os outros. Desejo construir sempre e destruir jamais. Farei da minha fé em Deus o fundamento de uma boa ética comportamental e de uma ótima espiritualidade natural. Anseio por subir todos os dias e todas as noites, a partir de hoje, os degraus macios, leves e suaves das escadarias do amor, do qual gerarei minha nova e diferente filosofia de vida, com o qual criarei outros relacionamentos mais autênticos, transparentes e verdadeiros, no qual depositarei meus créditos de mútua ajuda, de favores reciprocamente distribuídos e de benefícios em prol dos mais carentes e pobres, e menos favorecidos, e para o qual indicarei a solução dos problemas cotidianos e a resposta certa e correta a todas as questões de cada momento.
Em função do amor de Deus, viverei a minha vida, levantarei o edifício do progresso e do desenvolvimento, criarei condições de saúde e bem-estar para todos, aumentando sempre o astral de grupos e indivíduos e elevando a auto-estima de quem ainda é triste e angustiado, doente e desesperado, aflito e agonizante em tempos de violência nas ruas da Cidade e de maldade e ruindade na cabeça e na vontade de muitas pessoas. Assim, saberei que a minha vida e a de quem está ao meu lado e ao meu redor estarão sempre em ordem, disciplinadas em suas mentes e atitudes, e organizadas em seus conhecimentos adquiridos, nas idéias compartilhadas e nas interações de cada dia. Realmente, desse modo não crescerei sozinho todavia estarei consciente de que comigo outros estarão subindo também, emergindo para situações boas e transformadoras e circunstâncias de vida ótimas e libertadoras, renovadoras de nossos princípios existenciais, morais e espirituais, e consolidadoras de suas bases fundamentais mais sólidas e consistentes, de onde se erguirão vidas novas, vidas em progresso, vidas livres e felizes.
Sim, desde agora construirei a minha felicidade, a felicidade de fazer os outros felizes”.
5
Uma greve de professores do Estado do Rio de Janeiro, promovida pelo SEPE - Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação – deixou nesta manhã de Segunda-feira, dia 4 de Maio de 2009, jovens do Ensino Médio sem aula, o que causou grande reboliço na Cidade e nas regiões circunvizinhas, turbulência nessas sociedades e comunidades de moradores, trabalhadores do ensino e estudantes em geral, confusão na cabeça das pessoas e complicação mental em muitos indivíduos e grupos que sofreram as conseqüências dessa paralisação de 48 horas dos mestres e demais agentes pedagógicos tais como diretores de escolas, professores e professoras estaduais do ensino público, coordenadores, inspetores e funcionários de todos esses colégios atingidos por esse caos educacional, desordem social, indisciplina de interessados em provocar instabilidade política e desorganização no sistema educacional do Estado, alunos e alunos e as demais comunidades adjacentes a essas instituições de ensino, todos transtornados com a decisão repentina dos docentes e seus colaboradores no meio do semestre, muitos inclusive preocupados com a saúde e o bem-estar dos jovens estudantes apanhados de surpresa por essa parada social dos profissionais de educação.
Seu Gonçalves, como todos já sabem, procurou agir rápido em tal situação instável instalada no Rio de Janeiro, não só ajudando a acalmar os ânimos e as tensões dos vizinhos, como também mantendo a tranqüilidade de seus 3 filhos, igualmente estudantes do ensino médio do Estado chocados com a bomba atômica que foi essa greve, como Michelle, de 16 anos, Eduardo, de 17 anos, e Roberto, de 18 anos, todos cursando as aulas, matérias e disciplinas do antigo científico aqui no nosso Estado.
Seu Gonçalves, experiente em circunstâncias como essa, sábio em seus aconselhamentos psicológicos e espirituais e compreensivo diante da reação estudantil, ordenou a seus garotos que refrescassem a cabeça, saíssem da rotina diária, dessem uma “paradinha de Pelé”, e fossem se distrair nesse período de greve ou indo à Praia de Copacabana ou Ipanema pela manhã, pois fazia sol nesses dias, tomar um banho de sol e mergulhar no mar, ou freqüentando os cinemas do bairro assistindo a um filme em cartaz nesses casas de entretenimento, ou mesmo fizessem outras coisas quaisquer diferentes da sala de aula como medida para aliviar as preocupações dessas horas inconstantes, as tensões exageradas e os conflitos internos que tais momentos provocam na vida de seus filhos e estudantes.
Deu certo.
Sua esposa, dona Clotilde, aproveitou o “feriado” ou o intervalo de paralisação do magistério para dar um passeio pelo Shopping da área, ou fazer umas compras então necessárias no Supermercado Mundial ali pertinho.
Resultado: “Emergimos outra vez”, concluiu seu Gonçalves.
Terminada a greve, a rotina voltou, os trabalhos recomeçaram e os estudos retornaram às suas atividades cotidianas.
Mais uma vitória na vida do seu Gonçalves.
A Greve na verdade fez bem a todos.
6
Copacabana, hoje, perto de meio-dia, está aparentemente tranqüila, com seu comércio nas ruas, praças e avenidas parcialmente tomado pelos transeuntes, moradores e trabalhadores do bairro, amigos que se encontram para saber das últimas novidades, crianças que se chocam em brincadeiras de pic-esconde, jovens que dialogam sobre as matérias e disciplinas da faculdade e seus conteúdos de conhecimento de qualidade, mulheres que namoram e paqueram seus machos de sempre, idosos e mais velhos que discutem sobre as possibilidades da internet, do computador e da informática na terceira idade, pobres e mendigos sentados nas calçadas sob as marquises pedindo esmolas ou um trocado em reais para comprar uma comida no restaurante ou botequim mais próximo, comerciantes, enfim, que interagem entre si, fazendo intercâmbios de produtos e matérias-primas baratas ao preço do mercado e compartilhando ao mesmo tempo seus interesses em negócios e investimentos a curtos, médios e longos prazos, analisando as viabilidades das relações de produção e consumo.
Sim, realmente, há movimento na Copa dos bacanas.
Todos trabalham, passeiam e se divertem.
Muitos em casa e nos seus apartamentos de 2 e 3 quartos.
Alguns se distraem na praia, outros lancham e almoçam nas padarias e lanchonetes ali localizadas.
Foi quando, surpreendentemente, sem mais nem menos, um arrastão de moleques de rua, menores abandonados e garotos cheirando cola ou fumando maconha, explodiu na Avenida Atlântica de frente para a praia e roubou e assaltou diversos banhistas, camelôs, grupos reunidos e indivíduos à paisana, levando-lhes dinheiro, documentos, cheques especiais, celulares, cartões de crédito e débito e até computadores, nootbooks e laptops de quem trabalhava ali mesmo na areia diante do mar, visto que à beira-mar já tem internet pública, a rede mundial de computadores, livre e gratuita, para quem queira realizar trabalhos e atividades naquele lugar.
No mesmo instante, a confusão se formou.
Uma gritaria geral acordou as pessoas que por lá passavam, parou o trânsito e os carros na região, a polícia e a PM apareceram, os meninos assaltantantes então atravessaram a Avenida Praiana levando tudo pela frente, derrubando pessoas e barracas, chutando areias, objetos e aparelhos eletrônicos, destruindo comidas e bebidas e estragando a festa dos turistas e estrangeiros que ali então se encontravam.
Bagunça generalizada.
Que palhaçada!
A Desordem se instalou, a indisciplina aconteceu e a desorganização imperou agora naquele momento.
Passados dez minutos, estava tudo no chão, a sujeira se espalhou pelo calçadão, com roupas e sapatos, sandálias e utensílios domésticos estirados no solo quente de quase 2 horas da tarde.
Terminado o arrastão, aos poucos se voltou à rotina diária.
Alguns feridos, outros machucados seriamente e muitos desesperados com a situação gerada foram conduzidos aos hospitais de emergência da região como o Miguel Couto e o Rocha Maia.
Nas adjacências da Avenida Atlântica, comercializando suas camisas, roupas e vestuários, seu Gonçalves, surpreso, soube do episódio e correu em direção à Praia e ao local do conflito na tentativa de ajudar a contornar a situação, manter a ordem pública, acalmar os ânimos das pessoas e tranqüilizar o ambiente hostil que se criara, como que interferindo naquelas circunstâncias adversas como meio de apaziguar os sujeitos envolvidos, amenizar os problemas produzidos e diminuir as gravidades ora surgidas.
Em pouco tempo, a ordem se restabeleceu.
A Paz retornou.
E o cotidiano voltou.
Seu Gonçalves, mais aliviado, agradeceu a Deus a volta ao normal, e louvou o Senhor por mais uma vitória do bem sobre o mal.
Apesar dos transtornos causados e dos distúrbios violentos, a vida se superou, ultrapassou-se mais uma vez a cultura da morte e da maldade e transcenderam-se positivamente as barreiras e dificuldades e contrariedades provocadas por uma mentalidade ruim e marginal, negativa e pessimista, maldosa, empreendedora de divisões e cultuadora de exclusões, que ainda impera em alguns setores da nossa sociedade.
Emergimos mais uma vez.
7
Vivenciando uma filosofia de vida baseada fundamentalmente na busca da fraternidade entre si e da solidariedade entre seus membros, na prática do bem e da paz e na construção de coisas boas para a sua comunidade, a partir é claro de uma visão otimista da realidade, ajudando-se portanto mutuamente, interagindo trabalhos, esforços e empenhos, e compartilhando tarefas e atividades cotidianas, fazendo intercâmbios sociais e culturais, políticos e econômicos, seu Gonçalves e um grupo de amigos, parentes e conhecidos partiram nesse final de semana, sábado, dia 9 de Maio de 2009, para um Mutirão em nome da AMACO – Associação de Moradores e Amigos de Copacabana – tendo em vista construir o SSS – Serviço Social Solidariedade – ali pertinho no final da Rua Tonelero, que seria um casarão grande onde se cuidaria de prestar auxílio, ajuda, colaboração e solidariedade à população de rua daquele bairro, de grande contingente de gente, tratando logo de sua saúde alimentar com medicina preventiva 24 horas por dia, além de garantir a infraestrutura de vida dessas pessoas como por exemplo cobertores e casacos para o frio durante o inverno que se aproxima, lanche e almoço periodicamente, remédios e médicos para suas enfermidades, cursos técnicos e de informática e de educação e cultura geral para quem se interessar, oferta de empregos quando preciso, auxílios transporte e moradia quando possível, desenvolvendo ainda exercícios físicos e de ginástica nas areias da Praia de Copacabana, aulas de mergulho e natação para quem quiser aprender o segredo das águas, programas de arte e lazer para quem pretende se distrair nesse tempo de violência nas ruas e avenidas de Copa, um bairro-Cidade, acolhendo, ajudando e promovendo assim os moradores e trabalhadores dessas regiões escuras e vazias da Cidade quase Maravilhosa do Rio de Janeiro.
Depois de 4 meses de intensos trabalhos, finalmente o casarão do SSS da AMACO ficou pronto, e dias mais tarde já passou a funcionar prestando como disse solidariedade às pessoas pobres e menos favorecidas que ali apareceriam, de preferência à população mais necessitada das ruas e becos, praças e avenidas de Copacabana.
Seu Gonçalves, feliz com a idéia, também ofereceu sua inteligência, seus braços e suas mãos, contribuindo para a construção de mais um espaço de emergência na sua localidade.
8
Em mais uma Segunda-feira, dia 11 de Maio, de engarrafamento nas ruas e avenidas do Bairro, a Copa dos sacanas e dos bacanas do Rio de Janeiro amanheceu chorando, triste com a confusão em suas regiões e angustiada com os constantes conflitos em suas localidades, o que tornava o tempo feio, o ambiente da Cidade agonizante e o clima entre seus habitantes mais áspero e mais salgado, mais pesado e doentio, mais carregado de sonhos complicados que não se realizavam, pleno da possibilidade de controvérsias entre os seus vizinhos, de contrariedades nos relacionamentos e de adversidade nos negócios e empreendimentos, exagerando-se também no pessimismo que aparentemente atormentava quase a maioria e indo além dos limites no negativismo das relações humanas ou desumanas de cada dia, parecendo mesmo que a área municipal do Estado do Rio e sua capital estavam em estado de crise emocional, existencial e espiritual, viabilizando uma situação tal que os cariocas se encontravam na verdade em uma rua sem saída diante de tantos problemas mau resolvidos, de inúmeras dificuldades financeiras que envolviam grande parte de seus moradores e trabalhadores, distúrbios sociais como a violência urbana e a marginalização de grupos e indivíduos em seus morros e favelas, aberrações ambientais diariamente como o tiroteio de balas perdidas que assustavam os transeuntes em sua ida e volta ao trabalho, enfim, circunstâncias contrárias que se viviam cotidianamente como que se constantando e aprovando a vitória do bem sobre o mal, da guerra sobre a paz, do caos sobre a ordem, da indisciplina sobre a calma e a tranqüilidade, da desorganização política e econômica sobre os desejos de felicidade e os anseios de liberdade, levando a alegria do Rio ao chão, o sorriso do seu povo ao abismo e o otimismo de seus cidadãos à beira da loucura.
Aquele engarrafamento nessa manhã de Segunda-feira acordou mais uma vez a Cidade, conscientizando-a de vez de que não nascemos para a violência e a instabilidade social, não fomos feitos para a maldade, nossa origem não é nunca a desordem da consciência ou as brigas, os quebra-quebras e as pancadarias diurnas e noturnas das experiências e práticas rotineiras vividas quase que constantemente na vida real cotidiana, fechando pois assim as portas do bem que se deve fazer e da paz que se deve viver, do amor que se deve vivenciar e da vida que se deve amar e defender nessas horas difíceis da Cidade, ou nessas ocasiões turbulentas e caóticas experimentadas quase sempre pelos cariocas e brasileiros em geral, ou nesses instantes tristes e nesses momentos quase impossíveis que atravessamos diariamente no vai e vem de passeios e viagens, ginásticas e exercícios físicos, atividades de esporte e lazer e os esforços do trabalho e os empenhos de quem não quer jamais viver na lata do lixo da existência nem no inferno de uma vida baseada na cultura da morte e em uma mentalidade de maldade e violência que ainda imperam em Cidades como o Rio de Janeiro.
“Que Deus nos ajude”, pensou seu Gonçalves enquanto olhava da janela do seu apartamento o trânsito fechado, os passageiros nervosos e o ambiente hostil e adverso que se vivia naquele momento.
“Que o Senhor tenha pena de nós”, concluiu o pai de família, se dirigindo agora para as suas atividades comerciais nas ruas, praças e becos, e avenidas de Copacabana.
9
Nesta quinta-feira, dia 14 de Maio, seu Gonçalves e a mulher, dona Clotilde, vão participar de um debate no Jornal O Globo, ali na Rua Irineu Marinho, n. 35, no Centro da Cidade, já que foram convidados pelos seus dirigentes, que são muito amigos do casal, desde o tempo em que o pai de família trabalhando nos Correios entregava as cartas no referido órgão de imprensa.
O Tema do debate é “A Sexualidade humana e a vida familiar, questões e soluções”, no qual serão ouvidos alguns casais e outros especialistas na área bem como sexólogos e professores de sexologia em faculdades da Cidade. No decorrer dos discursos e conferências que ali serão realizados, os participantes trocarão idéias, críticas e sugestões de interesse da coletividade, também convidada a integrar as discussões no auditório de mídia impressa desse importante instrumento de notícias e reportagens sobre o Rio, o Brasil e o mundo inteiro.
Antes de se dirigirem ao local, o homem de Deus e dona Clotilde se prepararam, estudando a temática, conversando sobre suas experiências interpessoais e anotando algumas perguntas de referência para serem observadas e analisadas nesse encontro de suma importância e de grande interesse tendo em vista a necessidade atual de se esclarecer a vida sexual de estudantes e famílias em geral, orientá-los no bom caminho do amor, conscientizá-los da gravidade das DST – doenças sexualmente transmissíveis – e a melhor maneira de evitá-las, ou o jeito mais certo de conviver com elas.
Segundo o casal de Copacabana, seu Gonçalves e esposa, o amor vem de Deus, e na existência de homens e mulheres que se amam, como namorados e noivas, casais e marido e mulher, a conseqüência desse amor é o sexo, que se inicia com o desejo humano e natural que ambos, macho e fêmea, manifestam entre si, indo depois para a prática dessa relação amorosa cujo efeito imediato é o prazer sexual que tem como ponto mais forte e mais alto, a perfeição da sexualidade, o orgasmo quando o homem e a mulher, plenos de amor um pelo outro, se entregam mutuamente atingindo então a plenitude desse relacionamento cheio de paixão.
Entendido dessa forma, seu Gonçalves e dona Clotilde, ainda refletiram naquela ocasião que o sexo com amor, portanto sem maldade e sem violência, não é pecado contra Deus, o Senhor da Sexualidade, porque é algo natural, elemento constituinte na natureza humana, e tudo o que é da natureza é criado pelo Autor da Vida, não se tornando por conseguinte uma ofensa ou falta contra o Criador.
Considerada essa visão ética e espiritual da sexualidade humana e natural, mostrou-se então também que desvios de caráter e aberrações da personalidade, que alcançam sobretudo os homossexuais masculinos e femininos, tornam-se algo contrário e mesmo inimigo da boa relação de amor e sexo que envolve o homem e a mulher, configurando assim uma adversidade em relação à natureza criada, a qual precisa ser combatida e rejeitada radicalmente em nome do amor dos casais que se amam, do bem das famílias, da boa ordem na sociedade, da saúde do homem e da mulher e do bem-estar da humanidade local, regional e global, temporal e histórica, real e atual.
Outrossim, observou-se que não só o homossexualismo, como também a pornografia e a pedofilia, a prostituição infantil, o comércio de jovens e adolescentes para o exterior, a exploração e o monopólio da mulher, as doenças sexuais entre elas a gonorréia, a sífilis, a hepatite B e sobretudo a AIDS, são estados de contradição social e humana, natural e cultural, adversários da boa moral e bons costumes e virtudes, dos bons valores da consciência e suas intenções bondosas e pacíficas, e das boas experiências e comportamentos de indivíduos e grupos humano no meio de suas comunidades.
Tal foi o processo de discussão e o resultado do debate no Jornal O Globo, do qual todos saíram satisfeitos diante das interrogações colocadas, a lucidez dos depoimentos, a evidência das declarações e a clareza com que foi conduzida esse tempestade cerebral cujas idéias e conhecimentos lá apresentados serviram para formalizar uma outra, nova e diferente visão da realidade sexual, na teoria e na prática, interpretando-se assim a partir de agora a sexualidade de modo aberto, renovado e libertador, visto que o que interessa a curto, médio e longo prazo é manter a saúde do casal e consolidar o bem-estar e o bom relacionamento familiar, fruto de uma sexualidade livre e feliz, ordeira e pacífica.
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Um semana depois, a AMACO – Associação de Moradores e Amigos de Copacabana – convidou o ilustre seu Roberto de Araújo Gonçalves para participar em nome da entidade de uma entrevista no Programa Clóvis Monteiro de todas as manhãs na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, ali, no Bairro da Saúde, perto da Praça Mauá, cujo tema seria “Saúde e Qualidade de vida no cotidiano de uma família”.
Na entrevista da Rádio Tupi, seu Gonçalves destacou: “Saúde, meus ouvintes, começa na cabeça. Se a cabeça está boa, então tudo vai bem dentro de nós, e também fora ao nosso lado e a nossa volta. Porque dos bons pensamentos e das boas idéias que possuímos, dos sentimentos belos que temos e das experiências que realizamos diariamente, frutos, efeitos e conseqüências de uma vida de virtudes que vivemos todos os dias e todas as noites cuja essência são os bons valores da nossa consciência, tais como o respeito mútuo e a responsabilidade por nossos atos, o equilíbrio mental e emocional, o controle de nossos desejos, anseios e paixões e o domínio que exercemos sobre nós mesmos, o reto juízo e o bom-senso de nossas atitudes baseadas em pontos de vista razoáveis e inteligentes, em uma visão de mundo que tem como alicerce fundamental a nossa fé em Deus, sem O qual não há vida nem tem sentido e razão a existência, causa da nossa alegria de cada dia, do nosso otimismo em trabalhar e realizar as coisas e do nosso sorriso permanente, reflexo de Deus em nós, de uma vida sustentada pelo alto astral e auto-estima elevada de quem em seu cotidiano procura ser bom e fazer o bem a todos, viver em paz uns com os outros, ajudar a quem precisa, ser fraterno e solidário com as pessoas, sempre criando novos amigos e agindo com generosidade em todas as partes. É assim que entendo a boa saúde de um indivíduo ou de um grupo de companheiros que se unem e reúnem para fazer as suas atividades diurnas e noturnas. Isso é bem-estar para mim. Quem vive desse modo é uma pessoa livre e feliz.”
Terminada a entrevista, seu Gonçalves foi abraçado e cumprimentado por todos os presentes, que exaltaram a sua coragem de ser criativo e otimista diante de tanta violência e maldade que nos cercam, o seu pensamento positivo destacado pelo dono do programa de rádio o radialista Clóvis Monteiro, o seu sorriso sempre nos lábios e a sua alegria de quem faz da vida um carnaval constante, curador de tantos males, doenças e enfermidades.
“Isso é saúde pra mim”, insistiu seu Gonçalves, se despedindo de todos.
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Como aconteceu no passado, durante a ECO-2002 e o PAN-2007, ambos na Cidade do Rio de Janeiro, quando, a partir de Copacabana, toda a população carioca se mobilizou, trabalhou com consciência e responsabilidade, respeitando os turistas e estrangeiros que cá mergulhavam, ajudando na boa imagem do Brasil no exterior, colaborando com os interesses e necessidades de seus atletas e agentes, cooperando com a saúde coletiva e o bem-estar pessoal e social de todos e cada um dos envolvidos, transformando os 2 eventos em honra nacional, também hoje em todas as áreas e comunidades do Rio se processa a construção de um movimento permanente de mobilização popular, onde através de mutirões de solidariedade e campanhas de fraternidade se condicionam bem e paz para os cidadãos fluminenses, garantias de seus direitos e necessidades, ordem urbana e rural, segurança institucional contra a violência marginalizada, qualidade de vida e trabalho, saúde e educação, tudo isto, enfim, instrumentos de conscientização social e ferramentas de libertação integral do homem e da mulher, moradores e trabalhadores aqui entre nós, entre eles o seu Gonçalves, que faz a sua parte, lutando para que a nossa vida sempre melhore, empenhando-se em favor do progresso do país, esforçando-se pela excelência de sua gente, batalhando sempre para que cariocas e brasileiros gozem de uma vida boa e ótima existência identificadas com a paz de sua consciência e o bem de sua interioridade ainda que os elementos externos igualmente participem da boa expectativa de felicidade que todos nós merecemos, por sermos filhos e filhas de Deus.
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Nesse início de inverno, a AMACO e seu SSS, conforme vimos acima, está fazendo a campanha de casacos, agasalhos e cobertores a fim de providenciar o abrigo e a proteção da população de rua de Copacabana e todos os que se sentem carentes e necessitados, precisando da ajuda da associação e do seu serviço de solidariedade dos amigos de Copa, o que significa na verdade levar o calor de Deus e seu carinho de Criador para os pobres e menos favorecidos que vivem e perambulam pelas ruas e avenidas, becos e praças desse bairro dos bacanas, dos jovens sacanas, das crianças brincalhonas, das mulheres sempre bonitas e dos idosos e aposentados que com sua experiência e sabedoria de vida transformam o local em casa de acolhida e lugar de saúde e bem-estar para todos.
Também seu Gonçalves e sua família participam dessa campanha de solidariedade.
Juntos e unidos desejam revitalizar a região tornando os pobres mais ricos, os ricos mais fraternos e solidários, as comunidades mais felizes e pacíficas, o que na verdade contribui eficazmente para a diminuição da violência em suas adjacências visto que se aumentará a qualidade de vida dessas pessoas oferecendo-lhes ao mesmo tempo trabalho e emprego, capacitação técnica e profissional, cursos de ensino médio e fundamental, orientações psicológicas e sociais para a boa convivência, tratamento médico para os que se encontram com algum mal-estar ou enfermidade, enfim, a infraestrutura indispensável para uma vivência cotidiana digna de seres humanos e filhos e filhas de Deus que são.
A Campanha prossegue.
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Com o fenômeno da globalização, hoje, às nossas portas e presente em nossos ambientes de vida, também aqui e agora no Rio de Janeiro a população carioca está mais consciente de suas responsabilidades sociais e culturais, políticas e econômicas, interagindo uns com os outros com mais respeito entre as pessoas, maior entendimento mútuo e melhor compreensão em seus relacionamentos cotidianos diversos cujos comportamentos põem em prática a cultura do bem e da paz e uma mentalidade sem violência e agressividade, transformando portanto as relações humanas entre grupos e indivíduos em experiências mais saudáveis e agradáveis, onde compartilham os seus conhecimentos cheios de conteúdos de qualidade e as suas situações de fraternidade e solidariedade, capazes de sempre criar novos amigos e gerar atitudes boas e generosas, animadoras dos tristes, motivadoras dos deprimidos e aflitos, incentivadoras dos desanimados e desesperados, os que fazem do medo e do pânico a única realidade de suas vidas.
Igualmente em Copacabana, e com o exemplo de vida de seu Gonçalves, encontramos pessoas interativas, compartilhamento de boas idéias e valores positivos da consciência, trabalhos cooperativos com a colaboração permanente de seus moradores e trabalhadores sobretudo em atividades do dia a dia, bem práticas, como a ajuda aos pobres e menos favorecidos do Bairro, dando-lhes sempre que possível ótimas qualidades de vida e trabalho, saúde e educação, e grandes oportunidades de realização profissional e satisfação vocacional.
Com essas possibilidades reais e tais alternativas de liberdade e felicidade, cá na Copa dos bacanas, nos entusiasmamos de fato com a probabilidade de realizar em outros tempos e diferentes lugares desse Brasil o mesmo ideal de renovação interior e exterior das comunidades e sua libertação concreta nas áreas físicas, mentais e espirituais, de todos os cidadãos brasileiros, e quem sabe lá fora.
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Hoje de manhã, seu Gonçalves se dirigia para as suas atividades cotidianas no Bairro quando, passando pelo Posto de Gasolina na esquina da Rua Toneleros com a Rua República do Peru, avistou e se encontrou com um grupo de amigos que por ali circulavam, e iniciaram um debate polêmico sobre os assuntos e problemas do dia a dia da Cidade Maravilhosa, como por exemplo o Choque de Ordem da Prefeitura que procura limpar o Município de sujeiras e desordens de todo o tipo, de instabilidades nas ruas e nas praças e de desequilíbrios públicos e urbanos como o comércio dos camelôs, a presença de faixas e cartazes em demasia nos prédios do Centro e das Zonas Sul e Norte, os buracos de asfaltos e calçadas, os imóveis abandonados hoje cheios de mendigos e pobres da rua, o excesso de carros nas vias e avenidas de acesso ao trabalho e emprego, o mau estacionamento de automóveis, o congestionamento do trânsito, o tráfego exagerado de ônibus que perambulam por Copacabana, a insistência de casas antigas prestes a cair e desabar, o tráfico de drogas e entorpecentes nos morros e favelas, o comércio ilegal e a pirataria de produtos e mercadorias importadas, a corrupção sexual de menores e adolescentes, e outros sintomas caóticos presentes no dia a dia dos cariocas.
Seu Gonçalves observou uma coisa importante naquele encontro, que procurou refletir com esses seus colegas do Posto: “Amigos, emergência social é também fazer o que estamos realizando aqui e agora: discutir juntos e unidos os problemas da Cidade, refletindo sobre as suas causas e soluções, e debatendo as alternativas possíveis de enfrentamento de toda essa problemática cotidiana do Rio de Janeiro. Assim, emergimos, ou seja, crescemos politicamente, progredimos socialmente e evoluímos economicamente, desenvolvendo o nosso interior e exterior, produzindo pois mais qualidade de vida para a população carioca. Pois então, continuemos emergindo”, disse seu Gonçalves aos companheiros, encerrando o longo bate-papo travado ali naquele instante.
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Na tarde seguinte, a convite do Jornal O Globo, o comerciante aposentado seu Gonçalves ministrou a seguinte palestra no auditório desse importante órgão da imprensa carioca e brasileira, acerca da Terceira Idade e seu sentido para a vida da sociedade:
“ Experiência
A Escola da Vida
Na antiga sabedoria chinesa, muitos séculos a.C., Confúcio, fundador do Confucionismo, dizia em seus ensinamentos: “ A experiência é a escola da vida. Devemos aprender com os mais velhos. Devemos amar, respeitar e valorizar os mais velhos...”
Hoje, no cotidiano da nossa vida, quando eu me encontro e me deparo com os idosos, aposentados e pensionistas do INSS, velhinhos e velhinhas do dia-a-dia, me lembro da sabedoria de Confúcio e da sabedoria de minha mãe, Pensionista do INSS, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes, Mulher do Couto, Camponesa, Portuguesa com certeza..
Com efeito, dialogar com os mais velhos, durante 15 minutos, vale mais do que 3 horas dentro de uma faculdade, fazendo qualquer curso de graduação, ou pós-graduação, mestrado ou doutorado. É uma experiência humana, divina e maravilhosa.Você aprende tudo e de tudo, de tudo um pouco. O Idoso é uma verdadeira universidade em pessoa. Um bom conselheiro espiritual. Um mestre nas virtudes. Um solucionador de problemas. Um questionador da realidade. Um profeta de Deus. Grande administrador do dia-a-dia. Um bom professor do cotidiano das ruas. Ele está no botequim, no supermercado, na farmácia, no jornaleiro, na padaria, na rua, no ônibus, no metrô, na família, no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar, em qualquer tempo ou momento da nossa vida.
Na saúde ou na educação, na família ou no trabalho, nas tristezas e angústias, nos problemas e dificuldades, nas controvérsias e contrariedades, no dia-a-dia da nossa vida, e sobretudo no final da vida, na hora da doença ou da morte, lembremo-nos dos mais velhos, senhores e senhoras de idade: eles e elas, presença de Deus na nossa vida. Por isso, justamente por isso, respeitemos os mais velhos, não os desprezemos nem façamos mal a eles ou elas, porque amanhã os mais velhos seremos nós. E nós gostamos de ser ouvidos, amados, respeitados e valorizados. Deus, o Senhor, abençoe os mais velhos.”
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A partir dessa conferência no Centro da Cidade, seu Gonçalves ficou famoso e popular, e tornou-se palestrante extremamente solicitado para debates e seminários sobre temas diversos, tendo em vista a sua grande sabedoria de homem sofrido e trabalhador, experiente nas coisas públicas e inovador nas artes do bom relacionamento e da boa convivência. E assim mais uma vez o grande homem de Copacabana fez mais esse discurso sobre como se dar bem com os vizinhos, na Escola Municipal Mário Cláudio, na Tijuca:
“O Convívio dos Vizinhos
É fácil viver sozinho.
Difícil é viver com os outros.
No lugar do quebra-quebra e da pancadaria: por que não viver em paz uns com outros, sendo bom e fazendo o bem, amando a vida e praticando o amor, a fraternidade, a solidariedade e a generosidade ???
No lugar da bagunça e da palhaçada: por que não cultivar a concórdia e a misericórdia, o perdão e a amizade, o bom convívio social e a calma e a tranquilidade individual ???
No lugar da confusão no edifício e a fofoca nos corredores, a violência nas escadarias e a complicação nos elevadores: por que não dialogar e conversar, tomar uma água e um cafezinho, refrescar a cabeça com uma música e aliviar o stress e as tensões, as emoções e o nervosismo com um bate-papo legal, um sonho de natal ou uma brincadeira de carnaval ???
É hora de acordar e se levantar, arrumar a casa desarrumada, tomar um banho de luz e arranjar alguma coisa para fazer, e enfim desejar sempre um bom-dia para os nossos funcionários que nos ajudam, auxiliam e zelam pela nossa segurança.
Encontrar soluções e sair dos problemas.
Procurar respostas e fugir das perguntas.
Buscar remédios para tantas interrogações.
Afinal, não somos mais crianças.
Devemos ser adultos responsáveis.
Compreender as pessoas.
Respeitar os vizinhos.
Dialogar com os amigos.
Agir com juizo e bom-senso.
Incentivar a liberdade.
Procurar a felicidade.
Afinal, somos felizes quando fazemos os outros felizes.”
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A próxima conferência de seu Gonçalves foi sobre a importância de se viver em sociedade, proferida nos compartimentos da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, no Bairro da Saúde, perto da Praça Mauá. Ei-la, que teve 2 partes:
“Inter-Dependente
Nestes mais de 56 anos de vida, agradeço a Deus, o Senhor, a graça de ser dependente.
Dependente de Deus, o Senhor, em primeiro lugar.
Dependente da minha mãe, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes.
Dependente da minha família.
Dependente dos meus amigos.
Durante a vida, aprendi a ser dependente,
aprendi a ser pobre,
aprendi a ser amado,
aprendi a ser ajudado.
Percebi, tomei consciência, aprendi como é importante ser dependente.
Depender dos outros.
E os outros dependerem de mim.
Ser inter-dependente.
Manter essa inter-dependência.
Permanecer inter-dependente.
Dependermos uns dos outros.
Ajudar-nos uns aos outros.
Amar-nos uns aos outros.
Acho que Deus é assim.
Amar e ser amado.
Ajudar e ser ajudado.
Eu depender dos outros e os outros dependerem de mim.
Acho que esse é o sentido da vida,
a razão de existir,
a essência da existência,
o fundamento da vida em sociedade.
Dependemos uns dos outros.
Somos pobres.
Graças a Deus.
Inter-Dependência
Razão Social, Consciência
Coletiva e Inteligência Comunitária
Dependemos uns dos outros.
Temos necessidade de interagir e compartilhar nossas idéias e ideais, intenções
e interesses, símbolos e valores, imagens e vivências.
Em nossa realidade prática cotidiana, nos movemos e nos comunicamos, construindo a vida e destruindo a morte, criando iniciativas e oportunidades de comunicação, abertura de possibilidades, renovação de trabalhos, atividades, operações e exercícios sociais, políticos, econômicos e culturais, libertação de preconceitos e superstições irreais e irracionais, anticulturais, impossibilitando a negação, os contrários e as contradições de uma experiência do bem que se faz e da paz que se vive, do amor que se pratica e da vida que se partilha, se comunica, interagindo com as pessoas, favorecendo uma sociedade comprometida com a fraternidade e a solidariedade cuja saúde social e bem-estar coletivo se identificam com comunidades seguras e estáveis garantidas pelo respeito pessoal e a responsabilidade social e ambiental que devem assumir tais experiências existenciais comunitárias.
Precisamos uns dos outros.
Desejamos uns aos outros.
Necessitamos repartir nossas riquezas culturais, nossa abertura social, nosso compromisso político, nosso crescimento econômico e nossa consciência ambiental.
Dependemos uns dos outros.
Somos dependentes.
Somos interdependentes.
Nossa dependência física, mental e espiritual propicia a geração de favores e benefícios cujos frutos e consequências vêm ajudar nossa pobreza e miséria existenciais, tornando possível uma nova experiência de vida onde não se admitem excluidos e marginalizados, nem presos nem escravos, nem cegos nem doentes, mas sim construtores de saúde social e bem-estar coletivo, criadores do bem que se distribui e da paz que se partilha, interagindo então com situações reais cotidianas em que todos e cada um encontram as alternativas de ser feliz, alegre e contente.
Com otimismo e positivismo, animando as pessoas ao redor, motivando sua auto-estima e alto-astral, incentivando seus trabalhos e atividades em prol da coletividade, sua emergência social e emancipação política, sua pluridade cultural e seu desenvolvimento econômico, podemos realizar projetos de vida voltados para a construção da cultura da vida, do bem e da paz, ignorando os valores e tendências da cultura da morte, da maldade e da violência.
Porque dependemos uns dos outros, é possível construir melhores condições, relações e situações de vida, trabalho, saúde e educação para todos nós, fugindo de experiências negativas contrárias à busca de nossa liberdade pessoal e felicidade coletiva.
Nossa interdependência faz-nos responsáveis uns pelos outros, favorecendo uma convivência social em que o respeito e o direito vividos são os motores do bem-comum social, do bem-estar coletivo e da paz e do bem comunitários.
Que Deus, o Senhor, nos ajude em nossos projetos sociais, nossos planos econômicos e nossos compromissos políticos, nossas atividades culturais e nossos exercícios éticos e morais, possibilitando um futuro-presente de paz e saúde para todos nós.
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Hoje, seu Gonçalves se dirigiu ao Colégio Paulo de Fronteim, na Tijuca, a fim de, através de uma palestra e um debate, responder à seguinte pergunta que lhe foi feita tempos atrás em uma das avenidas de Copacabana: “ A Vida, pro senhor, é fácil de viver ?”
“A Vida é um risco
O Risco de viver
No convívio diário com os perigos da cidade urbana ou das áreas rurais deste país onde muitas vezes reinam a maldade e a violência, as dores e os sofrimentos, as moléstias e as enfermidades, as doenças em geral, a exclusão e a marginalização social, a divisão e a luta de classes, a guerra dos sexos, o combate entre o bem e o mal, a batalha das ruas e dos campos, a opressão do poder, a depressão doentia, a repressão política, a dependência econômica, o caos ecológico e ambiental, a cultura da morte, a mentalidade da confusão e do conflito de relacionamentos, a crise da família, o confronto de ideologias diversas e interesses diferentes, a prisão psicológica e a escravidão ideológica, as adversidades da vida e as contrariedades existenciais, o negativismo ético e o pessimismo espiritual, a tristeza e a angústia, o esgotamento físico e mental, o cansaço do trabalho, a fadiga de tantos esforços e empenhos na realização de múltiplas atividades, as grandes e variadas tarefas cotidianas, o fluxo crescente de ocupações, o complexo cada vez maior de preocupações exageradas, a falta de limites dentro dos processos educacionais, a ausência de saúde e bem-estar individual e coletivo, o egoísmo solitário, a solidão patológica, o orgulho imoral, a vaidade das aparências destruidoras, a mentira em forma de pessoa, o olho grande que corrói, a inveja que mata, o ciúme que acaba com as boas relações, o desequilíbrio mental e emocional, a desordem real e rual, a indisciplina hierárquica, a desorganização dos pensamentos e conhecimentos, a carência de boas idéias construidoras, os traumas e as frustrações sentimentais, os comportamentos irreais e irracionais, a desrazão pessoal e a inconsciência grupal, a demência e a loucura de seres humanos – tudo isso, enfim, configura o risco de viver e existir, com o qual somos obrigados a conviver, nos relacionar cotidianamente. De fato, a vida é um risco, eis pois a condição humana a que estamos sujeitos desde que entramos neste mundo terrestre, assumimos um corpo e uma alma vivos e animados, dependentes que somos de seus determinismos e finitudes naturais e ambientais, temporais e históricas, sociais e culturais, reais e atuais, submetidos aos caprichos da vida e aos interesses de quem manda e tem mais poder, prisioneiros de partidos e ideologias que nos exploram e nos escravizam, escravos de uma cultura e de uma mentalidade que nos são hostis, que nos contrariam e contradizem. Sim, realmente, estamos diante de uma guerra diária entre o bem e o mal. Só nos resta pedir a Deus que nos ajude nessa batalha cotidiana. Sem esquecer é claro que devemos fazer também a nossa parte.”
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A Vida emergente de seu Gonçalves e de seu convívio de amigos, parentes e familiares se fundamenta com certeza
no sorriso sempre aberto para as pessoas ao seu lado e ao seu redor, na alegria contagiante que anima a todos e no otimismo cativante que motiva os mais velhos, incentiva os adultos e as crianças e entusiasma os mais jovens, fazendo o ambiente em seu entorno mais feliz de ser vivido, mais contente e alegre, onde os indivíduos e os grupos reunidos têm o desejo real de construir uma sociedade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Formam então a comunidade emergente de Copacabana cujo objetivo central é erguer os decaídos, tristes e desanimados; levantar os medrosos, aflitos e angustiados; dar uma força aos desequilibrados e desesperados; oferecer uma energia vital para fazer crescer os humanos, tornar possível o progresso dos cidadãos, transformar em evolução os seus trabalhos, empenhos e esforços, desenvolvendo desse modo as suas consciências em busca por boa saúde material e espiritual, e ótimo bem-estar físico e mental.
Assim, de fato, opera a comunidade emergente de Copacabana.
Dela, se produz boas, novas e diferentes idéias, conteúdos de conhecimento de qualidade, que visam construir o bem e a paz no bairro e em toda a Cidade Maravilhosa, destruindo pois a possibilidade da violência e da agressividade, sem lugar no meio desse grupo alegre e otimista, sempre sorridente, proporcionando a todos e a cada um momentos saudáveis de crescimento interior e exterior.
Tal a política de seu Gonçalves e seu grupo de trabalho, educador de todos.
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De fato, vem se observando em Copacabana e alguns bairros do Rio que os cariocas estão emergindo, saindo de uma vida de dificuldades, conflitos e aberrações para uma existência de boa qualidade espiritual, ótimas ações em prol da saúde pessoal e bem-estar coletivo dessas comunidades, excelentes atitudes favoráveis à interatividade das pessoas com que melhoram o seu ambiente de família e trabalho, aprimoram as suas atividades artísticas, esportivas e recreativas, e aperfeiçoam a consciência e a experiência de que juntos podem mais, unidos são mais fortes, solidários podem crescer bem se ajudando uns aos outros, o que certamente diminuirá os problemas da sociedade, eliminará as contradições da realidade cotidiana e acabará de uma vez por todas com as injustiças sociais por muitos ainda experimentadas nesses locais aqui e agora.
Deste modo, o trabalho emergente de seu Gonçalves e sua equipe interativa tem dado bons resultados para a coletividade, enfraquecendo a pobreza e a miséria material da grande maioria moradora nas favelas e morros adjacentes, desaparecendo com o pessimismo e o negativismo não só das autoridades responsáveis como também do povo que é acolhido e beneficiado por essa prática colaborativa, atingindo assim as metas buscadas por todos no momento presente: oferecer melhor qualidade de vida e trabalho, saúde e educação para os cidadãos dessas áreas, dar maior equilíbrio financeiro, psicológico e espiritual a essa população, realizar atividades que desenvolvam o lado otimista das pessoas, as façam alegres e felizes durante a sua caminhada terrena e consigam aumentar a auto-estima dessas criaturas que lutam por ser alguém na vida, cooperando pois com a aquisição de uma vida saudável e agradável que todos e cada precisam ter nesta realidade temporal hoje vivida por nós.
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Essa boa vida de dignidade humana elevada, de qualidade de trabalho, saúde e educação tornada excelente, e de quase perfeitas experiências de atividades que promovem o cidadão, tornando-o um agente social eficaz, um ativista político competente, um produtor cultural responsável e um criador de novas e diferentes oportunidades e alternativas econômicas e financeiras para si e seus companheiros de comunidade, faz com que seu Gonçalves e sua equipe de operações comunitárias realizem um trabalho de respeito, referência para outras ações semelhantes, e que fazem crescer o homem e a mulher e suas relações na família e na rua, no emprego e no supermercado, no restaurante e no shopping, possibilitando práticas emergentes em torno de si, geradoras de progresso nas comunidades e desenvolvimento na sociedade carioca, sempre evoluindo para dias melhores para seu povo trabalhador, bom e amigo, construtor de tendências de vida de qualidade dentro e fora de suas regiões, aqui e agora, o que é reconhecido por todos que vêm morar e trabalhar em suas fronteiras de mar, terra e ar.
Sim, estamos emergindo.
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Através dessas ações bem planejadas de cunho emergente, seu Gonçalves e seu grupo de trabalho possibilitam a todos e cada um dos indivíduos favorecidos maior crescimento material e espiritual, físico e mental, mais progresso social e cultural, político e econômico, mais condições de evolução na sua consciência de bons valores e na prática das boas virtudes da moralidade e da espiritualidade, mais desenvolvimento de suas aptidões, desejos e anseios, talentos e carismas, de sua criatividade pessoal capaz de beneficiar a sua experiência vocacional e a vivência de sua profissão dentro da sociedade carioca a partir de Copacabana. O Importante é que cada qual dos envolvidos nesses planos emergentes concretos se sintam bem consigo mesmos, de bem com a vida e em paz com suas consciências. Desse modo, não só as pessoas crescem, mas todas as comunidades emergem para situações de bem-estar pessoal e saúde coletiva, garantindo assim seus interesses em prol de uma humanidade mais justa, fraterna e solidária.
É assim que a vida deve caminhar.
Com todos evoluindo para melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação.
Tal o sentido da emergência dos cidadãos comprometidos responsavelmente com essas práticas renovadoras das liberdades e libertadoras de prisões que amedrontam e de preconceitos que escravizam.
Que juntos e unidos possamos sustentar a emergência de todos e cada um.
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De tudo o que foi visto até aqui, podemos perceber que seu Gonçalves e sua equipe de trabalho em prol da emergência das pessoas na vida pessoal e social de suas comunidades de origem tornou-se uma referência de atividade produtiva que luta por melhores condições e situações e relações de vida e trabalho, saúde e educação para todos, fazendo crescer e se desenvolver entre eles o bem que devem fazer e a paz que devem praticar, promovendo assim grupos e indivíduos interessados em seu progresso material e espiritual, e em sua evolução física e mental, o que contribui eficazmente para uma sociedade humana de mais qualidade de vida e excelentes oportunidades e alternativas de emprego e trabalho, enriquecendo o conjunto da humanidade com pessoas cujos valores, virtudes e vivências se identificam com comportamentos que dão ênfase à dignidade humana, à ordem da natureza e ao bem-estar do universo e seus ambientes humanos e naturais. Tal o projeto emergente de seu Gonçalves e seus companheiros, que trabalham para a saúde de todos e o bem-estar de cada um, e o bem-comum de toda a sociedade carioca. Eis o processo de emergência social, moral e espiritual desenvolvido por esses trabalhadores e aposentados de Copacabana.
Que outros possam seguir também esse caminho.
Um caminho de paz social e de bem coletivo.
Eis o objetivo final dessa dinâmica de trabalho.
Queremos emergir.
Sempre.
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Hoje, seu Gonçalves e sua comunidade emergente de Copacabana receberam o Prêmio Emergência 2010 das mãos da Prefeitura do Rio cujo Prefeito Eduardo Paes salientou a importância desse trabalho social em favor da paz coletiva e do bem-estar das pessoas, trazendo-lhes grandes e inúmeros benefícios sociais, psicológicos e espirituais, promovendo então o progresso de grupos e indivíduos menos favorecidos econômica e socialmente, e estimulando por diversos instrumentos sócio-educativos e por variadas ferramentas político-culturais a sua qualidade de vida e trabalho, saúde e educação.
Parabéns, seu Gonçalves.
Líder de um grupo interessado no bem da comunidade, no caso Copacabana.
Tal trabalho emergente é atualmente referência nacional em termos de promoção social e ascese política, saúde econômica e bem-estar cultural.
Que igualmente um dia seu Gonçalves e seus sócios emergentes recebam também de Deus o Prêmio Eterno pelo bem que fizeram na Terra e pela paz que construíram temporalmente.
Que seu exemplo seja seguido por todos.
Eis uma lição de vida que jamais esqueceremos.
Obrigado, Senhor.
Obrigado, seu Gonçalves.
1
Naquela noite, em Copacabana, respirava-se turbulência, as ruas estavam confusas, as avenidas cheias de feridas, o comércio já fechava suas portas, os automóveis pareciam preocupados com o ambiente a sua volta, o cotidiano se encontrava inquieto e ocupado com suas complicadas transições temporais e reais, as pessoas circulavam pelos becos e pelas praças parcialmente agitadas, intranqüilas, misturando ao caótico dia a dia daquele bairro, impregnado da presença maciça de idosos, aposentados e pensionistas do INSS, jovens que trocavam idéias enquanto caminhavam, crianças ainda brincando naquele horário, trabalhadores que saiam e voltavam para casa em mais um dia de luta, mulheres que se apaixonavam no meio do caminho, pobres pedindo esmolas na porta das igrejas, mendigos carregados de cachaça fazendo bagunça e baderna por onde passavam, o chão sujo e quente pois fazia 39 graus naquele momento, as estrelas no céu anunciando profeticamente mais uma madrugada perigosa, violenta e de risco para os cariocas.
Era mais uma quarta-feira anoitecendo no Rio.
Perto das 22 horas, um grito de mulher sacudiu o ar doentio e o clima aparentemente calmo de Copa dos bacanas, a região dos namorados de todo fim de semana, o lugar dos bate-papos cotidianos.
Era Sheila.
Sheila Gonçalves Batista das Neves.
Uma jovem cidadã do Rio de Janeiro, de 29 anos, que então havia sido assaltada e assassinada naquele instante, em frente à Igreja na Rua Hilário de Gouveia, n. 36, diante da Praça dos Paraibas.
Levaram-lhe no assalto a bolsa cheia de dinheiro, documentos, cheques e cartões de crédito, e algumas faturas de banco que ela iria pagar no dia seguinte.
A PM foi avisada.
E conduziram-na já morta para o Instituto Médico Legal, ali no Estácio.
Seu enterro, na quinta-feira, no Cemitério do Caju, às 11 horas da manhã, teve grande contingente de participantes, amigos, familiares e parentes.
2
Seu Gonçalves, pai de Sheila, via-se inconformado com o crime, não aceitava de jeito nenhum o fato ocorrido, estava tão transtornado com o triste episódio que a partir do velório de sua filha no Caju, deixou de se alimentar e não ia mais ao trabalho, passando esses últimos dias trancado em seu apartamento, convivendo com a angústia da família, o sofrimento de sua mulher, dona Clotilde, e de seus outros 3 filhos.
Pai de família, trabalhador assalariado, 57 anos, seu Gonçalves enfrentava então mais uma contradição na sua vida, a morte de Sheila, de quem era muito amigo e uma filha predileta aos olhos daquele homem direito e de respeito, bom com os vizinhos, solidário com todos, cidadão generoso e fraterno, amigo das pessoas, um camarada cujo caráter era equilibrado, controlador de suas paixões, desejos e emoções, que tinha completo domínio de si mesmo.
Tal adversidade na existência de seu Gonçalves exigia dele, um cara de fé e adorador de Deus, o Senhor, mais um esforço de superação, em que deveria ultrapassar o choque da tragédia e transcender os antagonismos e contrariedades que a partir daquela hora se instalaram no seu viver diário.
Precisava ele, mais uma vez, na sua jornada difícil e na sua trajetória quase impossível de ser vivida, emergir espiritualmente, elevar-se perante os abismos agora oferecidos pela realidade do dia a dia, subir outra vez os degraus duros, ásperos e azedos da escadaria do amor de Deus, que Lhe pedia insistentemente naquela situação presente: “Filho, recomece tudo outra vez”.
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Desde o início do século XXI, seu Gonçalves e seus familiares vêm meditando sobre a vida e seus conflitos e contradições diárias, a luta cotidiana, o desejo de realizar sonhos e a necessidade de viver uma existência mais calma e tranquila, em paz consigo mesma, buscando sempre superar as dificuldades do dia a dia, as contrariedades e adversidades encontradas à beira do caminho, o pessimismo e as negatividades dos maus relacionamentos e da péssima convivência de cada hora, aqui e agora, para isso se utilizando de uma filosofia de vida que traz consigo próprio há vários anos baseada fundamentalmente no otimismo e no pensamento positivo, na boa qualidade de vida que se deve ter, no alto astral e na auto-estima elevada, além de vivenciar com os seus todos os dias e noites uma experiência de equilíbrio mental e emocional, controle da mente e domínio de si mesmo, sem os quais sua vida não tem sentido nem razão de existir, o que ao lado do bem que faz e da paz que vive no meio de todos, lhe possibilita criar amizades por toda parte onde vai, desempenhar atividades humanas, naturais e culturais em que sobressaem a sua generosidade com as pessoas que encontra, a sua prática da fraternidade com seus semelhantes e o exercício da solidariedade com quem está próximo a si, ao seu lado ou em torno de si.
Tal atitude superadora de problemas os mais variados faz de seu Gonçalves um indivíduo querido na vizinhança, dentro e fora de casa, na família e no trabalho, com os amigos e conhecidos, tornando-o assim então um verdadeiro conselheiro espiritual para os demais que nele confiam suas interrogações existenciais e suas questões cotidianas, transformando-o em psicólogo do dia a dia, o explicador das coisas simples, o mestre da vida boa de se viver, o advogado dos “problemáticos”, o médico das almas, o orientador do povo, sempre quando se trata de assuntos do dia a dia.
Sua fé em Deus é o fundamento de sua alegria e bem-estar.
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Alguns anos mais tarde, aos 60 anos, seu Gonçalves se aposentou pelo INSS.
Dizia ele: “A partir de agora, vou preparar a minha eternidade, como já o faço há muito tempo durante a minha jornada de vida e trajetória de existência. Desde então, serei mais amigo das pessoas, mais fraterno com os amigos, mais solidário com os pobres e necessitados, mais generoso com quem precisa da minha ajuda, da minha palavra de conforto, do meu conselho espiritual, da minha orientação psicológica, do meu braço colaborador ou da minha mão apontadora do melhor caminho de bem viver essa vida de cada dia. Serei ainda mais positivo e otimista, gerando ambientes de crescimento econômico, progresso social e evolução política, e de desenvolvimento material e espiritual, físico e mental, cultural e ambiental. Quero ser mais bom, fazendo o bem a todos e cada um e vivendo em paz uns com os outros. Desejo construir sempre e destruir jamais. Farei da minha fé em Deus o fundamento de uma boa ética comportamental e de uma ótima espiritualidade natural. Anseio por subir todos os dias e todas as noites, a partir de hoje, os degraus macios, leves e suaves das escadarias do amor, do qual gerarei minha nova e diferente filosofia de vida, com o qual criarei outros relacionamentos mais autênticos, transparentes e verdadeiros, no qual depositarei meus créditos de mútua ajuda, de favores reciprocamente distribuídos e de benefícios em prol dos mais carentes e pobres, e menos favorecidos, e para o qual indicarei a solução dos problemas cotidianos e a resposta certa e correta a todas as questões de cada momento.
Em função do amor de Deus, viverei a minha vida, levantarei o edifício do progresso e do desenvolvimento, criarei condições de saúde e bem-estar para todos, aumentando sempre o astral de grupos e indivíduos e elevando a auto-estima de quem ainda é triste e angustiado, doente e desesperado, aflito e agonizante em tempos de violência nas ruas da Cidade e de maldade e ruindade na cabeça e na vontade de muitas pessoas. Assim, saberei que a minha vida e a de quem está ao meu lado e ao meu redor estarão sempre em ordem, disciplinadas em suas mentes e atitudes, e organizadas em seus conhecimentos adquiridos, nas idéias compartilhadas e nas interações de cada dia. Realmente, desse modo não crescerei sozinho todavia estarei consciente de que comigo outros estarão subindo também, emergindo para situações boas e transformadoras e circunstâncias de vida ótimas e libertadoras, renovadoras de nossos princípios existenciais, morais e espirituais, e consolidadoras de suas bases fundamentais mais sólidas e consistentes, de onde se erguirão vidas novas, vidas em progresso, vidas livres e felizes.
Sim, desde agora construirei a minha felicidade, a felicidade de fazer os outros felizes”.
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Uma greve de professores do Estado do Rio de Janeiro, promovida pelo SEPE - Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação – deixou nesta manhã de Segunda-feira, dia 4 de Maio de 2009, jovens do Ensino Médio sem aula, o que causou grande reboliço na Cidade e nas regiões circunvizinhas, turbulência nessas sociedades e comunidades de moradores, trabalhadores do ensino e estudantes em geral, confusão na cabeça das pessoas e complicação mental em muitos indivíduos e grupos que sofreram as conseqüências dessa paralisação de 48 horas dos mestres e demais agentes pedagógicos tais como diretores de escolas, professores e professoras estaduais do ensino público, coordenadores, inspetores e funcionários de todos esses colégios atingidos por esse caos educacional, desordem social, indisciplina de interessados em provocar instabilidade política e desorganização no sistema educacional do Estado, alunos e alunos e as demais comunidades adjacentes a essas instituições de ensino, todos transtornados com a decisão repentina dos docentes e seus colaboradores no meio do semestre, muitos inclusive preocupados com a saúde e o bem-estar dos jovens estudantes apanhados de surpresa por essa parada social dos profissionais de educação.
Seu Gonçalves, como todos já sabem, procurou agir rápido em tal situação instável instalada no Rio de Janeiro, não só ajudando a acalmar os ânimos e as tensões dos vizinhos, como também mantendo a tranqüilidade de seus 3 filhos, igualmente estudantes do ensino médio do Estado chocados com a bomba atômica que foi essa greve, como Michelle, de 16 anos, Eduardo, de 17 anos, e Roberto, de 18 anos, todos cursando as aulas, matérias e disciplinas do antigo científico aqui no nosso Estado.
Seu Gonçalves, experiente em circunstâncias como essa, sábio em seus aconselhamentos psicológicos e espirituais e compreensivo diante da reação estudantil, ordenou a seus garotos que refrescassem a cabeça, saíssem da rotina diária, dessem uma “paradinha de Pelé”, e fossem se distrair nesse período de greve ou indo à Praia de Copacabana ou Ipanema pela manhã, pois fazia sol nesses dias, tomar um banho de sol e mergulhar no mar, ou freqüentando os cinemas do bairro assistindo a um filme em cartaz nesses casas de entretenimento, ou mesmo fizessem outras coisas quaisquer diferentes da sala de aula como medida para aliviar as preocupações dessas horas inconstantes, as tensões exageradas e os conflitos internos que tais momentos provocam na vida de seus filhos e estudantes.
Deu certo.
Sua esposa, dona Clotilde, aproveitou o “feriado” ou o intervalo de paralisação do magistério para dar um passeio pelo Shopping da área, ou fazer umas compras então necessárias no Supermercado Mundial ali pertinho.
Resultado: “Emergimos outra vez”, concluiu seu Gonçalves.
Terminada a greve, a rotina voltou, os trabalhos recomeçaram e os estudos retornaram às suas atividades cotidianas.
Mais uma vitória na vida do seu Gonçalves.
A Greve na verdade fez bem a todos.
6
Copacabana, hoje, perto de meio-dia, está aparentemente tranqüila, com seu comércio nas ruas, praças e avenidas parcialmente tomado pelos transeuntes, moradores e trabalhadores do bairro, amigos que se encontram para saber das últimas novidades, crianças que se chocam em brincadeiras de pic-esconde, jovens que dialogam sobre as matérias e disciplinas da faculdade e seus conteúdos de conhecimento de qualidade, mulheres que namoram e paqueram seus machos de sempre, idosos e mais velhos que discutem sobre as possibilidades da internet, do computador e da informática na terceira idade, pobres e mendigos sentados nas calçadas sob as marquises pedindo esmolas ou um trocado em reais para comprar uma comida no restaurante ou botequim mais próximo, comerciantes, enfim, que interagem entre si, fazendo intercâmbios de produtos e matérias-primas baratas ao preço do mercado e compartilhando ao mesmo tempo seus interesses em negócios e investimentos a curtos, médios e longos prazos, analisando as viabilidades das relações de produção e consumo.
Sim, realmente, há movimento na Copa dos bacanas.
Todos trabalham, passeiam e se divertem.
Muitos em casa e nos seus apartamentos de 2 e 3 quartos.
Alguns se distraem na praia, outros lancham e almoçam nas padarias e lanchonetes ali localizadas.
Foi quando, surpreendentemente, sem mais nem menos, um arrastão de moleques de rua, menores abandonados e garotos cheirando cola ou fumando maconha, explodiu na Avenida Atlântica de frente para a praia e roubou e assaltou diversos banhistas, camelôs, grupos reunidos e indivíduos à paisana, levando-lhes dinheiro, documentos, cheques especiais, celulares, cartões de crédito e débito e até computadores, nootbooks e laptops de quem trabalhava ali mesmo na areia diante do mar, visto que à beira-mar já tem internet pública, a rede mundial de computadores, livre e gratuita, para quem queira realizar trabalhos e atividades naquele lugar.
No mesmo instante, a confusão se formou.
Uma gritaria geral acordou as pessoas que por lá passavam, parou o trânsito e os carros na região, a polícia e a PM apareceram, os meninos assaltantantes então atravessaram a Avenida Praiana levando tudo pela frente, derrubando pessoas e barracas, chutando areias, objetos e aparelhos eletrônicos, destruindo comidas e bebidas e estragando a festa dos turistas e estrangeiros que ali então se encontravam.
Bagunça generalizada.
Que palhaçada!
A Desordem se instalou, a indisciplina aconteceu e a desorganização imperou agora naquele momento.
Passados dez minutos, estava tudo no chão, a sujeira se espalhou pelo calçadão, com roupas e sapatos, sandálias e utensílios domésticos estirados no solo quente de quase 2 horas da tarde.
Terminado o arrastão, aos poucos se voltou à rotina diária.
Alguns feridos, outros machucados seriamente e muitos desesperados com a situação gerada foram conduzidos aos hospitais de emergência da região como o Miguel Couto e o Rocha Maia.
Nas adjacências da Avenida Atlântica, comercializando suas camisas, roupas e vestuários, seu Gonçalves, surpreso, soube do episódio e correu em direção à Praia e ao local do conflito na tentativa de ajudar a contornar a situação, manter a ordem pública, acalmar os ânimos das pessoas e tranqüilizar o ambiente hostil que se criara, como que interferindo naquelas circunstâncias adversas como meio de apaziguar os sujeitos envolvidos, amenizar os problemas produzidos e diminuir as gravidades ora surgidas.
Em pouco tempo, a ordem se restabeleceu.
A Paz retornou.
E o cotidiano voltou.
Seu Gonçalves, mais aliviado, agradeceu a Deus a volta ao normal, e louvou o Senhor por mais uma vitória do bem sobre o mal.
Apesar dos transtornos causados e dos distúrbios violentos, a vida se superou, ultrapassou-se mais uma vez a cultura da morte e da maldade e transcenderam-se positivamente as barreiras e dificuldades e contrariedades provocadas por uma mentalidade ruim e marginal, negativa e pessimista, maldosa, empreendedora de divisões e cultuadora de exclusões, que ainda impera em alguns setores da nossa sociedade.
Emergimos mais uma vez.
7
Vivenciando uma filosofia de vida baseada fundamentalmente na busca da fraternidade entre si e da solidariedade entre seus membros, na prática do bem e da paz e na construção de coisas boas para a sua comunidade, a partir é claro de uma visão otimista da realidade, ajudando-se portanto mutuamente, interagindo trabalhos, esforços e empenhos, e compartilhando tarefas e atividades cotidianas, fazendo intercâmbios sociais e culturais, políticos e econômicos, seu Gonçalves e um grupo de amigos, parentes e conhecidos partiram nesse final de semana, sábado, dia 9 de Maio de 2009, para um Mutirão em nome da AMACO – Associação de Moradores e Amigos de Copacabana – tendo em vista construir o SSS – Serviço Social Solidariedade – ali pertinho no final da Rua Tonelero, que seria um casarão grande onde se cuidaria de prestar auxílio, ajuda, colaboração e solidariedade à população de rua daquele bairro, de grande contingente de gente, tratando logo de sua saúde alimentar com medicina preventiva 24 horas por dia, além de garantir a infraestrutura de vida dessas pessoas como por exemplo cobertores e casacos para o frio durante o inverno que se aproxima, lanche e almoço periodicamente, remédios e médicos para suas enfermidades, cursos técnicos e de informática e de educação e cultura geral para quem se interessar, oferta de empregos quando preciso, auxílios transporte e moradia quando possível, desenvolvendo ainda exercícios físicos e de ginástica nas areias da Praia de Copacabana, aulas de mergulho e natação para quem quiser aprender o segredo das águas, programas de arte e lazer para quem pretende se distrair nesse tempo de violência nas ruas e avenidas de Copa, um bairro-Cidade, acolhendo, ajudando e promovendo assim os moradores e trabalhadores dessas regiões escuras e vazias da Cidade quase Maravilhosa do Rio de Janeiro.
Depois de 4 meses de intensos trabalhos, finalmente o casarão do SSS da AMACO ficou pronto, e dias mais tarde já passou a funcionar prestando como disse solidariedade às pessoas pobres e menos favorecidas que ali apareceriam, de preferência à população mais necessitada das ruas e becos, praças e avenidas de Copacabana.
Seu Gonçalves, feliz com a idéia, também ofereceu sua inteligência, seus braços e suas mãos, contribuindo para a construção de mais um espaço de emergência na sua localidade.
8
Em mais uma Segunda-feira, dia 11 de Maio, de engarrafamento nas ruas e avenidas do Bairro, a Copa dos sacanas e dos bacanas do Rio de Janeiro amanheceu chorando, triste com a confusão em suas regiões e angustiada com os constantes conflitos em suas localidades, o que tornava o tempo feio, o ambiente da Cidade agonizante e o clima entre seus habitantes mais áspero e mais salgado, mais pesado e doentio, mais carregado de sonhos complicados que não se realizavam, pleno da possibilidade de controvérsias entre os seus vizinhos, de contrariedades nos relacionamentos e de adversidade nos negócios e empreendimentos, exagerando-se também no pessimismo que aparentemente atormentava quase a maioria e indo além dos limites no negativismo das relações humanas ou desumanas de cada dia, parecendo mesmo que a área municipal do Estado do Rio e sua capital estavam em estado de crise emocional, existencial e espiritual, viabilizando uma situação tal que os cariocas se encontravam na verdade em uma rua sem saída diante de tantos problemas mau resolvidos, de inúmeras dificuldades financeiras que envolviam grande parte de seus moradores e trabalhadores, distúrbios sociais como a violência urbana e a marginalização de grupos e indivíduos em seus morros e favelas, aberrações ambientais diariamente como o tiroteio de balas perdidas que assustavam os transeuntes em sua ida e volta ao trabalho, enfim, circunstâncias contrárias que se viviam cotidianamente como que se constantando e aprovando a vitória do bem sobre o mal, da guerra sobre a paz, do caos sobre a ordem, da indisciplina sobre a calma e a tranqüilidade, da desorganização política e econômica sobre os desejos de felicidade e os anseios de liberdade, levando a alegria do Rio ao chão, o sorriso do seu povo ao abismo e o otimismo de seus cidadãos à beira da loucura.
Aquele engarrafamento nessa manhã de Segunda-feira acordou mais uma vez a Cidade, conscientizando-a de vez de que não nascemos para a violência e a instabilidade social, não fomos feitos para a maldade, nossa origem não é nunca a desordem da consciência ou as brigas, os quebra-quebras e as pancadarias diurnas e noturnas das experiências e práticas rotineiras vividas quase que constantemente na vida real cotidiana, fechando pois assim as portas do bem que se deve fazer e da paz que se deve viver, do amor que se deve vivenciar e da vida que se deve amar e defender nessas horas difíceis da Cidade, ou nessas ocasiões turbulentas e caóticas experimentadas quase sempre pelos cariocas e brasileiros em geral, ou nesses instantes tristes e nesses momentos quase impossíveis que atravessamos diariamente no vai e vem de passeios e viagens, ginásticas e exercícios físicos, atividades de esporte e lazer e os esforços do trabalho e os empenhos de quem não quer jamais viver na lata do lixo da existência nem no inferno de uma vida baseada na cultura da morte e em uma mentalidade de maldade e violência que ainda imperam em Cidades como o Rio de Janeiro.
“Que Deus nos ajude”, pensou seu Gonçalves enquanto olhava da janela do seu apartamento o trânsito fechado, os passageiros nervosos e o ambiente hostil e adverso que se vivia naquele momento.
“Que o Senhor tenha pena de nós”, concluiu o pai de família, se dirigindo agora para as suas atividades comerciais nas ruas, praças e becos, e avenidas de Copacabana.
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Nesta quinta-feira, dia 14 de Maio, seu Gonçalves e a mulher, dona Clotilde, vão participar de um debate no Jornal O Globo, ali na Rua Irineu Marinho, n. 35, no Centro da Cidade, já que foram convidados pelos seus dirigentes, que são muito amigos do casal, desde o tempo em que o pai de família trabalhando nos Correios entregava as cartas no referido órgão de imprensa.
O Tema do debate é “A Sexualidade humana e a vida familiar, questões e soluções”, no qual serão ouvidos alguns casais e outros especialistas na área bem como sexólogos e professores de sexologia em faculdades da Cidade. No decorrer dos discursos e conferências que ali serão realizados, os participantes trocarão idéias, críticas e sugestões de interesse da coletividade, também convidada a integrar as discussões no auditório de mídia impressa desse importante instrumento de notícias e reportagens sobre o Rio, o Brasil e o mundo inteiro.
Antes de se dirigirem ao local, o homem de Deus e dona Clotilde se prepararam, estudando a temática, conversando sobre suas experiências interpessoais e anotando algumas perguntas de referência para serem observadas e analisadas nesse encontro de suma importância e de grande interesse tendo em vista a necessidade atual de se esclarecer a vida sexual de estudantes e famílias em geral, orientá-los no bom caminho do amor, conscientizá-los da gravidade das DST – doenças sexualmente transmissíveis – e a melhor maneira de evitá-las, ou o jeito mais certo de conviver com elas.
Segundo o casal de Copacabana, seu Gonçalves e esposa, o amor vem de Deus, e na existência de homens e mulheres que se amam, como namorados e noivas, casais e marido e mulher, a conseqüência desse amor é o sexo, que se inicia com o desejo humano e natural que ambos, macho e fêmea, manifestam entre si, indo depois para a prática dessa relação amorosa cujo efeito imediato é o prazer sexual que tem como ponto mais forte e mais alto, a perfeição da sexualidade, o orgasmo quando o homem e a mulher, plenos de amor um pelo outro, se entregam mutuamente atingindo então a plenitude desse relacionamento cheio de paixão.
Entendido dessa forma, seu Gonçalves e dona Clotilde, ainda refletiram naquela ocasião que o sexo com amor, portanto sem maldade e sem violência, não é pecado contra Deus, o Senhor da Sexualidade, porque é algo natural, elemento constituinte na natureza humana, e tudo o que é da natureza é criado pelo Autor da Vida, não se tornando por conseguinte uma ofensa ou falta contra o Criador.
Considerada essa visão ética e espiritual da sexualidade humana e natural, mostrou-se então também que desvios de caráter e aberrações da personalidade, que alcançam sobretudo os homossexuais masculinos e femininos, tornam-se algo contrário e mesmo inimigo da boa relação de amor e sexo que envolve o homem e a mulher, configurando assim uma adversidade em relação à natureza criada, a qual precisa ser combatida e rejeitada radicalmente em nome do amor dos casais que se amam, do bem das famílias, da boa ordem na sociedade, da saúde do homem e da mulher e do bem-estar da humanidade local, regional e global, temporal e histórica, real e atual.
Outrossim, observou-se que não só o homossexualismo, como também a pornografia e a pedofilia, a prostituição infantil, o comércio de jovens e adolescentes para o exterior, a exploração e o monopólio da mulher, as doenças sexuais entre elas a gonorréia, a sífilis, a hepatite B e sobretudo a AIDS, são estados de contradição social e humana, natural e cultural, adversários da boa moral e bons costumes e virtudes, dos bons valores da consciência e suas intenções bondosas e pacíficas, e das boas experiências e comportamentos de indivíduos e grupos humano no meio de suas comunidades.
Tal foi o processo de discussão e o resultado do debate no Jornal O Globo, do qual todos saíram satisfeitos diante das interrogações colocadas, a lucidez dos depoimentos, a evidência das declarações e a clareza com que foi conduzida esse tempestade cerebral cujas idéias e conhecimentos lá apresentados serviram para formalizar uma outra, nova e diferente visão da realidade sexual, na teoria e na prática, interpretando-se assim a partir de agora a sexualidade de modo aberto, renovado e libertador, visto que o que interessa a curto, médio e longo prazo é manter a saúde do casal e consolidar o bem-estar e o bom relacionamento familiar, fruto de uma sexualidade livre e feliz, ordeira e pacífica.
10
Um semana depois, a AMACO – Associação de Moradores e Amigos de Copacabana – convidou o ilustre seu Roberto de Araújo Gonçalves para participar em nome da entidade de uma entrevista no Programa Clóvis Monteiro de todas as manhãs na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, ali, no Bairro da Saúde, perto da Praça Mauá, cujo tema seria “Saúde e Qualidade de vida no cotidiano de uma família”.
Na entrevista da Rádio Tupi, seu Gonçalves destacou: “Saúde, meus ouvintes, começa na cabeça. Se a cabeça está boa, então tudo vai bem dentro de nós, e também fora ao nosso lado e a nossa volta. Porque dos bons pensamentos e das boas idéias que possuímos, dos sentimentos belos que temos e das experiências que realizamos diariamente, frutos, efeitos e conseqüências de uma vida de virtudes que vivemos todos os dias e todas as noites cuja essência são os bons valores da nossa consciência, tais como o respeito mútuo e a responsabilidade por nossos atos, o equilíbrio mental e emocional, o controle de nossos desejos, anseios e paixões e o domínio que exercemos sobre nós mesmos, o reto juízo e o bom-senso de nossas atitudes baseadas em pontos de vista razoáveis e inteligentes, em uma visão de mundo que tem como alicerce fundamental a nossa fé em Deus, sem O qual não há vida nem tem sentido e razão a existência, causa da nossa alegria de cada dia, do nosso otimismo em trabalhar e realizar as coisas e do nosso sorriso permanente, reflexo de Deus em nós, de uma vida sustentada pelo alto astral e auto-estima elevada de quem em seu cotidiano procura ser bom e fazer o bem a todos, viver em paz uns com os outros, ajudar a quem precisa, ser fraterno e solidário com as pessoas, sempre criando novos amigos e agindo com generosidade em todas as partes. É assim que entendo a boa saúde de um indivíduo ou de um grupo de companheiros que se unem e reúnem para fazer as suas atividades diurnas e noturnas. Isso é bem-estar para mim. Quem vive desse modo é uma pessoa livre e feliz.”
Terminada a entrevista, seu Gonçalves foi abraçado e cumprimentado por todos os presentes, que exaltaram a sua coragem de ser criativo e otimista diante de tanta violência e maldade que nos cercam, o seu pensamento positivo destacado pelo dono do programa de rádio o radialista Clóvis Monteiro, o seu sorriso sempre nos lábios e a sua alegria de quem faz da vida um carnaval constante, curador de tantos males, doenças e enfermidades.
“Isso é saúde pra mim”, insistiu seu Gonçalves, se despedindo de todos.
11
Como aconteceu no passado, durante a ECO-2002 e o PAN-2007, ambos na Cidade do Rio de Janeiro, quando, a partir de Copacabana, toda a população carioca se mobilizou, trabalhou com consciência e responsabilidade, respeitando os turistas e estrangeiros que cá mergulhavam, ajudando na boa imagem do Brasil no exterior, colaborando com os interesses e necessidades de seus atletas e agentes, cooperando com a saúde coletiva e o bem-estar pessoal e social de todos e cada um dos envolvidos, transformando os 2 eventos em honra nacional, também hoje em todas as áreas e comunidades do Rio se processa a construção de um movimento permanente de mobilização popular, onde através de mutirões de solidariedade e campanhas de fraternidade se condicionam bem e paz para os cidadãos fluminenses, garantias de seus direitos e necessidades, ordem urbana e rural, segurança institucional contra a violência marginalizada, qualidade de vida e trabalho, saúde e educação, tudo isto, enfim, instrumentos de conscientização social e ferramentas de libertação integral do homem e da mulher, moradores e trabalhadores aqui entre nós, entre eles o seu Gonçalves, que faz a sua parte, lutando para que a nossa vida sempre melhore, empenhando-se em favor do progresso do país, esforçando-se pela excelência de sua gente, batalhando sempre para que cariocas e brasileiros gozem de uma vida boa e ótima existência identificadas com a paz de sua consciência e o bem de sua interioridade ainda que os elementos externos igualmente participem da boa expectativa de felicidade que todos nós merecemos, por sermos filhos e filhas de Deus.
12
Nesse início de inverno, a AMACO e seu SSS, conforme vimos acima, está fazendo a campanha de casacos, agasalhos e cobertores a fim de providenciar o abrigo e a proteção da população de rua de Copacabana e todos os que se sentem carentes e necessitados, precisando da ajuda da associação e do seu serviço de solidariedade dos amigos de Copa, o que significa na verdade levar o calor de Deus e seu carinho de Criador para os pobres e menos favorecidos que vivem e perambulam pelas ruas e avenidas, becos e praças desse bairro dos bacanas, dos jovens sacanas, das crianças brincalhonas, das mulheres sempre bonitas e dos idosos e aposentados que com sua experiência e sabedoria de vida transformam o local em casa de acolhida e lugar de saúde e bem-estar para todos.
Também seu Gonçalves e sua família participam dessa campanha de solidariedade.
Juntos e unidos desejam revitalizar a região tornando os pobres mais ricos, os ricos mais fraternos e solidários, as comunidades mais felizes e pacíficas, o que na verdade contribui eficazmente para a diminuição da violência em suas adjacências visto que se aumentará a qualidade de vida dessas pessoas oferecendo-lhes ao mesmo tempo trabalho e emprego, capacitação técnica e profissional, cursos de ensino médio e fundamental, orientações psicológicas e sociais para a boa convivência, tratamento médico para os que se encontram com algum mal-estar ou enfermidade, enfim, a infraestrutura indispensável para uma vivência cotidiana digna de seres humanos e filhos e filhas de Deus que são.
A Campanha prossegue.
13
Com o fenômeno da globalização, hoje, às nossas portas e presente em nossos ambientes de vida, também aqui e agora no Rio de Janeiro a população carioca está mais consciente de suas responsabilidades sociais e culturais, políticas e econômicas, interagindo uns com os outros com mais respeito entre as pessoas, maior entendimento mútuo e melhor compreensão em seus relacionamentos cotidianos diversos cujos comportamentos põem em prática a cultura do bem e da paz e uma mentalidade sem violência e agressividade, transformando portanto as relações humanas entre grupos e indivíduos em experiências mais saudáveis e agradáveis, onde compartilham os seus conhecimentos cheios de conteúdos de qualidade e as suas situações de fraternidade e solidariedade, capazes de sempre criar novos amigos e gerar atitudes boas e generosas, animadoras dos tristes, motivadoras dos deprimidos e aflitos, incentivadoras dos desanimados e desesperados, os que fazem do medo e do pânico a única realidade de suas vidas.
Igualmente em Copacabana, e com o exemplo de vida de seu Gonçalves, encontramos pessoas interativas, compartilhamento de boas idéias e valores positivos da consciência, trabalhos cooperativos com a colaboração permanente de seus moradores e trabalhadores sobretudo em atividades do dia a dia, bem práticas, como a ajuda aos pobres e menos favorecidos do Bairro, dando-lhes sempre que possível ótimas qualidades de vida e trabalho, saúde e educação, e grandes oportunidades de realização profissional e satisfação vocacional.
Com essas possibilidades reais e tais alternativas de liberdade e felicidade, cá na Copa dos bacanas, nos entusiasmamos de fato com a probabilidade de realizar em outros tempos e diferentes lugares desse Brasil o mesmo ideal de renovação interior e exterior das comunidades e sua libertação concreta nas áreas físicas, mentais e espirituais, de todos os cidadãos brasileiros, e quem sabe lá fora.
14
Hoje de manhã, seu Gonçalves se dirigia para as suas atividades cotidianas no Bairro quando, passando pelo Posto de Gasolina na esquina da Rua Toneleros com a Rua República do Peru, avistou e se encontrou com um grupo de amigos que por ali circulavam, e iniciaram um debate polêmico sobre os assuntos e problemas do dia a dia da Cidade Maravilhosa, como por exemplo o Choque de Ordem da Prefeitura que procura limpar o Município de sujeiras e desordens de todo o tipo, de instabilidades nas ruas e nas praças e de desequilíbrios públicos e urbanos como o comércio dos camelôs, a presença de faixas e cartazes em demasia nos prédios do Centro e das Zonas Sul e Norte, os buracos de asfaltos e calçadas, os imóveis abandonados hoje cheios de mendigos e pobres da rua, o excesso de carros nas vias e avenidas de acesso ao trabalho e emprego, o mau estacionamento de automóveis, o congestionamento do trânsito, o tráfego exagerado de ônibus que perambulam por Copacabana, a insistência de casas antigas prestes a cair e desabar, o tráfico de drogas e entorpecentes nos morros e favelas, o comércio ilegal e a pirataria de produtos e mercadorias importadas, a corrupção sexual de menores e adolescentes, e outros sintomas caóticos presentes no dia a dia dos cariocas.
Seu Gonçalves observou uma coisa importante naquele encontro, que procurou refletir com esses seus colegas do Posto: “Amigos, emergência social é também fazer o que estamos realizando aqui e agora: discutir juntos e unidos os problemas da Cidade, refletindo sobre as suas causas e soluções, e debatendo as alternativas possíveis de enfrentamento de toda essa problemática cotidiana do Rio de Janeiro. Assim, emergimos, ou seja, crescemos politicamente, progredimos socialmente e evoluímos economicamente, desenvolvendo o nosso interior e exterior, produzindo pois mais qualidade de vida para a população carioca. Pois então, continuemos emergindo”, disse seu Gonçalves aos companheiros, encerrando o longo bate-papo travado ali naquele instante.
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Na tarde seguinte, a convite do Jornal O Globo, o comerciante aposentado seu Gonçalves ministrou a seguinte palestra no auditório desse importante órgão da imprensa carioca e brasileira, acerca da Terceira Idade e seu sentido para a vida da sociedade:
“ Experiência
A Escola da Vida
Na antiga sabedoria chinesa, muitos séculos a.C., Confúcio, fundador do Confucionismo, dizia em seus ensinamentos: “ A experiência é a escola da vida. Devemos aprender com os mais velhos. Devemos amar, respeitar e valorizar os mais velhos...”
Hoje, no cotidiano da nossa vida, quando eu me encontro e me deparo com os idosos, aposentados e pensionistas do INSS, velhinhos e velhinhas do dia-a-dia, me lembro da sabedoria de Confúcio e da sabedoria de minha mãe, Pensionista do INSS, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes, Mulher do Couto, Camponesa, Portuguesa com certeza..
Com efeito, dialogar com os mais velhos, durante 15 minutos, vale mais do que 3 horas dentro de uma faculdade, fazendo qualquer curso de graduação, ou pós-graduação, mestrado ou doutorado. É uma experiência humana, divina e maravilhosa.Você aprende tudo e de tudo, de tudo um pouco. O Idoso é uma verdadeira universidade em pessoa. Um bom conselheiro espiritual. Um mestre nas virtudes. Um solucionador de problemas. Um questionador da realidade. Um profeta de Deus. Grande administrador do dia-a-dia. Um bom professor do cotidiano das ruas. Ele está no botequim, no supermercado, na farmácia, no jornaleiro, na padaria, na rua, no ônibus, no metrô, na família, no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar, em qualquer tempo ou momento da nossa vida.
Na saúde ou na educação, na família ou no trabalho, nas tristezas e angústias, nos problemas e dificuldades, nas controvérsias e contrariedades, no dia-a-dia da nossa vida, e sobretudo no final da vida, na hora da doença ou da morte, lembremo-nos dos mais velhos, senhores e senhoras de idade: eles e elas, presença de Deus na nossa vida. Por isso, justamente por isso, respeitemos os mais velhos, não os desprezemos nem façamos mal a eles ou elas, porque amanhã os mais velhos seremos nós. E nós gostamos de ser ouvidos, amados, respeitados e valorizados. Deus, o Senhor, abençoe os mais velhos.”
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A partir dessa conferência no Centro da Cidade, seu Gonçalves ficou famoso e popular, e tornou-se palestrante extremamente solicitado para debates e seminários sobre temas diversos, tendo em vista a sua grande sabedoria de homem sofrido e trabalhador, experiente nas coisas públicas e inovador nas artes do bom relacionamento e da boa convivência. E assim mais uma vez o grande homem de Copacabana fez mais esse discurso sobre como se dar bem com os vizinhos, na Escola Municipal Mário Cláudio, na Tijuca:
“O Convívio dos Vizinhos
É fácil viver sozinho.
Difícil é viver com os outros.
No lugar do quebra-quebra e da pancadaria: por que não viver em paz uns com outros, sendo bom e fazendo o bem, amando a vida e praticando o amor, a fraternidade, a solidariedade e a generosidade ???
No lugar da bagunça e da palhaçada: por que não cultivar a concórdia e a misericórdia, o perdão e a amizade, o bom convívio social e a calma e a tranquilidade individual ???
No lugar da confusão no edifício e a fofoca nos corredores, a violência nas escadarias e a complicação nos elevadores: por que não dialogar e conversar, tomar uma água e um cafezinho, refrescar a cabeça com uma música e aliviar o stress e as tensões, as emoções e o nervosismo com um bate-papo legal, um sonho de natal ou uma brincadeira de carnaval ???
É hora de acordar e se levantar, arrumar a casa desarrumada, tomar um banho de luz e arranjar alguma coisa para fazer, e enfim desejar sempre um bom-dia para os nossos funcionários que nos ajudam, auxiliam e zelam pela nossa segurança.
Encontrar soluções e sair dos problemas.
Procurar respostas e fugir das perguntas.
Buscar remédios para tantas interrogações.
Afinal, não somos mais crianças.
Devemos ser adultos responsáveis.
Compreender as pessoas.
Respeitar os vizinhos.
Dialogar com os amigos.
Agir com juizo e bom-senso.
Incentivar a liberdade.
Procurar a felicidade.
Afinal, somos felizes quando fazemos os outros felizes.”
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A próxima conferência de seu Gonçalves foi sobre a importância de se viver em sociedade, proferida nos compartimentos da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, no Bairro da Saúde, perto da Praça Mauá. Ei-la, que teve 2 partes:
“Inter-Dependente
Nestes mais de 56 anos de vida, agradeço a Deus, o Senhor, a graça de ser dependente.
Dependente de Deus, o Senhor, em primeiro lugar.
Dependente da minha mãe, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes.
Dependente da minha família.
Dependente dos meus amigos.
Durante a vida, aprendi a ser dependente,
aprendi a ser pobre,
aprendi a ser amado,
aprendi a ser ajudado.
Percebi, tomei consciência, aprendi como é importante ser dependente.
Depender dos outros.
E os outros dependerem de mim.
Ser inter-dependente.
Manter essa inter-dependência.
Permanecer inter-dependente.
Dependermos uns dos outros.
Ajudar-nos uns aos outros.
Amar-nos uns aos outros.
Acho que Deus é assim.
Amar e ser amado.
Ajudar e ser ajudado.
Eu depender dos outros e os outros dependerem de mim.
Acho que esse é o sentido da vida,
a razão de existir,
a essência da existência,
o fundamento da vida em sociedade.
Dependemos uns dos outros.
Somos pobres.
Graças a Deus.
Inter-Dependência
Razão Social, Consciência
Coletiva e Inteligência Comunitária
Dependemos uns dos outros.
Temos necessidade de interagir e compartilhar nossas idéias e ideais, intenções
e interesses, símbolos e valores, imagens e vivências.
Em nossa realidade prática cotidiana, nos movemos e nos comunicamos, construindo a vida e destruindo a morte, criando iniciativas e oportunidades de comunicação, abertura de possibilidades, renovação de trabalhos, atividades, operações e exercícios sociais, políticos, econômicos e culturais, libertação de preconceitos e superstições irreais e irracionais, anticulturais, impossibilitando a negação, os contrários e as contradições de uma experiência do bem que se faz e da paz que se vive, do amor que se pratica e da vida que se partilha, se comunica, interagindo com as pessoas, favorecendo uma sociedade comprometida com a fraternidade e a solidariedade cuja saúde social e bem-estar coletivo se identificam com comunidades seguras e estáveis garantidas pelo respeito pessoal e a responsabilidade social e ambiental que devem assumir tais experiências existenciais comunitárias.
Precisamos uns dos outros.
Desejamos uns aos outros.
Necessitamos repartir nossas riquezas culturais, nossa abertura social, nosso compromisso político, nosso crescimento econômico e nossa consciência ambiental.
Dependemos uns dos outros.
Somos dependentes.
Somos interdependentes.
Nossa dependência física, mental e espiritual propicia a geração de favores e benefícios cujos frutos e consequências vêm ajudar nossa pobreza e miséria existenciais, tornando possível uma nova experiência de vida onde não se admitem excluidos e marginalizados, nem presos nem escravos, nem cegos nem doentes, mas sim construtores de saúde social e bem-estar coletivo, criadores do bem que se distribui e da paz que se partilha, interagindo então com situações reais cotidianas em que todos e cada um encontram as alternativas de ser feliz, alegre e contente.
Com otimismo e positivismo, animando as pessoas ao redor, motivando sua auto-estima e alto-astral, incentivando seus trabalhos e atividades em prol da coletividade, sua emergência social e emancipação política, sua pluridade cultural e seu desenvolvimento econômico, podemos realizar projetos de vida voltados para a construção da cultura da vida, do bem e da paz, ignorando os valores e tendências da cultura da morte, da maldade e da violência.
Porque dependemos uns dos outros, é possível construir melhores condições, relações e situações de vida, trabalho, saúde e educação para todos nós, fugindo de experiências negativas contrárias à busca de nossa liberdade pessoal e felicidade coletiva.
Nossa interdependência faz-nos responsáveis uns pelos outros, favorecendo uma convivência social em que o respeito e o direito vividos são os motores do bem-comum social, do bem-estar coletivo e da paz e do bem comunitários.
Que Deus, o Senhor, nos ajude em nossos projetos sociais, nossos planos econômicos e nossos compromissos políticos, nossas atividades culturais e nossos exercícios éticos e morais, possibilitando um futuro-presente de paz e saúde para todos nós.
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Hoje, seu Gonçalves se dirigiu ao Colégio Paulo de Fronteim, na Tijuca, a fim de, através de uma palestra e um debate, responder à seguinte pergunta que lhe foi feita tempos atrás em uma das avenidas de Copacabana: “ A Vida, pro senhor, é fácil de viver ?”
“A Vida é um risco
O Risco de viver
No convívio diário com os perigos da cidade urbana ou das áreas rurais deste país onde muitas vezes reinam a maldade e a violência, as dores e os sofrimentos, as moléstias e as enfermidades, as doenças em geral, a exclusão e a marginalização social, a divisão e a luta de classes, a guerra dos sexos, o combate entre o bem e o mal, a batalha das ruas e dos campos, a opressão do poder, a depressão doentia, a repressão política, a dependência econômica, o caos ecológico e ambiental, a cultura da morte, a mentalidade da confusão e do conflito de relacionamentos, a crise da família, o confronto de ideologias diversas e interesses diferentes, a prisão psicológica e a escravidão ideológica, as adversidades da vida e as contrariedades existenciais, o negativismo ético e o pessimismo espiritual, a tristeza e a angústia, o esgotamento físico e mental, o cansaço do trabalho, a fadiga de tantos esforços e empenhos na realização de múltiplas atividades, as grandes e variadas tarefas cotidianas, o fluxo crescente de ocupações, o complexo cada vez maior de preocupações exageradas, a falta de limites dentro dos processos educacionais, a ausência de saúde e bem-estar individual e coletivo, o egoísmo solitário, a solidão patológica, o orgulho imoral, a vaidade das aparências destruidoras, a mentira em forma de pessoa, o olho grande que corrói, a inveja que mata, o ciúme que acaba com as boas relações, o desequilíbrio mental e emocional, a desordem real e rual, a indisciplina hierárquica, a desorganização dos pensamentos e conhecimentos, a carência de boas idéias construidoras, os traumas e as frustrações sentimentais, os comportamentos irreais e irracionais, a desrazão pessoal e a inconsciência grupal, a demência e a loucura de seres humanos – tudo isso, enfim, configura o risco de viver e existir, com o qual somos obrigados a conviver, nos relacionar cotidianamente. De fato, a vida é um risco, eis pois a condição humana a que estamos sujeitos desde que entramos neste mundo terrestre, assumimos um corpo e uma alma vivos e animados, dependentes que somos de seus determinismos e finitudes naturais e ambientais, temporais e históricas, sociais e culturais, reais e atuais, submetidos aos caprichos da vida e aos interesses de quem manda e tem mais poder, prisioneiros de partidos e ideologias que nos exploram e nos escravizam, escravos de uma cultura e de uma mentalidade que nos são hostis, que nos contrariam e contradizem. Sim, realmente, estamos diante de uma guerra diária entre o bem e o mal. Só nos resta pedir a Deus que nos ajude nessa batalha cotidiana. Sem esquecer é claro que devemos fazer também a nossa parte.”
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A Vida emergente de seu Gonçalves e de seu convívio de amigos, parentes e familiares se fundamenta com certeza
no sorriso sempre aberto para as pessoas ao seu lado e ao seu redor, na alegria contagiante que anima a todos e no otimismo cativante que motiva os mais velhos, incentiva os adultos e as crianças e entusiasma os mais jovens, fazendo o ambiente em seu entorno mais feliz de ser vivido, mais contente e alegre, onde os indivíduos e os grupos reunidos têm o desejo real de construir uma sociedade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Formam então a comunidade emergente de Copacabana cujo objetivo central é erguer os decaídos, tristes e desanimados; levantar os medrosos, aflitos e angustiados; dar uma força aos desequilibrados e desesperados; oferecer uma energia vital para fazer crescer os humanos, tornar possível o progresso dos cidadãos, transformar em evolução os seus trabalhos, empenhos e esforços, desenvolvendo desse modo as suas consciências em busca por boa saúde material e espiritual, e ótimo bem-estar físico e mental.
Assim, de fato, opera a comunidade emergente de Copacabana.
Dela, se produz boas, novas e diferentes idéias, conteúdos de conhecimento de qualidade, que visam construir o bem e a paz no bairro e em toda a Cidade Maravilhosa, destruindo pois a possibilidade da violência e da agressividade, sem lugar no meio desse grupo alegre e otimista, sempre sorridente, proporcionando a todos e a cada um momentos saudáveis de crescimento interior e exterior.
Tal a política de seu Gonçalves e seu grupo de trabalho, educador de todos.
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De fato, vem se observando em Copacabana e alguns bairros do Rio que os cariocas estão emergindo, saindo de uma vida de dificuldades, conflitos e aberrações para uma existência de boa qualidade espiritual, ótimas ações em prol da saúde pessoal e bem-estar coletivo dessas comunidades, excelentes atitudes favoráveis à interatividade das pessoas com que melhoram o seu ambiente de família e trabalho, aprimoram as suas atividades artísticas, esportivas e recreativas, e aperfeiçoam a consciência e a experiência de que juntos podem mais, unidos são mais fortes, solidários podem crescer bem se ajudando uns aos outros, o que certamente diminuirá os problemas da sociedade, eliminará as contradições da realidade cotidiana e acabará de uma vez por todas com as injustiças sociais por muitos ainda experimentadas nesses locais aqui e agora.
Deste modo, o trabalho emergente de seu Gonçalves e sua equipe interativa tem dado bons resultados para a coletividade, enfraquecendo a pobreza e a miséria material da grande maioria moradora nas favelas e morros adjacentes, desaparecendo com o pessimismo e o negativismo não só das autoridades responsáveis como também do povo que é acolhido e beneficiado por essa prática colaborativa, atingindo assim as metas buscadas por todos no momento presente: oferecer melhor qualidade de vida e trabalho, saúde e educação para os cidadãos dessas áreas, dar maior equilíbrio financeiro, psicológico e espiritual a essa população, realizar atividades que desenvolvam o lado otimista das pessoas, as façam alegres e felizes durante a sua caminhada terrena e consigam aumentar a auto-estima dessas criaturas que lutam por ser alguém na vida, cooperando pois com a aquisição de uma vida saudável e agradável que todos e cada precisam ter nesta realidade temporal hoje vivida por nós.
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Essa boa vida de dignidade humana elevada, de qualidade de trabalho, saúde e educação tornada excelente, e de quase perfeitas experiências de atividades que promovem o cidadão, tornando-o um agente social eficaz, um ativista político competente, um produtor cultural responsável e um criador de novas e diferentes oportunidades e alternativas econômicas e financeiras para si e seus companheiros de comunidade, faz com que seu Gonçalves e sua equipe de operações comunitárias realizem um trabalho de respeito, referência para outras ações semelhantes, e que fazem crescer o homem e a mulher e suas relações na família e na rua, no emprego e no supermercado, no restaurante e no shopping, possibilitando práticas emergentes em torno de si, geradoras de progresso nas comunidades e desenvolvimento na sociedade carioca, sempre evoluindo para dias melhores para seu povo trabalhador, bom e amigo, construtor de tendências de vida de qualidade dentro e fora de suas regiões, aqui e agora, o que é reconhecido por todos que vêm morar e trabalhar em suas fronteiras de mar, terra e ar.
Sim, estamos emergindo.
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Através dessas ações bem planejadas de cunho emergente, seu Gonçalves e seu grupo de trabalho possibilitam a todos e cada um dos indivíduos favorecidos maior crescimento material e espiritual, físico e mental, mais progresso social e cultural, político e econômico, mais condições de evolução na sua consciência de bons valores e na prática das boas virtudes da moralidade e da espiritualidade, mais desenvolvimento de suas aptidões, desejos e anseios, talentos e carismas, de sua criatividade pessoal capaz de beneficiar a sua experiência vocacional e a vivência de sua profissão dentro da sociedade carioca a partir de Copacabana. O Importante é que cada qual dos envolvidos nesses planos emergentes concretos se sintam bem consigo mesmos, de bem com a vida e em paz com suas consciências. Desse modo, não só as pessoas crescem, mas todas as comunidades emergem para situações de bem-estar pessoal e saúde coletiva, garantindo assim seus interesses em prol de uma humanidade mais justa, fraterna e solidária.
É assim que a vida deve caminhar.
Com todos evoluindo para melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação.
Tal o sentido da emergência dos cidadãos comprometidos responsavelmente com essas práticas renovadoras das liberdades e libertadoras de prisões que amedrontam e de preconceitos que escravizam.
Que juntos e unidos possamos sustentar a emergência de todos e cada um.
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De tudo o que foi visto até aqui, podemos perceber que seu Gonçalves e sua equipe de trabalho em prol da emergência das pessoas na vida pessoal e social de suas comunidades de origem tornou-se uma referência de atividade produtiva que luta por melhores condições e situações e relações de vida e trabalho, saúde e educação para todos, fazendo crescer e se desenvolver entre eles o bem que devem fazer e a paz que devem praticar, promovendo assim grupos e indivíduos interessados em seu progresso material e espiritual, e em sua evolução física e mental, o que contribui eficazmente para uma sociedade humana de mais qualidade de vida e excelentes oportunidades e alternativas de emprego e trabalho, enriquecendo o conjunto da humanidade com pessoas cujos valores, virtudes e vivências se identificam com comportamentos que dão ênfase à dignidade humana, à ordem da natureza e ao bem-estar do universo e seus ambientes humanos e naturais. Tal o projeto emergente de seu Gonçalves e seus companheiros, que trabalham para a saúde de todos e o bem-estar de cada um, e o bem-comum de toda a sociedade carioca. Eis o processo de emergência social, moral e espiritual desenvolvido por esses trabalhadores e aposentados de Copacabana.
Que outros possam seguir também esse caminho.
Um caminho de paz social e de bem coletivo.
Eis o objetivo final dessa dinâmica de trabalho.
Queremos emergir.
Sempre.
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Hoje, seu Gonçalves e sua comunidade emergente de Copacabana receberam o Prêmio Emergência 2010 das mãos da Prefeitura do Rio cujo Prefeito Eduardo Paes salientou a importância desse trabalho social em favor da paz coletiva e do bem-estar das pessoas, trazendo-lhes grandes e inúmeros benefícios sociais, psicológicos e espirituais, promovendo então o progresso de grupos e indivíduos menos favorecidos econômica e socialmente, e estimulando por diversos instrumentos sócio-educativos e por variadas ferramentas político-culturais a sua qualidade de vida e trabalho, saúde e educação.
Parabéns, seu Gonçalves.
Líder de um grupo interessado no bem da comunidade, no caso Copacabana.
Tal trabalho emergente é atualmente referência nacional em termos de promoção social e ascese política, saúde econômica e bem-estar cultural.
Que igualmente um dia seu Gonçalves e seus sócios emergentes recebam também de Deus o Prêmio Eterno pelo bem que fizeram na Terra e pela paz que construíram temporalmente.
Que seu exemplo seja seguido por todos.
Eis uma lição de vida que jamais esqueceremos.
Obrigado, Senhor.
Obrigado, seu Gonçalves.
domingo, 20 de novembro de 2011
Silêncio
Projeto de uma vida em silêncio
1. Tempo de Silêncio
Hoje, é o dia do silêncio,
dia do vazio,
dia do nada,
dia de nadar nadando no nada nadante.
É preciso nadar,
esvaziar-se,
silenciar,
entregar-se,
abandonar-se no silêncio solitário da solidão.
Então, neste momento, encontrei Deus, o Senhor.
Sozinho,
na solidão,
no silêncio,
no vazio,
no deserto,
no nada, felizmente, fiz meu encontro com Deus, o Senhor.
Escuto a voz do Senhor Deus: é de paz que Ele fala
é do bem que Ele surge,
é na luz que Ele vive,
é com o amor que Ele trabalha,
é pela vida que Ele zela.
No silêncio, o vazio e o nada fizeram-se deserto e solidão:
- Deus apareceu,
o Senhor aconteceu.
Eis que agora meu vazio se encheu.
Meu ser tornou-se plenitude,
ganhei altitude nos céus de Deus
Sim, é tempo de silêncio.
Tempo de Deus..
2. O Discurso do Silêncio
Escuto a voz de Alguém dentro e fora de mim.
Alguém fala,
vive,
existe e insiste,
caminha e se movimenta aquém e além de mim, no interior de mim.
Alguém é linguagem de vida,
caminhada existente,
movimento insistente.
Alguém falante,
vivente,
energético,
caminhante,
insistente,
existente.
O Silêncio fala: eis o pensamento.
O Silêncio fala de Alguém: pensamento do pensamento.
Pensando em Alguém, o silêncio se faz vida, energia, movimento, eternidade.
Refletindo sobre Alguém, no silêncio em mim, de mim e para mim, penso no eterno, na eternidade da vida, no movimento eterno do ser vivente que agora está em mim.
Ele, o fundamento da vida,
o princípio do amor,
a raiz da paz,
a origem da luz,
a fonte do bem.
Alguém justo, direito e verdadeiro.
Alguém livre e feliz, respeitoso e responsável, saudável e educado, bom, a bondade em pessoa, consciente e contente.
A voz do silêncio se faz ouvir.
É de paz que Ele fala.
É do bem que Ele vive.
É na luz que Ele está.
Ele, Deus e Senhor.
3. A Árvore do Silêncio
Na construção do silêncio, vários momentos são percorridos, tais como:
a) A Raiz do Silêncio é a Graça de Deus, o Senhor.
b) O Tronco do Silêncio é o Amor.
c) O Caule do Silêncio é a Vida.
d) As Folhas do Silêncio são a Paz e a Ordem.
e) As Flores do Silêncio são a Reflexão e a Paciência.
f) Os Frutos do Silêncio são o Bem e o Discernimento.
4. Terapia do Silêncio
A Cura pela presença da ausência
Silenciar não é sinal de omissão.
Silenciar pode ser uma necessidade momentânea de reagir contra o mal e a violência.
Silenciar possivelmente é a necessidade de manter-se bem consigo mesmo e em paz com os outros.
Silenciar pode ser um instante de oração onde a criatura se eleva diante de Deus, o Senhor.
Silenciar pode ser também um estado de dor ou sofrimento.
Silenciar pode ser ainda um tempo de loucura, ausência de consciência ou falta de juizo.
Silenciar pode ser igualmente a vontade de manter-se distante de brigas, guerras e confusões.
Silenciar é antes um desejo e uma necessidade.
Desejo do bem e necessidade de paz.
5. Uma Mente em Silêncio
Silêncio é um estado de ordem mental, física e espiritual, vida disciplinada e organização das idéias, do pensamento refletido, do conhecimento adquirido e do discernimento almejado.
Silêncio é a paz vivida e o bem praticado, o amor querido e a vida desejada, a condição para a luz, a base da justiça, o princípio do direito e o fundamento da verdade.
Silêncio é o lugar do planejamento de uma vida, do projeto de um trabalho, da preparação de uma tarefa, do condicionamento de uma atividade e do exercício de uma função.
Uma mente em silêncio – eis o ambiente propício para um sonho ser realizado, um desejo ser praticado, um pensamento ser experimentado e uma vida ser trabalhada no presente e no futuro, aqui e agora, dentro e fora da realidade cotidiana, no dia-a-dia da nossa vida.
Uma razão silenciosa pensa mais e reflete melhor.
Uma atividade silenciosa produz mais e se qualifica melhor.
Um trabalho silencioso é cheio de virtudes, impõe respeito e mantém a responsabilidade, favorece a liberdade e se encontra com a felicidade, abraça o juízo e o bom-senso, tem saúde e bem-estar, é bondoso e pacífico, luminoso, vivo e amante, justo, direito e verdadeiro.
Uma inteligência em silêncio é capaz de grandes momentos e altos empreendimentos, boas projeções de vida e ótimas chances e oportunidades de se dar bem na realidade diária da nossa existência cotidiana.
Silêncio, como disse acima, é a ordem da paz, a paz espiritual, a calma da alma, a tranquilidade do espírito, o repouso do corpo, o descanso de uma vida de trabalho, a disciplina da consciência e a organização dos exercícios e atividades do dia-a-dia.
Uma mente em silêncio – eis a ordem da nossa casa, um ambiente arrumado e com jeito de uma paz que se vive e de um bem que se pratica, de um amor que se deseja e de uma vida que ilumina a todos e a cada um dos que estão ao seu redor.
Deus habita no silêncio.
6. As Raízes do Silêncio
O Nada e o Vazio sustentam a realidade do silêncio refletindo então deste modo a vida do universo e da natureza criadas, seu ser, seu pensamento e sua existência.
No silêncio nada-se no vazio, esvazia-se o ser, pensa-se na existência humana e natural e seu universo mental, corporal e espiritual, seu mundo de matéria e espírito, seus momentos políticos, sociais e econômicos, suas circunstâncias culturais e ambientais, seus relacionamentos individuais, grupais e coletivos, suas situações temporais, reais, atuais e históricas, suas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação.
Nadando no vazio silenciante, ordena-se a mente, disciplina-se a razão e organiza-se o conhecimento.
Cria-se assim um ambiente propício em que surgem novos conteúdos de conhecimento, novas matérias de pensamento, novas tentativas de discernimento onde se separa o bem do mal, a paz da violência, a luz das trevas, o amor do ódio e a vida da morte.
Condiciona-se uma nova cultura do bem e da paz e uma nova mentalidade de não-violência, sem crueldade, sem maldade e sem agressividade, sem divisão, sem exclusão e sem marginalidade.
O Silêncio na verdade proporciona tudo isso.
E quem sustenta o silêncio ?
Quem garante sua realidade ?
Quem fundamenta sua dimensão temporal e eterna ?
Quais são as suas fontes, suas bases originais, seus princípios reais e atuais ?
Sua garantia segura é Alguém que não é ninguém.
É a presença da ausência.
É o nada e o vazio.
No mundo do nada e do vazio, portanto, constrói-se a vida, a natureza e o universo, o tempo e a história, o infinito e a eternidade, o aqui e o agora, o aquém e o além.
Sobre o vazio e o nada ergue-se o edifício da vida, seu ser pleno de graça, seu pensamento cheio de possibilidades e sua existência de temporalidade e historicidade cuja realidade supera os limites do tempo, ultrapassa as barreiras geográficas e transcende a matéria, mergulhando então no oceano da eternidade onde reina feliz, alegre e contente os viventes que na Terra fizeram de Deus seu Rei e Senhor.
No silêncio pois encontramos o Senhor Deus do Bem e da Paz Eternas.
Ele é Alguém que não é ninguém.
7. O Barulho e o Silêncio
O Silêncio terapêutico e o barulho patológico
Quando silenciar é a opção mais correta e saudável
Se possível, faça silêncio em sua vida, cultivando a paz que dele vem, desenvolvendo boas idéias e bons ideais, fugindo do barulho enlouquecedor e ensurdecedor, vivendo a sua realidade cotidiana com a ética das boas virtudes, com o bom conhecimento adquirido até aqui e com uma espiritualidade natural onde Deus, o Senhor, tenha o seu tempo e o seu espaço, a fim de proporcionar-lhe suas graças, favores e benefícios cujos lucros e créditos possibilitarão maiores e melhores condições e relações de vida, trabalho, saúde e educação para todos e cada um dos que vivem e convivem em sociedade.
Cultive o silêncio.
Fuja do barulho.
Tenha boa saúde e bem-estar com qualidade de vida favorecendo o silêncio em sua vida, razão de nossa ordem mental, equilíbrio emocional, organização dos conhecimentos e disciplina moral em nossos exercícios físicos e atividades corporais da vida do dia a dia real e atual em que nos incluimos e inserimos.
Silêncio é o reflexo da saúde mental.
Sinônimo de paz, deve integrar-se em nossa existência diária, para que tenhamos ordem e paz em nossos compromissos e responsabilidades, disciplina e organização em nossos exercícios e atividades, saúde e bem-estar em nosso corpo, mente e espírito.
Silêncio é sinal de repouso.
Descansando em paz, criemos sempre as condições de possibilidade para o surgimento do silêncio cujo fundamento é Deus, o Senhor.
Devemos fugir das doenças, moléstias e enfermidades proporcionadas pela cultura do barulho, abraçando a partir de então a terapia do silêncio, que cura o nosso mal-estar, eleva a nossa auto-estima e desenvolve a nossa boa qualidade de vida de que necessitamos para a vivência de uma existência rica de otimismo, alto-astral e positivismo equilibrados.
O Silêncio é a revelação do equilíbrio.
Equilibrados mental e emocionalmente, tenhamos de fato uma vida cotidiana de saúde e bem-estar individual e coletivo.
8. Silenciar, um bom caminho
No dia a dia, a opção pelo silêncio nos ajuda a equilibrar nossas experiências cotidianas, ordenar a nossa mente e disciplinar o nosso corpo, organizar nossas idéias e conhecimentos, produzir outros, novos e diferentes conteúdos de saber, criar alternativas de trabalho, melhorar o nosso convívio familiar, conquistar grandes amigos, arrumar garotas, namorar com qualidade e satisfação e paquerar realizando nossos desejos e esperanças, anseios e aspirações, qualificar nossos relacionamentos, enriquecer nossas atitudes e atividades, e tornar excelentes nossas maneiras de pensar e gerar valores morais e princípios espirituais, bons orientadores da nossa vivência diária e noturna em sociedade. Então, com o silêncio, temos tranquilidade para pensar e fazer nossas coisas, colocar em ordem a nossa vida, adquirir a paz interior, abraçar uma vida de qualidade ética e rica em espiritualidade natural. Nessa hora, Deus aparece e acontece em nós, passando a ocupar um lugar predileto na nossa vida, a ter voz e vez em nossas práticas de cada dia, noite e madrugada, hora, minuto e segundo. Sim, o silêncio nos faz bem. Ajeita a nossa vida cotidiana. Põe em ordem a nossa vida. Transforma em melhor nossas relações com as pessoas, situações que ignoram a violência interpessoal e a agressividade entre grupos e indivíduos. Prefiro o silêncio. Mais importante é a minha tranquilidade. Quero a minha paz interior. Silenciar, eis um caminho bom e que nos faz bem, diante da correria da sociedade, da velocidade do trabalho e da aceleração da convivência na rua e na família. Prefiro o silêncio.
9. Silêncio é o meu nome
Silêncio...
Momento de solidão e meditação
Tempo de recolhimento
Hora de colocar todas as coisas em ordem
Dia de Deus
Momento de paz
Tempo de calma e tranqüilidade
Hora de repouso
Dia do Senhor
Momento de equilíbrio
Tempo de ordenar a mente
Hora de disciplinar a razão
Dia de organizar os conhecimentos
Momento de superação de limites
Tempo de ultrapassar barreiras
Hora de transcender obstáculos
Dia de Vitória
Momento de possibilidades
Tempo de tendências
Hora do presente em vista do futuro
Dia do amanhã de manhã
Momento de necessidades
Tempo de desejo
Hora da realidade
Dia do cotidiano
Momento oportuno
Tempo necessário
Hora importante
Dia interessante
Momento especial
Tempo espiritual
Hora mental
Dia cordial
Momento de esperança
Tempo de criança
Hora da bonança
Dia de um sonho real
Momento de amor
Tempo de vida
Hora de respeito
Dia da responsabilidade
Momento racional
Tempo natural
Hora de juízo e bom-senso
Dia da consciência
Momento de experiências mentais
Tempo de projetos futuros
Hora da realidade presente
Dia da existência insistente
Momento humano
Tempo divino
Hora cristalina
Dia do espelho
Momento de ordem e progresso
Tempo de crescimento e desenvolvimento
Hora de evolução material e espiritual
Dia do corpo, da mente e do espírito
Momento espiritual
Tempo da alma
Hora da energia mental
Dia de movimento
Momento de processo temporal
Tempo eterno
Hora infinita
Dia da história e da eternidade
Momento do Senhor
Tempo de Deus
Hora Suprema
Dia Superior
10. Quando o silêncio é melhor...
Diante da confusão mental e das complicações irracionais, melhor fazer silêncio.
Perante as situações de conflito na rua, na família ou no trabalho, melhor procurar o silêncio.
Nas circunstâncias de dúvida existencial e incerteza emocional, melhor buscar o silêncio.
Nos momentos de vazio do espírito onde o nada é a verdade mais absoluta, melhor estar em silêncio.
Nos instantes de violência urbana e rural em que a maldade das pessoas é a realidade mais forte, melhor desejar o silêncio.
Nas condições de vida adversa cujo ambiente é contrário à nossa natureza e antagônico em relação à nossa consciência, melhor querer o silêncio.
Na hora da dor alheia ou do sofrimento de um amigo, parente ou familiar, onde as soluções são questionadas e as respostas se transformam em outros pontos de interrogação, melhor se encontrar com o silêncio.
No dia da contradição quando o mal-estar é elevado, a doença se aproxima de nós e os sentimentos contrários parecem querer nos derrubar e destruir, melhor o silêncio que acalma e tranqüiliza a nossa alma.
Porque no silêncio está a ordem da consciência, o equilíbrio da mente e o bom-senso da inteligência.
Porque com o silêncio a paz chega perto, o bem se aproxima, o amor se faz e a vida começa a transbordar.
Porque sem o silêncio não há paz interior, a verdade se afasta de nós, a luz do conhecimento foge da nossa presença, a liberdade não se cria e a felicidade não se constrói.
Porque do silêncio vem a harmonia com a natureza, a sintonia com o universo e a alegria de se estar na presença de Deus.
Porque pelo silêncio a vida se endireita, o homem se torna corajoso e a mulher se transforma na beleza mais pura e mais rara.
Porque para o silêncio nós caminhamos: o silêncio da eternidade.
É, o silêncio é melhor do que o barulho.
Nele, a paz, a vida e a ordem.
Por ele, o bem se faz.
Com ele, se ama os outros.
Dele, vem o equilíbrio e o bom-senso.
Para ele, realizamos o caminho que nos leva a Deus.
É bom fazer silêncio.
O Silêncio é um bem que trazemos dentro de nós.
Um patrimônio humano e divino.
O Silêncio é bom.
11. E só me restou o silêncio
Na dialética do cotidiano das ruas e diante da crise existencial que muitas vezes afeta as nossas relações com a família e o trabalho, me vejo no limite da natureza, fadigado espiritualmente, cansado no corpo e na alma, esgotado mentalmente, sujeito ao império de doenças que se espalham rapidamente em nossos ambientes de vida, em nossos relacionamentos diários e noturnos, e em nossos intercâmbios culturais que estabelecemos quase sempre cotidianamente com amigos e garotas, parentes e familiares. Perante o assombro das moléstias, a crise de valores, a falta de princípios, a ausência de regras, a carência de normas que restabeleçam nosso equilíbrio e bom-senso, o vazio de raizes que fundamentem nossas atitudes, consolidem nossos passos e estabilizem nossas tarefas do dia a dia, só nos resta o silêncio de quem carece de opções e sofre com a insuficiência de alternativas que produzam sentido em nossas almas e razão em nossos espíritos cercados de problemas por todos os lados, convivendo com conflitos a todo momento e cheio de dificuldades nas relações e interatividades que realizamos a cada hora, minuto e segundo. Sim, só nos resta o silêncio. O silêncio dos limites com que nos chocamos em nossa existência diária, e sua falta de oportunidades para sair dessa crise de valores e princípios, que ora e outra bloqueiam nossas atividades e se tornam barreiras em nosso caminho de ascensão pessoal e social e obstáculos para o nosso crescimento nas virtudes espirituais como o sorriso para as pessoas, a alegria de viver e o otimismo que levanta os deprimidos e encoraja os mais fracos e abatidos. Então, só nos resta o silêncio de quem não sabe o que fazer, qual caminho perseguir, ou a estrada a ser procurada. Vemo-nos nas fronteiras das impossibilidades e nos limites da ausência de alternativas que possam resolver nossas contrariedades e solucionar nossas dúvidas e incertezas. Falta-nos sim espaços para andar, opções para abraçar, motivos para viver, sentido para uma existência agora vazia e sem nada. E só nos resta mesmo o silêncio. Talvez nesse estado sem alternativas e carente de possibilidades eu encontre algo que preencha os meus vazios ou Alguém que dê sentido ao meu ser, pensar e existir. Quem sabe um Deus resolva aparecer e me dar todas as respostas que eu preciso para bem encaminhar minha vida, resolucionar minhas contradições internas e satisfazer meu desejo pela convergência entre pensamento e realidade e a concordância entre consciência e experiência. É possível que surja uma boa idéia. Ou um outro, novo e diferente caminho a seguir. Ou uma via alternativa que alivie minhas tristezas e angústias, apague meus medos e pânicos, dissolva minhas aflições e desesperos, acabe com minha ansiedade, elimine meu estresse exagerado pleno de adversidades interiores e externas.
E só me restou o silêncio.
Que ele seja fértil e apresente-me uma estrada diversa capaz de dar soluções aos meus transtornos mentais e emocionais e aos meus distúrbios físicos e espirituais, materiais e existenciais.
Pode ser que ele abra para mim uma grande esperança.
Renove o meu existir.
E liberte-me das prisões da alma e das escravidões do corpo e do espírito.
E quando esse instante chegar.
Terei paz interior. O Bem e a Bondade me abençoarão.
Respirarei a tranquilidade do ambiente que me envolve.
E apagarei os meus sonhos e fantasias.
E deitarei e dormirei sossegado certo de que Deus me acompanha nesse mundo de silêncio gritador.
Deus, a minha Segurança.
12. Ambiente de Silêncio
Onde se respira o Nada e vive-se o Vazio
Nadar, esvaziar-se, silenciar parecem sinônimos de uma mesma realidade vivencial, existencial, experiencial e espiritual. Tal é a realidade nadante dos seres e das coisas mergulhados em um mundo vazio e silencioso em que os fenômenos acontecem pacificamente e suas ocorrências manifestam ao seu redor ordem e repouso, descanso permanente de seus trabalhos, calma contínua de suas atividades diárias, tranquilidade constante de seus exercícios mentais e físicos cotidianos. Nessa realidade ôca, nadante, esvaziante e silenciante de fato a vida é ordenada, disciplinada e organizada, a existência tem um sentido de equilíbrio mental e emocional, a experiência do dia a dia revela os fatos sociais, culturais e ambientais que refletem os conhecimentos então obtidos, a ética comportamental até aqui e agora adquirida e a espiritualidade natural cujo reflexo positivo e otimista é a Razão Suprema e a Inteligência Superior, Deus e Senhor, o Autor da Vida, o Criador das possibilidades nadantes e das tendências esvaziantes do Silêncio Vivo, de energias fecundas e profundas, cujas raizes fazem surgir novas descobertas do ser, do pensar e do existir, fonte de novidades permanentes, origem de constantes revelações a respeita da vida e seu fluxo energético de novas certezas e novas verdades, novas aberturas renovadoras e libertadoras de seu complexo de surpresas, novidades e descobertas contínuas e progressivas. Esse pois o mundo do silêncio e seu universo de realidades nadantes e esvaziantes, que, na verdade, dão sentido à vida e razão à existência, princípio de fertilidades constantes e origem de profundidades permanentes, de onde brotam novas e diferentes possibilidades de pensamento, conhecimento e discernimento, de idéias que se criam e de ideais que se almejam, de novos desejos que se realizam e novas necessidades que se satisfazem, de outros sonhos que se concretizam e de diversos tipos de esperança animadores da vida real cotidiana. Com efeito, o reino do silêncio é o império das fertilidades possíveis e das profundidades fecundas, geradoras de novas alternativas de valor, novas opções de sentimentos e comportamentos, campo fértil de novas e boas idéias e grandes ideais enraizados na cultura do bem e da paz, do amor e da vida, e em uma mentalidade sem maldade e sem violência, de não-agressão, de não-divisão, de não-exclusão e de não-marginalização social, política, econômica e cultural. Nesse universo, Deus é possível.
13. No meio do silêncio,
um grito
Hoje, acordei disposto a me calar, a não falar com ninguém, a não soltar a voz em defesa de alguém ou em seu benefício.
Quero silenciar.
Ouvir o que o silêncio tem a me dizer.
Quem sabe os passarinhos cantem para me ensinar que a música é amiga da vida e da arte.
Ou talvez as violetas me manifestem o seu odor de viúvas negras querendo me iluminar com o seu odor de cemitérios ambulantes.
Ou pode ser que os bombons de chocolate que tenho aqui em casa me digam que a realidade precisa de energia capaz de fortalecer os fracos e levantar os deprimidos.
É possível ainda que o bife a rolé com batatas que hoje irei comer me ajude a entender que o silêncio é como os alimentos que gostam de ocupar os nossos espaços vazios na barriga para que não sintamos falta do nada que nos amedronta e das coisas ocas que nos afligem e fazem desesperar.
Ou também pode acontecer que o próprio silêncio igualmente se cale a fim de que as pérolas azuis da nossa consciência nos falem dos compromissos diários que temos e das responsabilidades que não podem estar ausentes do nosso cotidiano.
Ou será que a voz dos que se calam é mais forte que o barulho dos ventos, mais quente que o fogo do sol, mais brilhante que a luz da manhã, mais saudável que o suco de uva que ocupa as ausências do gelo da minha geladeira e perfuma a noite do frio e embeleza com vida as minhas interioridades ardentes que incendeiam como o fogão da cozinha ou as brasas calorosas do verão carioca.
Hoje, quero sentir o silêncio, e tentar descobrir o que ele aqui e agora tem a me dizer.
Irá ele ordenar as minhas idéias que se complicam e se confundem umas com as outras diante dos gritos das ruas e das fofocas dos vizinhos e dos trovões e tempestades que ocorrem nas adjacências dos supermercados aqui perto ?
Pode ocorrer o fato do silêncio gritar dentro das nossas cabeças enlouquecidas pela irrealidade da imaginação ou da irracionalidade dos nossos pensamentos que ainda não surgiram.
Dizem até que calar é mais barulhento que as palavras que saem da nossa boca.
Porque nesse conflito interno e nessa bagunça de símbolos e imagens interiores que se chocam alguém quem sabe decide se manifestar e gritar bem alto que nossas ausências estão pedindo paz, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Só sei que há muito tempo tenho escutado o grito do silêncio dentro de mim pedindo-me insistentemente uma chance para sobreviver ou uma oportunidade para expressar a sua voz delirante clamando por vez em nossas vidas de cada dia e de toda noite.
Espero que alguém, não só eu, deixe o silêncio gritar, os vazios do ego se manifestarem e os nadas da existência fazerem o barulho necessário para que todos acordem de seus sonhos metafísicos e abram-se de vez ao discurso dos que se calam para que Deus fale e a vida grite os segredos da realidade e vocifere os mistérios do ser, do pensar e do agir.
Sim, hoje quero escutar o silêncio.
Pode ser que ele descubra algum problema que ainda não percebi, ou me revele que as avenidas da vida estão cheias e cansadas das cargas pesadas dos que não têm tempo para si mesmos, ou talvez mesmo não puderam se encontrar, ou se apagaram da existência através dos pesos da consciência e das contradições diárias que a realidade sempre nos apresenta.
Talvez o silêncio me conte uma história de onde eu possa tirar uma lição de vida.
Ou narre para mim a minha jornada pela Terra até agora e torne a partir de então a minha caminhada dentro da sociedade tão elegante como as passarelas da moda de Paris, de Roma ou de Berlim, ou tão elevada como as montanhas que cercam o Rio de Janeiro, ou tão excelente como as jóias das princesas de Lisboa, ou tão preciosa como as pérolas vermelhas e azuis dos colares e brincos da Rainha da Inglaterra.
Pode ser.
Mas ainda prefiro as minhas ausências do ser, os vazios aquecidos do meu pensamento sempre fértil, fecundo e profundo, ou os nadas nadantes da minha consciência ocupada pelos barulhos das idéias que se criam em mim misturadas com as imagens do meu eu inquieto, instável e inseguro.
Só assim consigo escutar a voz do silêncio e seu grito de liberdade me pedindo uma chance de felicidade e uma oportunidade de saúde mental e bem-estar social, cultural e ambiental.
Decidi.
É deste modo mesmo que eu quero ficar.
Contemplando as minhas carências afetivas e vislumbrando as minhas ausências ocupadas pelo barulho do nada e pelos gritos do vazio.
Então silenciei.
E logo ouvi um grito.
Senti que era o grito de Deus.
Deus tentava sobreviver.
Aí sim acordei.
Acordei escutando o divino em mim.
E fiquei mais humano.
E me achei mais bonito.
E me tornei mais grande.
E virei um gigante.
Nesse silêncio gigante,
me encontrei com Deus.
E dormi.
E descansei em paz.
14. O Silêncio nos faz bem
Ao entrarmos de automóvel em um túnel, notamos a escuridão iluminada pelos faróis dos carros, o ruido dos motores atravessando a pista e o barulho do vento soprando no silêncio de nossos olhos e ouvidos, atentos ao clamor do vazio que perpassa nossos corpos, mentes e espíritos. Sim, apesar do estrondo dos veículos que vão e vêm, o silêncio interior parece falar mais alto, gritar sussurros espirituais como se a voz de Deus acontecesse nesse momento em nossa intimidade. Nosso interior então faz uma prece, pede a tranquilidade da alma, a segurança do corpo e o repouso do espírito. Aquela interioridade silenciosa nos faz bem, nos dá a paz de que precisamos nesse dia a dia violento, onde as pessoas vivem a turbulência das atividades cotidianas e a confusão das consciências diárias e noturnas em busca de descanso para a alma. Agora, nós rezamos, pedindo ao Senhor que nos dê o silêncio que tranquiliza esse cotidiano complicado de atitudes impensadas e preocupantes, de riscos que ameaçam e perigos que amedrontam, de medos transformados em pânicos, de aflições que se fazem desesperos, de tristezas que mudam para as angústias alarmantes, sinalizando que devemos dar uma parada no tempo e no espaço, abraçar o vazio que nos rodeia e beijar com amor o nada que nos circula, neutralizando ora nossos comportamentos agitados, em função da paz interior que o silêncio agora nos apresenta. De fato, o silêncio nos faz bem. É o refrigério da alma. A calma do espírito. A tranquilidade do corpo. A ordem interior. A disciplina das virtudes elevadas. A organização de nossas idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências. De vez em quando, precisamos silenciar, a fim de pôr as coisas no lugar, encontrar instantes de repouso e momentos de descanso para a cabeça e o cérebro, como se eles suplicassem a nós uma parada para ajeitar a vida, consertar os erros e melhorar as boas ações, caminhando sempre à procura do Bem maior e melhor que é Deus. Tal o presente vivo que o silêncio nos dá. O Encontro com o Transcendente. O Mergulho na Eternidade. O Jogar-se na vida interior onde a paz deve reinar e o bem se fazer o império da alma. Com efeito, o silêncio é indispensável. Silenciar é necessário. É bom e nos faz bem.
15. Monitorar o Silêncio
Monitorar-se, controlar a sua consciência, dominar-se a si mesmo, acompanhar seus momentos de silêncio, zelar pela sua interioridade e cuidar de seu mundo interno, a cada hora, minuto e segundo, todos os dias, noites e madrugadas, é algo que exige disciplina ética e ordem espiritual, organização das atividades cotidianas, bom desempenho das ações e o trabalho de fazer de suas atitudes uma estrada de firmeza de personalidade e fortaleza de caráter, abraçando valores e princípios orientadores da ótima experiência de virtudes elevadas, de riqueza de conteúdos de espiritualidade e excelência de comportamentos onde a regra é uma vida regulada pela fé em Deus e seus efeitos de vivência psicológica e praticamente espiritualizada. Assim controlamos nossa cabeça e tornamos nossos instantes de silêncio alternativas de ordenamento interior, disciplinando nossa racionalidade e organizando nossa compostura inteligente cujas raizes são o bem que fazemos em toda situação vivida e a paz que vivemos em cada circunstância experimentada, sempre tendo como enfoque a conduzir nosso convívio a tranquilidade física e mental, o repouso do espírito e a calma do corpo e da alma. Desta maneira, controlamos o nosso silenciar, transformando ele em possibilidade real de disciplina interior. E vamos assim construindo nossa vida debondade, de convergência de idéias e concordância de pontos de vista ainda que as contradições e as turbulências nos pressionem, perturbem, incomodem e possam nos atrapalhar nas horas de aperto, nas ocasiões de risco e nas incertezas e dúvidas onde reina o perigo e o abismo da morte, a nos rodear como uma louca desejosa por nos prejudicar e arrebentar. Eis como devemos nos monitorar a cada tempo vivido.
16. Quando tudo emudece e todos se calam
Ao subir os montes mais altos das montanhas do Everest ou descer ao fundo mais fundo dos Oceanos Índico, Atlântico e Pacífico, a tendência é que tudo se cale, todos fiquem mudos e o silêncio se torne o grito mais forte dos Alpinistas ou o vociferar mais firme dos Marinheiros de plantão. Em outras palavras, diante do poder do silêncio a força das palavras se abafa e a energia dos trovões e relâmpados se enfraquece, para que o discurso do Criador dite as regras dos homens e das mulheres, comande suas tarefas, trabalhos e atividades, dirija suas atitudes e comportamentos, gerencie suas ações cotidianas e administre seus empenhos e esforços por um mundo melhor. Assim, perante o reino do silêncio as idéias se concentram, a linguagem se ordena, as teorias se disciplinam e as práticas se organizam. Tal a importância do silenciar na hora de se fazer um bom trabalho, se desenvolver um grande princípio e se fazer desabrochar gigantescos valores e normas orientadores da nossa compostura social e familiar. Sim, o silêncio é muito importante. Ele é a regra da vida interior. A música que encanta as tardes da primavera e as manhãs de sol de verão das praias e suas areias brancas e amarelas do mundo inteiro. O perfume suave que embeleza os homens direitos e as mulheres românticas de bem com a vida e em paz com sua consciência. O pão doce que alegra os lanches e manjares das crianças de cada dia de lazer e de toda noite de brincadeira. Pois ele está presente em todos e insiste em ficar no alto das montanhas ou no fundo dos mares. Todavia, sua preferência é a consciência humana onde a paz acontece e o bem se faz presente cada vez mais e melhor. Então, eu me calei. Fiquei mudo. E ouvi a voz do silêncio a orquestrar as canções da madrugada em que suas raizes se instalaram para aperfeiçoar a noite e felicitar cada manhã que chega. Nele, o azul da razão e o vermelho da inteligência a fazer as orações a Deus a fim de que o Senhor nos carregue de maravilhas sem fim, de favores imediatos e de benefícios sem conta. No silêncio, encontrei a paz que procurava. O Bem se apossou de mim. Glorifiquei a Deus. E adormeci no Senhor.
17. Garanta a sua paz interior
Na vida de cada dia, lute por manter a sua paz interior, garanta a sua calma interna e sustente a sua tranqüilidade mental e emocional, em meio aos contrários da existência, os maus relacionamentos , os conflitos familiares, as discussões no trabalho, as intrigas dos vizinhos, as controvérsias de conhecidos, a violência de inimigos e adversários, a maldade e a ruindade de certas pessoas, as contrariedades urbanas e rurais, as adversidades psicológicas e sociais, as contradições da vida e da existência, o ambiente hostil e dialético em torno de você, as brigas de parentes ao seu lado, a crítica de colegas do emprego, a gritaria das ruas, a confusão dos supermercados, a desordem da mente, a indisciplina racional, a desorganização dos conhecimentos, a falta de discernimento espiritual em algumas ocasiões, a ausência de sentido para o que se está fazendo no momento presente, os antagonismos cotidianos, o pessimismo de vários grupos e indivíduos, o negativismo de outros setores da sociedade, a carência afetiva, o vazio espiritual, o nada existencial, a dúvida e a incerteza de diferentes atividades, a tristeza e a angústia, a solidão e a depressão, o isolamento e a exclusão social, a divisão interpessoal e a marginalização das cidades, as complicações no dia a dia das escolas, a rejeição amorosa, a ignorância religiosa, as superstições e os preconceitos, os bloqueios da inteligência, a relatividade das coisas, o indeterminismo dos seres, a indefinição da racionalidade, a indeterminação de suas relações, o lado desumano dos poderosos, a hipocrisia política, a alienação psico-social, o desemprego e o comodismo, as dificuldades econômicas e financeiras, as dívidas e a inadimplência, a falsidade moral, a crise ética e espiritual, a bagunça das crianças e o desrespeito dos filhos, a traição do marido ou a infidelidade da esposa, o pagamento do aluguel e do condomínio, o conserto do automóvel e da televisão, os débitos do IPTU e do IPVA, os compromissos não-assumidos, as atitudes irresponsáveis, o respeito ignorado, o desequilíbrio da cabeça e o seu descontrole com a falta de domínio de si mesmo, o desejo insatisfeito e as promessas não cumpridas, as necessidades irrealizadas e os sonhos que não se cumprem, a vocação incompleta e a profissão sem idoneidade, a incompetência física e mental, a não-habilidade nos negócios, a ausência de criatividade quando indispensável, a dependência patológica, as doenças e as enfermidades em geral, as moléstias viróticas e bacterianas, o clima cruel e o ambiente cheio de indiferenças e insensibilidades a sua volta, a fixação ideológica, o quebra-quebra entre polícia e bandidos, a pancadaria e o tiroteio com balas perdidas entre os marginais, enfim, toda sorte de problemas e circunstâncias produtoras de inimizades e destruidoras de intimidades, privacidades e familiaridades, de origem material ou espiritual, genética ou ambiental, biológica ou psicológica, consciente ou inconsciente, racional ou social, real ou imaginária, ilusória ou experimental.
Em tudo isso, defenda-se, batalhe por sua segurança pessoal, pela sua luz interior, por sua paz espiritual, combatendo sempre sem cessar os elementos estranhos e esquisitos que anseiam por estragar sua boa cabeça de bem com a vida, invadindo o seu ser, pensar e existir como querendo destruir seu repouso psicológico e sua bonança garantida por sua fé em Deus.
Lute pelo bem de sua interioridade.
Seja guerreiro.
Um soldado do cotidiano.
Um batalhador incansável.
Um combatente ativo e sempre de pé, sempre fazendo o bem e vivendo a paz, tornando a sua bondade em ajudar as pessoas e a sua concórdia que mantém as boas interatividades, um caminho para o amor, fonte da vida.
Sim, salve Deus na sua vida.
Advogue os dons, talentos e carismas que Ele lhe deu.
Liberte a sua criatividade.
E abra-se para as novidades da existência.
Faça de seus comportamentos diários e noturnos um complexo de possibilidades e de alternativas capazes de fundamentar a sua boa vida neste mundo e o seu ótimo bem-estar carregado de saúde mental, física e espiritual.
Seja pacífico.
E bom.
18. A Vida Interior
Dentro de nós existe um universo vivo de luz espiritual, de força psicológica e energia ideológica, onde as idéias circulam, os valores de vida perambulam e os princípios de existência regem a vida interior, ditam as regras de conduta, monitoram a intimidade das pessoas, definem comportamentos positivos e determinam as regras e normas que governam as atitudes de grupos e indivíduos na sociedade. Em nossa interioridade, Deus habita, faz sua voz ser ouvida e seus planos serem executados. Em nosso íntimo, a claridade da consciência e seus fenômenos vitais em forma de representações mentais, letras e números, palavras e teorias, práticas e experiências, símbolos e imagens, sons e silêncio, toda uma vida a serviço do bem da alma e da paz do espírito. Assim acontece a vida interior. Ela rege nossos passos no cotidiano, presidencia nossos trabalhos, esforços e empenhos por um mundo melhor, de mais qualidade física e mental, de riqueza de conteúdo cultural e de excelência de virtudes éticas e espirituais. É a vida aparecendo em nós e transbordando para os outros, para a glória, honra e louvor do Senhor nosso Deus. Ele, no silêncio, constrói o nosso progresso espiritual e ordem interior. Deste modo, gera-se um campo vital de alternativas variadas e polivalentes, de possibilidades outras, novas e diferentes, e de potencialidades multifuncionais e diversas e até contrárias umas às outras. Desta maneira, crescemos no convívio social, no acompanhamento familiar, nas operações de trabalho e emprego, na ideologia política que abraçamos, no repertório cultural que adquirimos com o tempo, e nos determinismos econômicos e financeiros que administram o nosso pão de cada dia e de toda noite, os nossos desejos e esperanças, os nossos anseios, necessidades e aspirações. De modo criativo, gerenciamos esse espetáculo interior. Nele, empreendemos talentos e carismas, dons e aptidões que comandam o nosso cotidiano. Eis nossa vida interior, carregada sempre de evolução livre e consciente, e respeitosa, e comprometida responsavelmente com o bem que devemos fazer uns aos outros e a paz que precisamos viver para a felicidade comum. Eis a nossa interioridade que se produz a toda hora, minuto e segundo. Nela, a presença humana da Divindade. É o que nos faz bem.
19. Cuide de sua Interioridade
Zelar pelo que de bom e de bem existe em nosso interior, eis um dever de nossa parte, uma obrigação que precisa custar todo o nosso empenho e esforço por cuidar deste tesouro que é a nossa interioridade, a nossa consciência moral e espiritual, os nossos valores sociais e culturais, os nossos princípios éticos, as nossas normas de vida psicológica e as raizes que fazem de nosso ser, pensar e existir fenômenos importantes para a nossa experiência de construção da essência da nossa juventude espiritual, essa pérola preciosa que é a nossa liberdade em busca da felicidade temporal e eterna, da saúde física e mental e do bem-estar material, do corpo e da alma e do espírito. Tal busca e zelo pela nossa realidade viva interna tornará nossas vivências cotidianas mais qualitativas, ricas de virtudes e boas ações e valiosas quanto à beleza das atitudes respeitosas e responsáveis, à grandeza dos comportamentos identificados com a bondade, a fraternidade e a solidariedade, e à riqueza de ideologias, culturas e mentalidades em que o bem é a regra do jogo e a paz e a tranquilidade as normas de conduta nesse espaço de diretrizes que só fazem bem à nossa espiritualidade. Pois bem. Essa a vida interior que temos necessidade de defender e amparar sempre, garantindo a ordem de nossa inteligência, a disciplina de nossa racionalidade e a organização de nossas idéias e pontos de vista, conhecimentos e pensamentos, sentimentos e experiências. Deste modo, geramos uma vida interior de qualidade incomparável. Que Deus nos ajude nesse sentido.
20. Por favor, um minuto de silêncio,
em nome da nossa tranquilidade
Ainda que o barulho das cidades e os rumores agressivos dos campos sufoquem minhas iniciativas de equilíbrio interno e de paz interior, mesmo assim farei silêncio, para garantir a calma da alma e a tranquilidade do corpo e do espírito.
Ainda que o sol deixe de nascer algum dia, fechado pelas cinzentas e tenebrosas trevas das nuvens do inverno, mesmo assim chamarei o silêncio para mim, a fim de sustentar meu entusiasmo e pôr ordem em minha interioridade, disciplinar minha consciência e organizar minha liberdade, minhas idéias e conhecimentos gerais e específicos.
Ainda que os sinos das igrejas deixem de tocar, e as músicas e as flores da primavera não mais possam colorir a beleza das mulheres e o encanto dos passarinhos, mesmo assim invocarei minha atitude silenciosa, para salvar minha natureza em festa e o universo em sua grandeza espetacular e em sua riqueza gigantesca junto às criaturas.
Ainda que o grito dos loucos abafem a sensatez dos homens e o bom juizo das mulheres, mesmo assim optarei pelo silêncio, a fim de me libertar da violência das pessoas e da agressividade de quem faz da vida uma alternativa de gritaria e barulho incessantes, sem as regras da disciplina interior ou sem os fundamentos de uma vida de paz e de tranquilidade interna.
Ainda que os ruidos das ruas desgastem meus ouvidos ansiosos por repouso ou as gritarias das avenidas destruam a luz dos meus olhos, mesmo assim terei como alternativa o silêncio, como garantia da minha tranquilidade e paz interior, fundamento da minha boa interioridade, de uma consciência saudável, de uma liberdade sem traumas, pressões e prisões, e de uma felicidade cuja saúde e bem-estar é o bem que fazemos e a pazque vivemos em sociedade.
Ainda que o estrondo dos aviões e os foquetes que vão para a lua estraguem a exterioridade silenciosa, corrompendo o ar com suas investidas barulhentas, ou a turbulência urbana e rural causem violência à minha inteligência positiva, otimista e equilibrada, mesmo assim abraçarei o silêncio e beijarei seu conteúdo e essência, para sobreviver em meio a todo esse caos, que faz da violência a sua norma de vida e a sua regra de conduta.
Ainda que queiram impedir a minha tranquilidade, indagarei a possibilidade do silêncio, como remédio para a minha alma, repouso para o meu espírito e calma para o meu corpo.
Porque mais importante que tudo e todos, é a nossa tranquilidade.
Obrigado, Senhor meu Deus, por garantir, sustentar e fundamentar a nossa tranquilidade interior.
21. É Madrugada!
Nas ruas, a ausência do barulho dos automóveis e a carência de pessoas circulando em suas adjacências nos reflete o silêncio de uma madrugada cujos ruídos são o grito da consciência e a voz de uma liberdade em busca da paz interior e da tranquilidade interna. Pois é justamente isso que nos guarda e reserva cada madrugada vivida em nossa vida temporal: o silêncio de quem ordena os conhecimentos, sentimentos e experiências dos momentos experimentados até aqui e agora; o calar de situações que no dia anterior foram violentas e agressivas conosco; o emudecimento de circunstâncias que confundiram a nossa inteligência e que agora nesse madrugar pedem o silêncio que organiza todas as coisas e disciplina todos os seres, a fim de que a vida caminhe com o otimismo de quem constrói a existência de modo positivo e progressivo, e com o equilíbrio e o bom-senso de quem sabe o que quer e o que faz tendo em vista o seu crescimento interior e a evolução de sua consciência de valores preciosos e princípios valiosos que fazem do silêncio a estrada de sua liberdade, saúde e bem-estar, bases de sua felicidade neste mundo em que vivemos em sociedade. Nesta e em toda a madrugada, a chance e a oportunidade para criarmos ordem interior, renovarmos nossa calma interna e gerarmos a tranquilidade necessária para viver bem cada instante do dia seguinte. Na madrugada, a casa do silêncio, a origem da nossa repousante paz interior e a fonte de ordenamento de nossa racionalidade, antes perturbada pela confusão do cotidiano e complicada pelas turbulências e violências da vida diária e noturna, no campo e na cidade. Precisamos da madrugada!
22. O Silêncio é sábio
Quando calar é melhor
A Sabedoria de quem se cala fala mais alto muitas vezes do que o mais agudo barulho das ruas ou a mais violenta quantidade de palavras.
Prefiro o silêncio para não dizer besteira na hora errada.
É sábio saber quando se deve falar ou ficar calado, gritar ruidos de linguagem ou emudecer como a grandeza da altura das montanhas ou a riqueza dos oceanos mais profundos, a beleza da música dos pássaros azuis ou o perfume suave, leve e macio das rosas vermelhas.
Prefiro calar para não levar um tiro na cara ou uma bala na idéia diante da agressividade de alguns e a turbulência de outros.
Prefiro emudecer como as ondas dinâmicas do mar que em seu vai e vem anunciam a voz de Deus, o silêncio das águas tranquilas que se calam para que a natureza vocifere a beleza de seus rios, lagos e lagoas.
Prefiro o silêncio natural das coisas que integram um universo carregado de mudas gritarias e caladas maravilhas, que cantam e encantam as criaturas e expressam a magnitude do Criador e a extravagância do Autor da Vida.
Prefiro o silêncio que ignora as brigas e duelos dos homens, em nome de sua tranquilidade interna e de sua paz interior.
Prefiro ser gigante como as criancinhas que brincam em silêncio no meio das ruas para não incomodar os adultos perturbados com seus afazeres nem atrapalhar a confusão dos que não sabem viver em sociedade.
Prefiro me calar para não entrar em choque com a polícia nem me atravancar com bandidos, marginais e traficantes.
Sim, o silêncio é sábio.
Com ele, evitamos complicadas situações de violência e a agressão de quem não respeita a liberdade e o ponto de vista dos outros.
Sem ele, caio na desordem, falta-me a disciplina e me desorganizo nas minhas idéias e opiniões, nos meus conhecimentos, sentimentos e experiências.
Prefiro o silêncio que não é omissão, mas o grito de quem tem coragem de ser bom e fazer o bem uns aos outros.
Prefiro a paz que se cala para não fazer dos palavrões a sua lei, ou das más ações o seu direito, ou da má língua o seu discurso mais forte e poderoso.
Sim, calar por várias vezes é melhor.
É mais digno e mais elevado.
É mais sábio e mais útil.
É mais grande e mais gigante.
Aprendi ao me calar algumas vezes que a voz do silêncio tem a sabedoria de Deus, que em sua bondade infinita não violenta nem se violenta, em sua tranquilidade não se aflige nem se desespera, em sua paz calma e repousante é mais forte que o grito das prisões mais escravizantes e mais firme que as rochas mais cimentadas dos montes mais altos e elevados.
Sim, prefiro o silêncio.
Só assim evito o pior.
Posso durmir tranquilo.
Abraço em paz minha mulher e meus filhos.
Beijo de coração meu pai e minha mãe.
E amanheço louco para viver mais um novo dia.
Um novo dia de trabalho.
Sim, hoje, mais uma vez, cultivarei o silêncio.
Quero ser feliz mais uma vez.
“Já me arrependi do meu discurso,
mas nunca do meu silêncio”
23. Quando me calo, falo mais alto
Energias que se atraem ou forças que se locomovem, não sei, apenas constato que quando silencio todos me respeitam e veneram, tudo me beija e abraça, a natureza fica mais bela e o universo mais grande, as pessoas me ouvem, e me dão valor e amor, fico mais novo e livre das algemas da confusão e das cadeias da violência, superando as prisões da consciência e quaisquer tipos de escravidões ideológicas e psicológicas. Então, ultrapasso as fronteiras da solidão e transcendo os limites do isolamento, para mergulhar na vida em plenitude que me reserva a existência em sociedade, a política interpartidária, a cultura do bem e da paz, e a mentalidade de quem faz da bondade a sua lei, da concórdia a sua norma de vida e da convergência o seu critério de existência. Ora, fico mais forte que as ondas gigantes da Ásia e maior que os oceanos mais fundos que invadem as Américas, suplantando a Europa, cortando a Oceania e nadando para a África. Fico mais firme que as rochas das montanhas mais altas do Oriente, mais sólido que os elefantes que lentamente caminham e mais gorducho que as baleias gigantes que cruzam o Pacífico e o Atlântico, e conquistam o Ocidente. Sim, ao me calar, meu grito interior é ouvido além e aquém das nuvens do céu e penetra os horizontes mais profundos da eternidade. No silêncio, falo mais alto que as palavras, canto mais leve que os passarinhos e fico mais suave que o perfume azul e macio das rosas vermelhas e das violetas douradas. Então, todos me ouvem, todos escutam o silêncio de quem é bom e só faz o bem. Assim sou eu no meio da multidão das ruas que perambulam pelas avenidas do centro da cidade, vociferando o silêncio de seus passos fecundos e de seus andares musicais. E quando me calo mais uma vez, meu som invade o interior das matas e florestas e consegue produzir sem querer o milagre da fotossíntese mais uma vez no curso da vida. De fato, fico maior do que eu mesmo. Melhor que minha essência mais funda. Mais verdadeiro que a verdade que contagia o meu ser carregado de transparências luminosas como o sol de verão carioca autêntico em luzes da manhã e seus raios que fazem brilhar o farol dos mares em todas as noites da primavera. Torno-me um autêntico espetáculo da vida, porque simplesmente me agigantei quando me calei, e meu grito soou mais forte que os sinos das igrejas dos campos rurais e mais alto que as chaminés das indústrias de cana de açúcar. Porque eu decidi me calar. Então, os meus inimigos me respeitaram. E meus adversários me deram as mãos. Gritei pois então mais forte ainda: “Glória a Deus nas alturas dos silêncios mais fortes das noites estreladas que anunciam um novo dia de trabalho”. E na madrugada que antecede as manhãs, alguém disse: “Acendam o Fogo do Sol, em silêncio até agora. E ninguém mais gigante que o Sol, o Rei da Vida”
1. Tempo de Silêncio
Hoje, é o dia do silêncio,
dia do vazio,
dia do nada,
dia de nadar nadando no nada nadante.
É preciso nadar,
esvaziar-se,
silenciar,
entregar-se,
abandonar-se no silêncio solitário da solidão.
Então, neste momento, encontrei Deus, o Senhor.
Sozinho,
na solidão,
no silêncio,
no vazio,
no deserto,
no nada, felizmente, fiz meu encontro com Deus, o Senhor.
Escuto a voz do Senhor Deus: é de paz que Ele fala
é do bem que Ele surge,
é na luz que Ele vive,
é com o amor que Ele trabalha,
é pela vida que Ele zela.
No silêncio, o vazio e o nada fizeram-se deserto e solidão:
- Deus apareceu,
o Senhor aconteceu.
Eis que agora meu vazio se encheu.
Meu ser tornou-se plenitude,
ganhei altitude nos céus de Deus
Sim, é tempo de silêncio.
Tempo de Deus..
2. O Discurso do Silêncio
Escuto a voz de Alguém dentro e fora de mim.
Alguém fala,
vive,
existe e insiste,
caminha e se movimenta aquém e além de mim, no interior de mim.
Alguém é linguagem de vida,
caminhada existente,
movimento insistente.
Alguém falante,
vivente,
energético,
caminhante,
insistente,
existente.
O Silêncio fala: eis o pensamento.
O Silêncio fala de Alguém: pensamento do pensamento.
Pensando em Alguém, o silêncio se faz vida, energia, movimento, eternidade.
Refletindo sobre Alguém, no silêncio em mim, de mim e para mim, penso no eterno, na eternidade da vida, no movimento eterno do ser vivente que agora está em mim.
Ele, o fundamento da vida,
o princípio do amor,
a raiz da paz,
a origem da luz,
a fonte do bem.
Alguém justo, direito e verdadeiro.
Alguém livre e feliz, respeitoso e responsável, saudável e educado, bom, a bondade em pessoa, consciente e contente.
A voz do silêncio se faz ouvir.
É de paz que Ele fala.
É do bem que Ele vive.
É na luz que Ele está.
Ele, Deus e Senhor.
3. A Árvore do Silêncio
Na construção do silêncio, vários momentos são percorridos, tais como:
a) A Raiz do Silêncio é a Graça de Deus, o Senhor.
b) O Tronco do Silêncio é o Amor.
c) O Caule do Silêncio é a Vida.
d) As Folhas do Silêncio são a Paz e a Ordem.
e) As Flores do Silêncio são a Reflexão e a Paciência.
f) Os Frutos do Silêncio são o Bem e o Discernimento.
4. Terapia do Silêncio
A Cura pela presença da ausência
Silenciar não é sinal de omissão.
Silenciar pode ser uma necessidade momentânea de reagir contra o mal e a violência.
Silenciar possivelmente é a necessidade de manter-se bem consigo mesmo e em paz com os outros.
Silenciar pode ser um instante de oração onde a criatura se eleva diante de Deus, o Senhor.
Silenciar pode ser também um estado de dor ou sofrimento.
Silenciar pode ser ainda um tempo de loucura, ausência de consciência ou falta de juizo.
Silenciar pode ser igualmente a vontade de manter-se distante de brigas, guerras e confusões.
Silenciar é antes um desejo e uma necessidade.
Desejo do bem e necessidade de paz.
5. Uma Mente em Silêncio
Silêncio é um estado de ordem mental, física e espiritual, vida disciplinada e organização das idéias, do pensamento refletido, do conhecimento adquirido e do discernimento almejado.
Silêncio é a paz vivida e o bem praticado, o amor querido e a vida desejada, a condição para a luz, a base da justiça, o princípio do direito e o fundamento da verdade.
Silêncio é o lugar do planejamento de uma vida, do projeto de um trabalho, da preparação de uma tarefa, do condicionamento de uma atividade e do exercício de uma função.
Uma mente em silêncio – eis o ambiente propício para um sonho ser realizado, um desejo ser praticado, um pensamento ser experimentado e uma vida ser trabalhada no presente e no futuro, aqui e agora, dentro e fora da realidade cotidiana, no dia-a-dia da nossa vida.
Uma razão silenciosa pensa mais e reflete melhor.
Uma atividade silenciosa produz mais e se qualifica melhor.
Um trabalho silencioso é cheio de virtudes, impõe respeito e mantém a responsabilidade, favorece a liberdade e se encontra com a felicidade, abraça o juízo e o bom-senso, tem saúde e bem-estar, é bondoso e pacífico, luminoso, vivo e amante, justo, direito e verdadeiro.
Uma inteligência em silêncio é capaz de grandes momentos e altos empreendimentos, boas projeções de vida e ótimas chances e oportunidades de se dar bem na realidade diária da nossa existência cotidiana.
Silêncio, como disse acima, é a ordem da paz, a paz espiritual, a calma da alma, a tranquilidade do espírito, o repouso do corpo, o descanso de uma vida de trabalho, a disciplina da consciência e a organização dos exercícios e atividades do dia-a-dia.
Uma mente em silêncio – eis a ordem da nossa casa, um ambiente arrumado e com jeito de uma paz que se vive e de um bem que se pratica, de um amor que se deseja e de uma vida que ilumina a todos e a cada um dos que estão ao seu redor.
Deus habita no silêncio.
6. As Raízes do Silêncio
O Nada e o Vazio sustentam a realidade do silêncio refletindo então deste modo a vida do universo e da natureza criadas, seu ser, seu pensamento e sua existência.
No silêncio nada-se no vazio, esvazia-se o ser, pensa-se na existência humana e natural e seu universo mental, corporal e espiritual, seu mundo de matéria e espírito, seus momentos políticos, sociais e econômicos, suas circunstâncias culturais e ambientais, seus relacionamentos individuais, grupais e coletivos, suas situações temporais, reais, atuais e históricas, suas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação.
Nadando no vazio silenciante, ordena-se a mente, disciplina-se a razão e organiza-se o conhecimento.
Cria-se assim um ambiente propício em que surgem novos conteúdos de conhecimento, novas matérias de pensamento, novas tentativas de discernimento onde se separa o bem do mal, a paz da violência, a luz das trevas, o amor do ódio e a vida da morte.
Condiciona-se uma nova cultura do bem e da paz e uma nova mentalidade de não-violência, sem crueldade, sem maldade e sem agressividade, sem divisão, sem exclusão e sem marginalidade.
O Silêncio na verdade proporciona tudo isso.
E quem sustenta o silêncio ?
Quem garante sua realidade ?
Quem fundamenta sua dimensão temporal e eterna ?
Quais são as suas fontes, suas bases originais, seus princípios reais e atuais ?
Sua garantia segura é Alguém que não é ninguém.
É a presença da ausência.
É o nada e o vazio.
No mundo do nada e do vazio, portanto, constrói-se a vida, a natureza e o universo, o tempo e a história, o infinito e a eternidade, o aqui e o agora, o aquém e o além.
Sobre o vazio e o nada ergue-se o edifício da vida, seu ser pleno de graça, seu pensamento cheio de possibilidades e sua existência de temporalidade e historicidade cuja realidade supera os limites do tempo, ultrapassa as barreiras geográficas e transcende a matéria, mergulhando então no oceano da eternidade onde reina feliz, alegre e contente os viventes que na Terra fizeram de Deus seu Rei e Senhor.
No silêncio pois encontramos o Senhor Deus do Bem e da Paz Eternas.
Ele é Alguém que não é ninguém.
7. O Barulho e o Silêncio
O Silêncio terapêutico e o barulho patológico
Quando silenciar é a opção mais correta e saudável
Se possível, faça silêncio em sua vida, cultivando a paz que dele vem, desenvolvendo boas idéias e bons ideais, fugindo do barulho enlouquecedor e ensurdecedor, vivendo a sua realidade cotidiana com a ética das boas virtudes, com o bom conhecimento adquirido até aqui e com uma espiritualidade natural onde Deus, o Senhor, tenha o seu tempo e o seu espaço, a fim de proporcionar-lhe suas graças, favores e benefícios cujos lucros e créditos possibilitarão maiores e melhores condições e relações de vida, trabalho, saúde e educação para todos e cada um dos que vivem e convivem em sociedade.
Cultive o silêncio.
Fuja do barulho.
Tenha boa saúde e bem-estar com qualidade de vida favorecendo o silêncio em sua vida, razão de nossa ordem mental, equilíbrio emocional, organização dos conhecimentos e disciplina moral em nossos exercícios físicos e atividades corporais da vida do dia a dia real e atual em que nos incluimos e inserimos.
Silêncio é o reflexo da saúde mental.
Sinônimo de paz, deve integrar-se em nossa existência diária, para que tenhamos ordem e paz em nossos compromissos e responsabilidades, disciplina e organização em nossos exercícios e atividades, saúde e bem-estar em nosso corpo, mente e espírito.
Silêncio é sinal de repouso.
Descansando em paz, criemos sempre as condições de possibilidade para o surgimento do silêncio cujo fundamento é Deus, o Senhor.
Devemos fugir das doenças, moléstias e enfermidades proporcionadas pela cultura do barulho, abraçando a partir de então a terapia do silêncio, que cura o nosso mal-estar, eleva a nossa auto-estima e desenvolve a nossa boa qualidade de vida de que necessitamos para a vivência de uma existência rica de otimismo, alto-astral e positivismo equilibrados.
O Silêncio é a revelação do equilíbrio.
Equilibrados mental e emocionalmente, tenhamos de fato uma vida cotidiana de saúde e bem-estar individual e coletivo.
8. Silenciar, um bom caminho
No dia a dia, a opção pelo silêncio nos ajuda a equilibrar nossas experiências cotidianas, ordenar a nossa mente e disciplinar o nosso corpo, organizar nossas idéias e conhecimentos, produzir outros, novos e diferentes conteúdos de saber, criar alternativas de trabalho, melhorar o nosso convívio familiar, conquistar grandes amigos, arrumar garotas, namorar com qualidade e satisfação e paquerar realizando nossos desejos e esperanças, anseios e aspirações, qualificar nossos relacionamentos, enriquecer nossas atitudes e atividades, e tornar excelentes nossas maneiras de pensar e gerar valores morais e princípios espirituais, bons orientadores da nossa vivência diária e noturna em sociedade. Então, com o silêncio, temos tranquilidade para pensar e fazer nossas coisas, colocar em ordem a nossa vida, adquirir a paz interior, abraçar uma vida de qualidade ética e rica em espiritualidade natural. Nessa hora, Deus aparece e acontece em nós, passando a ocupar um lugar predileto na nossa vida, a ter voz e vez em nossas práticas de cada dia, noite e madrugada, hora, minuto e segundo. Sim, o silêncio nos faz bem. Ajeita a nossa vida cotidiana. Põe em ordem a nossa vida. Transforma em melhor nossas relações com as pessoas, situações que ignoram a violência interpessoal e a agressividade entre grupos e indivíduos. Prefiro o silêncio. Mais importante é a minha tranquilidade. Quero a minha paz interior. Silenciar, eis um caminho bom e que nos faz bem, diante da correria da sociedade, da velocidade do trabalho e da aceleração da convivência na rua e na família. Prefiro o silêncio.
9. Silêncio é o meu nome
Silêncio...
Momento de solidão e meditação
Tempo de recolhimento
Hora de colocar todas as coisas em ordem
Dia de Deus
Momento de paz
Tempo de calma e tranqüilidade
Hora de repouso
Dia do Senhor
Momento de equilíbrio
Tempo de ordenar a mente
Hora de disciplinar a razão
Dia de organizar os conhecimentos
Momento de superação de limites
Tempo de ultrapassar barreiras
Hora de transcender obstáculos
Dia de Vitória
Momento de possibilidades
Tempo de tendências
Hora do presente em vista do futuro
Dia do amanhã de manhã
Momento de necessidades
Tempo de desejo
Hora da realidade
Dia do cotidiano
Momento oportuno
Tempo necessário
Hora importante
Dia interessante
Momento especial
Tempo espiritual
Hora mental
Dia cordial
Momento de esperança
Tempo de criança
Hora da bonança
Dia de um sonho real
Momento de amor
Tempo de vida
Hora de respeito
Dia da responsabilidade
Momento racional
Tempo natural
Hora de juízo e bom-senso
Dia da consciência
Momento de experiências mentais
Tempo de projetos futuros
Hora da realidade presente
Dia da existência insistente
Momento humano
Tempo divino
Hora cristalina
Dia do espelho
Momento de ordem e progresso
Tempo de crescimento e desenvolvimento
Hora de evolução material e espiritual
Dia do corpo, da mente e do espírito
Momento espiritual
Tempo da alma
Hora da energia mental
Dia de movimento
Momento de processo temporal
Tempo eterno
Hora infinita
Dia da história e da eternidade
Momento do Senhor
Tempo de Deus
Hora Suprema
Dia Superior
10. Quando o silêncio é melhor...
Diante da confusão mental e das complicações irracionais, melhor fazer silêncio.
Perante as situações de conflito na rua, na família ou no trabalho, melhor procurar o silêncio.
Nas circunstâncias de dúvida existencial e incerteza emocional, melhor buscar o silêncio.
Nos momentos de vazio do espírito onde o nada é a verdade mais absoluta, melhor estar em silêncio.
Nos instantes de violência urbana e rural em que a maldade das pessoas é a realidade mais forte, melhor desejar o silêncio.
Nas condições de vida adversa cujo ambiente é contrário à nossa natureza e antagônico em relação à nossa consciência, melhor querer o silêncio.
Na hora da dor alheia ou do sofrimento de um amigo, parente ou familiar, onde as soluções são questionadas e as respostas se transformam em outros pontos de interrogação, melhor se encontrar com o silêncio.
No dia da contradição quando o mal-estar é elevado, a doença se aproxima de nós e os sentimentos contrários parecem querer nos derrubar e destruir, melhor o silêncio que acalma e tranqüiliza a nossa alma.
Porque no silêncio está a ordem da consciência, o equilíbrio da mente e o bom-senso da inteligência.
Porque com o silêncio a paz chega perto, o bem se aproxima, o amor se faz e a vida começa a transbordar.
Porque sem o silêncio não há paz interior, a verdade se afasta de nós, a luz do conhecimento foge da nossa presença, a liberdade não se cria e a felicidade não se constrói.
Porque do silêncio vem a harmonia com a natureza, a sintonia com o universo e a alegria de se estar na presença de Deus.
Porque pelo silêncio a vida se endireita, o homem se torna corajoso e a mulher se transforma na beleza mais pura e mais rara.
Porque para o silêncio nós caminhamos: o silêncio da eternidade.
É, o silêncio é melhor do que o barulho.
Nele, a paz, a vida e a ordem.
Por ele, o bem se faz.
Com ele, se ama os outros.
Dele, vem o equilíbrio e o bom-senso.
Para ele, realizamos o caminho que nos leva a Deus.
É bom fazer silêncio.
O Silêncio é um bem que trazemos dentro de nós.
Um patrimônio humano e divino.
O Silêncio é bom.
11. E só me restou o silêncio
Na dialética do cotidiano das ruas e diante da crise existencial que muitas vezes afeta as nossas relações com a família e o trabalho, me vejo no limite da natureza, fadigado espiritualmente, cansado no corpo e na alma, esgotado mentalmente, sujeito ao império de doenças que se espalham rapidamente em nossos ambientes de vida, em nossos relacionamentos diários e noturnos, e em nossos intercâmbios culturais que estabelecemos quase sempre cotidianamente com amigos e garotas, parentes e familiares. Perante o assombro das moléstias, a crise de valores, a falta de princípios, a ausência de regras, a carência de normas que restabeleçam nosso equilíbrio e bom-senso, o vazio de raizes que fundamentem nossas atitudes, consolidem nossos passos e estabilizem nossas tarefas do dia a dia, só nos resta o silêncio de quem carece de opções e sofre com a insuficiência de alternativas que produzam sentido em nossas almas e razão em nossos espíritos cercados de problemas por todos os lados, convivendo com conflitos a todo momento e cheio de dificuldades nas relações e interatividades que realizamos a cada hora, minuto e segundo. Sim, só nos resta o silêncio. O silêncio dos limites com que nos chocamos em nossa existência diária, e sua falta de oportunidades para sair dessa crise de valores e princípios, que ora e outra bloqueiam nossas atividades e se tornam barreiras em nosso caminho de ascensão pessoal e social e obstáculos para o nosso crescimento nas virtudes espirituais como o sorriso para as pessoas, a alegria de viver e o otimismo que levanta os deprimidos e encoraja os mais fracos e abatidos. Então, só nos resta o silêncio de quem não sabe o que fazer, qual caminho perseguir, ou a estrada a ser procurada. Vemo-nos nas fronteiras das impossibilidades e nos limites da ausência de alternativas que possam resolver nossas contrariedades e solucionar nossas dúvidas e incertezas. Falta-nos sim espaços para andar, opções para abraçar, motivos para viver, sentido para uma existência agora vazia e sem nada. E só nos resta mesmo o silêncio. Talvez nesse estado sem alternativas e carente de possibilidades eu encontre algo que preencha os meus vazios ou Alguém que dê sentido ao meu ser, pensar e existir. Quem sabe um Deus resolva aparecer e me dar todas as respostas que eu preciso para bem encaminhar minha vida, resolucionar minhas contradições internas e satisfazer meu desejo pela convergência entre pensamento e realidade e a concordância entre consciência e experiência. É possível que surja uma boa idéia. Ou um outro, novo e diferente caminho a seguir. Ou uma via alternativa que alivie minhas tristezas e angústias, apague meus medos e pânicos, dissolva minhas aflições e desesperos, acabe com minha ansiedade, elimine meu estresse exagerado pleno de adversidades interiores e externas.
E só me restou o silêncio.
Que ele seja fértil e apresente-me uma estrada diversa capaz de dar soluções aos meus transtornos mentais e emocionais e aos meus distúrbios físicos e espirituais, materiais e existenciais.
Pode ser que ele abra para mim uma grande esperança.
Renove o meu existir.
E liberte-me das prisões da alma e das escravidões do corpo e do espírito.
E quando esse instante chegar.
Terei paz interior. O Bem e a Bondade me abençoarão.
Respirarei a tranquilidade do ambiente que me envolve.
E apagarei os meus sonhos e fantasias.
E deitarei e dormirei sossegado certo de que Deus me acompanha nesse mundo de silêncio gritador.
Deus, a minha Segurança.
12. Ambiente de Silêncio
Onde se respira o Nada e vive-se o Vazio
Nadar, esvaziar-se, silenciar parecem sinônimos de uma mesma realidade vivencial, existencial, experiencial e espiritual. Tal é a realidade nadante dos seres e das coisas mergulhados em um mundo vazio e silencioso em que os fenômenos acontecem pacificamente e suas ocorrências manifestam ao seu redor ordem e repouso, descanso permanente de seus trabalhos, calma contínua de suas atividades diárias, tranquilidade constante de seus exercícios mentais e físicos cotidianos. Nessa realidade ôca, nadante, esvaziante e silenciante de fato a vida é ordenada, disciplinada e organizada, a existência tem um sentido de equilíbrio mental e emocional, a experiência do dia a dia revela os fatos sociais, culturais e ambientais que refletem os conhecimentos então obtidos, a ética comportamental até aqui e agora adquirida e a espiritualidade natural cujo reflexo positivo e otimista é a Razão Suprema e a Inteligência Superior, Deus e Senhor, o Autor da Vida, o Criador das possibilidades nadantes e das tendências esvaziantes do Silêncio Vivo, de energias fecundas e profundas, cujas raizes fazem surgir novas descobertas do ser, do pensar e do existir, fonte de novidades permanentes, origem de constantes revelações a respeita da vida e seu fluxo energético de novas certezas e novas verdades, novas aberturas renovadoras e libertadoras de seu complexo de surpresas, novidades e descobertas contínuas e progressivas. Esse pois o mundo do silêncio e seu universo de realidades nadantes e esvaziantes, que, na verdade, dão sentido à vida e razão à existência, princípio de fertilidades constantes e origem de profundidades permanentes, de onde brotam novas e diferentes possibilidades de pensamento, conhecimento e discernimento, de idéias que se criam e de ideais que se almejam, de novos desejos que se realizam e novas necessidades que se satisfazem, de outros sonhos que se concretizam e de diversos tipos de esperança animadores da vida real cotidiana. Com efeito, o reino do silêncio é o império das fertilidades possíveis e das profundidades fecundas, geradoras de novas alternativas de valor, novas opções de sentimentos e comportamentos, campo fértil de novas e boas idéias e grandes ideais enraizados na cultura do bem e da paz, do amor e da vida, e em uma mentalidade sem maldade e sem violência, de não-agressão, de não-divisão, de não-exclusão e de não-marginalização social, política, econômica e cultural. Nesse universo, Deus é possível.
13. No meio do silêncio,
um grito
Hoje, acordei disposto a me calar, a não falar com ninguém, a não soltar a voz em defesa de alguém ou em seu benefício.
Quero silenciar.
Ouvir o que o silêncio tem a me dizer.
Quem sabe os passarinhos cantem para me ensinar que a música é amiga da vida e da arte.
Ou talvez as violetas me manifestem o seu odor de viúvas negras querendo me iluminar com o seu odor de cemitérios ambulantes.
Ou pode ser que os bombons de chocolate que tenho aqui em casa me digam que a realidade precisa de energia capaz de fortalecer os fracos e levantar os deprimidos.
É possível ainda que o bife a rolé com batatas que hoje irei comer me ajude a entender que o silêncio é como os alimentos que gostam de ocupar os nossos espaços vazios na barriga para que não sintamos falta do nada que nos amedronta e das coisas ocas que nos afligem e fazem desesperar.
Ou também pode acontecer que o próprio silêncio igualmente se cale a fim de que as pérolas azuis da nossa consciência nos falem dos compromissos diários que temos e das responsabilidades que não podem estar ausentes do nosso cotidiano.
Ou será que a voz dos que se calam é mais forte que o barulho dos ventos, mais quente que o fogo do sol, mais brilhante que a luz da manhã, mais saudável que o suco de uva que ocupa as ausências do gelo da minha geladeira e perfuma a noite do frio e embeleza com vida as minhas interioridades ardentes que incendeiam como o fogão da cozinha ou as brasas calorosas do verão carioca.
Hoje, quero sentir o silêncio, e tentar descobrir o que ele aqui e agora tem a me dizer.
Irá ele ordenar as minhas idéias que se complicam e se confundem umas com as outras diante dos gritos das ruas e das fofocas dos vizinhos e dos trovões e tempestades que ocorrem nas adjacências dos supermercados aqui perto ?
Pode ocorrer o fato do silêncio gritar dentro das nossas cabeças enlouquecidas pela irrealidade da imaginação ou da irracionalidade dos nossos pensamentos que ainda não surgiram.
Dizem até que calar é mais barulhento que as palavras que saem da nossa boca.
Porque nesse conflito interno e nessa bagunça de símbolos e imagens interiores que se chocam alguém quem sabe decide se manifestar e gritar bem alto que nossas ausências estão pedindo paz, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Só sei que há muito tempo tenho escutado o grito do silêncio dentro de mim pedindo-me insistentemente uma chance para sobreviver ou uma oportunidade para expressar a sua voz delirante clamando por vez em nossas vidas de cada dia e de toda noite.
Espero que alguém, não só eu, deixe o silêncio gritar, os vazios do ego se manifestarem e os nadas da existência fazerem o barulho necessário para que todos acordem de seus sonhos metafísicos e abram-se de vez ao discurso dos que se calam para que Deus fale e a vida grite os segredos da realidade e vocifere os mistérios do ser, do pensar e do agir.
Sim, hoje quero escutar o silêncio.
Pode ser que ele descubra algum problema que ainda não percebi, ou me revele que as avenidas da vida estão cheias e cansadas das cargas pesadas dos que não têm tempo para si mesmos, ou talvez mesmo não puderam se encontrar, ou se apagaram da existência através dos pesos da consciência e das contradições diárias que a realidade sempre nos apresenta.
Talvez o silêncio me conte uma história de onde eu possa tirar uma lição de vida.
Ou narre para mim a minha jornada pela Terra até agora e torne a partir de então a minha caminhada dentro da sociedade tão elegante como as passarelas da moda de Paris, de Roma ou de Berlim, ou tão elevada como as montanhas que cercam o Rio de Janeiro, ou tão excelente como as jóias das princesas de Lisboa, ou tão preciosa como as pérolas vermelhas e azuis dos colares e brincos da Rainha da Inglaterra.
Pode ser.
Mas ainda prefiro as minhas ausências do ser, os vazios aquecidos do meu pensamento sempre fértil, fecundo e profundo, ou os nadas nadantes da minha consciência ocupada pelos barulhos das idéias que se criam em mim misturadas com as imagens do meu eu inquieto, instável e inseguro.
Só assim consigo escutar a voz do silêncio e seu grito de liberdade me pedindo uma chance de felicidade e uma oportunidade de saúde mental e bem-estar social, cultural e ambiental.
Decidi.
É deste modo mesmo que eu quero ficar.
Contemplando as minhas carências afetivas e vislumbrando as minhas ausências ocupadas pelo barulho do nada e pelos gritos do vazio.
Então silenciei.
E logo ouvi um grito.
Senti que era o grito de Deus.
Deus tentava sobreviver.
Aí sim acordei.
Acordei escutando o divino em mim.
E fiquei mais humano.
E me achei mais bonito.
E me tornei mais grande.
E virei um gigante.
Nesse silêncio gigante,
me encontrei com Deus.
E dormi.
E descansei em paz.
14. O Silêncio nos faz bem
Ao entrarmos de automóvel em um túnel, notamos a escuridão iluminada pelos faróis dos carros, o ruido dos motores atravessando a pista e o barulho do vento soprando no silêncio de nossos olhos e ouvidos, atentos ao clamor do vazio que perpassa nossos corpos, mentes e espíritos. Sim, apesar do estrondo dos veículos que vão e vêm, o silêncio interior parece falar mais alto, gritar sussurros espirituais como se a voz de Deus acontecesse nesse momento em nossa intimidade. Nosso interior então faz uma prece, pede a tranquilidade da alma, a segurança do corpo e o repouso do espírito. Aquela interioridade silenciosa nos faz bem, nos dá a paz de que precisamos nesse dia a dia violento, onde as pessoas vivem a turbulência das atividades cotidianas e a confusão das consciências diárias e noturnas em busca de descanso para a alma. Agora, nós rezamos, pedindo ao Senhor que nos dê o silêncio que tranquiliza esse cotidiano complicado de atitudes impensadas e preocupantes, de riscos que ameaçam e perigos que amedrontam, de medos transformados em pânicos, de aflições que se fazem desesperos, de tristezas que mudam para as angústias alarmantes, sinalizando que devemos dar uma parada no tempo e no espaço, abraçar o vazio que nos rodeia e beijar com amor o nada que nos circula, neutralizando ora nossos comportamentos agitados, em função da paz interior que o silêncio agora nos apresenta. De fato, o silêncio nos faz bem. É o refrigério da alma. A calma do espírito. A tranquilidade do corpo. A ordem interior. A disciplina das virtudes elevadas. A organização de nossas idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências. De vez em quando, precisamos silenciar, a fim de pôr as coisas no lugar, encontrar instantes de repouso e momentos de descanso para a cabeça e o cérebro, como se eles suplicassem a nós uma parada para ajeitar a vida, consertar os erros e melhorar as boas ações, caminhando sempre à procura do Bem maior e melhor que é Deus. Tal o presente vivo que o silêncio nos dá. O Encontro com o Transcendente. O Mergulho na Eternidade. O Jogar-se na vida interior onde a paz deve reinar e o bem se fazer o império da alma. Com efeito, o silêncio é indispensável. Silenciar é necessário. É bom e nos faz bem.
15. Monitorar o Silêncio
Monitorar-se, controlar a sua consciência, dominar-se a si mesmo, acompanhar seus momentos de silêncio, zelar pela sua interioridade e cuidar de seu mundo interno, a cada hora, minuto e segundo, todos os dias, noites e madrugadas, é algo que exige disciplina ética e ordem espiritual, organização das atividades cotidianas, bom desempenho das ações e o trabalho de fazer de suas atitudes uma estrada de firmeza de personalidade e fortaleza de caráter, abraçando valores e princípios orientadores da ótima experiência de virtudes elevadas, de riqueza de conteúdos de espiritualidade e excelência de comportamentos onde a regra é uma vida regulada pela fé em Deus e seus efeitos de vivência psicológica e praticamente espiritualizada. Assim controlamos nossa cabeça e tornamos nossos instantes de silêncio alternativas de ordenamento interior, disciplinando nossa racionalidade e organizando nossa compostura inteligente cujas raizes são o bem que fazemos em toda situação vivida e a paz que vivemos em cada circunstância experimentada, sempre tendo como enfoque a conduzir nosso convívio a tranquilidade física e mental, o repouso do espírito e a calma do corpo e da alma. Desta maneira, controlamos o nosso silenciar, transformando ele em possibilidade real de disciplina interior. E vamos assim construindo nossa vida debondade, de convergência de idéias e concordância de pontos de vista ainda que as contradições e as turbulências nos pressionem, perturbem, incomodem e possam nos atrapalhar nas horas de aperto, nas ocasiões de risco e nas incertezas e dúvidas onde reina o perigo e o abismo da morte, a nos rodear como uma louca desejosa por nos prejudicar e arrebentar. Eis como devemos nos monitorar a cada tempo vivido.
16. Quando tudo emudece e todos se calam
Ao subir os montes mais altos das montanhas do Everest ou descer ao fundo mais fundo dos Oceanos Índico, Atlântico e Pacífico, a tendência é que tudo se cale, todos fiquem mudos e o silêncio se torne o grito mais forte dos Alpinistas ou o vociferar mais firme dos Marinheiros de plantão. Em outras palavras, diante do poder do silêncio a força das palavras se abafa e a energia dos trovões e relâmpados se enfraquece, para que o discurso do Criador dite as regras dos homens e das mulheres, comande suas tarefas, trabalhos e atividades, dirija suas atitudes e comportamentos, gerencie suas ações cotidianas e administre seus empenhos e esforços por um mundo melhor. Assim, perante o reino do silêncio as idéias se concentram, a linguagem se ordena, as teorias se disciplinam e as práticas se organizam. Tal a importância do silenciar na hora de se fazer um bom trabalho, se desenvolver um grande princípio e se fazer desabrochar gigantescos valores e normas orientadores da nossa compostura social e familiar. Sim, o silêncio é muito importante. Ele é a regra da vida interior. A música que encanta as tardes da primavera e as manhãs de sol de verão das praias e suas areias brancas e amarelas do mundo inteiro. O perfume suave que embeleza os homens direitos e as mulheres românticas de bem com a vida e em paz com sua consciência. O pão doce que alegra os lanches e manjares das crianças de cada dia de lazer e de toda noite de brincadeira. Pois ele está presente em todos e insiste em ficar no alto das montanhas ou no fundo dos mares. Todavia, sua preferência é a consciência humana onde a paz acontece e o bem se faz presente cada vez mais e melhor. Então, eu me calei. Fiquei mudo. E ouvi a voz do silêncio a orquestrar as canções da madrugada em que suas raizes se instalaram para aperfeiçoar a noite e felicitar cada manhã que chega. Nele, o azul da razão e o vermelho da inteligência a fazer as orações a Deus a fim de que o Senhor nos carregue de maravilhas sem fim, de favores imediatos e de benefícios sem conta. No silêncio, encontrei a paz que procurava. O Bem se apossou de mim. Glorifiquei a Deus. E adormeci no Senhor.
17. Garanta a sua paz interior
Na vida de cada dia, lute por manter a sua paz interior, garanta a sua calma interna e sustente a sua tranqüilidade mental e emocional, em meio aos contrários da existência, os maus relacionamentos , os conflitos familiares, as discussões no trabalho, as intrigas dos vizinhos, as controvérsias de conhecidos, a violência de inimigos e adversários, a maldade e a ruindade de certas pessoas, as contrariedades urbanas e rurais, as adversidades psicológicas e sociais, as contradições da vida e da existência, o ambiente hostil e dialético em torno de você, as brigas de parentes ao seu lado, a crítica de colegas do emprego, a gritaria das ruas, a confusão dos supermercados, a desordem da mente, a indisciplina racional, a desorganização dos conhecimentos, a falta de discernimento espiritual em algumas ocasiões, a ausência de sentido para o que se está fazendo no momento presente, os antagonismos cotidianos, o pessimismo de vários grupos e indivíduos, o negativismo de outros setores da sociedade, a carência afetiva, o vazio espiritual, o nada existencial, a dúvida e a incerteza de diferentes atividades, a tristeza e a angústia, a solidão e a depressão, o isolamento e a exclusão social, a divisão interpessoal e a marginalização das cidades, as complicações no dia a dia das escolas, a rejeição amorosa, a ignorância religiosa, as superstições e os preconceitos, os bloqueios da inteligência, a relatividade das coisas, o indeterminismo dos seres, a indefinição da racionalidade, a indeterminação de suas relações, o lado desumano dos poderosos, a hipocrisia política, a alienação psico-social, o desemprego e o comodismo, as dificuldades econômicas e financeiras, as dívidas e a inadimplência, a falsidade moral, a crise ética e espiritual, a bagunça das crianças e o desrespeito dos filhos, a traição do marido ou a infidelidade da esposa, o pagamento do aluguel e do condomínio, o conserto do automóvel e da televisão, os débitos do IPTU e do IPVA, os compromissos não-assumidos, as atitudes irresponsáveis, o respeito ignorado, o desequilíbrio da cabeça e o seu descontrole com a falta de domínio de si mesmo, o desejo insatisfeito e as promessas não cumpridas, as necessidades irrealizadas e os sonhos que não se cumprem, a vocação incompleta e a profissão sem idoneidade, a incompetência física e mental, a não-habilidade nos negócios, a ausência de criatividade quando indispensável, a dependência patológica, as doenças e as enfermidades em geral, as moléstias viróticas e bacterianas, o clima cruel e o ambiente cheio de indiferenças e insensibilidades a sua volta, a fixação ideológica, o quebra-quebra entre polícia e bandidos, a pancadaria e o tiroteio com balas perdidas entre os marginais, enfim, toda sorte de problemas e circunstâncias produtoras de inimizades e destruidoras de intimidades, privacidades e familiaridades, de origem material ou espiritual, genética ou ambiental, biológica ou psicológica, consciente ou inconsciente, racional ou social, real ou imaginária, ilusória ou experimental.
Em tudo isso, defenda-se, batalhe por sua segurança pessoal, pela sua luz interior, por sua paz espiritual, combatendo sempre sem cessar os elementos estranhos e esquisitos que anseiam por estragar sua boa cabeça de bem com a vida, invadindo o seu ser, pensar e existir como querendo destruir seu repouso psicológico e sua bonança garantida por sua fé em Deus.
Lute pelo bem de sua interioridade.
Seja guerreiro.
Um soldado do cotidiano.
Um batalhador incansável.
Um combatente ativo e sempre de pé, sempre fazendo o bem e vivendo a paz, tornando a sua bondade em ajudar as pessoas e a sua concórdia que mantém as boas interatividades, um caminho para o amor, fonte da vida.
Sim, salve Deus na sua vida.
Advogue os dons, talentos e carismas que Ele lhe deu.
Liberte a sua criatividade.
E abra-se para as novidades da existência.
Faça de seus comportamentos diários e noturnos um complexo de possibilidades e de alternativas capazes de fundamentar a sua boa vida neste mundo e o seu ótimo bem-estar carregado de saúde mental, física e espiritual.
Seja pacífico.
E bom.
18. A Vida Interior
Dentro de nós existe um universo vivo de luz espiritual, de força psicológica e energia ideológica, onde as idéias circulam, os valores de vida perambulam e os princípios de existência regem a vida interior, ditam as regras de conduta, monitoram a intimidade das pessoas, definem comportamentos positivos e determinam as regras e normas que governam as atitudes de grupos e indivíduos na sociedade. Em nossa interioridade, Deus habita, faz sua voz ser ouvida e seus planos serem executados. Em nosso íntimo, a claridade da consciência e seus fenômenos vitais em forma de representações mentais, letras e números, palavras e teorias, práticas e experiências, símbolos e imagens, sons e silêncio, toda uma vida a serviço do bem da alma e da paz do espírito. Assim acontece a vida interior. Ela rege nossos passos no cotidiano, presidencia nossos trabalhos, esforços e empenhos por um mundo melhor, de mais qualidade física e mental, de riqueza de conteúdo cultural e de excelência de virtudes éticas e espirituais. É a vida aparecendo em nós e transbordando para os outros, para a glória, honra e louvor do Senhor nosso Deus. Ele, no silêncio, constrói o nosso progresso espiritual e ordem interior. Deste modo, gera-se um campo vital de alternativas variadas e polivalentes, de possibilidades outras, novas e diferentes, e de potencialidades multifuncionais e diversas e até contrárias umas às outras. Desta maneira, crescemos no convívio social, no acompanhamento familiar, nas operações de trabalho e emprego, na ideologia política que abraçamos, no repertório cultural que adquirimos com o tempo, e nos determinismos econômicos e financeiros que administram o nosso pão de cada dia e de toda noite, os nossos desejos e esperanças, os nossos anseios, necessidades e aspirações. De modo criativo, gerenciamos esse espetáculo interior. Nele, empreendemos talentos e carismas, dons e aptidões que comandam o nosso cotidiano. Eis nossa vida interior, carregada sempre de evolução livre e consciente, e respeitosa, e comprometida responsavelmente com o bem que devemos fazer uns aos outros e a paz que precisamos viver para a felicidade comum. Eis a nossa interioridade que se produz a toda hora, minuto e segundo. Nela, a presença humana da Divindade. É o que nos faz bem.
19. Cuide de sua Interioridade
Zelar pelo que de bom e de bem existe em nosso interior, eis um dever de nossa parte, uma obrigação que precisa custar todo o nosso empenho e esforço por cuidar deste tesouro que é a nossa interioridade, a nossa consciência moral e espiritual, os nossos valores sociais e culturais, os nossos princípios éticos, as nossas normas de vida psicológica e as raizes que fazem de nosso ser, pensar e existir fenômenos importantes para a nossa experiência de construção da essência da nossa juventude espiritual, essa pérola preciosa que é a nossa liberdade em busca da felicidade temporal e eterna, da saúde física e mental e do bem-estar material, do corpo e da alma e do espírito. Tal busca e zelo pela nossa realidade viva interna tornará nossas vivências cotidianas mais qualitativas, ricas de virtudes e boas ações e valiosas quanto à beleza das atitudes respeitosas e responsáveis, à grandeza dos comportamentos identificados com a bondade, a fraternidade e a solidariedade, e à riqueza de ideologias, culturas e mentalidades em que o bem é a regra do jogo e a paz e a tranquilidade as normas de conduta nesse espaço de diretrizes que só fazem bem à nossa espiritualidade. Pois bem. Essa a vida interior que temos necessidade de defender e amparar sempre, garantindo a ordem de nossa inteligência, a disciplina de nossa racionalidade e a organização de nossas idéias e pontos de vista, conhecimentos e pensamentos, sentimentos e experiências. Deste modo, geramos uma vida interior de qualidade incomparável. Que Deus nos ajude nesse sentido.
20. Por favor, um minuto de silêncio,
em nome da nossa tranquilidade
Ainda que o barulho das cidades e os rumores agressivos dos campos sufoquem minhas iniciativas de equilíbrio interno e de paz interior, mesmo assim farei silêncio, para garantir a calma da alma e a tranquilidade do corpo e do espírito.
Ainda que o sol deixe de nascer algum dia, fechado pelas cinzentas e tenebrosas trevas das nuvens do inverno, mesmo assim chamarei o silêncio para mim, a fim de sustentar meu entusiasmo e pôr ordem em minha interioridade, disciplinar minha consciência e organizar minha liberdade, minhas idéias e conhecimentos gerais e específicos.
Ainda que os sinos das igrejas deixem de tocar, e as músicas e as flores da primavera não mais possam colorir a beleza das mulheres e o encanto dos passarinhos, mesmo assim invocarei minha atitude silenciosa, para salvar minha natureza em festa e o universo em sua grandeza espetacular e em sua riqueza gigantesca junto às criaturas.
Ainda que o grito dos loucos abafem a sensatez dos homens e o bom juizo das mulheres, mesmo assim optarei pelo silêncio, a fim de me libertar da violência das pessoas e da agressividade de quem faz da vida uma alternativa de gritaria e barulho incessantes, sem as regras da disciplina interior ou sem os fundamentos de uma vida de paz e de tranquilidade interna.
Ainda que os ruidos das ruas desgastem meus ouvidos ansiosos por repouso ou as gritarias das avenidas destruam a luz dos meus olhos, mesmo assim terei como alternativa o silêncio, como garantia da minha tranquilidade e paz interior, fundamento da minha boa interioridade, de uma consciência saudável, de uma liberdade sem traumas, pressões e prisões, e de uma felicidade cuja saúde e bem-estar é o bem que fazemos e a pazque vivemos em sociedade.
Ainda que o estrondo dos aviões e os foquetes que vão para a lua estraguem a exterioridade silenciosa, corrompendo o ar com suas investidas barulhentas, ou a turbulência urbana e rural causem violência à minha inteligência positiva, otimista e equilibrada, mesmo assim abraçarei o silêncio e beijarei seu conteúdo e essência, para sobreviver em meio a todo esse caos, que faz da violência a sua norma de vida e a sua regra de conduta.
Ainda que queiram impedir a minha tranquilidade, indagarei a possibilidade do silêncio, como remédio para a minha alma, repouso para o meu espírito e calma para o meu corpo.
Porque mais importante que tudo e todos, é a nossa tranquilidade.
Obrigado, Senhor meu Deus, por garantir, sustentar e fundamentar a nossa tranquilidade interior.
21. É Madrugada!
Nas ruas, a ausência do barulho dos automóveis e a carência de pessoas circulando em suas adjacências nos reflete o silêncio de uma madrugada cujos ruídos são o grito da consciência e a voz de uma liberdade em busca da paz interior e da tranquilidade interna. Pois é justamente isso que nos guarda e reserva cada madrugada vivida em nossa vida temporal: o silêncio de quem ordena os conhecimentos, sentimentos e experiências dos momentos experimentados até aqui e agora; o calar de situações que no dia anterior foram violentas e agressivas conosco; o emudecimento de circunstâncias que confundiram a nossa inteligência e que agora nesse madrugar pedem o silêncio que organiza todas as coisas e disciplina todos os seres, a fim de que a vida caminhe com o otimismo de quem constrói a existência de modo positivo e progressivo, e com o equilíbrio e o bom-senso de quem sabe o que quer e o que faz tendo em vista o seu crescimento interior e a evolução de sua consciência de valores preciosos e princípios valiosos que fazem do silêncio a estrada de sua liberdade, saúde e bem-estar, bases de sua felicidade neste mundo em que vivemos em sociedade. Nesta e em toda a madrugada, a chance e a oportunidade para criarmos ordem interior, renovarmos nossa calma interna e gerarmos a tranquilidade necessária para viver bem cada instante do dia seguinte. Na madrugada, a casa do silêncio, a origem da nossa repousante paz interior e a fonte de ordenamento de nossa racionalidade, antes perturbada pela confusão do cotidiano e complicada pelas turbulências e violências da vida diária e noturna, no campo e na cidade. Precisamos da madrugada!
22. O Silêncio é sábio
Quando calar é melhor
A Sabedoria de quem se cala fala mais alto muitas vezes do que o mais agudo barulho das ruas ou a mais violenta quantidade de palavras.
Prefiro o silêncio para não dizer besteira na hora errada.
É sábio saber quando se deve falar ou ficar calado, gritar ruidos de linguagem ou emudecer como a grandeza da altura das montanhas ou a riqueza dos oceanos mais profundos, a beleza da música dos pássaros azuis ou o perfume suave, leve e macio das rosas vermelhas.
Prefiro calar para não levar um tiro na cara ou uma bala na idéia diante da agressividade de alguns e a turbulência de outros.
Prefiro emudecer como as ondas dinâmicas do mar que em seu vai e vem anunciam a voz de Deus, o silêncio das águas tranquilas que se calam para que a natureza vocifere a beleza de seus rios, lagos e lagoas.
Prefiro o silêncio natural das coisas que integram um universo carregado de mudas gritarias e caladas maravilhas, que cantam e encantam as criaturas e expressam a magnitude do Criador e a extravagância do Autor da Vida.
Prefiro o silêncio que ignora as brigas e duelos dos homens, em nome de sua tranquilidade interna e de sua paz interior.
Prefiro ser gigante como as criancinhas que brincam em silêncio no meio das ruas para não incomodar os adultos perturbados com seus afazeres nem atrapalhar a confusão dos que não sabem viver em sociedade.
Prefiro me calar para não entrar em choque com a polícia nem me atravancar com bandidos, marginais e traficantes.
Sim, o silêncio é sábio.
Com ele, evitamos complicadas situações de violência e a agressão de quem não respeita a liberdade e o ponto de vista dos outros.
Sem ele, caio na desordem, falta-me a disciplina e me desorganizo nas minhas idéias e opiniões, nos meus conhecimentos, sentimentos e experiências.
Prefiro o silêncio que não é omissão, mas o grito de quem tem coragem de ser bom e fazer o bem uns aos outros.
Prefiro a paz que se cala para não fazer dos palavrões a sua lei, ou das más ações o seu direito, ou da má língua o seu discurso mais forte e poderoso.
Sim, calar por várias vezes é melhor.
É mais digno e mais elevado.
É mais sábio e mais útil.
É mais grande e mais gigante.
Aprendi ao me calar algumas vezes que a voz do silêncio tem a sabedoria de Deus, que em sua bondade infinita não violenta nem se violenta, em sua tranquilidade não se aflige nem se desespera, em sua paz calma e repousante é mais forte que o grito das prisões mais escravizantes e mais firme que as rochas mais cimentadas dos montes mais altos e elevados.
Sim, prefiro o silêncio.
Só assim evito o pior.
Posso durmir tranquilo.
Abraço em paz minha mulher e meus filhos.
Beijo de coração meu pai e minha mãe.
E amanheço louco para viver mais um novo dia.
Um novo dia de trabalho.
Sim, hoje, mais uma vez, cultivarei o silêncio.
Quero ser feliz mais uma vez.
“Já me arrependi do meu discurso,
mas nunca do meu silêncio”
23. Quando me calo, falo mais alto
Energias que se atraem ou forças que se locomovem, não sei, apenas constato que quando silencio todos me respeitam e veneram, tudo me beija e abraça, a natureza fica mais bela e o universo mais grande, as pessoas me ouvem, e me dão valor e amor, fico mais novo e livre das algemas da confusão e das cadeias da violência, superando as prisões da consciência e quaisquer tipos de escravidões ideológicas e psicológicas. Então, ultrapasso as fronteiras da solidão e transcendo os limites do isolamento, para mergulhar na vida em plenitude que me reserva a existência em sociedade, a política interpartidária, a cultura do bem e da paz, e a mentalidade de quem faz da bondade a sua lei, da concórdia a sua norma de vida e da convergência o seu critério de existência. Ora, fico mais forte que as ondas gigantes da Ásia e maior que os oceanos mais fundos que invadem as Américas, suplantando a Europa, cortando a Oceania e nadando para a África. Fico mais firme que as rochas das montanhas mais altas do Oriente, mais sólido que os elefantes que lentamente caminham e mais gorducho que as baleias gigantes que cruzam o Pacífico e o Atlântico, e conquistam o Ocidente. Sim, ao me calar, meu grito interior é ouvido além e aquém das nuvens do céu e penetra os horizontes mais profundos da eternidade. No silêncio, falo mais alto que as palavras, canto mais leve que os passarinhos e fico mais suave que o perfume azul e macio das rosas vermelhas e das violetas douradas. Então, todos me ouvem, todos escutam o silêncio de quem é bom e só faz o bem. Assim sou eu no meio da multidão das ruas que perambulam pelas avenidas do centro da cidade, vociferando o silêncio de seus passos fecundos e de seus andares musicais. E quando me calo mais uma vez, meu som invade o interior das matas e florestas e consegue produzir sem querer o milagre da fotossíntese mais uma vez no curso da vida. De fato, fico maior do que eu mesmo. Melhor que minha essência mais funda. Mais verdadeiro que a verdade que contagia o meu ser carregado de transparências luminosas como o sol de verão carioca autêntico em luzes da manhã e seus raios que fazem brilhar o farol dos mares em todas as noites da primavera. Torno-me um autêntico espetáculo da vida, porque simplesmente me agigantei quando me calei, e meu grito soou mais forte que os sinos das igrejas dos campos rurais e mais alto que as chaminés das indústrias de cana de açúcar. Porque eu decidi me calar. Então, os meus inimigos me respeitaram. E meus adversários me deram as mãos. Gritei pois então mais forte ainda: “Glória a Deus nas alturas dos silêncios mais fortes das noites estreladas que anunciam um novo dia de trabalho”. E na madrugada que antecede as manhãs, alguém disse: “Acendam o Fogo do Sol, em silêncio até agora. E ninguém mais gigante que o Sol, o Rei da Vida”
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